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Conceção do espetáculo Cão Solteiro & André e. TeodósioTexto André e. Teodósio Figurinos Mariana Sá NogueiraAssistência <strong>de</strong> figurinos Miguel Morazzo Execução <strong>de</strong> guarda-roupa Mestra Teresa LouroAssistência para a cenografia Vasco Araújo Construção <strong>de</strong> cenografia Cine-SetConstrução <strong>de</strong> a<strong>de</strong>reços Nuno Tomaz Registo ví<strong>de</strong>o Leonor NoivoProdução e fotografia Joana Dilão Em cena André e. Teodósio, André Godinho,António Gouveia, Joana Barrios, Joana Manuel, João Cabral,Maria Ana Bernauer, Noëlle Georg, Paula Sá Nogueira, Paulo Lages,Vasco Araújo e Medalha d’Ouro: Bernardo Rocha, Diogo Lopes,João Robalo, Luís Magalhães, Rodrigo PereiraMúsica "Paula" do álbum Os Sobreviventes, <strong>de</strong> Sérgio GodinhoIntervenção do artista plástico Javier Núñez GascoAgra<strong>de</strong>cimentos especiais Francisco Frazão, José Manuel Rodrigues,Patrícia Blázquez, Sérgio Godinho, Susana PombaAgra<strong>de</strong>cimentos Ricardo Santanna, João Brandão, Maria João Sigalho,Camarada L., Vidreira Costa do Sol, Maria do Carmo Charola,Patrícia Azevedo, equipa da <strong>Culturgest</strong>, todos os participantesdo work in progress no microfestival Forest FringeCoprodução <strong>Culturgest</strong> Residência Espaço do TempoApoio Molaflex, Teatro Praga, Teatro Nacional D. Maria IIPara que o tempo que passa e arrastaconsigo o esquecimento não saia aganhar <strong>de</strong>cidi registar os incógnitos, osmeus, aqueles que não se sabe se ficarãopara a História, mas que passarão ater um bilhete <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> e a pagarquotas. Pelos anos que me restam, vou<strong>de</strong>dicar-me a este trabalho: transformaros amigos em protagonistas <strong>de</strong>coisas que ficam por contar. Chamo-lheTOP MODELS.Paula Sá Nogueira é a segunda habitantea tomar uma forma, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> SusanaPomba (um mito urbano). A forma <strong>de</strong>um bestiário.André e. TeodósioDe Qua 7 a Sáb 10 <strong>de</strong> março21h30 · Palco do Gran<strong>de</strong> Auditório · Duração: 1h · M12
Dramatis Personæou A Teoria dos ConjuntosRodriguinho[Drama fácil que também se diz <strong>de</strong> facae alguidar. Trejeito; a<strong>de</strong>manes.]Tens no teu interior o exagero como forma<strong>de</strong> embelezamento do mundo dos outros.Judite[Polícia Judiciária; agente da PJ.]O senhor não permite fraturas.Sistematiza falhas e não permite queninguém seja assistemático.Paula Sá NogueiraEu não sou a Paula.DiaboEu acabarei por lhes dizer o que fazer.PombaUi, isto tem água no bico.Endrómina[Intrujice, trapalhada; mentira; conluio.]Não és nem antiga, nem morta, nem boa.És uma aldrabas.Noé[Bêbado.]Po<strong>de</strong> acontecer que salves a humanida<strong>de</strong>flutuando-a, mas também tenho uma mánotícia para te dar: és portador do pior.Zé[O povo; o pénis.]Tu és ninguém em geral e todosem particular.Maria[A mulher em geral; a esposa.]Maria não é estatuto, é alcunha.Se assumes alcunha como estatuto nemsequer és sujeita <strong>de</strong> ti mesma.Laura[Prata antiga; objetos <strong>de</strong> prata queconstituem antiguida<strong>de</strong>s.]A modéstia escon<strong>de</strong> a ambição.Roberto[Fantoche; marioneta.]És carne para canhão.Jaquinzinho[Carapau muito pequeno.]Porque é que sofres? Para queo consenso te proteja?Pires[De mau gosto; ordinário;sem elegância.]E o mau gosto não se discute.Almeida[Varredor <strong>de</strong> ruas.]Neste nunca confies, porque tira-te o lixoda frente mas coloca-o atrás.Dona-elvira[Automóvel antigo.]Não te apercebes <strong>de</strong> que estás morta?Voltar para trás é per<strong>de</strong>r tempo.Micha[Coisa falsa ou sem valor; notafalsa obtida por <strong>de</strong>scoloração dumaverda<strong>de</strong>ira usada na burla que tomaaquele nome; gazua ou chave falsa.]Sabes melhor do que eu que só somosbrandos quando não nos veem. Assim que<strong>de</strong>ixamos <strong>de</strong> ser olhados metemos o <strong>de</strong>dono nariz.Bernarda[Desor<strong>de</strong>m; algazarra; <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m.]Vai bardamerda.Pai <strong>de</strong> todos[Dedo médio.]Não se <strong>de</strong>ixem ficar com este símbolo<strong>de</strong> exceção em torno do qual o todo seorganiza, fortifica e domina.Definições do Dicionário <strong>de</strong> Calão<strong>de</strong> Eduardo Nobre. Citações do texto<strong>de</strong> André e. Teodósio.45
TatebitatisEm três anos consecutivos, Gil Vicentefaz representar quatro autos sobre omesmo tema – o julgamento das almas.É uma série que se produz reempregandoum mesmo modo <strong>de</strong> construçãocom diferenças. Dois <strong>de</strong>les [Inferno ePurgatório] celebram nativida<strong>de</strong>s [...].Ambos se representam para quem estádoente: o primeiro, a dar fé à rubricada edição <strong>de</strong> 1562, na câmara <strong>de</strong> umarainha moribunda, D. Maria, segundamulher <strong>de</strong> D. Manuel, e o segundo numhospital. Os outros dois, Alma (1518) eGlória (1519), festejam a re<strong>de</strong>nção dasalmas pela morte <strong>de</strong> Cristo e representam-se,na Páscoa, para a corte.[…]Durante a representação <strong>de</strong> Inferno,para além <strong>de</strong> o diálogo dizer quem sãoas personagens, as figuras, no momentoem que o público as via, podiam seri<strong>de</strong>ntificadas através do vestuário ou<strong>de</strong> objetos que transportavam […].[O]s objetos simbolizavam os pecadoscometidos pelas personagens.José Camões, Purgatório(ca<strong>de</strong>rnos Vicente)Nada po<strong>de</strong> ser mais característico daarte vicentina do que a composição“processional” <strong>de</strong>sta peça [Auto daBarca do Inferno]. Não há nela enredo,no sentido usual do termo, mas um<strong>de</strong>sfile <strong>de</strong> cenas simétricas.[…]Todos os escritores se repetem. Mas oprincípio da repetição é em Gil Vicenteuma propensão fatal imposta pelo estiloda época. […] A razão é que o espíritomedieval se interessava mais pelo geraldo que pelo particular e, para ele, aimensa diversida<strong>de</strong> dos seres se reduz aalguns tipos <strong>de</strong>finitivos e intangíveis.[…]Se […] tantos autos não têm enredo,não foi por incapacida<strong>de</strong> do autor masporque tanto ele como o público nãodavam a isso tanta importância comonós. Foi, em suma, porque esperavamduma peça <strong>de</strong> teatro outra coisa.[…]O que aparece em cena não é uma aventuraque se <strong>de</strong>senrola ou um <strong>de</strong>stinoque se cumpre mas uma situação quese oferece aos olhos na sua realida<strong>de</strong>imediata.Paul Teyssier, Gil Vicente — O Autore a ObraDiante da lei está um guarda-portão.Um homem do campo dirige-se a esteguarda-portão e pe<strong>de</strong> para entrar naLei. Mas o guarda-portão diz que,agora, não o po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar entrar. Entãoo homem reflete e pergunta se, sendoassim, lhe será permitido entrar maistar<strong>de</strong>. “É possível”, diz o guarda-portão,“mas agora não”.Franz Kafka, “Diante da lei”Como se sabe, os Ju<strong>de</strong>us estavam proibidos<strong>de</strong> investigar o futuro. […] Masisso não significa que, para os Ju<strong>de</strong>us,o tempo fosse homogéneo e vazio, poisnele cada segundo era a porta estreitapor on<strong>de</strong> podia entrar o Messias.Walter Benjamin, “Sobre o Conceito<strong>de</strong> História”Disse noutro lugar que num teatronão ocupamos o mesmo espaço que osatores no palco mas que ocupamos simo mesmo tempo. Isto é bastante superficial.Mas foi-me dito que era obviamentefalso: num teatro estamos obviamentena mesma <strong>sala</strong> que os atores,enquanto que no cinema obviamentenão estamos. Essa i<strong>de</strong>ia vem <strong>de</strong> visõeserradas <strong>de</strong> como se po<strong>de</strong> entrar nosespaços. Imagina que po<strong>de</strong>mos entrarno espaço dos atores num teatro atravessandoa ribalta. Mas claro que não seconseguiria mais do que interromper oespetáculo. E imagina que não po<strong>de</strong>mosentrar no mundo <strong>de</strong> um filme porque <strong>de</strong>nada serve rasgar o ecrã. Mas estamosa ir na direção errada. (Tal como naCaverna <strong>de</strong> Platão, a realida<strong>de</strong> está atrás<strong>de</strong> nós. Tornar-se-á visível quando nostivermos tornado visíveis perante ela,quando nos apresentarmos.) Os atoresestão lá, sim, no nosso mundo, maspara chegar a eles temos <strong>de</strong> ir on<strong>de</strong> elesestão, e na verda<strong>de</strong>, tal como as coisasestão, não po<strong>de</strong>mos ir lá agora. O seuespaço não é metafisicamente diferente;é o mesmo espaço humano que omeu. E não estamos, como num teatro,proibidos <strong>de</strong> atravessar a linha entreator e encarnação, entre ação e paixão,entre os domínios sagrado e profano.Num cinema, a barreira para as estrelasé o tempo.Stanley Cavell, The World ViewedUm sonho frequente entre as pessoas doteatro e do cinema: tenho imperativamente<strong>de</strong> representar, em palco, <strong>de</strong>ntro<strong>de</strong> alguns minutos, um papel <strong>de</strong> quenão sei uma só palavra. É um sonho quepo<strong>de</strong> ser muito longo, muito complicado.Inquieto-me e chego a entrarem pânico, o público impacienta-se eassobia, vou à procura <strong>de</strong> alguém, o contrarregra,o diretor do teatro, digo-lhe:mas é horrível, o que é que eu possofazer? Ele respon<strong>de</strong>-me friamente quetenho <strong>de</strong> me <strong>de</strong>senrascar, que o pano vaisubir, que já não se po<strong>de</strong> esperar mais.Estou numa angústia extrema.Luis Buñuel[A] estrutura, ou antes a estruturalida<strong>de</strong>da estrutura, conquanto sempre ativa,foi sempre neutralizada e reduzida: porum gesto que consistia em dar-lhe umcentro, em reportá-la a um ponto <strong>de</strong>presença, a uma origem fixa. Este centrotinha por função não somente orientare equilibrar, organizar a estrutura – nãose po<strong>de</strong>, com efeito, pensar uma estruturainorganizada –, mas sobretudofazer que o princípio <strong>de</strong> organização daestrutura limitasse o que nós po<strong>de</strong>ríamos<strong>de</strong>nominar o jogo da estrutura. Semdúvida que o centro <strong>de</strong> uma estrutura,dado que orienta e organiza a coerênciado sistema, permite o jogo dos elementosno interior da forma total. E aindahoje uma estrutura privada <strong>de</strong> todo ocentro representa o impensável.No entanto, o centro fecha tambémo jogo que ele abre e torna possível.Enquanto centro, é o ponto em quea substituição dos conteúdos, doselementos, dos termos já não é possível.67
No centro, a permuta ou a transformaçãodos elementos (que po<strong>de</strong>m, aliás,ser estruturas compreendidas numaestrutura) é interdita. Pelo menos,sempre foi interdita (utilizo esta palavra<strong>de</strong> propósito). Pensou-se sempre que ocentro, que por <strong>de</strong>finição é único, constituía,numa estrutura, precisamenteaquilo que, impondo a estrutura, escapaà estruturalida<strong>de</strong>. Eis porque, para umpensamento clássico da estrutura, ocentro po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rado, paradoxalmente,<strong>de</strong>ntro da estrutura e fora daestrutura. Está no centro da totalida<strong>de</strong>e, no entanto, uma vez que o centronão lhe pertence, a totalida<strong>de</strong> tem o seucentro noutro ponto. O centro não é ocentro.Jacques Derrida, “A estrutura, o signoe o jogo no discurso das ciênciashumanas”[Luis Buñuel] dizia aos atores o mínimopossível, e reduzia as suas indicaçõessobretudo a movimentos físicos (“vaipara a direita”, “vai pelo corredor eentra nessa porta”, etc.). Recusava-sefrequentemente a respon<strong>de</strong>r às perguntasdos atores e era conhecido porsimplesmente <strong>de</strong>sligar o seu aparelho<strong>de</strong> audição no plateau.Artigo da Wikipedia sobre Luis BuñuelNão resta na sua mente mais nenhumadúvida sobre o lugar on<strong>de</strong> está, quemela é. É uma requerente diante doportão. A viagem que a trouxe aqui, aeste país, a esta cida<strong>de</strong>, que parecia terchegado ao fim quando o autocarroparou e a sua porta se abriu para apraça cheia <strong>de</strong> gente, não era o fim <strong>de</strong>tudo. Agora começa um processo <strong>de</strong>outro tipo. Exige-se <strong>de</strong>la um ato, umaqualquer afirmação prescrita mas in<strong>de</strong>finida,antes que a julguem boa e possapassar. Mas é este quem a vai julgar,este homem vermelhusco, entroncado,em cujo uniforme suspeito (militar?guarda civil?) ela não consegue <strong>de</strong>tetarnenhuma marca <strong>de</strong> patente mas sobrequem a ventoinha, não virando nempara a esquerda nem para a direita, <strong>de</strong>rramauma frescura que ela <strong>de</strong>seja quefosse <strong>de</strong>rramada sobre si?“Sou uma escritora”, diz ela. “Éprovável que não tenham ouvido falar<strong>de</strong> mim aqui, mas eu escrevo, ou escrevi,sob o nome Elizabeth Costello. A minhaprofissão não é acreditar, só escrever.Não me diz respeito. Faço imitações,como diria Aristóteles.”Faz uma pausa, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>ixa sair afrase seguinte, a frase que <strong>de</strong>terminaráse este vai ser o seu juiz, a pessoa certapara a julgar, ou, pelo contrário, meramenteo primeiro <strong>de</strong> uma longa linhaque leva até sabe-se lá que funcionáriosem traços distintivos em que chancelariaem que castelo. “Posso fazer umaimitação da crença, se quiser. Seriasuficiente para os seus propósitos?”J. M. Coetzee, Elizabeth CostelloTatebitati – Diz-se da pessoa que temdificulda<strong>de</strong>s em falar ou pronunciarcertas letras ou palavras.Eduardo Nobre, Dicionário <strong>de</strong> CalãoCão SolteiroNão é todos os dias que conhecemosuma pessoa que amamos. E encontrá--las na mesma cida<strong>de</strong> em que se vivepo<strong>de</strong>-se dizer que é raro! Antes <strong>de</strong> nosconhecermos eu já era uma espécie <strong>de</strong>admirador secreto gogoliano daquelecão solteiro. Seguia-lhes as pegadase os latidos. Quis o <strong>de</strong>stino que asconhecesse num teatro on<strong>de</strong> ia estrearo meu primeiro espetáculo (curiosamentetratava-se <strong>de</strong> um texto <strong>de</strong> Gogol),quando me ajudaram a arranjar a ficha<strong>de</strong> um can<strong>de</strong>eiro, porque perceberamque eu estava <strong>de</strong>sesperado com a minhafalta <strong>de</strong> jeito para dar fim àquilo. Masembora o que eu escrevo agora seja realno sentido em que aconteceu, o meuobjetivo é totalmente metafórico: alâmpada que me ajudaram a acen<strong>de</strong>r eraa que estava <strong>de</strong>ntro da minha cabeça, acabeça <strong>de</strong> alguém que ainda se comportavasegundo procedimentos artísticosmiméticos. Porque esse celibatário eramais do que um cachorro, um amanteou um professor: sem elas tenho acerteza <strong>de</strong> que não saberia o que querdizer estar vivo. Cão Solteiro é paramim o mais importante companheiro domundo. You pet it is!André e. TeodósioAndré e. TeodósioArtist, reference ornithologist, falsebiographer, 35 years old, ist Slim (factsdon’t) Fit (him): Art over Life. Mindover matter (here he comes). Headover Heels (he’s winning). A over Der(he leaves). Game over (we lose) – thismeans we really love him.André e. Teodósio é um <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>iro:acorda e põe-se a pensar em coisas difíceis<strong>de</strong> executar num espetáculo teatral<strong>de</strong> estratégia mimética: o cair da noite,morrer, entradas e saídas narrativas,enfim, todo um pesa<strong>de</strong>lo para qualquerpessoa que queira fazer teatro e pensarmuito.Aqui os mecanismos confirmados doteatro não são rejeitados mas exauridose abandonados <strong>de</strong>pois à sua sorte / à suamorte – o ator é aquele que age numaficção hiper-real e <strong>de</strong>senvolve o seudiscurso através da citação, da anunciação,da enunciação, da nomeação,da enumeração ou <strong>de</strong> qualquer outraforma hiperbólica, fugindo a sete pés dametáfora – O corpo é o limite. (The skyis the limit) – Qualquer objeto imediatamentereconhecível é passível <strong>de</strong> serapropriado e concorre diretamente paraa criação <strong>de</strong> uma estética projetada noFuturo em esperança – O futuro é aquie agora, a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> continuar –O insulto é um meio <strong>de</strong> expressão comoqualquer outro. O Mal existe. Há quelidar com ele — A alma é uma mais-valia(mais valia estar quieta). Procura-se oSublime (um instantinho <strong>de</strong> beleza).Cão Solteiro89
Próximo espetáculoPedro Carneiroe Bernardo Sassetti© Nuno Ferreira SantosJazz Sex 16 marçoGran<strong>de</strong> Auditório · 21h30 · Dur. 1h10 · M12<strong>Culturgest</strong>,Espaço CarbonoZero ®A compensação das emissões <strong>de</strong>carbono <strong>de</strong>correntes da utilização dosespaços da <strong>Culturgest</strong>, localizadosno Edifício Se<strong>de</strong> da Caixa Geral <strong>de</strong>Depósitos, está integrada na estratégiado Grupo para o combate às alteraçõesclimáticas. Esta iniciativa enquadra-senum conjunto mais alargado <strong>de</strong> ações,que vão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a inventariação das emissõesassociadas ao consumo <strong>de</strong> energiae ao tratamento dos resíduos produzidosnas instalações, à implementação<strong>de</strong> medidas <strong>de</strong> eficiência energéticapara redução das emissões. Com efeito,tem-se vindo a assistir a uma reduçãodas emissões <strong>de</strong> carbono observando--se um <strong>de</strong>créscimo progressivo <strong>de</strong>cerca <strong>de</strong> 35% face a 2008. Esta é umaredução com tendência a acentuar-secom a implementação <strong>de</strong> um conjunto<strong>de</strong> medidas adicionais, estando previstauma redução total <strong>de</strong> 16 500 kWh/ano,o equivalente a cerca <strong>de</strong> 220 viagens <strong>de</strong>carro Lisboa-Porto.Apesar <strong>de</strong> contribuírem para aredução das emissões <strong>de</strong> carbono, estasações não são suficientes para evitarpor completo estas emissões. Assim, asrestantes emissões são compensadasatravés da aquisição <strong>de</strong> créditos <strong>de</strong>carbono provenientes <strong>de</strong> um projetotecnológico localizado no Brasil e quecumpre os requisitos Voluntary CarbonStandard (VCS). A compensação dasemissões inevitáveis da <strong>Culturgest</strong>constitui, assim, uma internalizaçãoda variável carbono <strong>de</strong>corrente dautilização dos seus espaços e contribui,igualmente, para a meta <strong>de</strong> neutralida<strong>de</strong>carbónica expressa no Programa CaixaCarbono Zero.Mais informações em:www.cgd.pt/Institucional/Caixa-Carbono-ZeroMarimba, vibrafone e percussão Pedro CarneiroPiano Bernardo SassettiPedro Carneiro e Bernardo Sassettihaveriam, um dia, <strong>de</strong> se encontrar. Ospróprios trajetos <strong>de</strong>stes dois músicosímpares apontavam para tal <strong>de</strong>sfecho.Eis que, finalmente, os vamos po<strong>de</strong>rouvir juntos.Apontado como um dos mais importantespercussionistas da atualida<strong>de</strong>, anível internacional, na área da músicaerudita, o primeiro tem tido uma ativida<strong>de</strong>paralela junto <strong>de</strong> improvisadorese músicos <strong>de</strong> jazz, sendo <strong>de</strong> apontaros nomes <strong>de</strong> Louis Sclavis, MichaelMantler, Carlos “Zíngaro”, Jeff Davis,Alexandre Frazão e André Gonçalves.Por sua vez, um dos mais aplaudidospianistas do jazz português aproxima-senão raras vezes do universo dito “clássico”,como aconteceu já em algumasdas suas composições camerísticas parao cinema e o teatro, nas suas colaboraçõescom Pedro Burmester e MárioLaginha e muito especialmente noálbum Unreal: Si<strong>de</strong>walk Cartoon, quecontou com a participação do ensemble<strong>de</strong> percussão Drumming.Ambos são compositores e intérpretese ambos improvisam, ora <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>estruturas pre<strong>de</strong>finidas, ora livremente.É neste último âmbito que se concretizaesta parceria inédita – Carneiroe Sassetti propõem-se improvisar emdiálogo, indo para on<strong>de</strong> o momento oslevar.Um momento que, com toda a certeza,fará história, mais uma vez comprovandoque não há fronteiras para aslinguagens musicais do nosso tempo.
Conselho <strong>de</strong> AdministraçãoPresi<strong>de</strong>nteFernando Faria <strong>de</strong> OliveiraAdministradoresMiguel Lobo AntunesMargarida FerrazComunicaçãoFilipe <strong>Folha</strong><strong>de</strong>la MoreiraPublicaçõesMarta CardosoRosário Sousa MachadoMaquinaria <strong>de</strong> CenaAlcino FerreiraArtur BrandãoTécnico AuxiliarÁlvaro CoelhoAssessoresDançaGil MendoTeatroFrancisco FrazãoArte ContemporâneaMiguel Wandschnei<strong>de</strong>rServiço EducativoRaquel dos Santos AradaPietra FragaDireção <strong>de</strong> ProduçãoMargarida MotaProdução e SecretariadoPatrícia BlázquezMariana Cardoso<strong>de</strong> LemosJorge EpifânioExposiçõesCoor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> ProduçãoMário ValenteProduçãoAntónio Sequeira LopesPaula Tavares dos SantosFernando Teixeira<strong>Culturgest</strong> PortoSusana SameiroAtivida<strong>de</strong>s ComerciaisCatarina CarmonaPatrícia BlazquezServiços Administrativos e FinanceirosCristina RibeiroPaulo SilvaTeresa FigueiredoDireção TécnicaPaulo Prata RamosDirecção <strong>de</strong> Cena e LuzesHorácio Fernan<strong>de</strong>sAssistente <strong>de</strong> direção cenotécnicaJosé Manuel RodriguesAudiovisuaisAmérico Firminocoor<strong>de</strong>nadorPaulo Abranteschefe <strong>de</strong> áudioRicardo GuerreiroTiago BernardoIluminação <strong>de</strong> CenaFernando Ricardo chefeNuno AlvesFrente <strong>de</strong> CasaRute SousaBilheteiraManuela FialhoEdgar Andra<strong>de</strong>Clara TroniReceçãoSofia Fernan<strong>de</strong>sAna Luísa JacintoAuxiliar AdministrativoNuno CunhaColeção da Caixa Geral <strong>de</strong> DepósitosIsabel Corte-RealInês Costa DiasMaria Manuel ConceiçãoEdifício Se<strong>de</strong> da CGDRua Arco do Cego, 1000-300 Lisboa, Piso 1Tel: 21 790 51 55 · Fax: 21 848 39 03culturgest@cgd.pt · www.culturgest.pt<strong>Culturgest</strong>, uma casa do mundo