○ ○ ○ ○existem também diferenças devi<strong>da</strong>sao nível de qualificação e deescolari<strong>da</strong>de em um mesmo grupo(por exemplo, entre técnicos eauxiliares de enfermagem). Entretanto,chama a atenção o fato de queo número de postos de trabalho <strong>da</strong>socupações técnicas e auxiliaresestarem fortemente concentra<strong>da</strong>s emtorno do grupo de Enfermagem: nasoma dos "atendentes e assemelhados"(provavelmente subestimadosnessa fonte) com os auxiliares deenfermagem, e com os técnicos deenfermagem obtém-se na<strong>da</strong> menosque 66% de todos esses postos detrabalho. De outra parte existemcategorias "minoritárias" cujaimportância é crucial para o funcionamentode certos serviços de apoioao serviços de apoio à diagnose eterapia: pode-se citar o pessoal <strong>da</strong>sáreas de Citologia e Histologia, deReabilitação e de Hemoterapia.Quadro IIPostos de trabalho de ocupações técnicas e auxiliares em saúde: Brasil, 1999Ocupação Tipo Número %Agente de saneamento 1 4.116 0,6Auxiliar de consultório dentário 4 18.785 2,6Auxiliar de enfermagem 4 339.766 47,9Fiscal sanitário 1 2.602 0,4Técnico de enfermagem 4 49.604 7,0Técnico e auxiliar de farmácia 2 10.021 1,4Técnico e auxiliar em hematologia/hemoterapia 2 5.449 0,8Técnico e auxiliar em histologia 4 987 0,1Técnico e auxiliar em nutrição e dietética 4 7.331 1,0Técnico e auxiliar em patologia clínica 4 14.738 2,1Técnico e auxiliar em reabilitação 4 4.306 0,6Técnico e auxiliar em vig. sanitária e ambiental 1 1.365 0,2Técnico em citologia e citotécnica 2 1.594 0,2Técnico em equipamentos médico-hospitalares 2 2.072 0,3Técnico em higiene dental 2 2.834 0,4Técnico e auxiliar em prótese dentária 4 761 0,1Técnico em radiologia médica 4 20.231 2,9Outros - nível técnico e auxiliar ? 35.173 5,0Agente comunitário de saúde 1 67.503 9,5Agente de saúde pública 3 11.753 1,7Atendente de enfermagem e auxiliar operadorserviços diversos e assemelhados 3 82.040 11,6Guar<strong>da</strong> endemias, agente de controle dezoonoses e agente de controle de vetores 1 9.986 1,4Parteira 3 3.470 0,5Outros - nível elementar - 13.239 1,9Total 709.726 100,0Fonte: IBGE – Pesquisa Assistência Médico-Sanitária (AMS/1999).Formação11
○ ○ ○ ○A reforma educacional que está emcurso no País põe em questão essagrande diversi<strong>da</strong>de e lança a idéia deque muitas dessas divisões nãoatendem aos esquemas dinâmicos eflexíveis de atribuição de tarefas nomercado de trabalho. As diferençasentre esses trabalhadores estãopassando a ser entendi<strong>da</strong>s comoresultado de um campo de competênciasacumuláveis, individualmentee em grupo, entretanto não maiscomo resultado de um perfil deatribuições fixas. Ca<strong>da</strong> vez mais aPolítica de Recursos Humanos emSaúde deverá estar sintoniza<strong>da</strong> comessa tendência a colocar o foco nascompetências <strong>da</strong> força de trabalhoemprega<strong>da</strong> e não na categoria em si.Anteriormente, a atenção dessapolítica estava volta<strong>da</strong> para ascategorias prioritárias, as quais, emgrande parte, correspondiam àquelasque aju<strong>da</strong>vam a implementar osprogramas prioritários de governo.Essa ótica tem de ser amplia<strong>da</strong> agoraporque o SUS é um ator importantena definição e na avaliação <strong>da</strong>scompetências em ca<strong>da</strong> área <strong>da</strong>s açõesde saúde, no seu âmbito e de ummodo geral.Diante dos tipos e categoriasdiscriminados no Quadro II, apareceuma reflexão fun<strong>da</strong>mental: comotrabalhar essa diversi<strong>da</strong>de e que priori<strong>da</strong>desescolher? Fica evidente, que aPolítica de Recursos Humanos não temuma autonomia completa pararesponder a essa pergunta, porquedepende <strong>da</strong>s priori<strong>da</strong>des gerais defini<strong>da</strong>snas Políticas de Saúde. Mas oespaço novo que tem ganhado asPolíticas de Recursos Humanos surgejustamente <strong>da</strong> inflexão <strong>da</strong>s políticaspúblicas nos anos 90 que buscaramassociar a empregabili<strong>da</strong>de dos trabalhadorescom os aspectos de quali<strong>da</strong>de<strong>da</strong> força de trabalho. A qualificaçãopode ser toma<strong>da</strong> como um objetivo emsi, pois faz parte <strong>da</strong>quelas condiçõesgerais que fazem melhorar odesempenho <strong>da</strong> economia.Na saúde, to<strong>da</strong> questão dequali<strong>da</strong>de cruza-se necessariamentecom a de quanti<strong>da</strong>de, devido a doismotivos: primeiro, porque, como ditoanteriormente, há uma enormediversi<strong>da</strong>de de categorias de trabalhadores,ca<strong>da</strong> uma delas requerendouma estratégia apropria<strong>da</strong> dequali<strong>da</strong>de pelo lado educacional;segundo, porque o grupo que é maisnumeroso, o de enfermagem, étambém considerado o maisproblemático do ponto de vista <strong>da</strong>quali<strong>da</strong>de. Para ilustrar uma avaliaçãode "necessi<strong>da</strong>des" apresentamos aseguir uma análise geral dedica<strong>da</strong> aogrupo de enfermagem.Fatores <strong>da</strong> deman<strong>da</strong> por pessoal técnicode enfermagemUm dos fatores que vêm impulsionandoa deman<strong>da</strong> por trabalhadorestécnicos de enfermagem é o envelhecimento<strong>da</strong> população brasileira,na medi<strong>da</strong> em que contribui para oaumento <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong>de de internaçãoe cui<strong>da</strong>dos de reabilitação <strong>da</strong>spessoas idosas. Nos hospitais, oenvelhecimento <strong>da</strong> população influenciaa deman<strong>da</strong> por trabalho deenfermagem sobretudo mediante oaumento <strong>da</strong> média de dias deinternação. Outros fatores que afetamo crescimento <strong>da</strong> deman<strong>da</strong> portrabalhadores de enfermagem estãoassociados às mu<strong>da</strong>nças organizacionaise tecnológicas dos serviçosde saúde, à estrutura de morbi<strong>da</strong>de<strong>da</strong> população e à expansão <strong>da</strong> atençãobásica, e do atendimento domiciliarem substituição ao atendimentohospitalar.A deman<strong>da</strong> por pessoal de enfermagemé, de um modo geral, muitoafeta<strong>da</strong> pelo processo de envelhecimento<strong>da</strong> população, tendo emvista que tal processo contribui parao aumento <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong>de de cui<strong>da</strong>dosespeciais e de reabilitação <strong>da</strong>spessoas idosas. Há vários contextostécnico-assistenciais em que osserviços requeridos por uma populaçãoidosa podem ser prestados:a) em instituições hospitalares, emdecorrência de diversas patologias querequerem internação hospitalar;b) em instituições públicas epriva<strong>da</strong>s, onde os idosos são hospe-12Nº 05 MAIO DE 2002
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