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A EUROPA DO OUTRO – A IMIGRAÇÃO EM PORTUGAL NO ... - Acidi

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A <strong>EUROPA</strong> <strong>DO</strong> <strong>OUTRO</strong> – A IMIGRAÇÃO <strong>EM</strong> <strong>PORTUGAL</strong> <strong>NO</strong> INÍCIO <strong>DO</strong> SÉCULO XXI – Estudo do caso dos imigrantesda Europa de Leste no concelho de Vila ViçosaFONSECA, CALDEIRA e ESTEVES (2002, pp.54 e 150) afirmam que temosum país socialmente diversificado e etnicamente rico 135 . O conceito de«Europa com grau de imigração 0» é totalmente ineficiente, o que leva aque necessitemos de uma política comum europeia de migração. O Conselhode Tampere (1999) tenta exaurir esta ideia, estabelecendo parceriascom países emissores de imigrantes. Portugal ultimamente, na sua política,tenta equilibrar as restrições às entradas (Acordo de Schengen), bemcomo influenciar os parceiros europeus a adoptar políticas migratóriasabertas, facilitando a atribuição de documentação, de forma a minimizaro problema da imigração ilegal. No quadro institucional, parece havervontade (ou necessidade) de integrar os imigrantes, sendo fundamental oapoio de organizações e instituições. Porém revelam-se ainda muitassituações de exploração, falta de informação e pouca abertura.2.4. Que futuro para Portugal imigrante/da imigração?E perante este cenário, quais são as perspectivas? FERNANDES, TOMÁSe CRAVIDÃO (2002, p. 98) afirmam que da integração saudável da imigraçãoe do modo como se encara o território e a sua territorialidade, dependeráo seu desenvolvimento. Na verdade, a geografia de Portugal não passa apenaspelas «geografias da emigração», mas também pelos territórios da imigração.Não podemos pois descurar que os imigrantes tenderão a ser uma partecada vez mais integrante da vida nacional e isso significa que se tal passenão só ao nível laboral, como também a outros níveis da vida em geral. Hánecessidade de analisar a questão em toda a sua abrangência social, económica,demográfica, cultural… A forma de ver o Outro também vaimudando, não derivado do contacto com este, mas também pelo papel doimigrante na vida portuguesa, e a forma como que é visto por parte doEstado, instituições, opinião pública, enfim, pela população em geral.O último alargamento poderá ser o motor desta progressiva tendência, aocontribuir para a construção da imagem do imigrante, numa perspectivade progressiva abertura ao novo Outro.Portugal precisa de se preparar, a todos os níveis, para receber imigrantes.MALHEIROS (1996, pp. 203 à 205) identificou já uma nova fase no ciclo de imigraçãopara o nosso país, que o vem libertar da pressão directa e imediata dadescolonização. Neste caso, e visto o distanciamento histórico-cultural (se éque este é suficiente), já se poderá reflectir melhor sobre as próprias exigênciasdo mercado de emprego e sobre as transformações do país no contexto135. Essa diversificação e riqueza tendem a aumentar com a vinda de mais imigrantes.Fátima Velez de Castro168

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