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A EUROPA DO OUTRO – A IMIGRAÇÃO EM PORTUGAL NO ... - Acidi

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A <strong>EUROPA</strong> <strong>DO</strong> <strong>OUTRO</strong> – A IMIGRAÇÃO <strong>EM</strong> <strong>PORTUGAL</strong> <strong>NO</strong> INÍCIO <strong>DO</strong> SÉCULO XXI – Estudo do caso dos imigrantesda Europa de Leste no concelho de Vila Viçosados) e muita burocracia (12% dos inquiridos). Mas o maior problemaesteve relacionado sobretudo com a obtenção e validade dos contratos detrabalho (38% dos inquiridos com problemas), uma vez que muitos delestiveram problemas com patrões que negavam a atribuição do documento.Algumas destas questões só foram resolvidas há pouco tempo, muitosdos imigrantes em questão estarem em Portugal/Vila Viçosa há relativamentepouco tempo. De qualquer forma já há quem pense em obter anacionalidade portuguesa (cerca de 24% dos inquiridos), sendo essencialmenteos mais novos que comungam desta ideia.A disponibilidade de emprego, a tranquilidade do país/região e o climaparecem estar na base das motivações, sendo que até acham que a qualidadede vida é boa em Portugal (66% dos inquiridos que aspiram ficar) eisso é motivo válido para permanecer. 163 Aqueles que não pretendemobter a nacionalidade (22% dos inquiridos) e que pretendem voltar ao paísde origem, são alguns dos que imigraram sem a família, querendo nofuturo voltar a juntar-se a ela.No entanto a maioria parece ainda não ter decidido o seu futuro (54% dosinquiridos). Há muitos que preferem esperar a evolução económica dopaís ou tentar integrar-se mais seguramente e só depois decidir se pretendemou não obter nacionalidade portuguesa. Apesar de num primeiromomento a matriz familiar da migração indicar um possível sentido «definitivo»,a instabilidade económica vivida parece balançar a opinião dosimigrantes quanto ao carácter temporal da migração. O PNUD 164 dá aconhecer, no seu relatório de 2004, que Portugal desceu no ranking dodesenvolvimento humano, da 23.ª posição que ocupava em 2003, paraa 26.ª posição que passou a ocupar no ano seguinte. A descida deveu-sesobretudo às boas prestações dos outros países em certos indicadores(económicos, de saúde, de educação…) e à «estagnação» em que Portugalapresenta nestas áreas, face a outros países da UE. 165 Esta conjunturabalança assim a opinião da maioria dos imigrantes quanto ao facto deaqui permanecerem ou não. Desta forma, provavelmente só haverá umaresposta sobre a fixação deste grupo quando houver uma alteraçãoda conjuntura económica, política e social, quer no local de partida, querno local de chegada. Resta saber também se o campo político e jurídicofacilitará ou não a sua permanência.163. O primeiro motivo será o mais importante, embora os restantes contribuam paraa decisão, mesmo que de forma secundária.164. PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.165. Diário de Notícias, Portugal desde no “ranking» da ONU, Secção Sociedade, sexta--feira 16 de Julho de 2004.Fátima Velez de Castro195

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