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Liberalização do Sector Postal: Principais questões concorrenciais

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SUMÁRIO EXECUTIVO1. O presente <strong>do</strong>cumento de orientação tem por objecto avaliar a situação concorrencial<strong>do</strong> sector postal em Portugal e identificar os principais condicionalismos enfrenta<strong>do</strong>spelos presta<strong>do</strong>res de serviços postais alternativos ao incumbente.2. A proximidade da data de conclusão <strong>do</strong> processo de liberalização <strong>do</strong> sector postal,inicia<strong>do</strong> no final <strong>do</strong>s anos 90 <strong>do</strong> século XX, poderá implicar um aumento das questõesde natureza concorrencial neste sector, à semelhança <strong>do</strong> verifica<strong>do</strong> em outrasindústrias de rede. Este facto motivou a Autoridade da Concorrência (AdC), seis mesesantes da abertura total <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> postal prevista na terceira Directiva <strong>Postal</strong>, apublicar o presente <strong>do</strong>cumento de orientação.3. A liberalização <strong>do</strong> sector postal em Portugal, tem vin<strong>do</strong> a traduzir-se na progressivarestrição <strong>do</strong> lote de serviços constante da área reservada, embora o âmbito da mesmaseja ainda muito abrangente no contexto europeu.4. Relativamente aos preços <strong>do</strong>s principais serviços postais incluí<strong>do</strong>s no âmbito <strong>do</strong> ServiçoUniversal (SU), estes têm vin<strong>do</strong> a reduzir-se em Portugal, por via da intervençãoregulamentar, comparan<strong>do</strong> favoravelmente com a média comunitária. Ainda assim, aprocura de serviços postais no nosso país diminuiu nos últimos anos, em resulta<strong>do</strong> dacrise económica e da crescente substituição destes serviços por meios electrónicosalternativos de envios de correspondência e publicidade.5. Por outro la<strong>do</strong>, os CTT – Correios de Portugal S.A. (CTT) mantêm uma posição deliderança na maior parte <strong>do</strong>s segmentos de merca<strong>do</strong> <strong>do</strong>s serviços postais abertos àconcorrência, com quotas em volume superiores a 90%. Os serviços de correioexpresso, que representam cerca de 2% <strong>do</strong> tráfego postal total e aproximadamente25% das receitas totais <strong>do</strong> sector, constituem a excepção a este cenário.6. Esta posição de liderança por parte <strong>do</strong>s CTT resulta <strong>do</strong> facto de uma parte significativa<strong>do</strong>s segmentos de merca<strong>do</strong> de serviços postais se caracterizar por uma fracacontestabilidade, em face da existência de eleva<strong>do</strong>s condicionalismos à entrada e àexpansão.7. O primeiro conjunto destes condicionalismos relaciona-se com questões legais,nomeadamente a existência de uma área reservada, os processos de licenciamento,com o acesso à rede, o tratamento fiscal diferencia<strong>do</strong>, os requisitos da obrigação de SUe a incerteza regulatória.8. A a<strong>do</strong>pção de regras de abertura <strong>do</strong>s merca<strong>do</strong>s à concorrência tem permiti<strong>do</strong> atenuarparte destes condicionalismos à entrada e à expansão. Com efeito, de acor<strong>do</strong> com asDirectivas Postais comunitárias, a extensão da área reservada deverá serprogressivamente reduzida com vista à total liberalização.9. Neste contexto, e ten<strong>do</strong> como objectivo a promoção da concorrência e <strong>do</strong> bem-estar<strong>do</strong>s consumi<strong>do</strong>res, a AdC recomenda:3/52

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