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Sergio Amadeu da Silveira - Cidadania e Redes Digitais

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c i d a d a n i a e r e d e s d i g i t a i s<br />

Outro interessante e recente projeto é a Universi<strong>da</strong>de “Par a Par”, no original<br />

em inglês “Peer to Peer University” (P2PU), na qual profissionais e acadêmicos de<br />

determina<strong>da</strong> especiali<strong>da</strong>de formam comuni<strong>da</strong>des de estudo e prática ao redor de um<br />

grupo de recursos educacionais abertos, organizados em forma de cursos gratuitos<br />

de curta duração. Nesse modelo a aprendizagem se dá por meio <strong>da</strong> interação do estu<strong>da</strong>nte<br />

com seus pares, seu tutor e qualquer outro ponto de interação considerado<br />

adequado. O P2PU representa, dessa forma, uma experiência autêntica <strong>da</strong> teoria do<br />

conectivismo e <strong>da</strong> aprendizagem conecta<strong>da</strong> mencionados acima.<br />

Por fim, é interessante compreender que esse movimento de abertura também<br />

possibilitou — como aconteceu no mundo do software livre — o aparecimento de<br />

modelos de negócios abertos na área de publicação de livros didáticos. Um exemplo<br />

inovador desse fenômeno é a empresa americana Flat World Knowledge que oferece<br />

livros digitais abertos (livres de alguns direitos autorais) e gratuitos, que podem ser<br />

comprados em suas versões impressas por preços muito mais acessíveis do que no<br />

mercado e que são customizáveis por usuários e professores que adotam tais livros 12 .<br />

Conclusões<br />

A política e os projetos educacionais que combinam investimento em infraestrutura<br />

com uma abor<strong>da</strong>gem coerente “de rede” em relação ao conteúdo são mais propensos<br />

a causar um impacto positivo significativo, bem como alcançar as metas de uma política<br />

de educação para todos, capaz de envolver o estu<strong>da</strong>nte, o professor e a comuni<strong>da</strong>de.<br />

A possibili<strong>da</strong>de de a internet gerar progressos radicais na inovação não é um acidente.<br />

Ela tampouco deriva <strong>da</strong> simples conexão de computadores e cursos na rede. Esse efeito<br />

“generativo” <strong>da</strong>s redes 13 vem <strong>da</strong> possibili<strong>da</strong>de de combinação que as pessoas têm diante<br />

de tecnologias abertas, softwares livres que permitem a programação criativa, o direito<br />

de reutilizar o conteúdo de forma criativa e experimental. Somente na presença de<br />

12. Mais detalhes disponiveis em http://www.flatworldknowledge.com/educators.<br />

13. “A capaci<strong>da</strong>de gerativa no que diz respeito a públicos não relacionados ou não reconhecidos em<br />

construir e distribuir código e conteúdo pela internet para suas dezenas de milhões de computadores pessoais<br />

conectados impulsionou o crescimento e a inovação na tecnologia <strong>da</strong> informação, bem como facilitou novos<br />

esforços criativos…” The Generative Internet, de Jonathan L. Zittrain. 119 Harv. L. Rev. 1974 (2006).<br />

Disponível em: http://www.harvardlawreview.org/issues/119/may06/zittrain.shtml.<br />

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