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A EUROPA DO OUTRO – A IMIGRAÇÃO EM PORTUGAL NO ... - Acidi

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A <strong>EUROPA</strong> <strong>DO</strong> <strong>OUTRO</strong> – A IMIGRAÇÃO <strong>EM</strong> <strong>PORTUGAL</strong> <strong>NO</strong> INÍCIO <strong>DO</strong> SÉCULO XXI – Estudo do caso dos imigrantesda Europa de Leste no concelho de Vila Viçosao retorno das tropas e das populações das colónias, conjuntamente com oinício da recepção de imigrantes que cada vez em maior número chegavama países como a França, a Bélgica, o Reino Unido ou a Holanda. Estesautores destacam ainda a guerra da independência da Argélia (1954-62)pelo considerável número de retornados franceses desse país e tambémde outras colónias desse Estado, como um marco, ou seja, é a partirdessa altura que se começa a constatar o retorno de populações dascolónias para os respectivos países europeus, visto que se entra no processode descolonização.Este era uma dinâmica migratória facilitada, na medida em que os próprioscolonos eram legalmente nacionais dos países colonizadores. Hojeas migrações tornam-se mais complexas e os fluxos migratórios sãocada vez mais diversificados, contudo com uma ligeira queda nos paísesde tradição imigratória.Podemos até individualizar alguns tipos de migrações na Europa: asmigrações de trabalho, comuns a partir da década de 50 do século XX, sãotípicas do sul da Europa e mais tarde do norte de África (Marrocos, Argélia,Turquia, Tunísia), fluxos esses que se orientavam para países como aAlemanha, França, Suíça, Bélgica, Suécia, Áustria, Reino Unido, entreoutros. Com o choque do petróleo de 1973, reduziu-se a capacidade deabsorção dessa mão-de-obra, daí a imposição de restrições aos migrantes,também baseadas em conflitos e tensões verificadas nalguns países(no Reino Unido surgem conflitos raciais; na Suíça desenvolvem-se movimentosanti-estrangeiros…). Em certos casos, aplicam-se restriçõestemporárias ou então chega-se a recompensar o retorno (no caso da Alemanhaou da Áustria).Mas, tal como já foi discutido anteriormente, não são as barreiras legaisimpostas que provocam a cessação dos fluxos. Estes continuam, recorrendoaos mais variados estratagemas e artifícios (vistos de turismo,migrações temporárias…) para poderem atingir o território pretendido,daí que o número de ilegais/clandestinos em território europeu venha asubir de forma excepcional. Nos anos 80 do século XX, surgem comonovos países de imigração Portugal, Espanha, Itália e Grécia. (Ob. Cit.,pp. 5 à 9) São essas regiões que passam a receber imigrantes do continenteafricano, asiático e americano, bem como da Europa de Leste.MOROKVASIC e TINGUY (1993, pp. 245 e 257) destacam o facto de quevista da Europa Ocidental, a Europa Oriental é tida como uma área únicae exclusivamente emissora de migrantes, o que, segundo os autores, nãoé de todo verídico, visto esta região da Europa também ser uma áreaFátima Velez de Castro139

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