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A EUROPA DO OUTRO – A IMIGRAÇÃO EM PORTUGAL NO ... - Acidi

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A <strong>EUROPA</strong> <strong>DO</strong> <strong>OUTRO</strong> – A IMIGRAÇÃO <strong>EM</strong> <strong>PORTUGAL</strong> <strong>NO</strong> INÍCIO <strong>DO</strong> SÉCULO XXI – Estudo do caso dos imigrantesda Europa de Leste no concelho de Vila ViçosaA relação entre a naturalidade e a residência pode dar-nos pistas sobre ofacto do indivíduo ter nascido e constituído vida num local que não ondereside actualmente, o que lhe confere um certo grau de mobilidade,porém, na maioria dos casos, tal não acontece efectivamente porque onascimento num local diferente da residência não implica necessariamenteque tal se tenha verificado. Por exemplo, existem casos de indivíduosque sendo os pais residentes em Vila Viçosa, tiveram de nascer nohospital de Évora, daí que sendo considerados naturais desta últimacidade, efectivamente nunca viveram fora do concelho de Vila Viçosa.Constatou-se então que 96% dos inquiridos têm nacionalidade portuguesa,no entanto, no que concerne à naturalidade, há um maior númerode origens, sendo que 63% são naturais de Vila Viçosa, 17% do concelhode Borba e outros de concelhos próximos (Alandroal, Estremoz, Évora…).Tal como já foi referido, a maioria dos inquiridos reside em Vila Viçosa,porém nem todos na sede do concelho, mas também nas freguesias.Assim, constatamos que 78% dos inquiridos residem em Vila Viçosa, 19%de Borba e 3% de Estremoz. Portanto, podemos observar que a maiorianasceu no local onde reside e quando isso não acontece, tratam-se deinquiridos que nasceram em concelhos mais ou menos limítrofes ao queestá em estudo e que agora residem no mesmo. Portanto, à partida, nãohouve grandes alterações de realidades e de quotidiano que fossem suscitadaspela não residência num concelho donde não se é natural, visto queambos os locais se encontram num meio relativamente próximo e similar.No entanto, explorou-se a possibilidade destes indivíduos, por algummomento, terem saído «da terra» para residir/ trabalhar, constatando-seque a grande maioria nunca o fez (só 17% é que já viveu noutro ponto dopaís e 5% no estrangeiro). Quem o fez e já residiu/trabalhou noutro pontodo país foi essencialmente na região de Lisboa e Setúbal e quem estevefora de Portugal foi na Alemanha e no Canadá. Isto significa que o grau demobilidade da população inquirida não é significativo, constatando-se queo comum é residir e trabalhar no local donde se é natural, sem nunca seter saído para outro local.Trata-se ainda de uma amostra cujas habilitações literárias não sãomuito elevadas, como de resto na restante população autóctone, já que30% possui o 3.º ciclo do ensino básico, 26% dos inquiridos apenas possuio 1.º ciclo e 6% nem sequer sabem ler ou escrever. Comparando com oque já foi analisado na amostra dos imigrantes de Leste, verificamos queestes têm mais formação, principalmente no Ensino Secundário e Superiordo que os autóctones.Fátima Velez de Castro218

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