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A EUROPA DO OUTRO – A IMIGRAÇÃO EM PORTUGAL NO ... - Acidi

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A <strong>EUROPA</strong> <strong>DO</strong> <strong>OUTRO</strong> – A IMIGRAÇÃO <strong>EM</strong> <strong>PORTUGAL</strong> <strong>NO</strong> INÍCIO <strong>DO</strong> SÉCULO XXI – Estudo do caso dos imigrantesda Europa de Leste no concelho de Vila Viçosaciando 2% da população residente total, isto sem incluir os imigrantes ilegais/clandestinos.Em 1991, só a Irlanda e Portugal apresentaram aindauma taxa de crescimento migratório mais baixa, segundo NAZARETH(1991, pp. 14 e 15), quando nos restantes países da União Europeia a tendênciafoi de aumento. Refira-se que na Irlanda, o crescimento negativo jáé uma constante, enquanto que em Portugal começa a receber imigrantesem números mais significativos a partir da década de 70. É naturalque haja uma dificuldade em estimar o número real de imigrantes, não sóporque há algumas lacunas de dados entre os períodos intercensitários,como também porque como é óbvio, não se consegue de todo estimaro número real de imigrantes em situação ilegal/clandestina.PIRES (2002, p. 151) revela que, no início do séc. XXI, o novo regime legaldas autorizações de permanência que entrou em vigor em 2001, veio darvisibilidade estatística a um conjunto de mudanças no fenómeno imigratório,entre as quais se destaca o rápido desenvolvimento de um novofluxo da Europa de Leste e a aceleração dos imigrantes oriundos do Brasil.Em 31 de Dezembro de 2001, estima-se que viveriam em Portugal, sobsituação regular, cerca de 335 000 estrangeiros (190 mil registados em1999), maioritariamente do continente Africano (47,6%) e do continenteEuropeu (30,2%), o que representaria cerca de 3,3% da população total dopaís e destes, cerca de 260 000 teriam autorização de residência, beneficiandoos restantes do novo estatuto de autorização de permanência 120 .Até à recente emergência dos movimentos migratórios com origem naEuropa de Leste e no Brasil, a imigração em Portugal era caracterizadapela existência de fluxos laborais e profissionais com origens distintas,nomeadamente trabalhadores qualificados da Europa e trabalhadoresnão qualificados das antigas colónias portuguesas.Hoje, segundo este autor (Ob. Cit., p. 162), observa-se uma diversificaçãodos sectores de trabalho da mão-de-obra, devido a factores do planoexterno (destacada pressão emigratória nos países de origem dosmigrantes, ou seja, factores repulsivos ao nível político e económico, bemcomo dinâmicas induzidas pela integração europeia, e neste caso tratarse-áde um elemento atractivo) e do plano interno (um tendencial envelhecimentoe possível futuro esgotamento da mão-de-obra autóctone).Parece pois que Portugal tende à construção de uma imagem territorialpositiva e atractiva, fruto da oferta de emprego em certas áreas e da rela-120. Os dados apresentam sempre discrepâncias, dependendo pois da fonte que os fornece.O autor acima citado baseou-se em números fornecidos pelo SEF. Já o INE, afirmaque em 2001 foram recenseados 226 715 indivíduos com nacionalidade estrangeiraa residir em Portugal, representando 2,2% da população residente.Fátima Velez de Castro151

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