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Revista Formação 5 - BVS Ministério da Saúde

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○ ○ ○ ○A reforma educacional que está emcurso no País põe em questão essagrande diversi<strong>da</strong>de e lança a idéia deque muitas dessas divisões nãoatendem aos esquemas dinâmicos eflexíveis de atribuição de tarefas nomercado de trabalho. As diferençasentre esses trabalhadores estãopassando a ser entendi<strong>da</strong>s comoresultado de um campo de competênciasacumuláveis, individualmentee em grupo, entretanto não maiscomo resultado de um perfil deatribuições fixas. Ca<strong>da</strong> vez mais aPolítica de Recursos Humanos emSaúde deverá estar sintoniza<strong>da</strong> comessa tendência a colocar o foco nascompetências <strong>da</strong> força de trabalhoemprega<strong>da</strong> e não na categoria em si.Anteriormente, a atenção dessapolítica estava volta<strong>da</strong> para ascategorias prioritárias, as quais, emgrande parte, correspondiam àquelasque aju<strong>da</strong>vam a implementar osprogramas prioritários de governo.Essa ótica tem de ser amplia<strong>da</strong> agoraporque o SUS é um ator importantena definição e na avaliação <strong>da</strong>scompetências em ca<strong>da</strong> área <strong>da</strong>s açõesde saúde, no seu âmbito e de ummodo geral.Diante dos tipos e categoriasdiscriminados no Quadro II, apareceuma reflexão fun<strong>da</strong>mental: comotrabalhar essa diversi<strong>da</strong>de e que priori<strong>da</strong>desescolher? Fica evidente, que aPolítica de Recursos Humanos não temuma autonomia completa pararesponder a essa pergunta, porquedepende <strong>da</strong>s priori<strong>da</strong>des gerais defini<strong>da</strong>snas Políticas de Saúde. Mas oespaço novo que tem ganhado asPolíticas de Recursos Humanos surgejustamente <strong>da</strong> inflexão <strong>da</strong>s políticaspúblicas nos anos 90 que buscaramassociar a empregabili<strong>da</strong>de dos trabalhadorescom os aspectos de quali<strong>da</strong>de<strong>da</strong> força de trabalho. A qualificaçãopode ser toma<strong>da</strong> como um objetivo emsi, pois faz parte <strong>da</strong>quelas condiçõesgerais que fazem melhorar odesempenho <strong>da</strong> economia.Na saúde, to<strong>da</strong> questão dequali<strong>da</strong>de cruza-se necessariamentecom a de quanti<strong>da</strong>de, devido a doismotivos: primeiro, porque, como ditoanteriormente, há uma enormediversi<strong>da</strong>de de categorias de trabalhadores,ca<strong>da</strong> uma delas requerendouma estratégia apropria<strong>da</strong> dequali<strong>da</strong>de pelo lado educacional;segundo, porque o grupo que é maisnumeroso, o de enfermagem, étambém considerado o maisproblemático do ponto de vista <strong>da</strong>quali<strong>da</strong>de. Para ilustrar uma avaliaçãode "necessi<strong>da</strong>des" apresentamos aseguir uma análise geral dedica<strong>da</strong> aogrupo de enfermagem.Fatores <strong>da</strong> deman<strong>da</strong> por pessoal técnicode enfermagemUm dos fatores que vêm impulsionandoa deman<strong>da</strong> por trabalhadorestécnicos de enfermagem é o envelhecimento<strong>da</strong> população brasileira,na medi<strong>da</strong> em que contribui para oaumento <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong>de de internaçãoe cui<strong>da</strong>dos de reabilitação <strong>da</strong>spessoas idosas. Nos hospitais, oenvelhecimento <strong>da</strong> população influenciaa deman<strong>da</strong> por trabalho deenfermagem sobretudo mediante oaumento <strong>da</strong> média de dias deinternação. Outros fatores que afetamo crescimento <strong>da</strong> deman<strong>da</strong> portrabalhadores de enfermagem estãoassociados às mu<strong>da</strong>nças organizacionaise tecnológicas dos serviçosde saúde, à estrutura de morbi<strong>da</strong>de<strong>da</strong> população e à expansão <strong>da</strong> atençãobásica, e do atendimento domiciliarem substituição ao atendimentohospitalar.A deman<strong>da</strong> por pessoal de enfermagemé, de um modo geral, muitoafeta<strong>da</strong> pelo processo de envelhecimento<strong>da</strong> população, tendo emvista que tal processo contribui parao aumento <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong>de de cui<strong>da</strong>dosespeciais e de reabilitação <strong>da</strong>spessoas idosas. Há vários contextostécnico-assistenciais em que osserviços requeridos por uma populaçãoidosa podem ser prestados:a) em instituições hospitalares, emdecorrência de diversas patologias querequerem internação hospitalar;b) em instituições públicas epriva<strong>da</strong>s, onde os idosos são hospe-12Nº 05 MAIO DE 2002

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