12.07.2015 Views

A EUROPA DO OUTRO – A IMIGRAÇÃO EM PORTUGAL NO ... - Acidi

A EUROPA DO OUTRO – A IMIGRAÇÃO EM PORTUGAL NO ... - Acidi

A EUROPA DO OUTRO – A IMIGRAÇÃO EM PORTUGAL NO ... - Acidi

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

A <strong>EUROPA</strong> <strong>DO</strong> <strong>OUTRO</strong> – A IMIGRAÇÃO <strong>EM</strong> <strong>PORTUGAL</strong> <strong>NO</strong> INÍCIO <strong>DO</strong> SÉCULO XXI – Estudo do caso dos imigrantesda Europa de Leste no concelho de Vila Viçosavendedores…) 188 , embora um número considerável (23%) esteja incluídono grupo dos trabalhadores não qualificados 189 . Estes desempenham funçõesna área da construção civil e da indústria extractiva, embora 19% dosinquiridos trabalhem nesta área, com formação adequada 190 .O facto da grande maioria dos inquiridos nunca ter saído do concelhoonde nasceu para trabalhar/residir e as fracas habilitações literárias, sãofactores que poderão contribuir para uma maior dificuldade na aceitaçãodo Outro, pois não se conhece nem há muita consciência dele. Os autóctonesparecem ser pessoas com menos mobilidade, não estando habituadosa viver na fronteira de culturas (apesar da proximidade com Espanha,essa é uma cultura «habitual»), que implica padrões de comportamento,hábitos, normas, regras… diferentes. Perante esta inexistência de«padrão de confronto», poderá haver o perigo da instauração da verdadeabsoluta, ou seja, a não-aceitação do Outro porque este traz algo de diferenteque poderá alterar o sistema sócio-cultural imposto. É aqui que ahipótese de experimentar as possíveis alterações (que poderão ser paramelhor) e o medo de arriscar se cruzam.3.2. A aceitação do Outro como CidadãoA aceitação do Outro também depende da representação que este tempara o autóctone. A concepção de cidadania será um ponto-chave queambos terão em conta, na medida em que será o elo de ligação entre opólo imigrante-autóctone. A participação numa sociedade com regrasespecíficas implica o cumprimento de deveres e direitos comuns. Seestes aspectos forem cumpridos por todos, ou melhor dizendo, se pelomenos o autóctone pensar que o imigrante terá capacidade para tal,o processo de aceitação será amplamente facilitado, visto que se constróia imagem de um Outro capaz, autónomo, com possibilidade de integraruma comunidade com funcionamento próprio, participando de formamais ou menos activa.188. Segundo a Classificação Nacional de Profissões de 1994, inserem-se no grupo 4(«Pessoal Administrativo e Similares») e 5 («Pessoal dos Serviços e Vendedores»).189. Segundo a Classificação Nacional de Profissões de 1994, inserem-se no grupo 9(«Trabalhadores Não Qualificados»).190. Segundo a Classificação Nacional de Profissões de 1994, inserem-se no grupo 7(«Operários, Artífices e Trabalhadores Similares») e 8 («Operadores de Instalaçõese Máquinas e Trabalhadores da Montagem»). Refira-se que a presença de uma escolaprofissional destinada essencialmente à aprendizagem de ofícios ligado ao trabalho naindústria extractiva, em Borba, contribuiu para a formação de muitos trabalhadores. Poroutro lado, muitas das tarefas são realizadas com máquinas, que para serem operadas,exigem pessoal com formação específica.Fátima Velez de Castro221

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!