○ ○ ○ ○altera<strong>da</strong>s, a não ser pela necessi<strong>da</strong>derecentemente introduzi<strong>da</strong> de contemplara formação do pessoalauxiliar na área de Saúde Bucal.A execução do PROFAE em todoo território nacional, sob coordenaçãodo Ministério <strong>da</strong> Saúde, vemapontando para os pontos nevrálgicos<strong>da</strong> intervenção do Estado no campode desenvolvimento de recursoshumanos como um todo. Vem-secolhendo, nesse sentido, idéias maisprecisas acerca de qual deve ser aestratégia para ultrapassar essaslimitações históricas. Pode-se afirmarque o desafio está em criar condiçõesinfra-estruturais e permanentes, e nãoapenas acumular meios para executaresse ou aquele processo de capacitação.É requisito dessa políticafortalecer a capaci<strong>da</strong>de de formaçãoprópria ao SUS, mas sem deixar deincentivar um ajuste <strong>da</strong>s escolaspriva<strong>da</strong>s ao perfil de necessi<strong>da</strong>des depessoal desse sistema. Igualmente degrande relevância é a contribuiçãoque os gestores do Sistema de Saúdepossam <strong>da</strong>r para a conformação dosistema de avaliação de competências<strong>da</strong>s diversas categorias técnicas.Estes são alguns dos objetivosestratégicos que a Política de RecursosHumanos de nível técnico deveriaestabelecer no médio e longo prazos:· mensurar as necessi<strong>da</strong>des eestabelecer metas de formação erequalificação para as diversascategorias de nível técnico;· influir em nível nacional sobreas definições do sistema de avaliaçãode competências <strong>da</strong>s diversascategorias;· modernizar as escolas técnicaspertencentes ao SUS;· incentivar a adoção de conteúdoscurriculares específicos e de maiorvalia para o SUS nas escolas técnicaspriva<strong>da</strong>s;· estimular o desenvolvimento demétodos de integração ensino-serviçona execução curricular;· estimular o desenvolvimento demétodos de ensino a distância para aformação de pessoal (docente esupervisores).Essa estratégia de conjunto tem deser alicerça<strong>da</strong> num eixo federativofun<strong>da</strong>mental que teve grande proeminêncianos anos 80, mas perdeumuito de sua densi<strong>da</strong>de política ecapaci<strong>da</strong>de operacional ao longo doprocesso de descentralização dos anos90: trata-se <strong>da</strong> articulação entre oMinistério <strong>da</strong> Saúde e as Secretariasde Saúde dos Estados. A nova óticarequer mais do que uma simplesrestauração desse eixo; requer que sepense de forma diferencia<strong>da</strong> osprocessos de capacitação e deformação que agora não mais selimitam aos "quadros internos" dessassecretarias. Há uma reali<strong>da</strong>de nova,de natureza político-institucional,que impõe a essas secretarias cui<strong>da</strong>rde ações de desenvolvimento derecursos humanos em três níveisusualmente tidos como "externos":a) <strong>da</strong>s próprias Secretarias de Saúde;b) <strong>da</strong>s enti<strong>da</strong>des públicas e priva<strong>da</strong>sassocia<strong>da</strong>s; c) dos componentesprivados do setor Saúde.Com base em experiências anteriores,aconteci<strong>da</strong>s na déca<strong>da</strong> de 80,tais como o Projeto Larga Escala, estáclaro atualmente que a autosuficiênciado setor Saúde em matériade desenvolvimento de recursoshumanos é algo muito limitado -abrange mais que na<strong>da</strong> o campo dostreinamentos emergenciais eintrodutórios. Para qualquer outroprocesso com maior ambição nosobjetivos de aprendizagem, seja naformação ou na educação continua<strong>da</strong>,o setor vê-se obrigado a estabeleceruma base "multiinstitucional" deentendimento e de ações conjuntascom o setor formal de ensino. Agoratêm-se plena consciência de que asPolíticas de Recursos Humanos,quando levam em conta a dimensão<strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de, só podem ser conduzi<strong>da</strong>sa contento com base numaarticulação com os setores deEducação e Trabalho.Três iniciativas recentes merecemser cita<strong>da</strong>s, pois tiveram destaque noprocesso de articulação "multisetorial"Formação9
○ ○ ○ ○para fortalecimento <strong>da</strong>s Políticas deRecursos Humanos em Saúde: a) aexpansão e reforma pelas SecretariasEstaduais de Saúde <strong>da</strong>s EscolasTécnicas do SUS, bem como doscursos que oferecem; b) a implantação,em parceria com universi<strong>da</strong>des,dos Pólos Formação em Saúde <strong>da</strong>Família; c) a realização de programasde capacitação técnica com apoio doPlano Nacional de EducaçãoProfissional (PLANFOR). Iniciativascomo essas introduzem novos atorese novas clientelas com suas particulari<strong>da</strong>des,e fazem aumentar acomplexi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s tarefas de quemcoordena as ações de desenvolvimentode recursos humanos em saúde.Lacunas observa<strong>da</strong>s no mercado detrabalho em saúde e necessi<strong>da</strong>des deformaçãoAs mu<strong>da</strong>nças <strong>da</strong> configuraçãopolítica do setor Saúde trazemexigências claras no que se refere àsnecessi<strong>da</strong>des de oferta e de qualificaçãode recursos humanos. Háaquelas cria<strong>da</strong>s por novos programas(como o PSF), assim como hánecessi<strong>da</strong>des que se identificam noconjunto do mercado de trabalho(como as questões de quali<strong>da</strong>deassocia<strong>da</strong>s ao nível de escolari<strong>da</strong>de oude qualificação profissional). Nessesentido, existem quatro tipos derecursos humanos que merecem seraqui distinguidos, ca<strong>da</strong> um delesimpondo estratégias novas de capacitaçãoe de administração de pessoal:1. Categorias que são decorrentese dependentes <strong>da</strong> própria ação doEstado e que dificilmente podemsubsistir com autonomia no mercadode trabalho: por exemplo, os guar<strong>da</strong>sde endemias e os agentes comunitáriosde saúde.2. Categorias que são ou deveriamser induzi<strong>da</strong>s e estimula<strong>da</strong>s pela açãodo Estado, mas que podem serabsorvi<strong>da</strong>s por diversos setores domercado de trabalho, por exemplo:técnicos de higiene dental.3. Categorias que correspondem aum contexto técnico e socialultrapassado e que estão em processode ajuste devido a exigências dequali<strong>da</strong>de, tanto no setor públicocomo no privado, por exemplo: osantigos "atendentes" para os quais apolítica atual impõe sua qualificaçãocomo auxiliares de enfermagem.4. Categorias que compõem um rolmúltiplo de funções usuais, tanto nosetor público como no privado.Nota-se que três desses gruposenvolvem "necessi<strong>da</strong>des cria<strong>da</strong>s" pelopadrão de intervenção do Estado nocampo específico dos recursoshumanos e não apenas necessi<strong>da</strong>des"detecta<strong>da</strong>s" por ele no âmbito domercado de trabalho. Sendo assim,esses e outros aspectos <strong>da</strong> configuraçãodos recursos humanos desaúde estão correlacionados àsPolíticas de Saúde e às açõesespecíficas, programáticas ou gerais,que são variáveis ao longo do tempo.Por outro lado, surgem novasnecessi<strong>da</strong>des que dizem respeito maisà quali<strong>da</strong>de do trabalho e menos àquanti<strong>da</strong>de <strong>da</strong> oferta de trabalhadores.Nesse caso, as Políticas Educacionaisque atendem ao imperativo <strong>da</strong>quali<strong>da</strong>de, em termos de formaçãotécnica e aumento do nível deescolari<strong>da</strong>de, afetam a composição doconjunto do mercado de trabalho etendem a ser aplica<strong>da</strong>s ao setor Saúde.Como tentativa, essas categoriasestão identifica<strong>da</strong>s no Quadro IIconforme os quatro tipos anteriormentemencionados, que representamcasos diferentes e, portanto,exigem tratamento diferenciado naPolítica de Recursos Humanos emSaúde. Naturalmente, essa classificaçãoserve aqui como uma merailustração e não como uma definiçãopolítica em si mesma.Como se pode ver, os recursoshumanos de nível técnico e auxiliarno campo <strong>da</strong> Saúde caracterizam-sepor uma notável diversi<strong>da</strong>de ouheterogenei<strong>da</strong>de funcional e educacional.Existem diferenças cria<strong>da</strong>spela divisão técnica do trabalho eque têm a ver com as áreas e objetosde ca<strong>da</strong> categoria (saneamento,saúde bucal, laboratórios etc.), mas10Nº 05 MAIO DE 2002
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