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Liberalização do Sector Postal: Principais questões concorrenciais

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3. MERCADO PORTUGUÊS3.1. Introdução74. De acor<strong>do</strong> com a Lei de Bases <strong>do</strong>s Serviços Postais (Lei n.º 102/99, de 26 de Julho), osector postal em Portugal engloba todas as entidades e actividades relacionadas com oestabelecimento, a gestão e a exploração de serviços postais no território nacional,bem como os serviços internacionais com origem ou destino no território nacional.75. Inicialmente, estes serviços eram presta<strong>do</strong>s em regime de monopólio no nosso país eem conjunto com os serviços de telecomunicações, por entidades que vieram, maistarde, a dar origem aos actuais CTT – Correios de Portugal S.A. (CTT). Maisrecentemente, em resulta<strong>do</strong> da a<strong>do</strong>pção <strong>do</strong> quadro comunitário de liberalização <strong>do</strong>sector postal, a oferta destes serviços tem vin<strong>do</strong> a ser progressivamente aberta àconcorrência.76. A regulação sectorial, no que aos merca<strong>do</strong>s postais diz respeito, é bastanteabrangente, fruto <strong>do</strong> processo de liberalização previsto nas Directivas Postais ter si<strong>do</strong>tardio, sen<strong>do</strong> o ICP-ANACOM a entidade responsável, entre outras actividades, pelaemissão de licenças e autorizações, pela fiscalização da qualidade e <strong>do</strong> preço <strong>do</strong>sserviços postais abrangi<strong>do</strong>s pelo SU, e pela fiscalização <strong>do</strong> cumprimento, por parte <strong>do</strong>sopera<strong>do</strong>res de serviços postais, das disposições legais e regulamentares relativas àactividade, bem como pela aplicação das respectivas sanções em caso deincumprimento.77. O sector postal representava, no ano de 2008, aproximadamente 0,7% <strong>do</strong> PIBportuguês, geran<strong>do</strong> receitas de 1.082 milhões de euros, e empregava cerca 0,33% dapopulação activa, i.e., 17.131 trabalha<strong>do</strong>res 17 .78. Em seguida, apresenta-se uma descrição <strong>do</strong> sector postal em Portugal em termos dasua segmentação por área reservada e área liberalizada, analisan<strong>do</strong>-se, por outro la<strong>do</strong>,a estrutura de merca<strong>do</strong> e o nível de preços e qualidade de serviço.3.2. Área liberalizada vs. Área reservada79. No nosso país, a prestação <strong>do</strong> serviço postal universal 18 foi concessionada pelo Esta<strong>do</strong>Português aos CTT, empresa com 100% de capitais públicos, por um perío<strong>do</strong> de 30anos, nos termos das Bases de Concessão anexas ao Decreto-Lei n.º 448/99, de 4 deNovembro e posteriormente alteradas pelo Decreto-Lei n.º 116/2003, de 12 de Junho,e pelo Decreto-Lei n.º 112/2006, de 9 de Junho.17Cf. ICP-ANACOM, Anuário <strong>do</strong> <strong>Sector</strong> das Comunicações em Portugal, 2009, disponível em:http://www.anacom.pt/streaming/anuario_<strong>Sector</strong>_Comunicacoes_2009.pdf?contentId=993022&field=ATTACHED_FILE.18 De acor<strong>do</strong> com o artigo 5.º da Lei de Bases <strong>do</strong>s Serviços Postais, o serviço postal universalcorresponde à oferta permanente de serviços postais com qualidade especificada, presta<strong>do</strong>s em to<strong>do</strong>s ospontos <strong>do</strong> território nacional, a preços acessíveis a to<strong>do</strong>s os utiliza<strong>do</strong>res, visan<strong>do</strong> a satisfação dasnecessidades de comunicação da população e das actividades económicas e sociais.15/52

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