Ver/Abrir - Biblioteca Digital do IPG - Instituto Politécnico da Guarda

Relatório de EstágioDepois de terem estagnado durante a recessão, os preços no consumidor deverão aumentar, mas ainflação manter-se-á relativamente baixa, prevendo-se uma taxa de 1,1% para os países da zona euro(contra 0,3% em 2009). É de salientar que as diferenças a nível da inflação entre os vários países serãomenos pronunciadas do que as existentes antes da crise.As perspectivas para a economia portuguesa para o ano de 2010 são também marcadas por umarecuperação moderada da actividade, após o quadro recessivo internacional sem precedentes históricosrecentes que se acentuou no final de 2008 e cujo impacto se propagou a todos os países com economiasabertas e integradas como é o caso de Portugal. Acresce que a economia portuguesa revela fragilidades denatureza estrutural que têm limitado e vão continuar a condicionar o potencial de crescimento no futuropróximo. Estas carências reflectem-se, por um lado, num crescimento limitado da produtividade total dosfactores, a que não será alheio o baixo nível de qualificação da população activa. Por outro, deveráverificar-se um baixo contributo do factor trabalho para o crescimento decorrente do aumento dodesemprego estrutural, o qual tenderá a persistir num contexto de fraco dinamismo da procura e de baixamobilidade no mercado de trabalho, também condicionada pelo nível de capital humano. Neste contexto,perspectiva-se um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 0.3 A 0,7 por cento em 2010 e de 1 a 1.4por cento em 2011, depois de uma contracção de 2.7 por cento em 2009.O ligeiro crescimento da actividade económica projectado para 2010 e a aceleração que se antecipa para2011 reflectem uma recuperação da generalidade das componentes da procura privada, num contexto emque a procura externa dirigida às empresas portuguesas retomou uma trajectória de crescimento a partirda segunda metade de 2009. No que respeita à procura interna, a sua evolução em 2010 e 2011 deverácontinuar a ser condicionada pela deterioração das condições no mercado de trabalho, pela persistênciade fragilidades de natureza estrutural, assim como pela incerteza associada ao reinício do processo deconsolidação orçamental.No que se refere à inflação, o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) deverá voltar a registarvalores positivos em 2010 (0.7 por cento), aumentando para 1.6 por cento em 2011. Num contexto derecuperação económica a nível mundial espera-se que o mesmo tenha reflexos positivos a nível nacional.Assim, o aumento dos preços no consumidor em 2010 e 2011 tem subjacente, uma subida do preço dopetróleo, um aumento do deflactor das importações de bens não energéticos e um crescimento moderadodos custos unitários do trabalho, o qual tenderá a permitir alguma recuperação das margens de lucro. Estaprojecção para a taxa de inflação em Portugal implica a manutenção de um diferencial negativo decrescimento dos preços face à área do euro em 2010, embora de menor magnitude que o registado em2009.Quanto à evolução das taxas de juro de curto prazo é condicionada tanto pelas expectativas quanto àstaxas de intervenção do BCE, como pela evolução do prémio de risco implícito no mercado monetário.2.EmpresaDurante o Exercício de 2009, a EGIMETAL concluiu as negociações para representação da marca IVECO,pelo que e em consequência, no final do ano estavam em curso as obras de adaptação das instalações.Tânia Joana Paiva de Sá e Rainha Página 248