Revista Formação 5 - BVS Ministério da Saúde
Revista Formação 5 - BVS Ministério da Saúde Revista Formação 5 - BVS Ministério da Saúde
○ ○ ○ ○Sanitário Oeste; implantação dePrograma de Formação de Multiplicadores– permanente; construçãocoletiva, implantação e desenvolvimentode Protocolo de Acolhimento;institucionalização no campode estágio, na atenção básica, paraalunos de Medicina, Enfermagem,Fisioterapia e Odontologia no atendimentoambulatorial e domiciliar(PSF); implantação do Evento Sentinelapara todas as mortes de menoresde 1 ano (realizado por alunos docurso de Medicina); consolidação dagarantia do atendimento para todas ascrianças que procurarem a unidadecom sintoma de infecção respiratóriaaguda, diarréia e desnutrição infantil;consolidação da parceria com osprojetos Pró-Natal e Midwifery queatuam na unidade materno-infantil daUnidade Mista de Saúde; participaçãona conquista do Prêmio HospitalAmigo da Criança conferido peloFundo das Nações Unidas para aInfância (UNICEF) para a UnidadeMaterno-Infantil do bairro de FelipeCamarão.É importante citar ainda osprodutos do Projeto Afetividade,Sexualidade e Regulação da Gravidezna Adolescência: redução da gravidezentre adolescente de 25,8%, em1998, para 22,5%, em 2001, do totalde partos entre mulheres do bairro;implantação e institucionalização doprograma de Natalidade Planejada,com base na concepção de afetividade,sexualidade e regulação da gravidezna adolescência; convite aosadolescentes para participarem naorganização e planejamento do IIEncontro Potiguar de Adolescentes,ocorrido em 2000; campo de pesquisae estágio para alunos do curso deespecialização em Educação Sexualpromovido pelo FUNUAP/SSAP/UFRN; formação e institucionalizaçãode grupos de auto-ajuda e demultiplicadores juvenis para astemáticas da afetividade e sexualidadena Unidade de Saúde de Cidade Nova;construção coletiva de protocolos deacolhimento e humanização dosserviços; sensibilização e reconhecimento,por parte do nível Centralda SMS para a institucionalização dotrabalho com grupos de adolescentes;garantia do atendimento (clínico eodontológico) para os adolescentesinseridos no Programa; tendência demudança na porta de entrada dosistema de saúde e na forma decaptação da clientela; desenvolvimentodo protagonismo juvenil e dasnovas lideranças jovens.Por fim, na tentativa de construirexperiências humanizadas na atençãoà saúde, vale a pena referir-se aoProjeto Sorriso de Criança, umareferência em humanização paraoutros serviços de pediatria domunicípio e ponto de partida para alei estadual que regulamenta o direitoao acompanhante para crianças eadolescentes hospitalizados. Esseprojeto tem como objetivos prestaruma assistência humanizada à criançae ao adolescente hospitalizado,percebendo o paciente e a família demodo integrado; acolher o sofrimentohumano no momento da hospitalização;garantir a aplicação doEstatuto da Criança e do Adolescente(artigo 12, capítulo. 1, Dos DireitosFundamentais – quanto ao acompanhamentofamiliar durante ahospitalização); construir umprotocolo de humanização para acriança hospitalizada considerando asnecessidades particulares da infânciae da adolescência, assim como asexpressões emocionais do acompanhantedurante a hospitalização;instituir espaços de socialização deinformações sobre as doenças, asterapêuticas utilizadas e o seuprognóstico, bem como os direitos edeveres dos pacientes e acompanhantes– Grupo Informativo eLugar da Palavra – com vistas apromover uma participação ativa doacompanhante no processo derecuperação da saúde da criançahospitalizada; utilizar o “brincar”como terapêutica auxiliar, possibilitandoao paciente a elaboração desua condição no hospital e conseqüentemente,uma atitude mais ativano processo de hospitalização;contribuir para a elaboração deprotocolos de intervenção e atri-Formação69
○ ○ ○ ○buições, dos membros da equipe,quanto ao acolhimento, orientação,informação e resolução de conflitos,frente à rotina de estresse aos quaisestão submetidos os membros daequipe, pacientes e acompanhantes.Dentre os resultados obtidos,destacam-se a atuação como campo deestágio para alunos de diversos cursosda área de Saúde como Enfermagem,Medicina e Odontologia, e tambémpara brinquedistas de outras instituiçõeshospitalares; as mudanças noperfil das profissões de saúde e naorganização do trabalho hospitalar emdireção à uma assistência maishumanizada, com maior respeito emrelação aos direitos dos usuários dosserviços de saúde; a construçãocoletiva de protocolos que promovamcuidados integrais à criança, fazendocom que o paciente seja visto erespeitado como um sujeito integradoem seus aspectos físicos, psíquicos eculturais, e não mais como umapatologia; o desenvolvimento de protocolosde humanização do “brincar”e sua função terapeutizante para ascrianças no momento da hospitalização,com impacto positivo sobre adepressão durante o período hospitalare diminuindo o tempo derecuperação; e, por fim, a construçãode novos aportes teórico-conceituaise produção de conhecimentos na áreada Atenção Hospitalar Humanizada,considerando uma prática interdisciplinare multiprofissional.A formação profissional: movimentopermanente de mudanças no contexto dehumanização da atenção à saúdeO pensamento racional na atualcultura está alicerçado em Descartes,em que a máxima “Penso, logo existo”explica, na cultura ocidental, adivisão entre espírito e matéria e aconcepção do universo como umsistema mecânico,no qual, em geral,os organismos vivos são consideradosmáquinas formadas por peçasseparadas. Essa concepção cartesianaestá na base da maioria das ciências,da fragmentação das disciplinasacadêmicas e entidades governamentaise no tratamento prestado aomeio ambiente natural.A concepção de que os organismosvivos são considerados máquinasformadas por peças separadas temefeitos muito danosos ao sujeitohumano. Como ele poderá fazer seusencontros na vida, se não houverpossibilidades de ver-se e ser vistocomo um todo? Como enfrentar osmales da civilização atual e criarmodos de sobrevivência física epsíquica? Bruno Bettelheim (1985,p. 10), a esse respeito, comenta:“Para realizar tal proeza, não sepode mais manter separados o coraçãoe a razão. O trabalho e a arte, comoa família e a sociedade, não podemmais desenvolver-se à distância um dooutro. O coração destemido precisainvadir a razão com seu calor vital,ainda que a simetria da razão devaceder lugar para admitir o amor e apulsação da vida. Não mais podemoscontentar-nos com uma vida onde ocoração tem suas razões, que a razãodesconhece. Nossos coraçõesprecisam conhecer o mundo da razão,e a razão tem de ser orientada por umcoração informado”.É possível que razão e coraçãojuntos possam produzir um novoolhar e pensar sobre as questões quesão colocadas com muita insistênciae diariamente a respeito da prestaçãodos serviços na área da Saúde.Luís David Castiel (1994, p. 12)tece comentários sobre o título do seulivro “O buraco e o avestruz – Asingularidade do adoecer humano”, notocante à metáfora do buraco como:“[...] referente a um comportamentoatribuído às avesestrutioniformes de ‘escapar’ deameaças/dificuldades/problemas,lançando mão de (ou, melhor, acabeça) de mecanismos psicológicosdenegatórios. Ou seja, aodepararem com situações incômodas,enfiariam a cabeça em umburaco (feito na areia), como seassim a fonte problemáticadeixasse de produzir seus efeitos.”Desse modo, ele fornece subsídiospara se pensar nessa metáfora com afunção de explicitar formas usuais deevitar a confrontação e o encontro70Nº 05 MAIO DE 2002
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○ ○ ○ ○Sanitário Oeste; implantação dePrograma de Formação de Multiplicadores– permanente; construçãocoletiva, implantação e desenvolvimentode Protocolo de Acolhimento;institucionalização no campode estágio, na atenção básica, paraalunos de Medicina, Enfermagem,Fisioterapia e Odontologia no atendimentoambulatorial e domiciliar(PSF); implantação do Evento Sentinelapara to<strong>da</strong>s as mortes de menoresde 1 ano (realizado por alunos docurso de Medicina); consoli<strong>da</strong>ção <strong>da</strong>garantia do atendimento para to<strong>da</strong>s ascrianças que procurarem a uni<strong>da</strong>decom sintoma de infecção respiratóriaagu<strong>da</strong>, diarréia e desnutrição infantil;consoli<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> parceria com osprojetos Pró-Natal e Midwifery queatuam na uni<strong>da</strong>de materno-infantil <strong>da</strong>Uni<strong>da</strong>de Mista de Saúde; participaçãona conquista do Prêmio HospitalAmigo <strong>da</strong> Criança conferido peloFundo <strong>da</strong>s Nações Uni<strong>da</strong>s para aInfância (UNICEF) para a Uni<strong>da</strong>deMaterno-Infantil do bairro de FelipeCamarão.É importante citar ain<strong>da</strong> osprodutos do Projeto Afetivi<strong>da</strong>de,Sexuali<strong>da</strong>de e Regulação <strong>da</strong> Gravidezna Adolescência: redução <strong>da</strong> gravidezentre adolescente de 25,8%, em1998, para 22,5%, em 2001, do totalde partos entre mulheres do bairro;implantação e institucionalização doprograma de Natali<strong>da</strong>de Planeja<strong>da</strong>,com base na concepção de afetivi<strong>da</strong>de,sexuali<strong>da</strong>de e regulação <strong>da</strong> gravidezna adolescência; convite aosadolescentes para participarem naorganização e planejamento do IIEncontro Potiguar de Adolescentes,ocorrido em 2000; campo de pesquisae estágio para alunos do curso deespecialização em Educação Sexualpromovido pelo FUNUAP/SSAP/UFRN; formação e institucionalizaçãode grupos de auto-aju<strong>da</strong> e demultiplicadores juvenis para astemáticas <strong>da</strong> afetivi<strong>da</strong>de e sexuali<strong>da</strong>dena Uni<strong>da</strong>de de Saúde de Ci<strong>da</strong>de Nova;construção coletiva de protocolos deacolhimento e humanização dosserviços; sensibilização e reconhecimento,por parte do nível Central<strong>da</strong> SMS para a institucionalização dotrabalho com grupos de adolescentes;garantia do atendimento (clínico eodontológico) para os adolescentesinseridos no Programa; tendência demu<strong>da</strong>nça na porta de entra<strong>da</strong> dosistema de saúde e na forma decaptação <strong>da</strong> clientela; desenvolvimentodo protagonismo juvenil e <strong>da</strong>snovas lideranças jovens.Por fim, na tentativa de construirexperiências humaniza<strong>da</strong>s na atençãoà saúde, vale a pena referir-se aoProjeto Sorriso de Criança, umareferência em humanização paraoutros serviços de pediatria domunicípio e ponto de parti<strong>da</strong> para alei estadual que regulamenta o direitoao acompanhante para crianças eadolescentes hospitalizados. Esseprojeto tem como objetivos prestaruma assistência humaniza<strong>da</strong> à criançae ao adolescente hospitalizado,percebendo o paciente e a família demodo integrado; acolher o sofrimentohumano no momento <strong>da</strong> hospitalização;garantir a aplicação doEstatuto <strong>da</strong> Criança e do Adolescente(artigo 12, capítulo. 1, Dos DireitosFun<strong>da</strong>mentais – quanto ao acompanhamentofamiliar durante ahospitalização); construir umprotocolo de humanização para acriança hospitaliza<strong>da</strong> considerando asnecessi<strong>da</strong>des particulares <strong>da</strong> infânciae <strong>da</strong> adolescência, assim como asexpressões emocionais do acompanhantedurante a hospitalização;instituir espaços de socialização deinformações sobre as doenças, asterapêuticas utiliza<strong>da</strong>s e o seuprognóstico, bem como os direitos edeveres dos pacientes e acompanhantes– Grupo Informativo eLugar <strong>da</strong> Palavra – com vistas apromover uma participação ativa doacompanhante no processo derecuperação <strong>da</strong> saúde <strong>da</strong> criançahospitaliza<strong>da</strong>; utilizar o “brincar”como terapêutica auxiliar, possibilitandoao paciente a elaboração desua condição no hospital e conseqüentemente,uma atitude mais ativano processo de hospitalização;contribuir para a elaboração deprotocolos de intervenção e atri-Formação69