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A EUROPA DO OUTRO – A IMIGRAÇÃO EM PORTUGAL NO ... - Acidi

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A <strong>EUROPA</strong> <strong>DO</strong> <strong>OUTRO</strong> – A IMIGRAÇÃO <strong>EM</strong> <strong>PORTUGAL</strong> <strong>NO</strong> INÍCIO <strong>DO</strong> SÉCULO XXI – Estudo do caso dos imigrantesda Europa de Leste no concelho de Vila Viçosadesempenhadas/oferecidas no mercado-de-trabalho. Observando oquadro apresentado 170 , verificamos o ramo da restauração e dos serviçosde limpeza é aquele que emprega mais imigrantes do sexo feminino (15%e 18% dos inquiridos na data do inquérito, respectivamente), quer sejaantes ou já aquando da fixação em Vila Viçosa. No sexo masculino dominamos serviços ligados à indústria extractiva e construção, bem comoalguns trabalhos ligados à agricultura e aos transportes. Contudo verifica-seque antes da fixação em Vila Viçosa, a construção civil era o ramoque mais empregava estes imigrantes (42% dos inquiridos), porémactualmente a tendência é para haver um maior equilíbrio entre este sector(34% dos inquiridos) e o da indústria extractiva (27% dos inquiridos) 171 .No fundo, parece não haver muita variedade de empregos para os imigrantes,tenham eles trabalhado noutros locais, ou trabalhem eles nestaregião. É que embora tenham formação académica suficiente para exerceroutro tipo de funções, a verdade é que não há muita resposta porparte do mercado-de-trabalho, visto não haver equivalência de diplomas.Desta forma, os imigrantes exploram ao máximo a possibilidade de trabalhoem ramos de actividade com necessidades de mão-de-obra indiferenciadae que normalmente existem por todo o país (verificamos que 66%tem como modo de vida o trabalho). No caso de Vila Viçosa, a indústriaextractiva é um sector peculiar que acabou por ocupar muitos imigrantes.A quantidade de explorações e o tipo de trabalho que aí se realiza exigemuita mão-de-obra que só é suprida, em muitos casos, com trabalhadoresextra-regionais, nomeadamente por estes imigrantes 172 .A construção civil também acaba por revelar uma maior absorção demão-de-obra imigrante, contudo poderemos contar este número de umaforma mais relativa, ligada à quantidade de obras a realizar. Por exemplo,na altura em que foi realizado o inquérito, é natural que houvesse ummaior número de imigrantes a trabalhar nas obras, uma vez que estava aser feita uma ligação rodoviária entre Borba e Vila Viçosa, que exigia bastantemão-de-obra.170. É de ter em conta que na parte do quadro respeitante à «Profissões Anteriores», nãose teve em conta o caso dos 11 estudantes inquiridos. No caso da «Profissões Actuais»não se teve em conta o caso dos 11 estudantes, de 1 doméstica e de 5 desempregados.Nesta parte da análise, apenas se reflectiu sobre as profissões em si, no entanto os casosnão contemplados no quadro irão ser considerados mais adiante.171. Pela Classificação Nacional das Profissões de 94, estes imigrantes pertencem aogrupo 9 («Trabalhadores Não Qualificados»), já que não têm formação adequada paradesempenharem a função que exercem.172. De notar que muitos já tinham exercido funções em pedreiras, nomeadamente noutrosconcelhos adjacentes onde referiram ter trabalhado.Fátima Velez de Castro200

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