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A EUROPA DO OUTRO – A IMIGRAÇÃO EM PORTUGAL NO ... - Acidi

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A <strong>EUROPA</strong> <strong>DO</strong> <strong>OUTRO</strong> – A IMIGRAÇÃO <strong>EM</strong> <strong>PORTUGAL</strong> <strong>NO</strong> INÍCIO <strong>DO</strong> SÉCULO XXI – Estudo do caso dos imigrantesda Europa de Leste no concelho de Vila Viçosaque conhecem e dominam bem quer o português, quer o moldavo e orusso 152 , fez com que se o inquérito pudesse ser realizado com imigrantesda Europa de Leste de nacionalidades que não apenas a moldava,não tendo havido grandes dúvidas na aplicação das questões (feitas emportuguês).Desta forma, e num universo de 58 imigrantes 153 (30 homens e 28 mulheres)estudou-se uma amostra de 50 imigrantes da Europa de Leste noconcelho de Vila Viçosa. Aleatoriamente, foram inquiridos indivíduos entreos 9 e os 39 anos (no sexo feminino) e entre os 11 e os 58 anos (no sexomasculino). A média de idade da amostra ronda os 30,8 anos (28,6 anos nosexo feminino e 32,3 anos no sexo masculino), o que não se deve afastarmuito da realidade, visto que se trata de um grupo cujos actores damigração não são jovens-adultos propriamente ditos, tal como estivemoshabituados a ver partir, nos anos 60/70, jovens portugueses para outrospaíses da Europa, mas sim adultos entre os 25 e os 30 anos. Foram inquiridos20 indivíduos do sexo feminino e 30 indivíduos do sexo masculino,dos quais 70% eram casados e 30% solteiros: trata-se de uma migraçãoem que há um grande equilíbrio entre ambos os sexos, visto que se tratade uma migração familiar. Muitas vezes aconteceu que o pai e um dosfilhos vieram primeiro, no sentido de arranjar habitação e regularizar asituação (ao nível do trabalho) para que, pouco tempo depois, o núcleofamiliar se pudesse voltar a reunir.Estima-se, segundo opinião de alguns imigrantes de Leste, que nesteconcelho estejam cerca de uma centena de imigrantes da Europa Oriental,contudo a maioria poderá ter entrado já depois de 2001, estandoalguns ainda em situação irregular. 154 A verdade é que a amostra revelouessa mesma tendência, uma vez que a maioria dos inquiridos entrou emPortugal depois dessa mesma data. Neste caso, a maioria entrou entre152. Normalmente os imigrantes dos países da Europa Oriental, além da língua oficial doseu país, sabem falar russo.153. É de ter em atenção que este número de «58» indivíduos se refere à populaçãoestrangeira de outras nacionalidades que não portuguesa, timorense, macaense, angolana,moçambicana, cabo-verdiana, alemã, francesa, brasileira, ou venezuelana. Os apátridase os indivíduos de dupla nacionalidade também não estão consignados nestenúmero. Presume-se então que este número de «58 estrangeiros» esteja perto da realidadereferente ao quantitativo legal de imigrantes legais da Europa de Leste que estavampresentes em Vila Viçosa, na altura da recolha de dados para o recenseamento de 2001.Todavia, o número real será mais elevado, uma vez que muitos entraram depois de 2001e outros ainda se encontram em situação irregular.154. No quadro correspondente, não foram contabilizadas entradas de imigrantesdo sexo feminino em 1999 2 2004.Fátima Velez de Castro184

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