Revista Formação 5 - BVS Ministério da Saúde

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○ ○ ○ ○Finalmente, será implantada aqualificação de Cuidador de Crianças,em que se enfatizará o cuidado acrianças com idade de zero a 4 anos.Essa qualificação atenderá funcionáriosque trabalham em creches,sendo que o conteúdo programáticoserá centralizado nas questões dasaúde da primeira infância.Portanto, os cursos a seremimplantados, em 2003, pelo CentroFormador nas áreas Biodiagnóstico,Administração e Infância, são:Técnico em Citologia; Técnico emRadiologia; área de Administração(ênfase em manutenção de equipamentos);Cuidador de Crianças.F – O que a Escola tem que adiferencia de outro aparelho formador?Quais são os pontos de diferença?MP – A Escola possui naturezapública e está inserida na SecretariaEstadual de Saúde, portanto, garanteprincipalmente a conexão entre asPolíticas Públicas de Saúde e o ensinodisponibilizado para a sua clientela,sem ônus para os alunos. Nopanorama estadual, é a única que temcaracterística de descentralizarturmas para os municípios comviabilidade técnica para a execução(existência de docentes profissionaisda área, campo de estágio, sala deaula, sala de práticas). A descentralizaçãonão implica em nova sede ousucursal, isto garante, ao final dademanda atendida, a extinção doprocesso. A metodologia é o outrodiferencial, pois associa ensino eserviço, utiliza docentes do serviçooferecendo a estes CapacitaçãoPedagógica e Técnica antes e durantea execução da descentralizaçãocurricular, destaca-se pelas PolíticasPúblicas de Saúde, Educação eTrabalho, assim como respeita ascaracterísticas regionais de cada localonde exista a descentralizaçãocurricular, uma vez que o estado doParaná possui muitas peculiaridadesde município para município.Outro diferencial é a participaçãodireta da Escola na Rede de EscolasTécnicas do SUS. A expectativa é quecompartilhemos as informações econhecimentos por meio da buscaconjunta de soluções aos problemasinerentes a todos os outros CentrosFormadores e Escolas, assim comodefinição de novas estratégias paraatender novas demandas, contribuindopara construir a política nacional deformação profissional de nível básico,técnico e pós-técnico. Também existeuma aproximação com outras esferasadministrativas como: Ministério daSaúde, Conselho Nacional deSecretários de Saúde (CONASS),Conselho Nacional de SecretáriosMunicipais de Saúde (CONASEMS),Conselhos Estaduais e Municipais deSaúde, Bipartite e Conselho Estadualdo Trabalho (CET).F – O método pedagógico produzum diferencial no ensino em saúde noEstado do Paraná?MP – Sim, pois o CFRH organizao seu trabalho de forma descentralizada,considerando que a educaçãopode ocorrer nos mais diversosespaços e situações sociais, representandoum processo contínuo deaprendizagem, sempre buscandoproduzir conhecimentos relevantescapazes de formar profissionaisadequados às necessidades sociais,aptos a prestar serviços de qualidadeà população. Esse conhecimento temsido construído a partir de pedagogiasinovadoras, sempre considerando arealidade dos serviços de saúde e doeducando, articulando teoria e prática,na interdisciplinaridade e naparticipação ativa do aluno que é osujeito do processo de ensinoaprendizagem.A metodologia busca umainteração efetiva entre o ensino e aprática profissional. A integraçãoensino, trabalho e comunidadeimplica em uma imediata contribuiçãopara essa comunidade, aintegração entre o professor e o alunona investigação e na busca deesclarecimentos e propostas, bemcomo adaptação a cada realidade locale aos padrões culturais próprios deuma determinada estrutura social.Essas características fazem do CentroFormador de Recursos Humanos umaFormação99

○ ○ ○ ○“escola-função” – ela vai aonde oaluno está. Sua sede administrativaestá localizada em Curitiba, mas suassalas de aula estão distribuídas portodo o estado do Paraná. Atingindopotencialmente 100% dos municípiosdo estado onde houver demandaacompanhada de viabilidade técnicae pedagógica, uma sala de aula éinstalada sempre em parceria com acomunidade e atores sociais. Essa salavai permanecer o tempo necessário edeterminado até atender à demanda.Para cada turma descentralizada,existe um coordenador técnico e umcoordenador administrativo local eresponsável pela operacionalização docurso, que está sob a supervisão diretade um profissional técnico da áreaespecífica: o coordenador pedagógicodo Centro Formador.F – Qual é o impacto produzidopela implantação do PROFAE naEscola e quais são as possibilidades eperspectivas trazidas pelo Projeto?MP – O PROFAE veio para Escolanum momento ímpar, quando estavinha construindo a visibilidadeperante o Sistema de Saúde, asociedade cientifica e a sociedadecivil. Ela abriu um leque deoportunidades nunca antes visto. EssaEscola atingiu metas ousadas com oProjeto. Hoje, ela está com umquantitativo de cerca de 800 docentespara o desenvolvimento de 115 turmasdescentralizadas, com 115 coordenadorestécnicos e 115 coordenadoresadministrativos para atendero Projeto em nível local. O Projetoatende até o momento 5.400 alunos,implicando na geração de trabalho erenda para estas pessoas, no impactona qualidade do serviço prestado,assim como, na manutenção doemprego para aqueles que estavamsob o risco de perdê-lo.Quanto às possibilidades trazidaspelo Projeto, assim como nas perspectivas,percebe-se que o PROFAEnão se esgota por si mesmo, elemostra o caminho para a sustentabilidadedas Políticas Públicas deSaúde nas questões que se referem aRecursos Humanos para o nívelbásico, técnico e pós-técnico. Emoutras palavras, é necessário quevenhamos a buscar a ampliação doleque de possibilidades formativa deoutras áreas da Saúde. Isso demonstraque existe um universo a ser cobertoe que o PROFAE indica as EscolasTécnicas do SUS que desenvolvam asua missão em toda a sua plenitude.F – Em termos políticos, como searticulam as Escolas e as Políticas deRecursos Humanos desenvolvidas pelaSecretaria de Estado de Saúde?MP – O modelo principal consistena articulação por meio de Oficinasde Trabalho entre vários atores daAdministração Pública Estadual,dentre eles: a diretoria de recursoshumanos; as Regionais de Saúde, asSecretarias Municipais de Saúde; osConselhos Municipais de Saúde, osConselhos Municipais do Trabalho; oConselho Estadual do Trabalho; oConselho Estadual de Educação (CEE);a Secretaria de Estado da Educação; aCoordenação de Educação Profissionalda Secretaria Estadual de Emprego eRelações do Trabalho (SEED/SERT).Nessas oficinas buscam-se a integraçãoe a sensibilização para desenvolvimentodos cursos e de suas turmas descentralizadas,em que são apresentados osprojetos, a metodologia, a forma deexecução curricular, as atribuições doscoordenadores técnicos e administrativos,as atribuições das SecretariasMunicipais de Saúde, o papeldos coordenadores pedagógicos estaduais,a função das Regionais deSaúde. Ainda nessas oficinas são seladosos compromissos das partes paraque os resultados possam ser atingidos.Importante são as oficinas internasem que o Centro Formador participajuntamente com vários setores deserviços da SESA para nortear asações de ensino voltadas às necessidadesdo público-alvo. Como exemplo,temos a última estratégiadesenvolvida por este Centro Formadorque é o “Projeto Amigos da Vida”,citado anteriormente, o que resultoude participação colaborativa demuitos segmentos da Secretaria deEstado da Saúde.100Nº 05 MAIO DE 2002

○ ○ ○ ○Finalmente, será implanta<strong>da</strong> aqualificação de Cui<strong>da</strong>dor de Crianças,em que se enfatizará o cui<strong>da</strong>do acrianças com i<strong>da</strong>de de zero a 4 anos.Essa qualificação atenderá funcionáriosque trabalham em creches,sendo que o conteúdo programáticoserá centralizado nas questões <strong>da</strong>saúde <strong>da</strong> primeira infância.Portanto, os cursos a seremimplantados, em 2003, pelo CentroFormador nas áreas Biodiagnóstico,Administração e Infância, são:Técnico em Citologia; Técnico emRadiologia; área de Administração(ênfase em manutenção de equipamentos);Cui<strong>da</strong>dor de Crianças.F – O que a Escola tem que adiferencia de outro aparelho formador?Quais são os pontos de diferença?MP – A Escola possui naturezapública e está inseri<strong>da</strong> na SecretariaEstadual de Saúde, portanto, garanteprincipalmente a conexão entre asPolíticas Públicas de Saúde e o ensinodisponibilizado para a sua clientela,sem ônus para os alunos. Nopanorama estadual, é a única que temcaracterística de descentralizarturmas para os municípios comviabili<strong>da</strong>de técnica para a execução(existência de docentes profissionais<strong>da</strong> área, campo de estágio, sala deaula, sala de práticas). A descentralizaçãonão implica em nova sede ousucursal, isto garante, ao final <strong>da</strong>deman<strong>da</strong> atendi<strong>da</strong>, a extinção doprocesso. A metodologia é o outrodiferencial, pois associa ensino eserviço, utiliza docentes do serviçooferecendo a estes CapacitaçãoPe<strong>da</strong>gógica e Técnica antes e durantea execução <strong>da</strong> descentralizaçãocurricular, destaca-se pelas PolíticasPúblicas de Saúde, Educação eTrabalho, assim como respeita ascaracterísticas regionais de ca<strong>da</strong> localonde exista a descentralizaçãocurricular, uma vez que o estado doParaná possui muitas peculiari<strong>da</strong>desde município para município.Outro diferencial é a participaçãodireta <strong>da</strong> Escola na Rede de EscolasTécnicas do SUS. A expectativa é quecompartilhemos as informações econhecimentos por meio <strong>da</strong> buscaconjunta de soluções aos problemasinerentes a todos os outros CentrosFormadores e Escolas, assim comodefinição de novas estratégias paraatender novas deman<strong>da</strong>s, contribuindopara construir a política nacional deformação profissional de nível básico,técnico e pós-técnico. Também existeuma aproximação com outras esferasadministrativas como: Ministério <strong>da</strong>Saúde, Conselho Nacional deSecretários de Saúde (CONASS),Conselho Nacional de SecretáriosMunicipais de Saúde (CONASEMS),Conselhos Estaduais e Municipais deSaúde, Bipartite e Conselho Estadualdo Trabalho (CET).F – O método pe<strong>da</strong>gógico produzum diferencial no ensino em saúde noEstado do Paraná?MP – Sim, pois o CFRH organizao seu trabalho de forma descentraliza<strong>da</strong>,considerando que a educaçãopode ocorrer nos mais diversosespaços e situações sociais, representandoum processo contínuo deaprendizagem, sempre buscandoproduzir conhecimentos relevantescapazes de formar profissionaisadequados às necessi<strong>da</strong>des sociais,aptos a prestar serviços de quali<strong>da</strong>deà população. Esse conhecimento temsido construído a partir de pe<strong>da</strong>gogiasinovadoras, sempre considerando areali<strong>da</strong>de dos serviços de saúde e doeducando, articulando teoria e prática,na interdisciplinari<strong>da</strong>de e naparticipação ativa do aluno que é osujeito do processo de ensinoaprendizagem.A metodologia busca umainteração efetiva entre o ensino e aprática profissional. A integraçãoensino, trabalho e comuni<strong>da</strong>deimplica em uma imediata contribuiçãopara essa comuni<strong>da</strong>de, aintegração entre o professor e o alunona investigação e na busca deesclarecimentos e propostas, bemcomo a<strong>da</strong>ptação a ca<strong>da</strong> reali<strong>da</strong>de locale aos padrões culturais próprios deuma determina<strong>da</strong> estrutura social.Essas características fazem do CentroFormador de Recursos Humanos umaFormação99

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