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A EUROPA DO OUTRO – A IMIGRAÇÃO EM PORTUGAL NO ... - Acidi

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A <strong>EUROPA</strong> <strong>DO</strong> <strong>OUTRO</strong> – A IMIGRAÇÃO <strong>EM</strong> <strong>PORTUGAL</strong> <strong>NO</strong> INÍCIO <strong>DO</strong> SÉCULO XXI – Estudo do caso dos imigrantesda Europa de Leste no concelho de Vila Viçosase vivesse hoje numa «Sociedade de Transição Inicial/Final», conforme oscasos específicos 92 . Porém, não será de todo correcto fazer uma leituralinear do comportamento das variáveis demográficas correspondentes aestas fases: embora os valores de fecundidade da população imigrante seapresentem um pouco superiores à média europeia (trata-se de umapopulação bastante jovem), a mortalidade não diminui tal como o modeloestipula, sendo até um pouco elevada (relacionada, muitas vezes, comacidentes de trabalho).E se muitas vezes estes fluxos são vistos como um problema, é aqui que aimigração europeia passa a ser vista como uma solução! É certo que asmigrações são, normalmente, um elemento que altera os demossistemas(perturbam o equilíbrio biológico natural da natalidade e da mortalidade),contudo sendo a Europa um colectivo envelhecido, poderá conhecer umanova vitalidade, um novo rejuvenescimento populacional a partir dosmovimentos migratórios. (BENDITO, 1993, pp. 105 e 106)No entanto a ideia deste autor suscita algumas reservas: não se tratarátanto de um rejuvenescimento de base, ou seja, intrinsecamente da própriaestrutura demográfica, mas poderá antes ser da própria populaçãoactiva em si, visto que na base da imigração europeia estão, entre outras,as motivações económicas (ligadas ao emprego, salários…), o que implicafalarmos de um contingente de imigrantes com idades «limitadas»essencialmente à faixa etária definida para a população activa. Por outrolado, nem sempre se verifica a migração familiar, ou seja, muitos dosindivíduos imigram sem a família, o que por si só não alterará a taxa denatalidade/fecundidade do local de chegada. E quando se verifica amigração familiar ou uma posterior reunificação, acontece que muitasdas vezes se repetem os padrões demográficos vigentes no território dechegada europeu, ou seja, uma baixa taxa de natalidade e uma média deum a dois filhos por casal! 93Desta forma, VERHAEREN (1998, pp. 229 e 230) traduz um pouco a ideiade que já que a população activa europeia tenderá a diminuir devido aoenvelhecimento populacional, as necessidades de mão-de-obra poderãoser supridas pelas migrações económicas. Pela sua dinâmica, poderãoaté ser dinamizados certos sectores que já se encontravam em declínio(como por exemplo, a agricultura), daí que possa haver a tendência paraque a permanência do imigrante se alargue.92. Corresponde à 2.ª/3.ª fase da teoria, respectivamente.93. Estes padrões são comuns no caso dos emigrantes da Europa de Leste.Fátima Velez de Castro125

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