A EUROPA DO OUTRO – A IMIGRAÇÃO EM PORTUGAL NO ... - Acidi

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A EUROPA DO OUTRO – A IMIGRAÇÃO EM PORTUGAL NO INÍCIO DO SÉCULO XXI – Estudo do caso dos imigrantesda Europa de Leste no concelho de Vila ViçosaGráfico 12- Evolução da população estrangeira residente,por sexo, entre 1986-2002140 000HomensMulheresNúmero de estrangeiros120 000100 00080 00060 00040 00020 0000198619871988198919901991Adaptado do INE (2003) – Site da Web.1992199319941995Anos1996199719981999200020012002Em suma, verifica-se uma tendencial diversificação da nacionalidade dosimigrantes da União Europeia (italianos, holandeses, alemães, franceses…)e a emergência de novos grupos, como é o caso dos originários da Europade Leste, bem como no próprio contingente de imigrantes africanos (maisGuineenses e São-tomenses…, embora correspondam a reduzidos valoresabsolutos), a par da relevância que cada vez mais tende a ganhar a correntemigratória vinda da Ásia e do Brasil. (BAGANHA, FERRÃO e MALHEI-ROS, 2002, p.90) No caso dos imigrantes do Leste Europeu, o processo deregularização extraordinária de Janeiro de 2001 promoveu o aparecimentode um largo número de candidatos desta origem, o que deixa antever apreponderância que este grupo poderá ter nos próximos tempos. Portugalrevelou, até ao final da década de 90, uma descida da taxa de desemprego(passou de 7,3% em 1995 para 3,8% em 2000, mostrando entretanto umatendência oscilatória). (ROCHA-TRINDADE, 2002, pp. 151 e 154)Tudo indica pois que, durante os próximos anos, haverá necessidade derecorrer a mão-de-obra estrangeira, quer porque a população activa tenderáa diminuir, quer pela possível maior exigência por parte de sectorescomo a agricultura, indústria e principalmente a construção civil.Interessante será ainda fazer uma breve referência à bibliografia consultadapara as reflexões discutidas neste capítulo. Refira-se que a esmagadoramaioria dos autores faz apenas uma caracterização do imigrantebaseada nas características económico-profissionais, deixando paraFátima Velez de Castro163

A EUROPA DO OUTRO – A IMIGRAÇÃO EM PORTUGAL NO INÍCIO DO SÉCULO XXI – Estudo do caso dos imigrantesda Europa de Leste no concelho de Vila Viçosasegundo plano as características demográficas (em termos de sexo,idade…) e sociais (em termos de condições de habitação, saúde…). Esta prevalênciapode ser reveladora de interesses, nomeadamente de uma atitudedefensiva face ao poder concorrencial que esta mão-de-obra poderá denunciarao lado dos nacionais. No entanto, seria também benéfico um estudomais aprofundado de outro tipo de características (nomeadamente demográficas),no sentido de conhecer a fundo o Outro que connosco convive.2.3. Onde estão os estrangeiros imigrados em Portugal?Distribuição geográficaÉ interessante observar o mapa com a distribuição dos estrangeiros imigradosem Portugal, até porque não se afasta muito das direcções tomadaspelas migrações internas nacionais. As áreas metropolitanas de Lisboae do Porto e a faixa litoral parecem ser os espaços de eleição para afixação destes fluxos, até porque são os locais onde a quantidade e diversidadede emprego é maior, e consequentemente o grau de atracção.Mapa 2 – Percentagem de população estrangeira residente,por distritos de Portugal continental, em 2002Percentagem de populaçãoestrangeira1% a 2%2% a 4%4% a 13%13% a 51%0 50 kmAdaptado do INE (2003).Fátima Velez de Castro164

A <strong>EUROPA</strong> <strong>DO</strong> <strong>OUTRO</strong> – A IMIGRAÇÃO <strong>EM</strong> <strong>PORTUGAL</strong> <strong>NO</strong> INÍCIO <strong>DO</strong> SÉCULO XXI – Estudo do caso dos imigrantesda Europa de Leste no concelho de Vila ViçosaGráfico 12- Evolução da população estrangeira residente,por sexo, entre 1986-2002140 000HomensMulheresNúmero de estrangeiros120 000100 00080 00060 00040 00020 0000198619871988198919901991Adaptado do INE (2003) – Site da Web.1992199319941995Anos1996199719981999200020012002Em suma, verifica-se uma tendencial diversificação da nacionalidade dosimigrantes da União Europeia (italianos, holandeses, alemães, franceses…)e a emergência de novos grupos, como é o caso dos originários da Europade Leste, bem como no próprio contingente de imigrantes africanos (maisGuineenses e São-tomenses…, embora correspondam a reduzidos valoresabsolutos), a par da relevância que cada vez mais tende a ganhar a correntemigratória vinda da Ásia e do Brasil. (BAGANHA, FERRÃO e MALHEI-ROS, 2002, p.90) No caso dos imigrantes do Leste Europeu, o processo deregularização extraordinária de Janeiro de 2001 promoveu o aparecimentode um largo número de candidatos desta origem, o que deixa antever apreponderância que este grupo poderá ter nos próximos tempos. Portugalrevelou, até ao final da década de 90, uma descida da taxa de desemprego(passou de 7,3% em 1995 para 3,8% em 2000, mostrando entretanto umatendência oscilatória). (ROCHA-TRINDADE, 2002, pp. 151 e 154)Tudo indica pois que, durante os próximos anos, haverá necessidade derecorrer a mão-de-obra estrangeira, quer porque a população activa tenderáa diminuir, quer pela possível maior exigência por parte de sectorescomo a agricultura, indústria e principalmente a construção civil.Interessante será ainda fazer uma breve referência à bibliografia consultadapara as reflexões discutidas neste capítulo. Refira-se que a esmagadoramaioria dos autores faz apenas uma caracterização do imigrantebaseada nas características económico-profissionais, deixando paraFátima Velez de Castro163

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