A EUROPA DO OUTRO â A IMIGRAÃÃO EM PORTUGAL NO ... - Acidi
A EUROPA DO OUTRO â A IMIGRAÃÃO EM PORTUGAL NO ... - Acidi A EUROPA DO OUTRO â A IMIGRAÃÃO EM PORTUGAL NO ... - Acidi
A EUROPA DO OUTRO – A IMIGRAÇÃO EM PORTUGAL NO INÍCIO DO SÉCULO XXI – Estudo do caso dos imigrantesda Europa de Leste no concelho de Vila ViçosaII – A EUROPA E PORTUGAL NO CONTEXTO MIGRATÓRIOSumário: Nesta parte da Tese realiza-se uma breve análise sobre comose tem processado a evolução dos fluxos imigratórios na Europa e maisespecificamente em Portugal. No caso nacional, tenta-se traçar o perfildos imigrantes que actualmente residem no território.1. A EVOLUÇÃO DO CENÁRIO IMIGRATÓRIO NA EUROPA 881.1. Situação geral da imigraçãoSe um dia já o tiveram, actualmente parece que os Europeus não detêm omonopólio da emigração, embora tal já tivesse acontecido, pelo menosdurante a «idade do vapor» 89 . Os fluxos migratórios dizem agora respeitoa todos os Estados, revelando os desequilíbrios do mundo nas suas desigualdades,clivagens e áreas de influência. No início do século XXI, o quantitativode população migrante em todo o mundo andaria à volta dos 130milhões de pessoas, sendo que 115 milhões de migrantes estariam legalizadose 15 milhões ilegalizados (BONIFACE, 2000, p. 48).Certamente que os valores apresentados, no que concerne à questão dasmigrações ilegais/clandestinas, ficarão muito aquém dos valores reais.Há que ter em conta o facto de se tratarem de «números» que escapamaos controlos, serviços e instituições que lidam com esta questão, daí quenão seja de estranhar que os números deverão superar os 15 milhõesestimados.No início do século XXI pressupunha-se que vivessem cerca de 18 a 19milhões de imigrantes nos países da União Europeia (isto sem ter emconta todos aqueles que se encontram ilegais/clandestinos) para umapopulação de 375 milhões de habitantes «autóctones» 90 . NUGENT (1996,p.70) afirma que de emissora a Europa passou progressivamente a receptorade fluxos originários de África, América Central/Sul e da Ásia, enfim,de praticamente todo o mundo, como se pode observar no mapa seguinte.Diga-se ainda que daqueles que emitiu, o continente europeu voltou88. É de referir que este estudo foi feito com base em dados da Europa dos 15 Estados--Membros.89. NUGET (1996, p.70) situa esta época sensivelmente entre 1870 e 1914.90. In MARTIN, Susan; LARKIN, Mary Ann (ed.) (2000), World Migration Report, InternationalOrganization for Migration/United Nations, s/e, s/l.Fátima Velez de Castro123
A EUROPA DO OUTRO – A IMIGRAÇÃO EM PORTUGAL NO INÍCIO DO SÉCULO XXI – Estudo do caso dos imigrantesda Europa de Leste no concelho de Vila Viçosaa receber 40% dos seus imigrantes… mas que imigrantes? Terão asmigrações para a Europa, um carácter definitivo? Independentemente deo serem, a verdade é que estes fluxos condicionam, a vários níveis, a dinâmicainerente à Europa.Figura 10 – Migrações económicas na década de 90Fonte: GRESH et al. (2003).Do ponto de vista demográfico, este autor (Ob. Cit., pp. 82 e 83) verificouque os valores da taxa de natalidade e da taxa de mortalidade apresentadospela população imigrante, faziam crer que este grupo já tinha realizadoa sua própria Transição Demográfica, no entanto o paradigma da«transição» propriamente dito, não se verificou de forma exactamenteigual ao estipulado na teoria. O factor «mobilidade» assegura-se aquicomo a peça que muda a engrenagem do mecanismo. Deve-se ter emconta que há necessidade de analisar esta questão à luz da «TransiçãoVital» e da «Transição da Mobilidade» 91 .As migrações europeias são caracterizadas pela existência de fluxosinternacionais (até mesmo à escala do «campo-cidade»), o que fariaprever que na Europa, segundo a Teoria da Transição da Mobilidade,91. Ver na 1. a parte da Tese a «Teoria da Transição da Mobilidade».Fátima Velez de Castro124
- Page 74 and 75: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 76 and 77: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 78 and 79: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 80 and 81: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 82 and 83: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 84 and 85: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 86 and 87: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 88 and 89: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 90 and 91: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 92 and 93: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 94 and 95: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 96 and 97: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 98 and 99: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 100 and 101: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 102 and 103: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 104 and 105: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 106 and 107: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 108 and 109: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 110 and 111: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 112 and 113: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 114 and 115: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 116 and 117: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 118 and 119: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 120 and 121: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 122 and 123: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 126 and 127: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 128 and 129: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 130 and 131: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 132 and 133: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 134 and 135: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 136 and 137: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 138 and 139: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 140 and 141: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 142 and 143: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 144 and 145: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 146 and 147: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 148 and 149: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 150 and 151: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 152 and 153: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 154 and 155: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 156 and 157: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 158 and 159: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 160 and 161: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 162 and 163: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 164 and 165: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 166 and 167: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 168 and 169: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 170 and 171: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
- Page 172 and 173: A EUROPA DO OUTRO - A IMIGRAÇÃO E
A <strong>EUROPA</strong> <strong>DO</strong> <strong>OUTRO</strong> – A IMIGRAÇÃO <strong>EM</strong> <strong>PORTUGAL</strong> <strong>NO</strong> INÍCIO <strong>DO</strong> SÉCULO XXI – Estudo do caso dos imigrantesda Europa de Leste no concelho de Vila Viçosaa receber 40% dos seus imigrantes… mas que imigrantes? Terão asmigrações para a Europa, um carácter definitivo? Independentemente deo serem, a verdade é que estes fluxos condicionam, a vários níveis, a dinâmicainerente à Europa.Figura 10 – Migrações económicas na década de 90Fonte: GRESH et al. (2003).Do ponto de vista demográfico, este autor (Ob. Cit., pp. 82 e 83) verificouque os valores da taxa de natalidade e da taxa de mortalidade apresentadospela população imigrante, faziam crer que este grupo já tinha realizadoa sua própria Transição Demográfica, no entanto o paradigma da«transição» propriamente dito, não se verificou de forma exactamenteigual ao estipulado na teoria. O factor «mobilidade» assegura-se aquicomo a peça que muda a engrenagem do mecanismo. Deve-se ter emconta que há necessidade de analisar esta questão à luz da «TransiçãoVital» e da «Transição da Mobilidade» 91 .As migrações europeias são caracterizadas pela existência de fluxosinternacionais (até mesmo à escala do «campo-cidade»), o que fariaprever que na Europa, segundo a Teoria da Transição da Mobilidade,91. Ver na 1. a parte da Tese a «Teoria da Transição da Mobilidade».Fátima Velez de Castro124