12.07.2015 Views

A EUROPA DO OUTRO – A IMIGRAÇÃO EM PORTUGAL NO ... - Acidi

A EUROPA DO OUTRO – A IMIGRAÇÃO EM PORTUGAL NO ... - Acidi

A EUROPA DO OUTRO – A IMIGRAÇÃO EM PORTUGAL NO ... - Acidi

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

A <strong>EUROPA</strong> <strong>DO</strong> <strong>OUTRO</strong> – A IMIGRAÇÃO <strong>EM</strong> <strong>PORTUGAL</strong> <strong>NO</strong> INÍCIO <strong>DO</strong> SÉCULO XXI – Estudo do caso dos imigrantesda Europa de Leste no concelho de Vila Viçosação» de fazer uma outra leitura do caso. Talvez o facto de, de forma relativamenterápida, nos termos tornado um destino preferencial de certosgrupos de imigrantes, de não ter havido uma geração «intermédia» quecomeçasse a assimilar os factos, de manifestarmos um nível de escolarização/informaçãobaixo, promova esta falta de abertura. É pois necessárioa tomada de consciência de que esta mão-de-obra existe e que podeser um potencial de desenvolvimento da própria economia do país, masque padece de problemas, nomeadamente ao nível da exploração quemuitas vezes sofrem no mercado de trabalho.4.2. A SaúdeQuando nos referimos ao campo da saúde no caso português, o acessoaos seus serviços provêm de um equilíbrio de direitos/deveres consignadospelo próprio Estado. Um imigrante que esteja em situação legal,supostamente terá todos os direitos de acesso ao serviço nacional desaúde, ao contrário do ilegal que não aufere do mesmo. Uma situaçãocomplicada, que por vezes gera situações de risco humanitário, namedida em que o indivíduo deixa de poder usufruir gratuitamente dos cuidadosbásicos de saúde, a menos que possa pagar os mesmos no privado,o que na maioria das vezes não acontece. Ilustrando esta situação, foinoticiado, no dia 7 de Janeiro de 2004 69 , o caso de uma imigrante dosPALOP que se encontrava em situação irregular no nosso país e à qualtinha sido diagnosticada um cancro no útero há, sensivelmente, seismeses. A mesma encontrava-se numa situação de grande pobreza, vistoter deixado de trabalhar por motivos de saúde, não tendo qualquer direitode acesso ao serviço nacional de saúde nacional. Por isso, encontrava-sehá meio ano com os sintomas da doença, mendigando medicamentos nasurgências e sobrevivendo com a ajuda dos vizinhos. Como este, existirãomuitos mais casos, onde a prevalência da lei se sobrepõe à valorizaçãodos direitos humanos.Também o facto de muitos dos imigrantes que entram na Europa proviremde outros continentes, com outras características biogeográficas, fazcom que apresentem outro tipo de patologias relacionadas com o seumeio. Mesmo assim, MECHALI (1990, p. 99) refere que por vezes é difícildelimitar as fronteiras epidemiológicas… No caso de se desenvolveremdoenças «específicas» de certas regiões do mundo, poderemos atribuir asua proliferação aos imigrantes. Porém, no caso das patologias ditas69. Foi uma notícia revelada pela TVI, no “Jornal Nacional” (20:00) do dia 7 de Janeirode 2004.Fátima Velez de Castro101

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!