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A EUROPA DO OUTRO – A IMIGRAÇÃO EM PORTUGAL NO ... - Acidi

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A <strong>EUROPA</strong> <strong>DO</strong> <strong>OUTRO</strong> – A IMIGRAÇÃO <strong>EM</strong> <strong>PORTUGAL</strong> <strong>NO</strong> INÍCIO <strong>DO</strong> SÉCULO XXI – Estudo do caso dos imigrantesda Europa de Leste no concelho de Vila Viçosaconhecimento dos direitos estão, na maioria das vezes, patentes nestesindivíduos. Por outro lado, a parca oferta de emprego a deficientes é umforte obstáculo à reinserção, restando quase sempre apenas o regressoao local de origem. Para colmatar estas questões, os autores defendemque é necessário melhorar os conhecimentos sobre os riscos de saúde notrabalho, não só por parte dos imigrantes (no que diz respeito aos direitose deveres), como também das entidades empregadoras. O desenvolvimentoda medicina do trabalho também é certamente uma formade fomentar o conhecimento sobre a saúde destes grupos, bem comode diminuir a vulnerabilidade da população activa migrante face a esteproblema. Seria vantajoso a constituição de uma «rede» a nível europeu,no sentido de generalizar o mais possível a medicina do trabalho a todosos países e a todas as populações, mais concretamente às imigrantes.4.3. A EducaçãoA educação cada vez mais faz parte do universo do imigrante. Independentementeda migração ser individual/familiar, a verdade é que a qualidadede vida é um aspecto a ter em consideração nas motivações. No caso damigração familiar, é natural que os pais procurem dar aos filhos a possibilidadede ingressar no sistema de ensino do país de chegada, não só poruma questão de integração propriamente dita, mas também para proporcionara oportunidade de desenvolverem as capacidades intelectuais e profissionais,adaptadas às condições oferecidas pelo mercado de trabalho.ZEROULOU (1985, p. 107) afirma que a partir dos anos 70, começa a crescero número de filhos de imigrados que frequentam a escola do país dechegada. Perante o fenómeno, constata-se que há necessidade de se procedera uma diversificação pedagógica, de modo a combater as dificuldadesapresentadas por estes alunos. A França foi um dos países pioneirosa ter em conta tal situação, pois em alguns alunos estrangeiros, nomeadamentenos argelinos, verificavam-se atrasos de aprendizagem, obstáculosao nível linguístico e portanto da própria integração. Após estudospara melhor compreender a situação, concluiu-se que quando estes alunostinham sucesso escolar, na maior parte dos casos, estes tinham-seafastado dos locais e comunidade imigrante de origem. Por outro lado, aprópria escola tinha investido na escolarização e na integração dos alunosatravés da sua colaboração em diversos projectos. (Ob. Cit., pp. 114 e 115)Mas o afastamento da comunidade de origem não será um preço demasiadoelevado a pagar? Estaremos perante um processo de assimilação?Pelo menos a situação mostra-nos que existem dois pólos que podemdecidir a validade do processo de educação, nomeadamente o aluno-paisFátima Velez de Castro104

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