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Liberalização do Sector Postal: Principais questões concorrenciais

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(i)(ii)(iii)(iv)que o serviço postal seja assegura<strong>do</strong>, sempre que possível, por mecanismos demerca<strong>do</strong>, incluin<strong>do</strong> procedimentos concursais, nas regiões em que tal for viável;que o processo de selecção <strong>do</strong> presta<strong>do</strong>r de SU seja transparente e desenha<strong>do</strong>de mo<strong>do</strong> a incluir o maior número de candidatos habilita<strong>do</strong>s a efectuar estaprestação;que o acesso aos elementos de rede da infra-estrutura postal seja assegura<strong>do</strong>,em condições transparentes e não discriminatórias, a to<strong>do</strong>s os presta<strong>do</strong>resconcorrentes aos CTT, o mesmo se aplican<strong>do</strong> ao nível da interoperabilidade entreredes; eque se garanta a existência de um level playing field através da revisão dasregras fiscais aplicáveis, em particular, no que concerne à isenção de IVA.10. Um segun<strong>do</strong> conjunto de condicionalismos relaciona-se com características intrínsecasdestes merca<strong>do</strong>s (condicionalismos naturais), preven<strong>do</strong>-se a sua persistência mesmoapós a plena liberalização <strong>do</strong> sector.11. Os condicionalismos naturais à entrada e à expansão <strong>do</strong> la<strong>do</strong> da procura resultam dapossível existência de efeitos de reputação, efeitos de carteira ou portfolio, custos demudança e de contrapoder negocial <strong>do</strong>s compra<strong>do</strong>res.12. Neste caso, e no que ao merca<strong>do</strong> português diz respeito, destacam-se os efeitos dereputação e de carteira ou portfolio, na medida em que os CTT, por operarem nomerca<strong>do</strong> há mais tempo e beneficiarem da confiança <strong>do</strong>s seus clientes, detêm umavantagem competitiva significativa face aos presta<strong>do</strong>res concorrentes.13. Do la<strong>do</strong> da oferta, os condicionalismos naturais à entrada e à expansão relacionam-secom os custos afunda<strong>do</strong>s, as economias de escala, as economias de densidade, aseconomias de gama e os efeitos de rede.14. As economias de densidade, resultantes de uma maior concentração geográfica <strong>do</strong>tráfego postal em certas áreas, são das mais relevantes, condicionan<strong>do</strong> acontestabilidade de determina<strong>do</strong>s segmentos de merca<strong>do</strong> (i.e. em áreas de menordensidade populacional, logo de menor tráfego postal).15. Em face <strong>do</strong>s condicionalismos à entrada e à expansão presentes neste sector, osentrantes tenderão a a<strong>do</strong>ptar estratégias focadas em nichos de merca<strong>do</strong> ou nacaptação de grandes clientes empresariais. É ainda expectável que os entrantes seconcentrem na oferta de serviços com custos fixos reduzi<strong>do</strong>s ou no desenvolvimento dedetermina<strong>do</strong>s serviços da nova cadeia de valor <strong>do</strong>s serviços postais. As zonas urbanasde Lisboa e Porto, por serem as áreas de maior densidade de tráfego postal, sãoaquelas em que mais facilmente os entrantes prestarão serviços em toda a cadeia devalor.16. A provável entrada no merca<strong>do</strong> de novos presta<strong>do</strong>res de serviços postais, com aprogressiva liberalização <strong>do</strong> sector, pode potenciar a a<strong>do</strong>pção de comportamentos anti-4/52

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