12.07.2015 Views

da Tulipa CANTORA E COMPOSITORA LANÇA TUDO TANTO E ...

da Tulipa CANTORA E COMPOSITORA LANÇA TUDO TANTO E ...

da Tulipa CANTORA E COMPOSITORA LANÇA TUDO TANTO E ...

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

AMADURECIMENTODois anos após Efêmera, <strong>Tulipa</strong> Ruiz lança TudoTanto, no qual assina, sozinha ou com parceiros, to<strong>da</strong>sas 11 faixas. A produção é de Gustavo Ruiz e osarranjos de cor<strong>da</strong>s e sopros são de Jacques Mathias.O trabalho foi selecionado no edital Natura Musicale tem apresentações confirma<strong>da</strong>s em Salvador, noTeatro Castro Alves; em São Paulo, no Auditório Ibirapuera;no Rio de Janeiro, no Circo Voador; e emCuritiba, no Sesc <strong>da</strong> Esquina.O PALCO É O MEU LUGAR. QUALQUER MICROFONIA,RESPIRAÇÃO ERRADA, QUALQUER DESAFINADA PODESER LINGUAGEM, PODE TRABALHAR A MEU FAVOR.”Nesse novo disco, a cantora está ain<strong>da</strong> mais vigorosae à vontade. <strong>Tulipa</strong> explora novos caminhosde sua extensão vocal, experimentados eaperfeiçoados no palco durante o intervalo entreos dois trabalhos. “Desta vez fizemos o caminhocontrário. Antes de gravar Efêmera, havíamosfeito uma série de shows. Com o Tudo Tanto,primeiro gravamos para depois pensar no palco.Estou mais à vontade, pois aconteceu justamenteo que me disseram: fazer o segundo disco émuito mais divertido que o primeiro, já que nãohá mais aquela tensão do lançamento. Eu guardeiesse conselho e isso me apaziguou”, explica.<strong>Tulipa</strong> conta que, mesmo tendo amadurecido asmúsicas em shows, o período de gravação de Efêmerafoi muito curto. “A gente se apresentou comformações diferentes e ca<strong>da</strong> músico contribuiu deum jeito. Saiu até uma crítica dizendo que eu fiz umdisco diferente do show. Fiquei com isso na cabeçae foi aí que percebi que gravar um disco é como fazeruma fotografia <strong>da</strong> música. Depois que você fotografa,coisas acontecem, outros músicos chegam,é algo que está constantemente em processo.”O amadurecimento <strong>da</strong> cantora é facilmente perceptívelno novo trabalho. Sua voz navega comsegurança tanto em tons mais graves quanto emagudos extremos, desenhando melodias sinuosas.No entanto, em termos de texto e temática,as composições não abandonaram o humor ea irreverência <strong>da</strong> produção anterior. “No TudoTanto eu cheguei despreocupa<strong>da</strong>. Fui fazendoas músicas, sem saber ain<strong>da</strong> o nome do disco, fuisentindo tudo aos poucos; tive muito tempo paragravar voz e isso foi muito gostoso. O anterior foimuito rápido. Palco é uma coisa, estúdio é outra,e antes, para mim, era muito difícil gravar voz”,confessa. “Não sei se vou dizer isso <strong>da</strong>qui a 20anos, mas o palco é o meu lugar. Qualquer microfonia,respiração erra<strong>da</strong>, qualquer desafina<strong>da</strong>pode ser linguagem, pode trabalhar a meu favor.No estúdio não; é como se fosse um zoom nasua voz. Então qualquer respiração é diferente. Écomo se enxergássemos os nossos poros. Eu demoreia começar a curtir isso. Nesse disco fiqueimais relaxa<strong>da</strong>, desfrutei mais do processo.”O trabalho atual, segundo a cantora, é consequênciado que aconteceu com o anterior. “Acredito queas pessoas esperam escutar coisas novas, diferentes.Se eu fizesse o Efêmera 2 ia ser mais do mesmo.Nós não vemos a hora de começar a tocar asmúsicas novas e ver o que acontece.” O disco incluitambém uma parceria com Criolo e participaçãode Lulu Santos, São Paulo Underground, DanielGanjaman, Kassin, Rafael Castro, entre outros.LULU NO MEU NOVO DISCO?<strong>Tulipa</strong> e Gustavo Ruiz tinham como missão criaruma música para o novo trabalho, durante umcafé, antes de chegar ao ensaio. “Levamos umgravador, ficamos assoviando um tema, chegamose perguntamos para a ban<strong>da</strong> o que achavam”,conta. “A música rolou legal, ensaiamosa tarde inteira só com a melodia. A ban<strong>da</strong> fezum intervalo para tomar um café e prometi que,quando eles voltassem, eu teria uma letra.”Quando começaram a ensaiar a música completa,perceberam que ela se parecia muito com asbala<strong>da</strong>s de Lulu Santos e decidiram fazer o convite.“Eu o conheci durante um show que fiz emSalvador. Rolava uma empatia. Depois fui vê-loem São Paulo e trocamos uma ideia. É impressionantecomo to<strong>da</strong>s as músicas que ouvi ali faziamparte <strong>da</strong> minha linha do tempo afetiva”, diz.“É uma ideia que existe na cabeça e não tem amenor pretensão de acontecer”, cantarola. “Isso élindo! Esse show mexeu muito comigo.”Após o encontro com Lulu, <strong>Tulipa</strong> arrumou oe-mail do cantor e escreveu para ele com o assunto:Lulu no meu novo disco?. “Passou um diae ele respondeu: boa pergunta! E se prontificou agravar, amarradão. O processo foi muito legal, amelodia chegou nele.” No final, a música foi batiza<strong>da</strong>de “Dois Cafés”, justamente por ter sidocomposta no intervalo entre um café e outro.Quanto à carreira internacional, <strong>Tulipa</strong> considerauma grande responsabili<strong>da</strong>de levar nossa músicapara fora do país, já que existe uma pressão por parte<strong>da</strong>s pessoas e <strong>da</strong> imprensa em saber tudo sobre oBrasil. A cantora, que já se apresentou nos EstadosUnidos, na Europa, na Argentina e na Colômbia,para citar alguns, conta que os artistas brasileirosviraram uma espécie de pequenos embaixadores.“Temos de explicar o que é samba, o que é bossanova, quem é Tom Jobim, até finalmente perguntaremsobre o que estamos fazendo no momento.Mas, ao mesmo tempo, é interessante a formacomo a música transcende o idioma”, conclui.CONTINUUM18 19

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!