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Revista Formação 5 - BVS Ministério da Saúde

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○ ○ ○ ○Reflexões FinaisAs idéias apresenta<strong>da</strong>s neste artigobuscaram levantar questões relevantespara o debate sobre o complexo tema<strong>da</strong> formação profissional na área <strong>da</strong>Saúde, tendo como premissa principala importância dessa formaçãoestar referencia<strong>da</strong> na Política de Saúdeassumi<strong>da</strong> pelo Ministério <strong>da</strong> Saúde,que propõe a inversão do modelo deatenção (priorizando a promoção <strong>da</strong>saúde e a prevenção de agravos), aênfase na atenção básica e a regionalizaçãoe hierarquização <strong>da</strong>s ações.Por outro lado, a Política de EducaçãoProfissional, implementa<strong>da</strong> peloMinistério <strong>da</strong> Educação, determinaque as instituições formadoras reorganizemseus currículos de formaçãocom base no modelo de competência.A reflexão sobre esses dois aspectosremete a pelo menos duas questões:que os espaços formadores deveminvestir esforços nas mu<strong>da</strong>nças dosmétodos de ensino e em novaspropostas de formação docente e queos espaços de trabalho devem permitiraos trabalhadores a expressão de suascompetências, em termos de autonomia,iniciativa, participação, diálogo,negociação e intervenção sobreas situações próprias ao seu trabalho.Do ponto de vista <strong>da</strong> escola, se aformação do trabalhador de saúdeestiver reduzi<strong>da</strong> à esfera puramenteprofissional, em detrimento de umaformação integral que abranja adimensão <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia, isto significariauma abor<strong>da</strong>gem reducionistado conceito de competência. Damesma forma, a apropriação acríticadesse conceito conduziria a umaabor<strong>da</strong>gem individualizante eindividualiza<strong>da</strong> <strong>da</strong> formação.É necessário, portanto, não perderde vista a perspectiva histórica doprocesso de trabalho e de formação,uma vez que as competências variamhistoricamente, de acordo com oscontextos sociais, econômicos eculturais, e dependem dos embatesentre as visões de mundo dos diversosatores sociais. Na área <strong>da</strong> Saúde, éfun<strong>da</strong>mental que a nova visão dequali<strong>da</strong>de seja incorpora<strong>da</strong> aosprocessos de formação, garantindo aperspectiva <strong>da</strong> humanização docui<strong>da</strong>do, o que envolve os aspectoséticos, a organização do trabalho, atecnologia (no sentido amplo), oprocesso de trabalho, a equipe desaúde e o usuário dos serviços.A competência deve sercompreendi<strong>da</strong> como um conceitopolítico-educacional amplo, comoum processo de articulação e mobilizaçãode conhecimentos gerais eespecíficos, de habili<strong>da</strong>des teóricas epráticas, de exercício eficiente dotrabalho, que possibilite ao trabalhadorparticipação ativa, conscientee crítica no mundo do trabalhoe na esfera social.Nota: Os documentos: Referências Conceituais paraa Organização do Sistema de Certificação deCompetências/PROFAE, Relatório Final <strong>da</strong>Pesquisa de Vali<strong>da</strong>ção do Perfil de Ações doAuxiliar de Enfermagem, Norma para aCertificação de Competências do Auxiliar deEnfermagem/ PROFAE encontram-se disponíveisno site: www.profae.gov.br.26Nº 05 MAIO DE 2002

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