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Liberalização do Sector Postal: Principais questões concorrenciais

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economias distinguem-se das economias de escala por reflectirem reduções nos custosmédios associadas ao aumento de tráfego postal manten<strong>do</strong> a mesma dimensão darede.161. Ten<strong>do</strong> em consideração que muitas das rotas operadas pelos presta<strong>do</strong>res de serviçospostais se caracterizam por estarem abaixo da sua capacidade, um aumento de tráfegonão se traduz necessariamente num aumento <strong>do</strong>s custos totais de transporte.162. Deste mo<strong>do</strong>, uma rede de menor dimensão, embora não beneficie de economias deescala, pode, ainda assim, tirar parti<strong>do</strong> das economias de densidade, desde queconcentre a maioria das suas operações em rotas com volume de tráfego eleva<strong>do</strong>.163. A geografia de um determina<strong>do</strong> país é, deste mo<strong>do</strong>, relevante, uma vez que em áreascom elevada densidade populacional e com um relevo pouco acidenta<strong>do</strong>, os custosmédios serão, naturalmente, mais reduzi<strong>do</strong>s.164. Em Portugal, a concentração de tráfego postal nas regiões metropolitanas de Lisboa e<strong>do</strong> Porto é elevada, sen<strong>do</strong>, como tal, regiões em que os presta<strong>do</strong>res mais facilmenteconseguem beneficiar das economias de densidade e obter níveis de rendibilidade maiseleva<strong>do</strong>s. Pelo contrário, em áreas <strong>do</strong> interior <strong>do</strong> território português pode ser difícil,até mesmo para o incumbente, alcançar economias de custos relacionadas com adensidade pelo facto <strong>do</strong> volume de tráfego ser reduzi<strong>do</strong>, daí resultan<strong>do</strong> a necessidadede SU.Economias de gama165. Como condicionalismo natural à entrada e à expansão podem ainda ser apontadas aseconomias de gama. Estas economias traduzem reduções nos custos médios emresulta<strong>do</strong> <strong>do</strong> fornecimento conjunto de serviços postais sobre uma mesma rede.Dificilmente um entrante, que actue num segmento de merca<strong>do</strong> específico da área nãoreservada, conseguirá replicar as economias de gama <strong>do</strong> incumbente que oferece umportfolio alarga<strong>do</strong> de serviços.166. Por outro la<strong>do</strong>, é possível beneficiar de eventuais economias de gama em caso departilha de actividades associadas aos novos serviços com actividades associadas aserviços que já são presta<strong>do</strong>s pelos entrantes.Efeitos de rede167. Por fim, refiram-se os efeitos de rede como condicionalismo natural à entrada e àexpansão. Os efeitos de rede determinam que um serviço seja mais valoriza<strong>do</strong> quantomaior o número de clientes que dele beneficia, o que torna a entrada em pequenaescala difícil. No que respeita ao sector postal, estes efeitos são, contu<strong>do</strong>, limita<strong>do</strong>s.4.4. Condicionalismos à entrada e à expansão: conclusões168. A contestabilidade <strong>do</strong>s merca<strong>do</strong>s de serviços postais é condicionada pela existência decondicionalismos à entrada e à expansão, poden<strong>do</strong> os mesmos configurarcondicionalismos naturais ou legais.32/52

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