A EUROPA DO OUTRO â A IMIGRAÃÃO EM PORTUGAL NO ... - Acidi
A EUROPA DO OUTRO â A IMIGRAÃÃO EM PORTUGAL NO ... - Acidi A EUROPA DO OUTRO â A IMIGRAÃÃO EM PORTUGAL NO ... - Acidi
A EUROPA DO OUTRO – A IMIGRAÇÃO EM PORTUGAL NO INÍCIO DO SÉCULO XXI – Estudo do caso dos imigrantesda Europa de Leste no concelho de Vila Viçosa2001 e 2003, o que leva a crer que a grande maioria dos imigrantes, nestaregião, ainda não esteja realmente contabilizada no seu todo. O equilíbrioentre ambos os sexos vai-se mantendo, com excepção do caso dos anosde 2000 e 2001, em que o número de entradas do sexo feminino foi superiorao masculino, o que pode querer dizer que se trataram de anos ondefoi mais visível a reunificação familiar (já que praticamente não se verificaa migração exclusivamente feminina, de carácter isolado).Quadro 8 – Ano de entrada em Portugal dos imigrantes inquiridosAnosMulheres1999 *** 117 1142000 115 1142001200220032004TotalHomens125 123145 130125 123*** 113100 100Elaboração própria – Inquéritos (2004).Total% % %1101241361241121100Por outro lado, verificou-se que, entre os inquiridos, domina a nacionalidademoldava. Este é um núcleo de forte presença em Vila Viçosa e talpode ser constatado na escola já referida, onde a esmagadora maioriados alunos estrangeiros que ali estuda tem esta origem. Contudo, tambémpodemos encontrar imigrantes de outros países da Europa de Leste,como se conferiu nos inquéritos, mais especificamente búlgaros (8% dosinquiridos), ucranianos (8% dos inquiridos) e romenos (4% dos inquiridos).No que concerne ao grupo dos Moldavos (80% dos inquiridos), e analisandomais especificamente a sua situação quando ainda estavam no paísde origem, constatou-se que cerca de 30% não residiam no local dondeeram naturais. Isto significa que deste total, cerca de 25% já tinham deixadoa localidade donde realmente eram naturais, para ir residir/trabalharem Chisinau, a capital da Moldávia. Independentemente de teremrealizado esta migração em adultos ou ainda com os pais, pode levar acrer que se tratam de casos de mobilidade interna, onde já se manifestauma acção de alguns factores motivacionais, que a outra escala, estiverampresentes na migração internacional. No entanto, parece que seFátima Velez de Castro185
A EUROPA DO OUTRO – A IMIGRAÇÃO EM PORTUGAL NO INÍCIO DO SÉCULO XXI – Estudo do caso dos imigrantesda Europa de Leste no concelho de Vila Viçosatrata de uma migração interna revestida de um carácter de «manutençãopopulacional», inerente à própria dinâmica de qualquer comunidade.Gráfico 16 – Habilitações literárias dos imigrantes da Europa de Leste,em Vila ViçosaEnsinoSuperior16%EnsinoBásico1. o Ciclo6%Ensino Básico2. o /3. o Ciclos20%Ensino Secundário12. o ano44%Ensino Secundário10. o /11. o anos14%Elaboração própria – Inquérito (2004).Trata-se de uma população com um nível de instrução médio-elevado.A maioria (44% dos inquiridos) concluiu o ensino secundário, sendo que16% obtiveram graus académicos superiores 155 . De referir que o ensinonos países de Leste, segundo alguns inquiridos, está muito virado para acomponente profissional e para a parte prática, também no sentido de darresposta a necessidades mais proeminentes do mercado, nomeadamenteda indústria e de sectores que a ela se encontram ligados. É o que sepassa com o caso dos moldavos, onde embora o número daqueles quefrequentaram o ensino superior não seja muito elevado, os que completaramo ensino secundário compensa e pode revelar a tendência para quese promova uma preparação da população para um nível de conhecimentosmédio, que lhe permita ter noções básicas de carácter interdisciplinare que ao mesmo tempo permita a especialização numa certa área de trabalho.156 Com este tipo/grau de formação escolar, o domínio das línguascomo o português e o inglês parece estar assim mais facilitado. Cercade 60% dos inquiridos afirmam ter alguns conhecimentos desta última155. Os Censos de 2001 referem que, em Portugal, a porção de população com formaçãosuperior é de 8,6%.156. Refira-se que aqueles que apresentam graus ligados aos 1.º/2.º/3.º ciclos se tratammaioritariamente dos filhos dos imigrantes que estão actualmente a frequentar a escola.Fátima Velez de Castro186
- Page 136 and 137: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 138 and 139: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 140 and 141: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 142 and 143: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 144 and 145: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 146 and 147: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 148 and 149: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 150 and 151: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 152 and 153: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 154 and 155: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 156 and 157: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 158 and 159: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 160 and 161: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 162 and 163: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 164 and 165: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 166 and 167: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 168 and 169: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 170 and 171: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 172 and 173: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 174 and 175: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 176 and 177: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 178 and 179: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 180 and 181: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 182 and 183: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 184 and 185: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 188 and 189: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 190 and 191: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 192 and 193: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 194 and 195: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 196 and 197: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 198 and 199: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 200 and 201: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 202 and 203: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 204 and 205: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 206 and 207: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 208 and 209: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 210 and 211: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 212 and 213: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 214 and 215: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 216 and 217: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 218 and 219: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 220 and 221: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 222 and 223: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 224 and 225: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 226 and 227: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 228 and 229: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 230 and 231: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 232 and 233: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 234 and 235: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
A <strong>EUROPA</strong> <strong>DO</strong> <strong>OUTRO</strong> – A IMIGRAÇÃO <strong>EM</strong> <strong>PORTUGAL</strong> <strong>NO</strong> INÍCIO <strong>DO</strong> SÉCULO XXI – Estudo do caso dos imigrantesda Europa de Leste no concelho de Vila Viçosatrata de uma migração interna revestida de um carácter de «manutençãopopulacional», inerente à própria dinâmica de qualquer comunidade.Gráfico 16 – Habilitações literárias dos imigrantes da Europa de Leste,em Vila ViçosaEnsinoSuperior16%EnsinoBásico1. o Ciclo6%Ensino Básico2. o /3. o Ciclos20%Ensino Secundário12. o ano44%Ensino Secundário10. o /11. o anos14%Elaboração própria – Inquérito (2004).Trata-se de uma população com um nível de instrução médio-elevado.A maioria (44% dos inquiridos) concluiu o ensino secundário, sendo que16% obtiveram graus académicos superiores 155 . De referir que o ensinonos países de Leste, segundo alguns inquiridos, está muito virado para acomponente profissional e para a parte prática, também no sentido de darresposta a necessidades mais proeminentes do mercado, nomeadamenteda indústria e de sectores que a ela se encontram ligados. É o que sepassa com o caso dos moldavos, onde embora o número daqueles quefrequentaram o ensino superior não seja muito elevado, os que completaramo ensino secundário compensa e pode revelar a tendência para quese promova uma preparação da população para um nível de conhecimentosmédio, que lhe permita ter noções básicas de carácter interdisciplinare que ao mesmo tempo permita a especialização numa certa área de trabalho.156 Com este tipo/grau de formação escolar, o domínio das línguascomo o português e o inglês parece estar assim mais facilitado. Cercade 60% dos inquiridos afirmam ter alguns conhecimentos desta última155. Os Censos de 2001 referem que, em Portugal, a porção de população com formaçãosuperior é de 8,6%.156. Refira-se que aqueles que apresentam graus ligados aos 1.º/2.º/3.º ciclos se tratammaioritariamente dos filhos dos imigrantes que estão actualmente a frequentar a escola.Fátima Velez de Castro186