da Tulipa CANTORA E COMPOSITORA LANÃA TUDO TANTO E ...
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a arte prestes aREPORTAGEM | bienalRANSBORDARSob o título A Iminência <strong>da</strong>s Poéticas, a 30 a Bienal de São Paulo começa no dia 7 de setembroTEXTO malu rangelQuem acompanha arte contemporânea deve ficar atento: está chegandoo momento do principal evento do gênero no Brasil, a Bienal de Arte.Desde o seu início, em 1951, as edições contaram com a participaçãode 159 países, mais de 13 mil artistas, cerca de 60 mil obras e quase 7milhões de visitantes.Com um histórico assim, a expectativa não poderia ser maior. E, desta vez, otítulo <strong>da</strong> 30 a Bienal de São Paulo já atiça, por si só, a curiosi<strong>da</strong>de: A Iminência<strong>da</strong>s Poéticas. A partir dele, é possível pensar não apenas na proximi<strong>da</strong>dee até na ameaça provoca<strong>da</strong>s pela arte, como também investigar o plural,as varia<strong>da</strong>s poéticas que trazem multiplici<strong>da</strong>de e possibilitam expressivosatos de caráter artístico.A mostra, que acontece de 7 de setembro a 9 de dezembro no Pavilhão CiccilloMatarazzo, no Parque Ibirapuera, em São Paulo, sob curadoria do venezuelanoLuis Pérez-Oramas, trata a iminência, conforme traduz o curador, como “o queestá a ponto de acontecer, a palavra na ponta <strong>da</strong> língua, o silêncio imprevistoque antecede a decisão de falar ou não falar, a arte como estratégia discursivae a poética em sua plurali<strong>da</strong>de e multiplici<strong>da</strong>de”. A urgência <strong>da</strong> arte, portanto,também traz a diversi<strong>da</strong>de, que, em um mesmo evento, é capaz de produzirconstelações de obras e de artistas que conversam entre si. “Constelação”, inclusive,é um termo importante no conceito desta bienal: muito mais do queuma exposição de artistas e obras singulares, pretende-se que tudo dentrodela converse e produza novos sentidos e significações.E, se as poéticas são capazes de se sobrepor, se desagregar e se assimilar,as obras de Nydia Negromonte, Bernard Frinze, Lucia Laguna e EduardoBerliner também são capazes de se articular para compor o quadro geral <strong>da</strong>mostra. Esses artistas estão entre os 110 selecionados, presentes nas quatrozonas curatoriais distintas desta bienal: Sobrevivências, Alterformas, Derivas,Vozes e, ain<strong>da</strong>, uma zona transversal, Reverso.Trabalhos como Hídrica: Episódios, de Nydia Negromonte, instalaçãocria<strong>da</strong> a partir do sistema hidráulico do edifício <strong>da</strong> bienal; as criativaspinturas do francês Bernard Frinze − que, conforme o curador, “levantama questão <strong>da</strong> autoria coletiva, na qual a imagem é sempre arqueológica”; ea instalação de Lucia Laguna – que reproduz o espaço de seu ateliê e expõea pintura como um ato – falam, entre outros aspectos, sobre como aspoéticas se espalham pelo cotidiano e condensam memória, descobertase ressignificações de sentido.A 30 a Bienal de São Paulo se apresenta como uma mostra na<strong>da</strong> dogmática,pois pretende incentivar diálogos e reflexões sobre a arte contemporâneaem suas mais diversas manifestações. A criação de sua identi<strong>da</strong>de visual éprova disso: a bienal será celebra<strong>da</strong> com 30 cartazes elaborados ca<strong>da</strong> umpor um autor, numa iniciativa inédita em um workshop aberto à participaçãodo público. Luis Pérez-Oramas acredita “que um único conceito ter30 versões diferentes é um princípio constitutivo <strong>da</strong> 30 a Bienal, no qual sematerializam as ideias de multiplici<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s poéticas, de alterformação, desobrevivência e de deriva <strong>da</strong>s formas”.Diversi<strong>da</strong>de, diálogo, plurali<strong>da</strong>de de poéticas espalha<strong>da</strong>s pelo dia a dia: a30 a Bienal de São Paulo parece vir lembrar que, na iminência <strong>da</strong> arte, não hádistinção entre o viver e o criar.Jasmin do Cabo (2010),de Nydia NegromonteSaiba mais em .Persiana (2011), deEduardo BerlinerPaisagem N. 51 (2011),de Lucia Laguna15CONTINUUM