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A EUROPA DO OUTRO – A IMIGRAÇÃO EM PORTUGAL NO ... - Acidi

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A <strong>EUROPA</strong> <strong>DO</strong> <strong>OUTRO</strong> – A IMIGRAÇÃO <strong>EM</strong> <strong>PORTUGAL</strong> <strong>NO</strong> INÍCIO <strong>DO</strong> SÉCULO XXI – Estudo do caso dos imigrantesda Europa de Leste no concelho de Vila ViçosaO relatório da Comissão Europeia sobre a situação social da União Europeiade 2003 100 refere que a taxa de migração anual líquida de 2002 foi de3,1‰, representando cerca de 74% do crescimento demográfico total daUnião. Este relatório já têm em consideração a importância crescente damão-de-obra imigrante, principalmente quando as reservas autóctonesestiverem esgotadas, no entanto isso também vai depender da capacidadede integração dos imigrantes dos Estados-Membros na actividadeeconómica e no próprio tecido social europeu.Que futuro para a Europa das migrações? VAN DER GAAG e VAN WISSEN(1999, pp. 97 e 98, 103 e 104) afirmam que o desenvolvimento intra-europeudeterminará a distribuição dos fluxos migratórios, mais até do que opróprio desenvolvimento verificado na Europa e em geral nos países deorigem dos imigrantes. O sul da Europa poderá beneficiar, segundo osautores, já que os imigrantes promovem os investimentos. Resta poissaber se esses mesmos investimentos serão feitos a montante (ou seja,antes da presença do imigrante, e portanto não terá a ver directamentecom a presença deste na região, já que quando foi realizado ainda ele nãoestava presente) ou a jusante (ou seja, depois da presença do imigrantena região, e neste caso o investimento poderá ter sido feito no sentido deaproveitar as potencialidades dessa mesma mão-de-obra estrangeira) doprocesso imigratório. Ainda referem que o fluxo de imigrantes da Europade Leste permanecerá durante mais algum tempo, pelo menos até estarconcluído o processo de transição/reestruturação económica dos paísesde origem. Será pois necessário o aumento das discussões sobre asmigrações visto, que num futuro próximo, a imigração poderá vir a contribuirpara o rejuvenescimento da população activa em certos países.No entanto OKÓLSKI (1999, pp. 156 e 186) vaticina que estes fluxos demão-de-obra serão dominados, de uma maneira geral, pelos trabalhadoresnão-qualificados, não acreditando que se verifique um aumento significativodos trabalhadores qualificados ou dos grandes quadros dasempresas.Será que as telecomunicações (Internet, Videoconferência…) poderãoestar na base desta diminuição, ou pelo contrário, a formação profissionaldos autóctones suprirá as necessidades de cada realidade nacional? Estaé uma questão que levanta muita polémica entre os autores e para a qualé necessário ter em conta a realidade económica/educacional de cadapaís europeu.100. COMISSÃO EUROPEIA (2003), A situação social na União Europeia. 2003. Síntese,Direcção-Geral do Emprego e dos Assuntos Sociais, Eurostat, s/e, Bélgica.Fátima Velez de Castro131

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