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A EUROPA DO OUTRO – A IMIGRAÇÃO EM PORTUGAL NO ... - Acidi

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A <strong>EUROPA</strong> <strong>DO</strong> <strong>OUTRO</strong> – A IMIGRAÇÃO <strong>EM</strong> <strong>PORTUGAL</strong> <strong>NO</strong> INÍCIO <strong>DO</strong> SÉCULO XXI – Estudo do caso dos imigrantesda Europa de Leste no concelho de Vila Viçosatico/agricultura à indústria (por exemplo, de calçado, onde há possibilidadede realizar o trabalho em casa). Actividades ligadas ao turismo e àindústria alimentar também aparecem, em ambos os sexos, como umaalternativa de trabalho informal. (Ob. Cit., p. 59)BAGANHA, FERRÃO e MALHEIROS (2002, p.79) afirmam que a possibilidadede organizarem o trabalho desta forma é um factor de atracção quefaz com que os imigrantes procurem o sul europeu, nomeadamente Portugal,como local de chegada, aliado a outras motivações como a proximidadelinguística e cultural ou os laços coloniais e as políticas migratórias«menos restritivas» que no resto da Europa.Além do estatuto sócio-profissional, o estudo da formação/nível de instruçãodos imigrantes também ajuda a traçar o seu perfil. Normalmentesão os norte-americanos, os asiáticos (japoneses, coreanos, iranianos…),os europeus da União Europeia e alguns brasileiros que apresentam onível de instrução mais elevado, adequado às funções por eles desempenhadas,como anteriormente se verificou. Quem apresenta um nível deinstrução intermédio 128 são normalmente os chineses, os indianos ealguns brasileiros a trabalhar no ramo do comércio, restauração e hotelaria.Por fim é a comunidade africana que apresenta os níveis de instruçãomais baixos, salientando-se os Cabo-Verdianos (são os que estão emmaior número em Portugal), embora haja outros grupos com qualificaçõeselevadas (por exemplo, os São-tomenses), que ocupam muitas vezesprofissões desadequadas da sua formação. Apesar de tudo, e particularmenteentre os imigrantes africanos, assiste-se a uma crescente formalizaçãoe precarização do trabalho, através de contratos a curto prazo,fruto não só da quase inexistência de equivalências académicas, ou pelaparca formação profissional, como também à própria conjuntura do mercadode trabalho. (Ob. Cit., pp. 97 e 98)No fundo, a formação nem sempre corresponde à actividade desenvolvida.No caso dos brasileiros e dos europeus da União tal parece ser maislinear, na medida em que os cargos que ocupam correspondem às suashabilitações. Contudo, no caso dos europeus de leste e dos São-tomensesnão há essa equivalência. Tal tendência poderá ser resultado do estabelecimentode relações mais estreitas entre países, no caso dos brasileiros,o que também se poderia verificar no caso dos São-tomenses, visto tratar-sede um país de língua oficial portuguesa e do governo tanto anunciara necessidade do estabelecimento de laços e relações com os128. Considera-se intermédio-baixo.Fátima Velez de Castro158

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