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Amigos,Acredito que 2012 será um ano de muitas obras, principalmente em decorrência <strong>do</strong>s eventos que teremos nos próximos cincoanos, como a Copa <strong>do</strong> Mun<strong>do</strong> e as Olimpía<strong>da</strong>s.Nas obras <strong>do</strong> Programa Minha Casa, Minha Vi<strong>da</strong>, finalmente <strong>da</strong>remos início às assinaturas <strong>do</strong>s contratos e à construção <strong>do</strong>sconjuntos habitacionais, que pararam em 2011, pois as construtoras alegavam necessi<strong>da</strong>de de maiores reajustes nos valores<strong>do</strong>s imóveis, o que me parece ter si<strong>do</strong> soluciona<strong>do</strong>. Agora, convi<strong>do</strong> o leitor a uma importante reflexão, já que o PMCMV vemevoluin<strong>do</strong> dia após dia.Quan<strong>do</strong> foi lança<strong>do</strong>, foi dito que o PMCMV viria para diminuir o déficit habitacional, incentivar a construção civil e gerar empregosem um setor até então 100% nacional. Essa geração de negócios e empregos seria em to<strong>da</strong> cadeia produtiva, geran<strong>do</strong>empregos e a construção de uni<strong>da</strong>des residenciais de baixa ren<strong>da</strong> como “nunca antes visto na história deste País”. O processoveio acompanha<strong>do</strong> de um pacote de medi<strong>da</strong>s e regras a serem cumpri<strong>da</strong>s, que geraram confiança no setor priva<strong>do</strong>, que construiucomo nunca, até o ponto de faltar mão de obra em to<strong>do</strong>s os níveis <strong>da</strong> construção, de engenheiros a pedreiros. Além disso,melhorou a quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s construções.Na cadeia produtiva houve uma grande corri<strong>da</strong> para modernizar as instalações fabris, melhorar a gestão de empresas, sobretu<strong>do</strong>as PMEs, maiores fornece<strong>do</strong>ras desse merca<strong>do</strong>, para que se adequassem às novas exigências de quali<strong>da</strong>de.Bem amigos, estou colocan<strong>do</strong> tu<strong>do</strong> isso novamente para dizer que talvez os princípios <strong>do</strong> Minha Casa, Minha Vi<strong>da</strong> estejammu<strong>da</strong>n<strong>do</strong>. Percebemos um movimento <strong>da</strong>s empresas de grande porte para mu<strong>da</strong>r os sistemas construtivos dessas obras.Mesmo mais caras e de quali<strong>da</strong>de inferior, as novas uni<strong>da</strong>des estão sen<strong>do</strong> executa<strong>da</strong>s utilizan<strong>do</strong> o sistema de formas paracons-truir paredes de malha de aço com concreto com a desculpa <strong>da</strong> falta de mão de obra e de prazos deconclusão muito aperta<strong>do</strong>s pela CEF. Essas empresas são as principais emissoras de CO² e fazemparte de grandes oligopólios <strong>da</strong> construção civil.O importante é que mu<strong>da</strong>ram radicalmente as regras. Se na<strong>da</strong> for feito, vamos cortar empregose deixar de qualificar mão de obra. Vamos importar mais cimento e aço para suprira deman<strong>da</strong>, a qual nossas fábricas já não dão conta. Haverá concentração na mão de grandesgrupos de construção, e as pequenas construtoras ficarão de fora desse merca<strong>do</strong>. Namelhor <strong>da</strong>s hipóteses, poderão virar sub-contrata<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s grandes construtoras.Coloco estas questões para que to<strong>do</strong>s tenham certeza que só poderemos cobrar <strong>da</strong>s autori<strong>da</strong>desque se cumpram as regras, se também as cumprirmos. Nunca foi tão importantepara o setor a questão <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de. Se não trabalharmos dentro <strong>da</strong>s normas, qualificarnossos produtos no PSQ, não conseguiremos manter nosso merca<strong>do</strong>, mesmo com to<strong>da</strong>sas vantagens que o nosso produto oferece. Se brigar com oligopólios, alguns forma<strong>do</strong>s porempresas multinacionais, já não é fácil estan<strong>do</strong> certo, imaginem não estan<strong>do</strong>.Precisamos que o setor reaja, ou então estaremos fora <strong>do</strong> maior “boom” <strong>da</strong>construção civil <strong>do</strong> nosso País. Um abraço a to<strong>do</strong>s e um feliz 2012.Um abraço a to<strong>do</strong>s,Luis Carlos Barbosa LimaPresidente <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong>REVISTA DA ANICER Nº <strong>73</strong>3


SUMÁRIOENCONTRO NACIONALConhecimento ao alcance de to<strong>do</strong>sCOBERTURAModerno desde sempreTELHASCasa de colorirARTIGO TÉCNICOO suprimento de matérias-primas para a indústriade cerâmica vermelha no BrasilDELEGAÇÃO BATIMATEnti<strong>da</strong>des trocam experiênciasDELEGAÇÃO BATIMATPlanta inova<strong>do</strong>raDELEGAÇÃO BATIMATFeira de tendênciasPESQUISAEmpresários continuam otimistasFEIRAS<strong>Anicer</strong> participa <strong>da</strong> Construir Rio 2011ABNTExponorma celebra Dia Mundial <strong>da</strong> Normalização20 ANOSUma trajetória de conquistas para o setorSEBRAECoordena<strong>do</strong>res e gestores se reúnem em BrasíliaINTERNETRedes sociais: vilãs ou alia<strong>da</strong>s?101218243638404244465058602238ARTIGO DO PRESIDENTECARTASINTEGRADASCERÂMICA VERDEA iniciativa verde <strong>do</strong> Rock in RioPERFILCerâmica Volpiso: Quali<strong>da</strong>de em primeiro lugarCOLUNA DA QUALIDADETENDÊNCIA DE MERCADOEstação de beleza e culturaMOMENTO INSPIRAÇÃOSuporte cerâmicoPONTO DE VISTAFernan<strong>do</strong> Antonio <strong>da</strong> Silva Fernandes – Engenheiro civil deSegurança no TrabalhoSOCIALNOTÍCIAS DA ANICER03070814162122344862654044


REVISTA DA ANICER Nº <strong>73</strong>6


CARTASAcabamos de constituir uma cooperativa <strong>do</strong>sprodutores de blocos cerâmicos <strong>da</strong> região sisaleira,e tenho como objetivo buscar para osnossos associa<strong>do</strong>s novas técnicas e tecnologiasmais baratas, além de agregar quali<strong>da</strong>de aosnossos produtos para que possamos fornecerblocos em conformi<strong>da</strong>des com as normas técnicasbrasileiras. Em que vocês podem nos aju<strong>da</strong>rtecnicamente? CLAUDIO COSTA (BA)Assessoria Técnica e <strong>da</strong> Quali<strong>da</strong>de responde:Podemos auxiliá-los com nossos programas deconsultoria ofereci<strong>do</strong>s por nossa Assessoria Técnicae <strong>da</strong> Quali<strong>da</strong>de, na qual técnicos realizam visitasperiódicas com o objetivo de adequar processose produtos visan<strong>do</strong> a qualificação juntoao PSQ – Programa Setorial <strong>da</strong> Quali<strong>da</strong>de. Alémdisso, hoje a <strong>Anicer</strong> conta com o apoio <strong>do</strong> SebraeNacional na execução <strong>do</strong> Projeto Conheçao Seu Produto pela Avaliação <strong>da</strong> Conformi<strong>da</strong>de,que tem como objetivo incentivar a cultura <strong>da</strong>realização de ensaios de produtos. Neste caso,ocorre o custeio de 70% <strong>do</strong> valor <strong>do</strong>s ensaios emtrês lotes de produtos, caben<strong>do</strong> à empresa somente30% <strong>do</strong> custo, em contraparti<strong>da</strong>.Gostaria de informações sobre blocos de ve<strong>da</strong>ção, atéquanto de pressão pode ser aplica<strong>da</strong> no bloco e quantos quilossuporta. Também gostaria de passar a receber os boletins<strong>da</strong> <strong>Anicer</strong>. ALUISIO NASCIMENTO (MA)Assessoria Técnica e <strong>da</strong> Quali<strong>da</strong>de responde: Em um blococom área bruta média de 90 cm de largura por 190 cmde comprimento, a força a ser aplica<strong>da</strong> é de aproxima<strong>da</strong>mente3000 kg força, o que gera uma resistência de 1,5Mpa. Esta é a exigência mínima para blocos de ve<strong>da</strong>çãocom furos na horizontal. Para verificarmos se o seu produtoatende a to<strong>do</strong>s os requisitos <strong>da</strong> parte 1 <strong>da</strong> Norma ABNTNBR 15270, referente a blocos cerâmicos para ve<strong>da</strong>ção,podemos agen<strong>da</strong>r um atendimento através <strong>do</strong> ProjetoConheça Seu Produto Pela Avaliação <strong>da</strong> Conformi<strong>da</strong>de,desenvolvi<strong>do</strong> pela <strong>Anicer</strong> em parceria com o SEBRAE Nacional.Este atendimento viabilizaria a realização de ensaios,com o envio de algumas peças ao laboratório maispróximo e análise <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s realiza<strong>da</strong> pela <strong>Anicer</strong>.Dos custos <strong>do</strong>s ensaios, 70 % são custea<strong>do</strong> pelo projeto eapenas 30% pela sua empresa.Para entrar emcontato com aGostaria de informações técnicas para a <strong>do</strong>açãoe ou ven<strong>da</strong> de madeira usa<strong>da</strong> para as olarias emManaus. Qual empresa vocês poderiam indicarpara a queima desta madeira e fornecimentode <strong>do</strong>cumento que comprove que eu queimei amadeira (peso e <strong>da</strong>ta)? Qual empresa está licencia<strong>da</strong>pelo órgão ambiental (IPAAM) para estaativi<strong>da</strong>de? ROBSON ARAGÃO (RJ)Assessoria Técnica e <strong>da</strong> Quali<strong>da</strong>de responde: Osenhor poderá procurar a Sra. Hyrlene BatalhaFerreira, presidente <strong>do</strong> Sindicer/AM. Ela certamenteterá to<strong>da</strong>s as informações sobre as melhoresempresas para atender à sua solicitação.Telefone para contato: (92) 3233-8591mande e-mail pararevista@anicer.com.brou ligue para+55 (21) 2524-0128REVISTA DA ANICER Nº <strong>73</strong>7


INTEGRADASSenai-RO e Sibratec juntosem projetoCom objetivo de promover o desenvolvimento de pólostecnológicos industriais na área de Minerais não Metálicosno esta<strong>do</strong> de Rondônia, o Senai-RO, em parceria como Sistema Brasileiro de Tecnologia-Sibratec, desenvolveuum projeto visan<strong>do</strong> a adequação de produto e processo emelhorias na gestão e na capacitação <strong>do</strong>s empreende<strong>do</strong>res,além de a<strong>da</strong>ptação e melhoria <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s produtoscerâmicos <strong>da</strong> região, aumento <strong>da</strong> competitivi<strong>da</strong>de,eliminação de problemas específicos existentes na linha deprodução e diminuição <strong>do</strong>s custos na indústria.Treinamento em 5S reúneprofissionais na AcervirEntre os dias 7 e 11 de novembro, a Acervir realizou o curso<strong>do</strong> sistema de gestão de quali<strong>da</strong>de 5S, em parceria coma escola Senai Luiz Varga, localiza<strong>da</strong> em Limeira (SP). Nototal, vinte e sete profissionais <strong>da</strong>s indústrias cerâmicasvermelhas <strong>da</strong> região de Itu estiveram presentes. Otreinamento foi ministra<strong>do</strong> pelo técnico de ensino JoséCarlos Bachega, referência nacional em implantação<strong>do</strong> 5S exclusivamente para cerâmicas. Além de aulasteóricas ministra<strong>da</strong>s no auditório <strong>da</strong> Acervir, o grupo ain<strong>da</strong>participou de visitas a campo em to<strong>da</strong>s as oito cerâmicasparticipantes para auxiliar na implantação <strong>do</strong> sistema emostrar noções de 5S para os demais colabora<strong>do</strong>res <strong>da</strong>empresa.Material mais baratoem Minas GeraisA Assembleia Legislativa de Minas Geraisaprovou no dia 13 de dezembro, o Projetode Lei (PL) 2447/11, que reduz para atézero a alíquota <strong>do</strong> Imposto sobre Circulaçãode Merca<strong>do</strong>rias e Serviços (ICMS) demateriais de construção como areia, brita,laje pré-mol<strong>da</strong><strong>da</strong>, telhas e tijolos cerâmicos.A maioria desse grupo, hoje, é taxa<strong>da</strong>em 7%. O PL 2447 segue ain<strong>da</strong> para re<strong>da</strong>çãofinal na Assembleia e em segui<strong>da</strong> seráenvia<strong>do</strong> para sanção ou veto <strong>do</strong> governa<strong>do</strong>rAntonio Anastasia.REVISTA DA ANICER Nº <strong>73</strong>DNPM realiza leilão de bens minerais apreendi<strong>do</strong>sO Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) realizou com sucesso, no dia 9 de novembro, noauditório <strong>da</strong> Superintendência <strong>do</strong> DNPM em Porto Velho/RO, o primeiro leilão de bens minerais apreendi<strong>do</strong>sdeste ano. Os interessa<strong>do</strong>s puderam adquirir lotes de cassiterita, columbita-tantalita e quartzo rutilato. Dosnove lotes ofereci<strong>do</strong>s, apenas 2 não foram arremata<strong>do</strong>s. O total arreca<strong>da</strong><strong>do</strong> foi de R$ 179.188,00.8


INTEGRADASSindicer Oeste PR tem nova diretoriaNova diretoria <strong>do</strong> Sindicer Oeste PR posa para foto após a cerimônia de posseA nova diretoria <strong>do</strong> Sindicato <strong>da</strong>s Indústrias de Cerâmicas e Olarias <strong>do</strong>Oeste <strong>do</strong> Paraná – Sindicer Oeste PR, eleita para o triênio 2012/2014,tomou posse no dia 9 de dezembro na Associação Recreativa Lar, emMissal. O pleito, realiza<strong>do</strong> no dia 26 de outubro, elegeu como novopresidente o ceramista Reinal<strong>do</strong> Jorge Scherer, e Edgar Luiz Pasqualicomo vice. Segun<strong>do</strong> Scherer, a nova gestão será basea<strong>da</strong> em três propósitos:manter e ampliar parcerias, aumentar o reconhecimento <strong>da</strong>classe e <strong>do</strong>s produtos de cerâmica vermelha e continuar oferecen<strong>do</strong>serviços e atendimento aos associa<strong>do</strong>s.Cresce a ven<strong>da</strong> de produtos cerâmicosbrasileiros para o mun<strong>do</strong> árabeSegun<strong>do</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong> Desenvolvimento, Indústria e ComércioExterior (MDIC), as exportações brasileiras de produtos cerâmicos parao mun<strong>do</strong> árabe cresceram 35% nos nove primeiros meses deste ano,em comparação ao mesmo perío<strong>do</strong> de 2010. Foram US$ 5,3 milhões emven<strong>da</strong>s de janeiro a setembro de 2011, contra US$ 3,9 milhões no mesmoperío<strong>do</strong> de 2010. As remessas foram de tijolos, lajes, ladrilhos, produtoscerâmicos refratários, telhas, louças sanitárias e objetos de decoração,com uma maior ênfase em tijolos, placas e ladrilhos, com cerca de US$ 5milhões. Ao to<strong>do</strong>, 8,1 mil tonela<strong>da</strong>s de artigos cerâmicos exporta<strong>do</strong>s peloBrasil para o mun<strong>do</strong> árabe só este ano.REVISTA DA ANICER Nº <strong>73</strong>9


ENCONTRO NACIONALConhecimento aoalcance de to<strong>do</strong>sCerâmicas de to<strong>do</strong> o país buscam tecnologia de pontano eventoPor Carlos CruzOEncontro Nacional <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> vem, aca<strong>da</strong> ano, amplian<strong>do</strong> suas fronteiras,tanto no que diz respeito à abrangência detemas e quali<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s debates, quanto aoalcance nacional e internacional de palestrantes,participantes e expositores. Marca<strong>do</strong>pela presença de representantes de oitopaíses <strong>da</strong> América, Europa, África e Ásia,este ano o evento se consoli<strong>do</strong>u como terceiromaior <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> no setor.REVISTA DA ANICER Nº <strong>73</strong>10Realiza<strong>do</strong> em Vitória (ES) entre os dias 24 e27 de agosto deste ano, o 40º Encontro Nacional<strong>da</strong> Indústria de Cerâmica Vermelhatambém se destacou devi<strong>do</strong> a algumas históriasbastante interessantes, como a <strong>do</strong> ceramistaMax Maia, 38, que saiu de Roraimacom a família e viajou 3.500 km para participar<strong>do</strong> evento.Maia é fun<strong>da</strong><strong>do</strong>r e proprietário <strong>da</strong> CerâmicaPadroeira, localiza<strong>da</strong> no bairro de mesmonome, no município de Caracaraí, a 155 km<strong>da</strong> capital Boa Vista. Aberta há 4 anos, a empresahoje emprega 16 funcionários e possuiuma produção de 450 mil blocos cerâmicospor mês para abastecimento <strong>do</strong>s municípiosvizinhos. Ele conta que o gosto pelosetor já está há algumas gerações na famíliae, ao que tu<strong>do</strong> indica, permanecerá pelasMax Maia posa com a família ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong> presidente <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong>, Luis Limapróximas. “Comecei aos 12 anos de i<strong>da</strong>de na loja de materiais deconstrução <strong>do</strong> meu pai e nunca mais parei de trabalhar. Em 1995abri minha própria loja e, mais tarde, a cerâmica. Hoje minha filhade 10 anos já pensa em tocar os negócios <strong>da</strong> família”. Orgulhoso,ele conta que a herdeira já divide seu tempo entre os estu<strong>do</strong>s e oatendimento aos clientes no balcão <strong>da</strong> loja, receben<strong>do</strong> o materialque chega <strong>do</strong>s fornece<strong>do</strong>res e controlan<strong>do</strong> o estoque.Mas Maia não pretende parar por aí. Sempre antena<strong>do</strong> no merca<strong>do</strong>e por dentro de tu<strong>do</strong> o que há de novo, graças às suas participaçõesem eventos e feiras, o ceramista já investiu na comprade novos equipamentos para iniciar a fabricação de telhas, am-


plian<strong>do</strong> o leque de produtos de suaempresa, sempre com foco na quali<strong>da</strong>de.“Estamos aumentan<strong>do</strong> a fábricae construin<strong>do</strong> um segun<strong>do</strong> fornoPaulistinha com capaci<strong>da</strong>de para 50mil blocos. Hoje contamos com 4 milmetros quadra<strong>do</strong>s de área construí<strong>da</strong>e pretendemos <strong>do</strong>brar o espaço”,explica. O ceramista afirma que ain<strong>da</strong>será necessário construir novasinstalações para que as máquinas detelha comecem a operar, o que deveráacontecer já em 2012.As mu<strong>da</strong>nças servirão para evitarnovos problemas, como o ocorri<strong>do</strong>em agosto deste ano, quan<strong>do</strong> umaforte chuva alagou to<strong>do</strong> o galpão e<strong>da</strong>nificou o único forno <strong>da</strong> empresa.Na ocasião, 280 mil tijolos já secosforam perdi<strong>do</strong>s.“O evento foi muito bom. Recebemosdiversas informações navisita técnica às cerâmicas e já asestamos aplican<strong>do</strong> em nossa produção.Queimávamos só na lenha.Quan<strong>do</strong> voltei <strong>do</strong> evento, logocomprei uma máquina de pó deserra e instalei um exaustor, tu<strong>do</strong>segun<strong>do</strong> as orientações <strong>do</strong> gerente<strong>da</strong> Telhafort”, conta satisfeito.Segun<strong>do</strong> ele, as mu<strong>da</strong>nças realiza<strong>da</strong>sjá permitiram a redução <strong>do</strong>tempo de queima de um forno de4 para 2 dias e meio. “Precisamosde mais eventos desse tipo por<strong>aqui</strong> que nos ajudem no treinamento<strong>do</strong>s funcionários. Para nós,essas oportuni<strong>da</strong>des são únicas”,concluiuCONCORRÊNCIA EM ALTANos últimos anos, aproxima<strong>da</strong>mente10 novas cerâmicas foram abertas naregião, o que aumentou bastante aprocura por mão de obra qualifica<strong>da</strong>e acelerou o esgotamento de matéria-prima.Maia alerta que as jazi<strong>da</strong>sde argila <strong>da</strong> região estão acaban<strong>do</strong>rapi<strong>da</strong>mente e reclama <strong>da</strong> falta deinvestimentos no setor por parte <strong>do</strong>governo e <strong>da</strong> dificul<strong>da</strong>de de acessoa máquinas e treinamentos que ajudemas cerâmicas a progredir. “Agente trabalha na marra, sem treinamentoou aju<strong>da</strong> de ninguém. Temosapenas a necessi<strong>da</strong>de, a vontade dequerer ter e crescer”, desabafa.Por isso, Maia valoriza a participaçãonos Encontros Nacionais <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong>.“O evento foimuito bom.Recebemosdiversasinformações navisita técnicaàs cerâmicas ejá as estamosaplican<strong>do</strong>em nossaprodução.”REVISTA DA ANICER Nº <strong>73</strong>11


COBERTURAModernodesde sempreHá 60 anos, empresa se destaca pelo vanguardismo <strong>do</strong>Sistema Taguá de CoberturaPor Carlos CruzInaugura<strong>da</strong> nos i<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s anos 50 sob forte influência <strong>da</strong>arquitetura modernista, a fabricante de telhas Taguáchegou ao merca<strong>do</strong> com o objetivo ambicioso: apresentarao público produtos próprios que fossem, ao mesmotempo, econômicos, de fácil instalação e que não deman<strong>da</strong>ssemmão de obra especializa<strong>da</strong>.REVISTA DA ANICER Nº <strong>73</strong>De lá pra cá, a empresa enfrentou os altos e baixos de umsetor instável, o vai-e-vem <strong>da</strong> mo<strong>da</strong>, e agora, mais umavez, volta à crista <strong>da</strong> on<strong>da</strong> ao ganhar destaque por umacaracterística que sempre esteve intrínseca aos seus negócios:sua tendência ecológica. A <strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> fazagora uma visita a Cerâmica Taguá para conhecer umpouco mais dessa tecnologia sexagenária e tão peculiar.Quem nos acompanha é Patrícia Camargo Neves, sócia <strong>da</strong>empresa e filha <strong>do</strong> fun<strong>da</strong><strong>do</strong>r, Rogério Zanaga de CamargoNeves.Localiza<strong>da</strong> no município de Americana, no interior de SãoPaulo, a empresa conta hoje com 12 funcionários e umaprodução média de 4 mil metros quadra<strong>do</strong>s de coberturaspor mês. Manten<strong>do</strong>-se firme às tendências e condiçõestécnicas <strong>do</strong>s anos 60, época em que muito se valorizou otelha<strong>do</strong> plano, o Sistema Taguá de Cobertura foi desenvolvi<strong>do</strong>por Neves e se a<strong>da</strong>ptou perfeitamente à arquiteturaModernista, requeren<strong>do</strong> um mínimo de inclinação paraque o telha<strong>do</strong> fosse "escondi<strong>do</strong>" atrás de platiban<strong>da</strong>s.“Estamos constantemente fazen<strong>do</strong> a<strong>da</strong>ptações nos nossosprodutos para facilitar a mão de obra, já que trabalha-mos exclusivamente com este sistema”, explica Patrícia.Ela conta que inicialmente os canais de sustentação <strong>da</strong>cobertura, que substituem a estrutura de madeira, eramfeitos de cerâmica. “Há uns 12 anos, começamos a utilizarcanais metálicos, que nos permitem trabalhar com inclinaçãoa partir de 3%, com ou sem laje. Dessa forma, alcançamosuma inclinação que nenhuma outra tecnologia nospermitiria”.Segun<strong>do</strong> Patrícia, uma <strong>da</strong>s grandes dificul<strong>da</strong>des <strong>da</strong> empresaé a distância <strong>da</strong>s jazi<strong>da</strong>s que a abastecem. Por ser a únicacerâmica na ci<strong>da</strong>de, a empresa não tem com quem dividiros custos <strong>do</strong> frete <strong>da</strong> argila que vem de fora. Trabalharapenas com taguá, um tipo de argila avermelha<strong>da</strong>, mais12


COBERTURApura e fina que as demais e com alto teor de óxi<strong>do</strong> de ferro,é outra forte característica <strong>da</strong> empresa. Em função de suaqueima, a Taguá permite a produção de telhas com baixa absorçãode água (12%), bem abaixo <strong>do</strong> padrão <strong>da</strong> ABNT (20%).“Aliar maior quali<strong>da</strong>de, pratici<strong>da</strong>de e eficiência aos sistemasde cobertura sempre foi a nossa proposta. Fazemos omaterial personaliza<strong>do</strong> e já dimensiona<strong>do</strong>, de acor<strong>do</strong> comca<strong>da</strong> obra para que não haja sobra”, explica.Por dispensar a utilização de madeiramento e mão de obraespecializa<strong>da</strong>s, o sistema reduz os custos, manten<strong>do</strong> as característicasde isolamento térmico, durabili<strong>da</strong>de, versatili<strong>da</strong>dede uso e beleza de um telha<strong>do</strong> cerâmico. A telha émol<strong>da</strong><strong>da</strong> em prensas e formas apropria<strong>da</strong>s e possui áreaútil de aproxima<strong>da</strong>mente 800cm². A mini calha é feita emchapa galvaniza<strong>da</strong>, representan<strong>do</strong>, em média, 20% <strong>da</strong> áreade cobertura. Seu comprimento é calcula<strong>do</strong> por computa<strong>do</strong>re ca<strong>da</strong> peça possui 6 metros no máximo, varian<strong>do</strong> conformeas dimensões <strong>do</strong> telha<strong>do</strong>. O suporte é feito de argilaextru<strong>da</strong><strong>da</strong>, ten<strong>do</strong> área útil de aproxima<strong>da</strong>mente 400 cm².Atualmente, o produto pode ser encontra<strong>do</strong> nas lojas pelovalor médio de 46 reais o metro quadra<strong>do</strong>.Ao investir na quali<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s serviços e <strong>do</strong> atendimento, aempresa percebeu que sua melhor publici<strong>da</strong>de aconteciade maneira espontânea. “Nossa maior propagan<strong>da</strong> é nabase <strong>do</strong> boca a boca. Temos uma boa fideli<strong>da</strong>de por parte<strong>do</strong>s nossos mais de trinta mil clientes, <strong>do</strong> Maranhão ao RioGrande <strong>do</strong> Sul”, conta Patrícia, e conclui: “este merca<strong>do</strong>é muito instável, manter-se vivo, hoje, no Brasil, já é umagrande vitória”REVISTA DA ANICER Nº <strong>73</strong>13


CERÂMICA VERDEA iniciativa verde<strong>do</strong> Rock in RioOs fornos de duas cerâmicas <strong>do</strong> Rio de Janeiro foram o destino <strong>da</strong> madeirautiliza<strong>da</strong> para a construção <strong>da</strong> Ci<strong>da</strong>de <strong>do</strong> RockREVISTA DA ANICER Nº <strong>73</strong>14Foram 160 atrações musicais e 700 mil pessoas em 7 dias,durante a quarta edição <strong>do</strong> Rock in Rio no Brasil. Númerosque impressionam e talvez por isso, a organização nãotenha poupa<strong>do</strong> esforços para colocar em prática medi<strong>da</strong>sde sustentabili<strong>da</strong>de ousa<strong>da</strong>s. Com a meta de destinar corretamentepara reciclagem, compostagem ou aterros sanitários100% <strong>do</strong>s resíduos sóli<strong>do</strong>s gera<strong>do</strong>s no processo de montageme desmontagem <strong>da</strong> Ci<strong>da</strong>de <strong>do</strong> Rock, a iniciativa também incluiua neutralização de to<strong>da</strong> a emissão decarbono gera<strong>da</strong> durante o evento.Oito mil tonela<strong>da</strong>s emiti<strong>da</strong>s durante o festivalserão compensa<strong>da</strong>s, através <strong>do</strong> investimentonas Cerâmicas Sul América, em Itaboraíe GGP, em Três Rios, no Rio de Janeiro. Oprojeto de geração de créditos de carbono <strong>da</strong>scerâmicas foi desenvolvi<strong>do</strong> pela consultoria oria SustainableCarbon, com a substituição <strong>do</strong> combustívelfóssil usa<strong>do</strong> nas fábricas por biomassa, troca que gera créditosde carbono para ser vendi<strong>do</strong>s e reinvesti<strong>do</strong>s. “Apesar<strong>da</strong>s dificul<strong>da</strong>des inerentes às ações inéditas, não faria senti<strong>do</strong>deixarmos de trabalhar por um desafio que já se tornouparte <strong>da</strong> mentali<strong>da</strong>de e <strong>do</strong> compromisso <strong>do</strong> festival”, disseRoberta Medina, durante coletiva <strong>do</strong> evento realiza<strong>da</strong> noSolar Real, em Santa Teresa.Tu<strong>do</strong> o processo é monitora<strong>do</strong> pelo padrão SocialCarbon,desenvolvi<strong>do</strong> pelo Instituto Ecológica, com sede em Palmas,no Tocantins, que se baseia em seis recursos de sustentabili<strong>da</strong>de:Social, Humano, Natural, Financeiro, Tecnológico eCarbono. Esse padrão garante o monitoramento <strong>do</strong> recursoe faz com que a indústria se torne mais sustentável e produtiva.Para a Analista de Sustentabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> SustainableCarbon, Larissa Tega de Fonseca, iniciativas como esta sãomuito importantes para o meio ambiente. “A neutralizaçãoe a compra de créditos de carbono pelo Rock in Rio mostrama importância e urgência <strong>da</strong>s questões de mu<strong>da</strong>nçasclimáticas por ca<strong>da</strong> setor de nosso país. Além disso, coma compra <strong>do</strong>s créditos de projetos que substituíram com-bustívelfóssil por biomassa, o evento incentiva amu<strong>da</strong>nça <strong>da</strong> reali<strong>da</strong>de regional de uso defontes energéticas esgotáveis por outrasrenováveis e contribui para o desenvolvimentosustentável local”.Parte<strong>do</strong> dinheiro arreca<strong>da</strong><strong>do</strong> através <strong>da</strong> ven<strong>da</strong>destes créditos é investi<strong>do</strong> na própria fábricae na comuni<strong>da</strong>de de seu entorno. Além disso, aCerâmica Sul América vai usar parte <strong>da</strong> ren<strong>da</strong> naconfecção de cestas básicas para os seus 158 funcionáriose <strong>do</strong>ação de materiais de construção. “Desde a implantação<strong>do</strong> projeto nas cerâmicas, muitas melhorias já foramrealiza<strong>da</strong>s. Na cerâmica GGP, há um médico to<strong>da</strong> semanapara atendimento aos trabalha<strong>do</strong>res. Também, foram ofereci<strong>do</strong>sdiversos cursos de capacitação, inclusive com a implantaçãode um projeto educacional para levar educaçãobásica aos trabalha<strong>do</strong>res. Já na Sul América, destaca-se aAssociação Bem Viver, localiza<strong>da</strong> no Complexo <strong>do</strong> Alemão,que coleta os resíduos de madeira <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong>de e vendepara a cerâmica. Sen<strong>do</strong> assim, as cerâmicas, além dereduzirem as emissões <strong>do</strong>s gases de efeito estufa, gerambenefícios sociais, ambientais e econômicos para as comuni<strong>da</strong>desem que estão inseri<strong>da</strong>s”, finaliza Larissa.


O que é créditode carbono?Aoportuni<strong>da</strong>de de vender créditos de carbono começoucom o Protocolo de Kyoto, de 1997, que estabeleceumetas de redução <strong>do</strong>s gases <strong>do</strong> efeito estufa, comoCO2 e metano, com o objetivo de minimizar o aquecimentoglobal. Em média, os países desenvolvi<strong>do</strong>s assumiramo compromisso de reduzir em 5,2% os gases emiti<strong>do</strong>s.O Protocolo também definiu três mecanismos para auxiliarna redução de gases. No primeiro, são cria<strong>da</strong>sações de troca de crédito entre países desenvolvi<strong>do</strong>s.O outro é o comércio de emissões atravésde negociaçõesentre países desenvolvi<strong>do</strong>s,quetêm metas de redução,e aquelesque ain<strong>da</strong> estãoem desenvolvimento.O último procedimentoé o quevem sen<strong>do</strong> aplica<strong>do</strong>pelas indústriascerâmicas. Conheci<strong>do</strong> comoMecanismo de DesenvolvimentoLimpo (MDL), o processo inclui aadequação <strong>da</strong> fábrica, a redução<strong>da</strong> emissão de gases tóxicos e o ressarcimento<strong>do</strong> que foi investi<strong>do</strong> por meio<strong>da</strong> ven<strong>da</strong> <strong>do</strong>s créditos para empresas estrangeiras e quetêm cota de redução a cumprir.COMO VENDER CRÉDITO DE CARBONO?O primeiro passo para as empresas interessa<strong>da</strong>s em vendercréditos de carbono é elaborar o projeto de substituição<strong>da</strong>s tecnologias. Neste trabalho, é importante ressaltaros resulta<strong>do</strong>s <strong>da</strong>s alterações, como os índices deimpacto ambiental e o montante de redução de emissãode gases que será consegui<strong>do</strong>.Em segui<strong>da</strong>, o projeto deve ser analisa<strong>do</strong> por uma organizaçãocertifica<strong>do</strong>ra autoriza<strong>da</strong> pela ONU (Organização<strong>da</strong>s Nações Uni<strong>da</strong>s). Depois de vali<strong>da</strong><strong>do</strong> o <strong>do</strong>cumentoe implementa<strong>da</strong>s as alterações na fábrica, é neces-sário monitorar e registrar os <strong>da</strong><strong>do</strong>s relaciona<strong>do</strong>sao processo produtivo, por exemplo, quanto foiusa<strong>do</strong> debiomassa e aquanti<strong>da</strong>dede gases emiti<strong>do</strong>s.Após um ano,em média, aempresa fazum relatóriocom os registrosobti<strong>do</strong>sno perío<strong>do</strong> e solicita a ven<strong>da</strong> <strong>do</strong>s crédi-tos consegui<strong>do</strong>s. O <strong>do</strong>cumento seguepara auditoria, que verifica a vali<strong>da</strong>de<strong>do</strong>s <strong>da</strong><strong>do</strong>s e autoriza a comercializaçãoem nível mundial.Existem casos em que empresas se reúnem, somamcréditos e comercializam conjuntamente, pois sozinhasnão conseguiriam atingir a cota mínima de comercialização.Isso significa que mesmo pequenos empreendimentospodem participar de ações com foco na ven<strong>da</strong>de créditosREVISTA DA ANICER Nº <strong>73</strong>15


PERFILCerâmica Volpiso:Quali<strong>da</strong>de em primeiro lugarA qualificação no PSQ refletiu em um produto mais uniforme e proporcionoumelhorias na organização administrativa de fábrica <strong>da</strong> Região Centro-OestePor Manuela Souza | Fotos DivulgaçãoFun<strong>da</strong><strong>da</strong> em outubro de 1991 pelos irmãosHeitor, Antenor e Pedro Volpini, aCerâmica Volpiso, surgiu <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong>de deexpandir os negócios já consoli<strong>da</strong><strong>do</strong>s pelafabricação de blocos cerâmicos <strong>da</strong> cerâmicaVolpini e a nova fábrica tinha como finali<strong>da</strong>dea confecção de pisos corruga<strong>do</strong>s.Localiza<strong>da</strong> na BR 262, KM 376 <strong>do</strong> Municípiode Terenos, no Mato Grosso <strong>do</strong> Sul, a Volpisotrabalha hoje com sessenta colabora<strong>do</strong>rese fabrica vinte e <strong>do</strong>is tipos de produtos,entre capas e coxinhos para laje, canaletas,blocos cerâmicos e modelos especiais sobencomen<strong>da</strong>. O piso natural, que deu origemà cerâmica, não faz mais parte <strong>do</strong> mixde produtos <strong>da</strong> fábrica.A queima <strong>do</strong>s produtos é realiza<strong>da</strong> em seisfornos <strong>do</strong> tipo Paulistinha e a empresa aproveitao descarte de serrarias, marcenarias,Vista aérea <strong>da</strong> Cerâmica Volpisoembalagens de madeira de outras indústriase po<strong>da</strong>s de árvores <strong>da</strong> área urbana de CampoGrande e Terenos como biomassa combustível.A média de produção mensal é de mile duzentas tonela<strong>da</strong>s, ten<strong>do</strong> como principalmerca<strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r a ci<strong>da</strong>de de CampoGrande e municípios vizinhos. Para AntenorVolpini, a quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s peças é a principalarma para enfrentar a concorrência. “Uma<strong>da</strong>s marcas registra<strong>da</strong>s <strong>do</strong> Grupo Volpini é aquali<strong>da</strong>de. Produzimos pouco, mas com quali<strong>da</strong>de,por isso aderimos ao PSQ e estamos qualifica<strong>do</strong>s para a produção deblocos cerâmicos de ve<strong>da</strong>ção e estrutural”.REVISTA DA ANICER Nº <strong>73</strong>O trabalho de quali<strong>da</strong>de é continuamente executa<strong>do</strong> com o monitoramentodesde a extração <strong>da</strong> argila até a queima e o acompanhamento e ensaios realiza<strong>do</strong>por um técnico em cerâmica que controla e registra to<strong>do</strong> o processo emlaboratório monta<strong>do</strong> na própria fábrica. Além disso, a empresa não esquece aquestão ambiental e recupera as áreas de extração com a reposição <strong>da</strong> cama<strong>da</strong>de matéria orgânica, plantio de árvores nativas e formação de lagos.Como meta para os próximos meses, a diretoria <strong>da</strong> Volpiso espera aumentaros números de sua produção. “Nossa fábrica é uma indústria consoli<strong>da</strong><strong>da</strong> e porisso temos como meta o aumento na produção em 30%. Com isso não teremosum aumento significativo em nossos custos e insumos. É algo aparentementesimples e que está ao nosso alcance”, finaliza Volpiso16


NONONNONNNNNONNONONONNOREVISTA DA ANICER Nº <strong>73</strong>17


TELHASCasa decolorirEm meio a diversi<strong>da</strong>de de cores existentesno merca<strong>do</strong>, o consumi<strong>do</strong>r an<strong>da</strong> mais ousa<strong>do</strong>na hora de escolher a cobertura de sua casaaPor Manuela SouzaREVISTA DA ANICER Nº <strong>73</strong>Além <strong>da</strong> questão estética, a escolha<strong>da</strong> cor <strong>do</strong> telha<strong>do</strong> <strong>da</strong>s casas tambéminfluencia no conforto térmico <strong>do</strong> ambiente.De olho nesse novo filão de merca<strong>do</strong> asindústrias de telhas cerâmicas apresentamnovi<strong>da</strong>des e itens com nova roupagem.É ca<strong>da</strong> vez mais comum encontrarmos telha<strong>do</strong>sde cores diversas, sain<strong>do</strong> <strong>do</strong> tradicionallaranja-avermelha<strong>do</strong> para umacartela mais personaliza<strong>da</strong>, como o azul,amarelo, branco, verde, entre tantas outraspossibili<strong>da</strong>des. Na ci<strong>da</strong>de de São Paulotramita na Câmara Municipal um projetode lei que, se aprova<strong>do</strong>, os mora<strong>do</strong>res terãoo prazo de 180 dias para mu<strong>da</strong>r o telha<strong>do</strong>de suas casas para a cor branca. Oprojeto, de autoria <strong>do</strong> verea<strong>do</strong>r AntonioGoulart (PMDB), foi basea<strong>do</strong> na campanhaOne Degree Less (Um Grau a Menos),divulga<strong>da</strong> pela organização não governamentalGBC Brasil. A enti<strong>da</strong>de sugere queo uso de telha<strong>do</strong>s brancos nos edifíciospode reduzir os efeitos <strong>do</strong> aquecimentoglobal e o consumo de energia.A ONG divulga estu<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Lawrence Berkeley National Laboratory,vincula<strong>do</strong> à Universi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> Califórnia, que estimam que, aca<strong>da</strong> 100m2 de área branca, é possível compensar a emissão de 10tonela<strong>da</strong>s de CO2 por ano, além disso, a instituição estima que 25%<strong>da</strong> aerea de uma grande ci<strong>da</strong>de sejam ocupa<strong>da</strong>s por telha<strong>do</strong>s.Talvez por isso, as cores claras sejam preferência na hora <strong>da</strong> escolha<strong>da</strong> cobertura, por apresentar uma alternativa mais sustentável.De acor<strong>do</strong> com o Diretor Industrial <strong>da</strong> Top Telha, Luiz Fernan<strong>do</strong>Marchi Jr, o aumento <strong>da</strong> procura por novi<strong>da</strong>des <strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r,obrigou a empresa a abranger a cartela de cores <strong>da</strong>s telhas. “Aprocura por telhas colori<strong>da</strong>s está ca<strong>da</strong> vez maior, principalmentenos tons mais claros. Telhas <strong>da</strong> nossa linha Marfim e Pérola, porexemplo, possuem uma produção média de mil e duzentas tonela<strong>da</strong>spor mês”. Já o Diretor Administrativo <strong>da</strong> Ziegel Telhas, AndréLuiz Buchmann, explica que a telha Portuguesa é o modelo maisvendi<strong>do</strong> e a mu<strong>da</strong>nça <strong>do</strong> perfil <strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r, mais ousa<strong>do</strong> nosprojetos de facha<strong>da</strong>s expandiu o merca<strong>do</strong>. “Houve um aumentomuito grande de cores para pintar as casas e pensamos tambémem disponibilizar mais opções para os clientes, para que pudessemfazer uma combinação melhor entre telha<strong>do</strong>, paredes e aberturas.Hoje temos disponíveis 31 cores entre brilho e foscas”. A produção18


Telhas Pérola <strong>da</strong> Top Telha e fosca <strong>da</strong> ZigelTELHASmensal <strong>da</strong> Ziegel de telhas colori<strong>da</strong>s é de aproxima<strong>da</strong>menteduas mil tonela<strong>da</strong>s.O processo de coloração <strong>da</strong>s telhas cerâmicas pode serexecuta<strong>do</strong> de três maneiras, as, o que configuraas telhas esmalta<strong>da</strong>s, engoba<strong>da</strong>s eeletrostáticas. A telha esmalta<strong>da</strong> é compostapor uma cama<strong>da</strong> colori<strong>da</strong> decompostos inorgânicos, à base detintas e corantes. A composiçãoé aplica<strong>da</strong> sobre a telha durantea queima e a fusão <strong>do</strong>esmalte à telha dá o aspectovitrifica<strong>do</strong>. A telhaengoba<strong>da</strong> é feita através<strong>da</strong> mistura de corantes óxi<strong>do</strong>s(pigmentos) e argila fina. Afusão é espalha<strong>da</strong> na superfície <strong>da</strong> telha e, durantea queima, os materiais se fundem, proporcionan<strong>do</strong> umcolori<strong>do</strong> uniforme. Já na pintura eletrostática, considera<strong>da</strong>ecologicamente correta por não utilizar solventes,a telha recebe uma cama<strong>da</strong> de tinta em pó, com basede poliéster, por eletrodeposição e depoisé submeti<strong>da</strong> à queima.Entretanto, o consumi<strong>do</strong>r deve ficaratento na hora de escolher o materialque irá usar em sua obra para que nãotenha <strong>do</strong>res de cabeça no futuro. Antesde mais na<strong>da</strong>, ter consciência <strong>do</strong> tipo detelha<strong>do</strong> que irá construir, definir a telha eas cores e se informar se o produto atendeao requisitos <strong>da</strong>s Normas Técnicas, e se temo selo <strong>do</strong>PSQ ou alguma certificação, o que irágarantir a quali<strong>da</strong>de <strong>do</strong> material, <strong>da</strong>í para frente émãos à obra.REVISTA DA ANICER Nº <strong>73</strong>19


TELHASModelosde telhasImagens <strong>da</strong> Cerâmica Kasparyem Portão-RSEspeciais para acabamentoQueima e Alimentação SuperiorColonial ou PaulistinhaXinesaAutomatismo de DescargaFrancesaItalianaAutomatismo de CargaImperialRomanaZucco Equipamentos CerâmicosREVISTA DA ANICER Nº <strong>73</strong>20Tel: (47) 3350-2150Fax: (47) 3350-2149Visite nosso Sitezuccoequipamentosceramicos.com.brVeja também nossosvídeos no Youtubewww.youtube.com/user/zuccoequipamentosAmericanaPortuguesa


NONONNONNNNNONNONONONNOCOLUNA DA QUALIDADEAssessor técnico <strong>da</strong><strong>Anicer</strong> dá entrevistano Paranáque foi desativa<strong>da</strong>. Entre os objetivos<strong>do</strong> Cestec estão a formação e o aperfeiçoamentode profissionais <strong>do</strong> setorcerâmico, análise e caracterização dematérias primas cerâmicas, desenvolvimentode formulações, caracterizaçãode produtos, e outros.ções setoriais, compostas pornormas desenvolvi<strong>da</strong>s pelo setore foca<strong>da</strong>s no produto e processo.A intenção é incentivara inovação e a competitivi<strong>da</strong>denas MPEs. Para acessar, é precisoestar ca<strong>da</strong>stra<strong>do</strong> no SebraeO Assessor Técnico e <strong>da</strong> Quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong><strong>Anicer</strong>, Antônio Carlos Pimenta, participou,no dia 26 de outubro, de umamatéria no programa “Paraná ObraNota 10” sobre os diferenciais <strong>da</strong> cerâmicavermelha na construção civil. Ementrevista ao programa, exibi<strong>da</strong> nodia 6 de novembro, Pimenta exaltoualgumas vantagens <strong>do</strong> produto comoconforto térmico e acústico, padrõesde quali<strong>da</strong>de e sua durabili<strong>da</strong>de que,segun<strong>do</strong> ele, pode chegar a dezenasou até mesmo centenas de anos. Parao assessor <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong>, essas vantagensain<strong>da</strong> estão longe de serem ultrapassa<strong>da</strong>spelos produtos concorrentes.Campo Largo ganhaCentro Tecnológico<strong>da</strong> CerâmicaFoi inaugura<strong>do</strong>, no dia 15 de dezembro,no município paranaense deCampo Largo, o Centro de Ciências eTecnologias Cerâmicas <strong>do</strong> Paraná – Cetesc.O Centro funcionará em um <strong>do</strong>sbarracões cedi<strong>do</strong>s pela Prefeitura nolocal onde funcionava a antiga CerâmicaIguaçu. O governo <strong>do</strong> Paraná investiuR$ 400 mil em equipamentos ea empresa Pial Legrand também <strong>do</strong>ouequipamentos <strong>da</strong> sua área de cerâmicaSetor cerâmico de MSrecebe certificaçãoBuscar a certificação de produtos <strong>do</strong>setor cerâmico é o objetivo de quatroindústrias integrantes <strong>do</strong> Arranjo ProdutivoLocal (APL) Cerâmico Terra Cozi<strong>da</strong><strong>do</strong> Pantanal, na região norte <strong>do</strong>Esta<strong>do</strong>. As empresas participaram <strong>do</strong>edital <strong>da</strong> Chama<strong>da</strong> Nacional de Projetosde Certificação de Produtos e Processos,<strong>do</strong> Sebrae Nacional, e de umacerimônia de entrega <strong>do</strong>s certifica<strong>do</strong>sàs empresas Cerâmica Campo Grande,Cerâmica Fênix, Cotto Figueira e Tijopiso,no último dia 2. Para cumprir ameta e receber a certificação, desdeo ano passa<strong>do</strong> as empresas recebemconsultorias e capacitações <strong>do</strong> CentroCerâmico <strong>do</strong> Brasil, especializa<strong>do</strong> naárea de certificação de produtos cerâmicose acredita<strong>do</strong> pelo Inmetro, como intuito de desenvolver e implantarsistemas de quali<strong>da</strong>de e certificar asindústrias brasileiras de revestimentocerâmico, além de atuar como umaenti<strong>da</strong>de tecnológica <strong>do</strong> setor.Normas técnicas<strong>do</strong> setorA ABNT e o SEBRAE firmaram um convênioque possibilita às MPEs, apósbreve ca<strong>da</strong>stro, a <strong>aqui</strong>sição de normastécnicas brasileiras por 1/3 <strong>do</strong> seu preçode merca<strong>do</strong>. As empresas tambémpoderão ter acesso gratuito às cole-ou ter um faturamento anual deaté R$ 2.400.000,00. Mais informaçõespodem ser obti<strong>da</strong>s através<strong>do</strong> telefone (11) 3017-3652ou pelo email atendimento.sp@abnt.org.br.Sustentabili<strong>da</strong>dena construçãocivilUma <strong>da</strong>s soluções encontra<strong>da</strong>spela PDCA Engenharia para minimizara geração de resíduosem canteiros de obras foi investirnum processo construtivoindustrializa<strong>do</strong>. De acor<strong>do</strong> coma diretora <strong>da</strong> empresa, CássiaRegina Martins, a empresa precisouencontrar soluções integra<strong>da</strong>spara to<strong>do</strong> o canteiro deobras e investir pesa<strong>do</strong> na qualificação<strong>da</strong> mão de obra. O sistemaindustrializa<strong>do</strong> utiliza<strong>do</strong> pelaPDCA Engenharia é atesta<strong>do</strong>pelo IPT-USP, o único sistema aobter o selo de referência técnica,e consiste na pré-fabricaçãode painéis com bloco cerâmicode oito furos estrutura<strong>do</strong>s comconcreto arma<strong>do</strong> e nervuras dereforço, com esquadrias e as tubulaçõeselétricas e hidráulicasjá instala<strong>da</strong>s, além de reboco internoe externo aplica<strong>do</strong>.REVISTA DA ANICER Nº <strong>73</strong> 7221


TENDÊNCIA DE MERCADOEstação debeleza e culturaAntiga estação ferroviária <strong>da</strong> Companhia Paulista deEstra<strong>da</strong>s foi o principal pólo de articulação <strong>do</strong>s caminhosque levavam ao interior paulistaPor Manuela Souza | Fotos Divulgação/ Adriano FrançaREVISTA DA ANICER Nº <strong>73</strong>22


TENDÊNCIA DE MERCADOTomba<strong>do</strong> pelo Patrimônio Histórico, o prédio <strong>da</strong> Estação Cultura é um <strong>do</strong>s símbolos <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de deCampinas e <strong>do</strong> desenvolvimento <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> de São Paulo.Inaugura<strong>da</strong> em 1884, a plataforma já abrigou a Estação Campinas <strong>da</strong> Companhia Paulista de Estra<strong>da</strong>sde Ferro e foi o principal pólo de articulação <strong>do</strong>s caminhos que levavam ao interior <strong>do</strong> esta<strong>do</strong>. Funcionouaté o ano de 2002, quan<strong>do</strong> foi totalmente desativa<strong>da</strong>.Construí<strong>do</strong> com alvenaria aparente de tijolos de cerâmica <strong>da</strong> Inglaterra, o local apresenta uma composiçãorústica em um estilo georgiano <strong>da</strong> arquitetura industrial inglesa. Além disso, a edificaçãopossui telhas cerâmicas trazi<strong>da</strong>s diretamente <strong>da</strong> França.Recentemente, os organiza<strong>do</strong>res de uma mostra de arquitetura, decoração e paisagismo utilizaramo local para a instalação <strong>da</strong> exposição. Uma reforma que durou mais de 2 meses, recuperou pisos,revestimentos, telha<strong>do</strong>, portas e janelas. Além disso, houve a modernização <strong>da</strong>s redes hidráulica eelétrica e recuperação <strong>da</strong> facha<strong>da</strong>.O trabalho respeitou as regras de tombamento, sem descaracterizar a história <strong>do</strong> prédio. A recuperação<strong>da</strong> facha<strong>da</strong> foi executa<strong>da</strong> com a utilização de material ecológico e sem solventes, para a remoçãode pichações e sujeiras <strong>do</strong>s tijolos, preservan<strong>do</strong> as características originais <strong>do</strong> materialREVISTA DA ANICER Nº <strong>73</strong>23


ARTIGO TÉCNICOO suprimento de matérias-primaspara a indústria de cerâmicavermelha no BrasilMarsis Cabral Junior e Luiz Carlos Tanno ( Instituto de Pesquisas Tecnológicas <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> de São Paulo – IPT)Jamil Duailibi Fh.(Instituto Nacional de Tecnologia – INT)Anselmo O. Boschi (Laboratório de Revestimentos Cerâmicos/Universi<strong>da</strong>de Federal de São Carlos)REVISTA DA ANICER Nº <strong>73</strong>24Osegmento de cerâmica vermelha brasileiro integra oramo de produtos de minerais não-metálicos <strong>da</strong> Indústriade Transformação, fazen<strong>do</strong> parte, juntamente comoutras indústrias, como as de cerâmica de revestimento,sanitários, indústria cimenteira e vidreira, <strong>do</strong> conjunto decadeias produtivas que compõem o Complexo <strong>da</strong> ConstruçãoCivil. Tem como ativi<strong>da</strong>de a produção de uma grandevarie<strong>da</strong>de de materiais, como blocos de ve<strong>da</strong>ção e estruturais,telhas, tijolos maciços, lajotas e tubos, além de produtospara fins diversos como argilas piro expandi<strong>da</strong>s, objetosornamentais e utensílios <strong>do</strong>mésticos.A Edição de 2002 <strong>do</strong> Anuário Brasileiro de Cerâmica, Edita<strong>do</strong>pela Associação Brasileira de Cerâmica - ABC (ANUÁRIOBRASILEIRO DE CERÂMICA, 2002) apontava a existência decerca de 6.900 empresas espalha<strong>da</strong>s por to<strong>do</strong> o país. Os<strong>da</strong><strong>do</strong>s apresenta<strong>do</strong>s sinalizavam que a Indústria de CerâmicaVermelha estava passan<strong>do</strong> por um processo de concentraçãosemelhante ao ocorri<strong>do</strong> em vários países europeus,porém em escala menor face às dimensões continentais <strong>do</strong>país. Pólos cerâmicos como os localiza<strong>do</strong>s nos municípiosde Itaboraí (RJ) e Ourinhos (SP) experimentaram um decréscimo<strong>da</strong> ordem de 50% no número total de empresas,passan<strong>do</strong> de cerca 90 uni<strong>da</strong>des no início <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> de 90para cerca de 40 em 2001. De fato, <strong>da</strong><strong>do</strong>s oficiais <strong>da</strong> AssociaçãoNacional <strong>da</strong> Indústria de Cerâmica – <strong>Anicer</strong>, apresenta<strong>do</strong>sna edição de 2006 <strong>do</strong> Anuário Brasileiro de Cerâmica(Panoramas setoriais/cerâmica vermelha, 2006), apontavampara uma redução <strong>da</strong> ordem de 20% entre 2001 (DADOSABC) e 2005, quan<strong>do</strong> o número total de empresas reduziusepara cerca 5.500 uni<strong>da</strong>des, com 3.900 produzin<strong>do</strong>, principalmente,blocos de ve<strong>da</strong>ção, blocos estruturais e lajotas (4milhões de peças/mês) e cerca de 1.900 produzin<strong>do</strong> telhas(1,3 milhão de peças/mês), consumin<strong>do</strong> um total de cerca de10,3 milhões de tonela<strong>da</strong>s de argila por mês.O encerramento de ativi<strong>da</strong>des de um número expressivo deempresas nas últimas duas déca<strong>da</strong>s é função de vários fatores,incluin<strong>do</strong> perío<strong>do</strong>s de crescimento negativo <strong>da</strong> parcela<strong>do</strong> PIB referente à Construção Civil, o crescimento de produtosconcorrentes como os blocos e telhas de concreto,crescimento <strong>da</strong>s áreas urbanas em regiões de depósitos deargilas e restrições ambientais. Os <strong>da</strong><strong>do</strong>s apresenta<strong>do</strong>s peloInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (PES-QUISA INDUSTRIAL, 2008), aponta a existência de 4.679empresas cerâmicas no país com mais de 5 funcionários (<strong>da</strong>squais, segun<strong>do</strong> nossas estimativas, 4.500 são produtorasde cerâmica vermelha), é mais um forte indício <strong>do</strong> processode concentração em pleno an<strong>da</strong>mento. Se por um la<strong>do</strong>ocorreu este decréscimo, a produção média por empresasubiu substancialmente, passan<strong>do</strong> <strong>do</strong>s cerca de 370.000peças/mês para números superiores a 1.000.000 de peças/mês. Consideran<strong>do</strong> os preços hoje pratica<strong>do</strong>s no merca<strong>do</strong>e a produção global <strong>do</strong> segmento de cerca de 5 bilhões depeças/mês (20% de telhas), estimamos que o faturamentoanual <strong>do</strong> segmento de cerâmica vermelha no país é <strong>da</strong> ordemde 18 bilhões de reais.Por outro la<strong>do</strong>, em alguns esta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> país tem ocorri<strong>do</strong> oaparecimento de novas empresas, incluin<strong>do</strong> micro empresasprodutoras de tijolos maciços de forma artesanal, emface <strong>da</strong> existência de projetos de infra- estrutura de grandeporte como usinas hidroelétricas e grandes siderúrgicas, especialmentena Região Norte. Nota-se, ain<strong>da</strong>, em to<strong>da</strong>s asregiões <strong>do</strong> país, um grande aumento <strong>da</strong> deman<strong>da</strong> nos últimos<strong>do</strong>is anos, em função <strong>do</strong> Programa de Aceleração <strong>do</strong>Crescimento (PAC) <strong>do</strong> Governo Federal, que tem incentiva-


ARTIGO TÉCNICO<strong>do</strong> a construção de habitações populares volta<strong>da</strong>s à populaçãode baixa ren<strong>da</strong>.Podemos afirmar que a Indústria de Cerâmica Vermelha <strong>do</strong>Brasil está viven<strong>do</strong> um perío<strong>do</strong> de franca expansão, motiva<strong>da</strong>pelo crescimento <strong>da</strong> economia <strong>do</strong> país como um to<strong>do</strong> e tambémpor uma série de fatores incluin<strong>do</strong> a criação <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> há19 anos que tem promovi<strong>do</strong> várias ações para o crescimento<strong>do</strong> setor, o surgimento de uma rede de laboratórios capitanea<strong>do</strong>spelo Serviço Nacional <strong>da</strong> Indústria – SENAI, a inserção <strong>do</strong>Segmento em programas volta<strong>do</strong>s para a normalização, comoo Programa Brasileiro <strong>da</strong> Quali<strong>da</strong>de nas habitações – PBQP-H,e o envolvimento crescente <strong>do</strong> meio acadêmico em trabalhosde pesquisa e desenvolvimento tecnológico volta<strong>do</strong>s para aárea de cerâmica vermelha, como o desenvolvimento <strong>do</strong> usode novos combustíveis, estu<strong>do</strong>s de incorporação de resíduosna massa cerâmica e diversificação <strong>da</strong> produção.Destacamos especialmente o grande desenvolvimento e modernizaçãopor que tem passa<strong>do</strong> a cadeia de fornece<strong>do</strong>res deinsumos e equipamentos para a Indústria de Cerâmica Vermelha,que vem se modernizan<strong>do</strong> a passos largos, introduzin<strong>do</strong>melhorias tecnológicas no processo produtivo, incluin<strong>do</strong> a implantaçãode fábricas <strong>do</strong> porte <strong>da</strong>s que existem na Europa.Apesar <strong>do</strong>s avanços e <strong>do</strong> processo de concentração verifica<strong>do</strong>nas últimas duas déca<strong>da</strong>s, a Indústria de Cerâmica Vermelhano País é ain<strong>da</strong> um segmento <strong>do</strong> setor cerâmico com umaestrutura empresarial bastante assimétrica, pulveriza<strong>da</strong> e decapital estritamente nacional, no qual coexistem pequenosempreendimentos familiares e mesmo pequenas fábricas artesanais(olarias, em grande parte não incorpora<strong>da</strong>s nas estatísticasoficiais), cerâmicas de pequeno e médio portes, comdeficiências de mecanização e gestão, e empreendimentos demédio a grande portes (em escala de produção) de tecnologiamais avança<strong>da</strong>, operan<strong>do</strong> com processos mais automatiza<strong>do</strong>s,com preparação melhor <strong>da</strong> matéria-prima, secagem força<strong>da</strong> efornos de queima semi-contínua ou contínua (CABRAL JUNIORet al., 2009a). A grande maioria <strong>da</strong>s empresas tem sua competitivi<strong>da</strong>debasea<strong>da</strong> em custos.Atrela<strong>da</strong>s às cerâmicas, esse segmento industrial é abasteci<strong>do</strong>por um grande número de uni<strong>da</strong>des produtivas de argilascomuns (common clays - como trata<strong>da</strong> internacionalmente).Esse mesmo tipo de matéria-prima é consumi<strong>do</strong> por outras indústrias,como a cerâmica de revestimento de base seca, deREVISTA DA ANICER Nº <strong>73</strong>25


ARTIGO TÉCNICOagrega<strong>do</strong> leve e pelo setor cimenteiro.DISPONIBILIDADE DE MATÉRIA‐PRIMA48A produção <strong>da</strong> indústria de cerâmicavermelha e de matérias-primas mineraisassocia<strong>da</strong>s revela-se extremamente significativaquan<strong>do</strong> compara<strong>da</strong> a paísesdesenvolvi<strong>do</strong>s como a Espanha, um <strong>do</strong>smaiores produtores de cerâmica vermelha<strong>da</strong> Europa, com cerca de 30 milhões de515049474645374443364042413938tonela<strong>da</strong>s/ano de argila (IGME, 2009), e52 56os EUA, com 20 milhões de tonela<strong>da</strong>s/ano(USGS, 2009). Isto decorre <strong>do</strong> perfil construtivoe <strong>da</strong> dimensão <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> brasileirode construção civil, que colocam oconsumo e a produção de argila para finscerâmicos como um <strong>do</strong>s maiores <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>,poden<strong>do</strong> ser supera<strong>do</strong> apenas pelosimensos merca<strong>do</strong>s <strong>da</strong> China e Índia.Principaisaglomeraçõesprodutivasmínero-cerâmicosbrasileiras.5455131214 11 1008070104 09 05030602292<strong>73</strong>3 32 31 28 30 353426 2425REVISTA DA ANICER Nº <strong>73</strong>A indústria de cerâmica vermelha no Brasilcaracteriza-se como um segmento econômicoexpressivo e de grande pulverizaçãoterritorial. Raramente depara-se com ummunicípio ou uma região que não tenhauma cerâmica ou um núcleo de pequenasolarias. Nas proximi<strong>da</strong>des <strong>da</strong>s uni<strong>da</strong>desindustriais, juntam-se as lavras de argila,pertencentes aos próprios ceramistas e apequenos minera<strong>do</strong>res.O fator geológico (existência de jazi<strong>da</strong>s)associa<strong>do</strong> a outros condicionantes favoráveis,como proximi<strong>da</strong>de de merca<strong>do</strong>s,base infraestrutural privilegia<strong>da</strong> e culturaempresarial, tem conduzi<strong>do</strong> à polarização<strong>do</strong> setor cerâmico em territórios específicos,levan<strong>do</strong> a constituição de aglomera<strong>do</strong>sprodutivos. Em determina<strong>da</strong>s regiões,essas aglomerações de empresas chegama constituir o que se vem conceituan<strong>do</strong>como arranjos produtivos locais (APLs)de base mineral. Nesses casos, as concentraçõesde empresas podem agregar, nomesmo território, além de cerâmicas e mi- Fonte: elabora<strong>do</strong> a partir <strong>da</strong> complementação de informações <strong>do</strong> Instituto Metas (2002).26


ARTIGO TÉCNICOnera<strong>do</strong>ras de argilas, outros segmentos <strong>da</strong> cadeia produtiva, como fornece<strong>do</strong>resde insumos (equipamentos e embalagens) e serviços, apresentan<strong>do</strong> grausvaria<strong>do</strong>s de interação entre os agentes empresariais e com organismos externos,como governo, associações empresariais, instituições de crédito, ensino,pesquisa e inovação. A experiência tem mostra<strong>do</strong> que o adensamento <strong>da</strong> cadeiaprodutiva de base mineral, associa<strong>do</strong> ao aprendiza<strong>do</strong> e cooperação, entre seusdiversos elos e agentes externos, tende a favorecer o incremento <strong>da</strong> competitivi<strong>da</strong>dede to<strong>do</strong>s os negócios associa<strong>do</strong>s, com significativos ganhos, sobretu<strong>do</strong>,ao pequeno e médio empreende<strong>do</strong>r. A Figura 2 ilustra as principais aglomeraçõesmínero-cerâmicas identifica<strong>da</strong>s.A tendência de concentração <strong>da</strong>s empresas faz com que quase to<strong>do</strong>s os esta<strong>do</strong>scontem com pelo menos um pólo cerâmico de relativo realce, computan<strong>do</strong>-semais de meia centena de aglomerações de expressão regional. Os estu<strong>do</strong>s deidentificação de APLs têm indica<strong>do</strong> que, dentre as aglomerações de base mineral,as mínero-cerâmicas são as mais numerosas, com várias aglomera<strong>do</strong>sdesta cadeia produtiva estan<strong>do</strong> entre os mais importantes APLs de base mineral<strong>do</strong> país.Quanto às reservas oficiais registra<strong>da</strong>s pelo DNPM, o Brasil possui cerca de 3,7bilhões de tonela<strong>da</strong>s de argilas comuns, com mais de 70% concentra<strong>da</strong>s nos esta<strong>do</strong>sde São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina.Apesar <strong>da</strong> expressivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> <strong>do</strong>tação mineral <strong>do</strong> país para recursos de argila,uma série de fatores tem dificulta<strong>do</strong>, ca<strong>da</strong> vez mais, o acesso às reservas. Umaprimeira limitação refere-se à questão ambiental, que por meio de leis restritivase a criação de uni<strong>da</strong>des de conservação (áreas de proteção ambiental, parquese reservas) interferem diretamente na disponibili<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s recursos minerais.Adicionalmente, há outras formas de uso <strong>do</strong> solo que se apropriam de amplosespaços geográficos e competem com a ativi<strong>da</strong>de mineral, como a expansãourbana, a ocupação agrícola e a deman<strong>da</strong> ca<strong>da</strong> vez maior por recursos hídricospara abastecimento, irrigação e geração de energia. Tu<strong>do</strong> isto vem ocasionan<strong>do</strong>a indisponibilização progressiva dereservas minerais em determina<strong>da</strong>sregiões <strong>do</strong> país.Exemplo típico de escassez ocorre naregião oeste <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> de São Paulo,onde a instalação de usinas hidrelétricasresultou em inun<strong>da</strong>ção de áreascom grande potenciali<strong>da</strong>de ou mesmotradicionalmente produtoras deargilas, situa<strong>da</strong>s nas planícies aluviais<strong>do</strong>s principais rios <strong>da</strong> região (Paraná eseus afluentes Paranapanema, Tietê,Aguapeí e Peixe). Os lagos forma<strong>do</strong>stêm causa<strong>do</strong> a esterilização precoce<strong>da</strong>s jazi<strong>da</strong>s, prejudican<strong>do</strong> as ativi<strong>da</strong>desmínero-industriais e as própriaseconomias locais.CARACTERÍSTICAS TECNOLÓGICAS EAPLICAÇÕES DAS ARGILAS COMUNSAs argilas para cerâmica vermelhaenglobam uma grande varie<strong>da</strong>de desubstâncias minerais, abrangen<strong>do</strong>sedimentos pelíticos consoli<strong>da</strong><strong>do</strong>s einconsoli<strong>da</strong><strong>do</strong>s, como argilas aluvionaresquaternárias, argilitos, siltitos,folhelhos e ritmitos, que queimamem cores avermelha<strong>da</strong>s, a temperaturasvariáveis entre 800 e 1.250 oC.Essas argilas apresentam geralmentegranulometria muito fina, característicaque lhes conferem, com a matériaorgânica incorpora<strong>da</strong>, diferentesgraus de plastici<strong>da</strong>de, quan<strong>do</strong> adiciona<strong>da</strong>de determina<strong>da</strong>s porcentagensde água, aspectos importantes paraprodução de uma grande varie<strong>da</strong>dede peças cerâmicas, além <strong>da</strong> trabalhabili<strong>da</strong>dee resistência a verde, aseco e após o processo de queima.Além <strong>do</strong>s usos tradicionais <strong>da</strong>s argilasna indústria cerâmica estrutural,servin<strong>do</strong> de matéria-prima para umaREVISTA DA ANICER Nº <strong>73</strong>27


ARTIGO TÉCNICOREVISTA DA ANICER Nº <strong>73</strong>grande varie<strong>da</strong>de de produtos, como blocos, tijolos maciços,telhas, tubos e lajotas, esses materiais possuem outrasaplicações, como na fabricação de vasos ornamentais, utensílios<strong>do</strong>mésticos, cimento, agrega<strong>do</strong> leve e revestimentos.O setor de cerâmica vermelha utiliza a chama<strong>da</strong> massa monocomponente,composta, basicamente, por argilas, sema adição de outras substâncias minerais. A formulação <strong>da</strong>massa é geralmente feita de forma empírica pelo ceramista,por meio <strong>da</strong> mistura de uma argila “gor<strong>da</strong>”, caracteriza<strong>da</strong>pela alta plastici<strong>da</strong>de, granulometria fina e composiçãoessencialmente de argilominerais, com uma argila“magra”, rica em quartzo e menos plástica, que pode sercaracteriza<strong>da</strong> como um material redutor de plastici<strong>da</strong>de eque permite a drenagem adequa<strong>da</strong> <strong>da</strong>s peças nos processosde secagem e queima. Por meio dessa mistura, buscasea composição de uma massa que tenha certas funçõestecnológicas essenciais, tais como:a) plastici<strong>da</strong>de: propiciar a mol<strong>da</strong>gem <strong>da</strong>s peças;b) resistência mecânica <strong>da</strong> massa verde e crua: conferircoesão e solidez às peças mol<strong>da</strong><strong>da</strong>s, permitin<strong>do</strong> a suatrabalhabili<strong>da</strong>de na fase pré-queima;c) fusibili<strong>da</strong>de: favorecer a sinterização e, conseqüentemente,a resistência mecânica e a diminuição <strong>da</strong> porosi<strong>da</strong>de;d) drenagem: facilitar a retira<strong>da</strong> de água e a passagemde gases durante a secagem e queima, evitan<strong>do</strong> trincas e<strong>da</strong>n<strong>do</strong> rapidez ao processo;e) coloração <strong>da</strong>s peças: atribuir cores às cerâmicas pormeio <strong>da</strong> presença de corantes naturais (óxi<strong>do</strong>s de ferro emanganês).No processo de fabricação, a massa é umidifica<strong>da</strong> acima<strong>do</strong> limite de plastici<strong>da</strong>de (geralmente com mais de 20% deumi<strong>da</strong>de), e processa<strong>da</strong> em mistura<strong>do</strong>res e homogeneiza<strong>do</strong>res,sen<strong>do</strong> conforma<strong>da</strong>s a seguir em extrusoras (marombas),quan<strong>do</strong> adquirem as suas formas finais (blocos, lajes,lajotas, tubos) ou seguem para prensagem (telhas) ou tornearia(vasos).Com exceção <strong>do</strong> agrega<strong>do</strong> leve, a maioria <strong>do</strong>s produtosde cerâmica vermelha apresenta alta porosi<strong>da</strong>de aberta,com pouca fase vítrea, decorrente <strong>da</strong> baixa temperaturade queima (800 a 900ºC). Mesmo assim, possuem resistênciamecânica suficiente para os usos a que são destina<strong>do</strong>s.Nesses casos, os fundentes presentes estão conti<strong>do</strong>s nasestruturas <strong>da</strong>s argilas ilíticas e esmectíticas presentes ouadsorvi<strong>da</strong>s nas caulinitas, tais como complexos ferruginosose sais solúveis, que reagem durante os longos perío<strong>do</strong>sde queima.ESTRUTURA DE MERCADO E TECNOLOGIADE PRODUÇÃO DA ARGILAPre<strong>do</strong>minam empreendimentos de pequeno porte, comproduções varian<strong>do</strong> de 1.000 a 20.000 t/mês, em minascom escavações mecânicas a céu aberto. De mo<strong>do</strong> geral,as minas carecem de investimentos em modernizaçõestecnológicas e gerenciais necessárias ao aprimoramento<strong>do</strong> sistema de produção (pesquisa mineral, lavra e beneficiamento),sen<strong>do</strong> praticamente inexistentes programasde certificações quanto à quali<strong>da</strong>de e gestão ambiental.Ocorre também que parte <strong>do</strong>s empreendimentos operade maneira informal ou em desacor<strong>do</strong> com a legislação minerale ambiental. Os <strong>da</strong><strong>do</strong>s oficiais apontam para a existênciade pelo menos 417 minas de argila em operação nopaís (DNPM, 2006). No entanto, certamente há um númeromuito maior de cavas e de empresas em operação. Ospreços pratica<strong>do</strong>s pelo merca<strong>do</strong> estão na faixa de R$ 5,00a R$ 25,00/t (FOB), comercializa<strong>da</strong> in natura, dependen<strong>do</strong><strong>do</strong> tipo de matéria-prima, <strong>da</strong> disponibili<strong>da</strong>de local e <strong>da</strong> finali<strong>da</strong>dede uso. Um comparativo com <strong>da</strong><strong>do</strong>s internacionaisindicam patamares de preços similares, com valores de comercialização,por exemplo, no merca<strong>do</strong> norte-americanode US$ 10,50/t .As operações mineiras praticamente restringem-se à extraçãode argilas, que são comercializa<strong>da</strong>s in natura, e como carregamento e expedição feitos diretamente na frentede lavra ou a partir de pilhas de estocagem. Geralmente,os processos de homogeneização, sazonamento e composiçãode misturas de matérias-primas são realiza<strong>do</strong>s nopátio <strong>da</strong>s cerâmicas. Eventualmente, algumas minera<strong>do</strong>raspodem agregar etapa de beneficiamento como secagem,homogeneização e cominuição de argilas. Isto ocorre emAPLs mais estrutura<strong>do</strong>s, nos quais já vem ten<strong>do</strong> a participaçãomais efetiva de empreende<strong>do</strong>res especializa<strong>do</strong>s, comominera<strong>do</strong>res e fornece<strong>do</strong>res de argila.Um avanço incremental importante, que agregaria tec-28


ARTIGO TÉCNICOnologia e valor ao produto mineral, corresponderia à complementação<strong>da</strong>s práticas rotineiras de lavra com etapas debeneficiamento e composição de misturas <strong>da</strong>s argilas, o quetradicionalmente é realiza<strong>do</strong> dentro <strong>da</strong>s cerâmicas. Além disso,outro procedimento a ser a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> é o sazonamento <strong>da</strong>sargilas, com a permanência <strong>da</strong> pilha de argila ao relento porum perío<strong>do</strong> de alguns meses, o que melhora a trabalhabili<strong>da</strong>de<strong>da</strong> massa cerâmica. Outras operações podem incluir estágiosde cominuição, associa<strong>do</strong>s à classificação granulométrica,secagem ao ar livre, formação de pilhas de estocagem eblen<strong>da</strong>gem para composição de massa cerâmica. A cominuiçãopode exigir operações de britagem e moagem, como é ocaso <strong>do</strong> aproveitamento de rochas mais compacta<strong>da</strong>s. Taisoperações são intercala<strong>da</strong>s com sistemas de peneiramentopara classificação <strong>da</strong>s frações de argila obti<strong>da</strong>s no processo.Parcela importante <strong>da</strong>s minerações ain<strong>da</strong> carece de práticasmais adequa<strong>da</strong>s de controle e recuperação ambiental. Se ascavas individuais configuram degra<strong>da</strong>ções restritas, a aglomeraçãode empreendimentos em certas regiões tem provoca<strong>do</strong>um impacto cumulativo considerável, sobressain<strong>do</strong>,entre outros, processos de desmatamento, assoreamentode drenagem, formação de pequenos lagos, pilhas aban<strong>do</strong>na<strong>da</strong>sde argila e de material estéril, e taludes expostos sujeitosà erosão.Quan<strong>do</strong> se compara a produtivi<strong>da</strong>de brasileira com as operações<strong>do</strong>s países líderes em tecnologia cerâmica, como Itália eEspanha, os padrões <strong>da</strong> mineração internacional relativizamcom o desempenho produtivo <strong>da</strong> mineração nacional. Nãohá diferenças substantivas em termos de supremacia produtiva.O diferencial positivo para a mineração européia estáno conhecimento dimensional <strong>da</strong> jazi<strong>da</strong>, na qualificação <strong>da</strong>sreservas e nos cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s no planejamento e controle técnico<strong>da</strong>s operações de lavra. Como consequência, há tambémnesses países uma maior atenção com a quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s matérias-primas,na qual homogenei<strong>da</strong>de e constância <strong>da</strong>s especificações<strong>da</strong>s argilas constituem proprie<strong>da</strong>des fun<strong>da</strong>mentaispara os ganhos de produtivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> manufatura cerâmica.DESAFIOS PARA O APRIMORAMENTO DO SUPRIMENTOMINERALApesar <strong>do</strong>s recentes avanços <strong>da</strong> indústria cerâmica nacional,envolven<strong>do</strong> uma série de iniciativas importantes, comomelhoria <strong>do</strong>s processos industriais, maior controle e padro-REVISTA DA ANICER Nº <strong>73</strong>29


REVISTA DA ANICER Nº <strong>73</strong>30nização <strong>do</strong>s produtos, e a sua capacitaçãotécnica e gerencial, uma deman<strong>da</strong>importante refere-se às soluções tecnológicase gerenciais para o aprimoramento<strong>do</strong> sistema de suprimento dematérias-primas minerais.Os problemas mais comuns <strong>do</strong>s ceramistasabrangem a falta de quali<strong>da</strong>de econstância de proprie<strong>da</strong>des <strong>da</strong>s argilas,o que implica que<strong>da</strong> de produtivi<strong>da</strong>de e<strong>da</strong> padronização <strong>do</strong>s produtos comercializa<strong>do</strong>s,a dificul<strong>da</strong>de de regularização<strong>da</strong>s lavras, e, em certas regiões, aprópria escassez de reservas de argila.Prevalecen<strong>do</strong> a tendência <strong>do</strong> modeloatual de suprimento mineral, no quala produção é <strong>do</strong>mina<strong>da</strong> pelos ceramistas,de forma individual ou cooperativa<strong>da</strong>,com o ingresso crescente depequenos minera<strong>do</strong>res especializa<strong>do</strong>s,uma iniciativa fun<strong>da</strong>mental é o reconhecimentopor parte <strong>do</strong> setor produtivo<strong>da</strong> necessi<strong>da</strong>de de profissionalizaçãoe aprimoramento tecnológico egerencial <strong>da</strong> produção de argila.A atualização <strong>da</strong>s minerações commaior defasagem tecnológica passapor investimentos na pesquisa geológica<strong>do</strong>s depósitos, no planejamentoe desenvolvimento <strong>da</strong>s lavras, e na caracterizaçãoe controle <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de<strong>da</strong>s matérias-primas. Acrescenta-se,que as bases <strong>do</strong> conhecimento necessárioao aprimoramento tecnológicosão de amplo <strong>do</strong>mínio <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong>deprofissional e <strong>do</strong>s centros de pesquisae universi<strong>da</strong>des, e vêm sen<strong>do</strong> sistematicamenteincorpora<strong>da</strong>s pelas maiorese mais estrutura<strong>da</strong>s empresas de mineração<strong>do</strong> país.Um salto tecnológico importante paramodernização <strong>do</strong> elo mineral poderáser impulsiona<strong>do</strong> a partir de três desenvolvimentos:implantação de minera<strong>do</strong>rascomuns, centrais de massa elaboratórios de caracterização tecnológica(CABRAL JUNIOR, 2008). A viabilizaçãodessas estruturas produtivase laboratoriais pode se tornar um referencialpara práticas cooperativa<strong>da</strong>s,visto que os investimentos eleva<strong>do</strong>s eo próprio modelo de implantação pressupõemoperações consorcia<strong>da</strong>s.A minera<strong>do</strong>ra comum é uma alternativapara solucionar a produção emmaior escala de matéria-prima, commelhor controle de quali<strong>da</strong>de, e facilitara regularização <strong>da</strong>s jazi<strong>da</strong>s. Poden<strong>do</strong>ser geri<strong>da</strong> por cooperativa de minera<strong>do</strong>rese ceramistas, uma condução<strong>da</strong> mineração em melhores bases profissionale tecnológica deve propiciarganhos econômicos (melhor aproveitamento<strong>da</strong>s jazi<strong>da</strong>s, menores custosde produção e diminuição de per<strong>da</strong>sno processo cerâmico) e ambientais(minimização de impactos pelo maiorcontrole <strong>da</strong>s operações de lavra e beneficiamento,e diminuição <strong>da</strong> proliferaçãocaótica de cavas).Entre as experiências pioneiras naprodução consorcia<strong>da</strong> de matériaprima,há uma minera<strong>do</strong>ra comumna região de Cuiabá (MT), organiza<strong>da</strong>por uma cooperativa que conta comcerca de 20 ceramistas. No Esta<strong>do</strong> deSão Paulo, projetos similares estão seinician<strong>do</strong> nos APLs de Socorro e OestePaulista.As centrais de massa correspondema um up grade na estrutura de produçãode matérias-primas. Enquanto asminera<strong>do</strong>ras ofertam simplesmentediferentes tipos de argilas, as centraisavançam nas etapas de preparação demisturas balancea<strong>da</strong>s para os diferentesprocessos e produtos cerâmicos.Entre os benefícios estão a melhoria e


maior controle <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s matérias-primase a possibili<strong>da</strong>de de simplificaçãoe especialização <strong>da</strong>s plantasindustriais <strong>da</strong>s cerâmicas, vistoque algumas <strong>da</strong>s etapas de preparaçãode massa, que tradicionalmentesão feitas dentro <strong>da</strong>s próprias cerâmicas,passariam a ser assumi<strong>da</strong>s pelascentrais. Essas uni<strong>da</strong>des podem estaracopla<strong>da</strong>s à mineração ou constituíremempreendimentos isola<strong>do</strong>s queprocessam matérias-primas de diferentesminas. Desse mo<strong>do</strong>, podemse consoli<strong>da</strong>r como elo especializa<strong>do</strong>dentro <strong>da</strong>s aglomerações mínero-cerâmicas.Para o abastecimento <strong>da</strong>s uni<strong>da</strong>desde cerâmica vermelha, em função<strong>do</strong> tipo de matéria-prima processa<strong>da</strong>e massa consumi<strong>da</strong> (massa simples– constituí<strong>da</strong> apenas por diferentestipos de argilas mais ou menos plásticas),a central deverá compreenderum conjunto de operações engloban<strong>do</strong>estocagem, sazonamento, cominuição,homogeneização, mistura dediferentes tipos de argilas (composiçãode massas) e formação de lotesde matérias-primas. Os produtos aserem comercializa<strong>do</strong>s abrangeriamargilas beneficia<strong>da</strong>s (cominuí<strong>da</strong>s ehomogeneiza<strong>da</strong>s) e misturas <strong>do</strong>sa<strong>da</strong>sprontas para o consumo, com acomposição específica para ca<strong>da</strong> tipode produto (telhas, blocos, tubos,etc.), ambas acondiciona<strong>da</strong>s em lotescom proprie<strong>da</strong>des controla<strong>da</strong>s.Projeto conceitual, elabora<strong>do</strong> para osAPLs de Tambaú e Vargem Grande <strong>do</strong>Sul na região centro-leste <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>de São Paulo, estimou valores de investimentosentre 7,4 e 10,8 milhões,respectivamente para a capaci<strong>da</strong>demínima de 450.000 t/ano e máximade 1.350.000 t/ano de massa cerâmicaprocessa<strong>da</strong> (CABRAL JUNIOR etal., 2009a).Os laboratórios idealiza<strong>do</strong>s devemoperar como uma infraestrutura desuporte ao sistema produtivo de matérias-primasminerais (mineração ecentral de massa) e às manufaturascerâmicas, caracterizan<strong>do</strong>, essencialmente,proprie<strong>da</strong>des (físico-químicase tecnológicas) <strong>da</strong>s argilas, massas eprodutos cerâmicos. Alguns <strong>do</strong>s APLsjá contam com laboratórios, como Itue Tatuí no Esta<strong>do</strong> de São Paulo, sen<strong>do</strong>uma deman<strong>da</strong> comum de outrasaglomerações <strong>do</strong> país. No entanto,esses já instala<strong>do</strong>s se atêm apenasa caracterizações corriqueiras. Além<strong>do</strong>s ensaios de rotina, um desafio quedeve ser incentiva<strong>do</strong> é o desenvolvimentode inovações, como testes denovas matérias-primas e formulaçõesde massas diferencia<strong>da</strong>s, visan<strong>do</strong> àmelhoria <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s produtose à fabricação de novas cerâmicas demaior valor agrega<strong>do</strong>. Para tanto, jáse conta com inúmeros centros depesquisa, uni<strong>da</strong>des de formação etreinamento profissional e universi<strong>da</strong>des,que reúnem capacitaçãocientífica e tecnológica em to<strong>da</strong> acadeia produtiva mínero-cerâmica.A composição de parcerias entre essasinstituições e os agentes locais naelaboração e execução de projetosde inovação (incluin<strong>do</strong> suporte financeirode agências de fomento), criariacondições para o aprimoramentotecnológico e competitivo <strong>do</strong>s APLs,tanto por poder resultar em desenvolvimentose ganhos econômicos,como pela valorização <strong>da</strong>s iniciativascoletivas e o fortalecimento <strong>do</strong>s laçosinstitucionaisREVISTA DA ANICER Nº <strong>73</strong>31


NONONONNNONONONOREVISTA DA ANICER Nº <strong>73</strong>32


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MOMENTO INSPIRAÇÃOSuporteFoto: DivulgaçãocerâmicoParceria entre cerâmica francesa e coletivosde artistas traz à baila o uso estético <strong>da</strong>cerâmica estruturalPor Adriano FrançaAempresa francesa ImerysTerre Cuite formou umaparceria com o coletivo de artistasparisienses, 9eme Concepte com o coletivo Architectesde l’Urgence para o projetoPermis de Construire (alvará deconstrução, em francês). Oprojeto consiste em uma exposiçãode obras que remetem ehomenageam a construção, acriação artística, o urbanismo esua concepção humanitária.Foto: Adriano FrançaREVISTA DA ANICER Nº <strong>73</strong>O resulta<strong>do</strong> foram 30 desenhosno estilo de grafite, de linguagemurbana, realiza<strong>da</strong>s pelosartistas <strong>do</strong> 9eme Concept,100Dessins, além de fotografiase esboços de arquitetos renoma<strong>do</strong>s.Como suporte para as criações,foram utiliza<strong>do</strong>s placas Intuitys®,modelo de facha<strong>da</strong> venti-Grafite exposto no stande <strong>da</strong> Imerys duramte a Batimatla<strong>da</strong>, com grandes superfícies, mas extremamente finos, muito usa<strong>do</strong>s para segun<strong>da</strong>cama<strong>da</strong> de paredes intercala<strong>da</strong> com isolantes térmicos.Um leilão foi realiza<strong>do</strong> no dia 23 de outubro em apoio às ações <strong>do</strong>s Architectes del’Urgence e algumas <strong>da</strong>s peças estavam expostas no estande <strong>da</strong> Imerys durante aBatimat 2011, em Paris34


NONONNONNNNNONNONONONNOÓrgano de A.T.A.C. - Asociación Técnica Argentina de CerámicaDirigi<strong>da</strong> à indústria de cerâmica (vermelha ou estrutural e branca), vidro,refratários e louças.Inclui artigos de investigação científica, estu<strong>do</strong>s tecnológicos industriaise comerciais, as novi<strong>da</strong>des de ponta a nível mundial, e também informaçõessobre matérias primas, máquinas, equipamentos, processos deelaboração e plantas.EDITORIAL CICLO,REVISTA CERAMICA Y CRISTALDistrito Tecnológico. Buenos Aires, Argentina. Tel./Fax: (+54-11) 4943-5799 (rot.)revista@ceramicaycristal.com | www.ceramicaycristal.comREVISTA DA ANICER Nº <strong>73</strong>35


DELEGAÇÃO BATIMATEnti<strong>da</strong>des trocamexperiênciasDelegação de ceramistas <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> é recebi<strong>da</strong> pelaFederação Francesa de Telhas e BlocosPor Adriano França | Fotos Adriano FrançaCom volume de negócios em torno de €888 milhões (aproxima<strong>da</strong>mente R$ 2, 2 bilhões),produzem 4,6 milhões de tonela<strong>da</strong>sao ano, com margem de 55% de valor agrega<strong>do</strong>em média. O que demonstra uma estratégiade especialização que proporcionaalta margem de lucro.Ao longo <strong>do</strong>s últimos 50 anos, a produçãode blocos perdeu a liderança, sen<strong>do</strong> suplanta<strong>do</strong>pelas telhas. Hoje a produção sedivide em: telhas - 53%, blocos com furosverticais - 14%, blocos com furos horizontais- 25%, lajotas para facha<strong>da</strong>s – 6%, outros - 3%.O Presidente <strong>da</strong><strong>Anicer</strong>, Luis Limaentre o Presidente <strong>da</strong>FFTB, Francis Lagiere o Diretor-gerente<strong>da</strong> enti<strong>da</strong>de, BrunoMartinetNo dia 7 de novembro, a delegação de empresáriosorganiza<strong>da</strong> pela <strong>Anicer</strong> foi recebi<strong>da</strong> na sede <strong>da</strong>Fédération Française de Tuiles e Briques – FFTB (FederaçãoFrancesa de Telhas e Tijolos). A pauta <strong>da</strong> reuniãoincluiu um panorama <strong>da</strong> produção de cerâmica estruturalna França e na Europa, um panorama <strong>do</strong> setor noBrasil e possibili<strong>da</strong>des de cooperação.Depois <strong>da</strong>s boas vin<strong>da</strong>s <strong>da</strong><strong>da</strong>s pelo presidente <strong>da</strong> FFTB,O processo concorrencial levou a indústriafrancesa a um alto grau de concentração,no qual 4 empresas, sen<strong>do</strong> elas Terreal,Imerys, Monier, Wienerberger, controlam95% <strong>da</strong> produção <strong>do</strong> país. Adicionan<strong>do</strong>-seoutras 10 de porte médio, como a Briqueteriesdu Nord ou Bouyer Leroux, tem-se 98%<strong>da</strong> produção, caben<strong>do</strong> aos demais 84 produtoresapenas 2% <strong>da</strong> produção. Nos anosREVISTA DA ANICER Nº <strong>73</strong>36Francis Lagier, que também preside a Wienerberger,empresa de origem austríaca que é a maior produtorade blocos <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, foi a vez <strong>do</strong> Diretor-gerente, BrunoMartinet, falar <strong>da</strong> produção francesa de cerâmica.Apesar de ser o sexto produtor europeu de blocos, aFrança é o maior produtor de telhas <strong>do</strong> continente, exportan<strong>do</strong>cerca de 10% <strong>da</strong> produção.60, havia 760 fábricas na França. Hoje o númeroé de 151, num total de 99 companhias.Em segui<strong>da</strong>, foi a vez de Christophe Sykes,Secretário geral <strong>da</strong> TBE – Tiles and BricksEurope, enti<strong>da</strong>de que reúne as associaçõesde produtores de telhas e blocos no continente,falar <strong>do</strong> setor em nível europeu.


DELEGAÇÃO BATIMATO diretor gerente <strong>da</strong> FFTB, Bruno Martinet apresentou umpanorama <strong>da</strong> indústria francesaSykes destacou as estratégias de merca<strong>do</strong> empreendi<strong>da</strong>spor lá. Depois de já terem passa<strong>do</strong> pelo perío<strong>do</strong> denormatização, Sykes explica que “o objetivo agora é liderarpara que o merca<strong>do</strong> en<strong>do</strong>sse e passe a trabalharcom o conceito de construção durável, que vai além <strong>da</strong>eficiência energética e leva em conta o ciclo de vi<strong>da</strong> <strong>do</strong>sprodutos”.Esta estratégia parte <strong>do</strong> princípio que os elementos decerâmica estrutural têm um ciclo de 150 anos e tornaráo ceramista responsável pelo ciclo de vi<strong>da</strong> <strong>do</strong>s produtoscerâmicos. Isso <strong>da</strong>rá aos empresários <strong>do</strong> setor um papelativo no merca<strong>do</strong> de reciclagem <strong>do</strong> material que, nofuturo, se mostrará importante para poupar as jazi<strong>da</strong>s.Segun<strong>do</strong> Sykes, ain<strong>da</strong> não existe um merca<strong>do</strong> de recicla<strong>do</strong>sestrutura<strong>do</strong>, mas isso deverá acontecer até 2020.O Secretário abor<strong>do</strong>u ain<strong>da</strong> a estratégia desenvolvi<strong>da</strong>pelo setor na Sustainable Building Conference (SB11),maior evento de construção sustentável no mun<strong>do</strong>, realiza<strong>do</strong>em Helsinque, capital <strong>da</strong> Finlândia, no início denovembro, e a considerou como um sucesso.A participação <strong>do</strong> setor contou com o apoio institucional<strong>da</strong>s associações de produtores <strong>da</strong> Rússia, Austrália, África<strong>do</strong> Sul, Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, <strong>da</strong> TBE e <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong>.SUSTENTABILIDADE E CRÉDITOSDE CARBONOEm segui<strong>da</strong>, o Presidente <strong>da</strong> FFTB, falou <strong>do</strong>s passos <strong>da</strong>evolução <strong>da</strong>s questões ecológicas na Europa e <strong>da</strong> concorrência.divulgação <strong>da</strong> eficiência energética <strong>do</strong> produto. Como o inverno <strong>do</strong>continente é muito rigoroso, o isolamento térmico superior <strong>da</strong> cerâmicaestrutural é um poderoso fator para o desempenho energéticode um imóvel, representan<strong>do</strong> significativa economia com calefação.O presidente <strong>da</strong> FFTB lembra que quan<strong>do</strong> as limitações de emissõesde carbono entraram em vigor, em 2005, foi estipula<strong>do</strong> um valor de80 euros por tonela<strong>da</strong> que ultrapassasse a cota estabeleci<strong>da</strong>.A alternativa é a compra de créditos de carbono a fim de poder ampliaras emissões. A partir de 2013 as cotas não serão mais vendi<strong>da</strong>s,e sim leiloa<strong>da</strong>s. Estima-se que os créditos vendi<strong>do</strong>s em leilão totalizarãocerca de 70 bilhões de euros por ano, com o preço por créditoin<strong>do</strong> a €30 a uni<strong>da</strong>de, um aumento de 100%.“A indústria de cimento tem investi<strong>do</strong> em lobby para retirar a calcinação<strong>do</strong>s resíduos que utiliza de sua cota de emissões de gases,evitan<strong>do</strong> os custos <strong>da</strong>s pesa<strong>da</strong>s emissões de suas usinas”, acrescentaLagier.“Desde que as indústrias de papel se transferiram <strong>do</strong>continente, a indústria <strong>da</strong> madeira passou a investir empropagan<strong>da</strong> para se mostrar como o material de construçãomais sustentável. Só em Flandres (região <strong>da</strong> Bélgica),a indústria <strong>da</strong> madeira gasta mais de 2 milhões deeuros em publici<strong>da</strong>de nesse senti<strong>do</strong>”, destaca Lagier. Aindústria <strong>do</strong> cimento, segun<strong>do</strong> ele, segue o mesmo caminho,com pesa<strong>do</strong>s investimentos em publici<strong>da</strong>de. Nestemomento, a resposta <strong>da</strong> indústria cerâmica se dá pelaPor fim, o Presidente <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong>, Luis Lima, apresentou um panorama<strong>da</strong> indústria brasileira, cujos números e perspectivas de crescimentoimpressionaram os executivos franceses. Lima lembrou o papel social<strong>do</strong> setor no Brasil: “somos um setor responsável pela interiorização<strong>do</strong> emprego formal no país, com um forte papel na distribuição<strong>da</strong> ren<strong>da</strong> nacional. Por isso devemos nos perguntar se a automatizaçãototal <strong>da</strong>s nossas fábricas e a consequente eliminação de empregosé um bom negócio ou não”REVISTA DA ANICER Nº <strong>73</strong>37


DELEGAÇÃO BATIMATPlanta inova<strong>do</strong>raDelegação visita fábrica <strong>da</strong> Imerys que se destaca pela sustentabili<strong>da</strong>de e ven<strong>da</strong> desistema foca<strong>do</strong> no clientePor Adriano França | Fotos Adriano Françapera metano <strong>do</strong> aterro sanitárioadjacente, utilizan<strong>do</strong>-o para aqueima. Segun<strong>do</strong> David Seguy,gerente operacional <strong>da</strong> fábrica,o gás gera<strong>do</strong> representa 35% <strong>da</strong>energia consumi<strong>da</strong>. É a única fábricana França a utilizar essa tecnologia.Para isso, foi necessárioestabelecer uma parceria com aempresa que gere o aterro, deforma que as cavas abertas pelaextração de argila (adjacentes àfábrica) sejam prepara<strong>da</strong>s parao depósito <strong>do</strong> lixo e a fábrica ficacom o metano gera<strong>do</strong>. Atualmen-O gerente David Seguy(à esq.) explica detalhes<strong>do</strong> processo para adelegaçãoNo dia 9 de novembro, a delegação <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong>, cruzou400km até a ci<strong>da</strong>de de Mably, para visitar a planta<strong>da</strong> francesa Imerys Terre Cuite, que possui 21 fábricas,sen<strong>do</strong> 5 de blocos, 15 de telhas e 1 de acessórios.te o lixo armazena<strong>do</strong> gerará metanopor 10 anos. Muitos podemse perguntar se essa queima nãoresultaria mal cheirosa, mas o fatoé que o gás é mistura<strong>do</strong> com o gásindustrial normal e queima<strong>do</strong> a altastemperaturas, o que elimina omal cheiro.REVISTA DA ANICER Nº <strong>73</strong>38A Imerys investiu €25 milhões de euros na construção <strong>da</strong>planta, que é altamente automatiza<strong>da</strong> e tem processosotimiza<strong>do</strong>s sob altos padrões de quali<strong>da</strong>de e que é responsável,sobretu<strong>do</strong>, pela produção <strong>do</strong>s blocos Monomur.Para se ter um a ideia, a per<strong>da</strong> na uni<strong>da</strong>de é de apenas4%. A uni<strong>da</strong>de processa cerca de 16 mil tonela<strong>da</strong>s deargila por mês, necessitan<strong>do</strong> de 7 a 10 funcionários paraoperar. Fabrica blocos para divisão interna de residênciase <strong>do</strong> tipo Monomur, com grande capaci<strong>da</strong>de de isolamentotérmico.Um <strong>do</strong>s pontos mais interessantes é que a planta recu-A jazi<strong>da</strong>, a propósito, opera há 17anos e fornece 5 tipos de argila diferentes,que são sazona<strong>da</strong>s por3 meses e blen<strong>da</strong><strong>da</strong>s de forma aaprimorar as quali<strong>da</strong>des <strong>da</strong> matériaprima. “O plano de extração áadianta<strong>do</strong> em 2 anos e o processoé terceiriza<strong>do</strong>, o único funcionário


DELEGAÇÃO BATIMAT<strong>da</strong> empresa envolvi<strong>do</strong> no processo é o geólogo”,acrescenta Seguy.O preparo <strong>da</strong> massa estipula uma granulometriade 36% a 42% de areia, quanto mais térmico,mais areia. O preparo passa pelo alimenta<strong>do</strong>r,3 lamina<strong>do</strong>res e um mistura<strong>do</strong>r. Apósestas etapas e armazena<strong>da</strong>s mecanicamenteobtém-se a maior homogenei<strong>da</strong>de, garantin<strong>do</strong>melhor conformação.Um “segre<strong>do</strong>” interessante é que a empresamistura 1,6% de carbonato de cálcio na massacom o objetivo de reduzir a retração durantea queima.A fábrica utiliza um forno Túnel com entra<strong>da</strong>de 9m de largura e 136m de comprimento quetem com capaci<strong>da</strong>de para 40 vagões quem levam,ca<strong>da</strong> um, cerca de 38 blocos Monomurou Optibrick. A Imerys utiliza refratários <strong>da</strong>marca espanhola PID, que propiciam uma per<strong>da</strong>ínfima de 200 peças/ano.Após a queima, as peças passam por um processode retificação, no qual as peças são lixa<strong>da</strong>sa fim de ficarem com uma precisão dimensionalmilimétrica. Isso agrega valor peranteo consumi<strong>do</strong>r, pois permite grande economiacom grauteamento e massa. Aliás, a Imerysfornece uma “cola” de alto desempenho juntocom os blocos, ou seja, se preocupa emvender a solução construtiva para o cliente.O mesmo se repara em outro produto <strong>da</strong> empresa,um longo bloco que desempenha o papelde verga na janela e que já vem com o sistemade esteira persiana embuti<strong>da</strong>1- Adição de carbonato decálcio reduz probleas comretração na queima .jpg2- Armazenamentoautomatiza<strong>do</strong>3- Atenção especialà manutenção <strong>da</strong>sboquilhas gera economia1 23REVISTA DA ANICER Nº <strong>73</strong>39


DELEGAÇÃO BATIMATFeira de tendênciasFacha<strong>da</strong>s ventila<strong>da</strong>s são destaque <strong>da</strong>s companhias europeias de cerâmicaestruturalPor Adriano França | Fotos Adriano FrançaA Imerys ocupougrande áreaonde exibiu seuslançamentosREVISTA DA ANICER Nº <strong>73</strong>Entre os dias 7 e 12 de novembro, foi realiza<strong>da</strong>em Paris a Batimat 2011, maior feira<strong>da</strong> construção civil <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, onde empresaslíderes de merca<strong>do</strong> lançam tendências e apresentamnovas tecnologias ao merca<strong>do</strong>. O setoresteve presente no evento por meio <strong>da</strong> delegaçãode empresários organiza<strong>da</strong> pela <strong>Anicer</strong>,que contou com número recorde de 45 participantes.Segun<strong>do</strong> Edilson Nunes, <strong>da</strong> paranaenseConstrular, “a visita à Batimat em si é interessantepara a gente ver quais são as tendências<strong>do</strong> merca<strong>do</strong> <strong>da</strong> construção”.A organização <strong>do</strong> evento avalia que a exposiçãointernacional de construção obteve um crescimentoforte em categorias-chave de visitantescomo toma<strong>do</strong>res de decisão e especifica<strong>do</strong>res,fornece<strong>do</strong>res e comerciantes. Apesar de umaque<strong>da</strong> geral de 7,5% no número de visitantes emcomparação com 2009, acentua<strong>do</strong> no final <strong>da</strong>semana pelo Dia <strong>do</strong> Armistício, em 11 de novembro,a Batimat atraiu 351.748 visitantes, incluin<strong>do</strong>estrangeiros, com presença expressiva desde aabertura <strong>do</strong> evento.Os visitantes estrangeiros responderam por 19%<strong>do</strong> total, um aumento de 10% em comparação aoshow de 2009. Houve uma maior presença devisitantes <strong>do</strong> Brasil, país <strong>do</strong> ano e tema de umseminário realiza<strong>do</strong> durante o evento, além de40


DELEGAÇÃO BATIMATBatimat destacoua nova geraçãode facha<strong>da</strong>sventila<strong>da</strong>s cerâmicasincorporan<strong>do</strong>-as àprópria arquitetura <strong>do</strong>estandeAs facha<strong>da</strong>sventila<strong>da</strong>s<strong>da</strong> Moedingimpressionaramo público pelosvolumes queformamvisitantes <strong>da</strong> Alemanha e <strong>da</strong> Rússia. Para Aluízio Dutra, <strong>da</strong> pernambucanaIcepe, “a feira é muito interessante. É a segun<strong>da</strong> vez que visitoa Batimat, mas na última edição achei tu<strong>do</strong> mais organiza<strong>do</strong>. Talvezseja reflexo <strong>da</strong> crise”.As companhias cerâmicas expositoras, sobretu<strong>do</strong> francesas e alemãs,mostraram suas novi<strong>da</strong>des. A Terreal, uma <strong>da</strong>s maiores companhiaseuropeias, fabricante de blocos, telhas e acessórios, apostouto<strong>da</strong>s as suas fichas nas facha<strong>da</strong>s ventila<strong>da</strong>s e não expôs nenhumoutro produto. As placas têm cores novas, além de texturas e aplicaçõesespecializa<strong>da</strong>s. "Nosso estande na Batimat é uma oportuni<strong>da</strong>dede introduzir inovações. A facha<strong>da</strong> Terreal foi cria<strong>da</strong> para atender àsnecessi<strong>da</strong>des <strong>do</strong>s arquitetos mais originais, servin<strong>do</strong> seus projetos",diz Hervé Gastinel, Presidente <strong>da</strong> Terreal. Já a Imerys expôs umagrande varie<strong>da</strong>de de produtos, com destaque às telhas Rhona 10,com design inova<strong>do</strong>r, e para os blocos de alta isolação térmica Monomure Optibric. O estande ain<strong>da</strong> dispunha de um display costruí<strong>do</strong>como um telha<strong>do</strong> de chalé que abrigava um estúdio fotográfico querecebia os visitantes para posar com o novo modelo de telha.A Alemã Erlus apresentou uma extensa linha de telhas, entre elas,linhas especiais em grandes formatos, esmalta<strong>da</strong>s, em formatos minimalistas,com esmalta<strong>do</strong> acetina<strong>do</strong>, e diversas outras soluções emtermos de design, aplicação e estética. No estande <strong>da</strong> Moeding, oque chamava a atenção era a linha de facha<strong>da</strong>s ventila<strong>da</strong>s. As peçasimpressionavam, não apenas pelos grandes formatos, mas pelo volumearquitetônico que formavam quan<strong>do</strong> eram utiliza<strong>do</strong>s conjuntosde placas planas e curvas. Pode-se dizer que jáé a facha<strong>da</strong> ventila<strong>da</strong> de terceira geração.A espanhola La Escandella investiu em apresentarsoluções prontas ao cliente, com especificaçõestécnicas de acor<strong>do</strong> com ca<strong>da</strong> tipo declima e to<strong>do</strong> o tipo de suporte para um bomsistema de cobertura. A postura de marketingde vender uma solução pronta para o consumi<strong>do</strong>rficou bastante clara pelos materiais emto<strong>do</strong>s os estandes visita<strong>do</strong>sREVISTA DA ANICER Nº <strong>73</strong>41


PESQUISAEmpresárioscontinuam otimistasSon<strong>da</strong>gem <strong>da</strong> Indústria <strong>da</strong> Construção divulga resulta<strong>do</strong>s <strong>da</strong> últimapesquisa sobre o setorSegun<strong>do</strong> a última Son<strong>da</strong>gem Indústria <strong>da</strong> Construção realiza<strong>da</strong>pela Confederação Nacional <strong>da</strong> Indústria (CNI) e divulga<strong>da</strong>na última semana de novembro, o setor fechou o mêsde outubro de 2011 com a pequena evolução <strong>do</strong> nível de ativi<strong>da</strong>demarcan<strong>do</strong> 50,3 pontos, o índice varia de zero a cem e valoresabaixo <strong>do</strong>s 50 pontos indicam que<strong>da</strong>.As expectativas para os próximos seis meses demonstram otimismoe crescimento, e os empresários esperam por expansão.Já a evolução no nível de ativi<strong>da</strong>de em outubro marcou50,3. O indica<strong>do</strong>r de expectativas <strong>do</strong> número de emprega<strong>do</strong>s,com 56,0 pontos, demonstra que os empresários continuaramcontratan<strong>do</strong> em outubro. Eles também esperam comprar maisinsumos e matérias-primas nos próximos seis meses, com o indica<strong>do</strong>rde 55,5 pontos.Os 3 setores apresentam indica<strong>do</strong>res de expectativa acima <strong>do</strong>s50 pontos para os próximos seis meses nos itens avalia<strong>do</strong>s: novosempreendimentos e serviços, compras de insumos e matérias-primas,nível de ativi<strong>da</strong>de e números de emprega<strong>do</strong>s.REVISTA DA ANICER Nº <strong>73</strong>As grandes empresas apresentaram índice de 57,7 pontos nomês de novembro, as médias mostraram 57,5 pontos, e as pequenasficaram com 56,3 pontos para novos empreendimentose serviços. Segui<strong>do</strong> por 54,5, 56,5 e 55,3 para compras deinsumos e matérias primas e 55,0, 56,2 e 56,7 para o número deemprega<strong>do</strong>s. Os serviços especializa<strong>do</strong>s pontuaram em 51,4 e aconstrução de edifícios marcou 50,7. O número de emprega<strong>do</strong>sficou em 50,4 pontos.Fonte: CNIQuatrocentas e <strong>do</strong>ze empresas foram ouvi<strong>da</strong>s entreos dias 01 e 18 de novembro pela Son<strong>da</strong>gem Indústria<strong>da</strong> Construção. Cento e oitenta e cinco delas estavamca<strong>da</strong>stra<strong>da</strong>s como pequenas; cento e setenta e umacomo médias e cinquenta e seis como grandes42


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FEIRA<strong>Anicer</strong> participa <strong>da</strong>Construir Rio 2011Mais de 307 marcas expositoras apresentaram as últimas novi<strong>da</strong>des emprodutos e serviços para a construção civilREVISTA DA ANICER Nº <strong>73</strong>Por Manuela Souza | Fotos DivulgaçãoAAssociação Nacional <strong>da</strong> Indústria Cerâmica – <strong>Anicer</strong>participou, de 16 a 19 de novembro, no Riocentro,<strong>da</strong> Construir Rio 2011, principal feira de construção<strong>do</strong> Rio de Janeiro, idealiza<strong>da</strong> para unir to<strong>do</strong>s os segmentos<strong>da</strong> indústria <strong>da</strong> construção civil, com o objetivode apresentar as novi<strong>da</strong>des <strong>do</strong> setor, principais tendências,produtos e as mais modernas soluções.Promovi<strong>da</strong> pela Fagga/GL exhibitions, em parceria como Sinduscon-Rio, o evento foi direciona<strong>do</strong> a lojistas,atacadistas, engenheiros, arquitetos, administra<strong>do</strong>resde con<strong>do</strong>mínios e shoppings, construtores e engenheiros,além de profissionais que atuam diretamente como merca<strong>do</strong> de construção em geral.44


Cerimônia de abertura <strong>da</strong> Construir Rio 2011FEIRADurante os quatro dias <strong>da</strong> feira, osvisitantes puderam esclarecer dúvi<strong>da</strong>ssobre o setor de cerâmica vermelhae os sistemas construtivosno estande <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong>, que realizouações institucionais diversas. O Gestorde Energia <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong>, EmersonDias, avalia como positiva a participação<strong>da</strong> Associação no evento. Divulgamoso sistema construtivo emalvenaria estrutural, através <strong>da</strong> exposição<strong>do</strong> vídeo <strong>do</strong> Projeto SoluçãoCerâmica Minha Casa Minha Vi<strong>da</strong>,além <strong>da</strong> divulgação <strong>da</strong>s ações <strong>do</strong>PSQ de Blocos e Telhas. A interaçãoentre o setor empresarial e o merca<strong>do</strong>consumi<strong>do</strong>r através <strong>da</strong> discussãode temas de interesse comum, sãosempre muito positivos”. No estande<strong>do</strong> Sebrae e Firjan, foi disponibiliza<strong>do</strong>um espaço para as APLs de cerâmicavermelha <strong>do</strong> Rio de Janeiro.Estiveram presentes na cerimôniade abertura <strong>do</strong> evento o SecretárioEstadual de Transportes <strong>do</strong> Rio deJaneiro, Julio Lopes, o PresidenteSinduscon-Rio, Roberto Kauffmann,o Presidente <strong>da</strong> Câmara Brasileira<strong>da</strong> Indústria <strong>da</strong> Construção– CBIC, Paulo Simão e o gerente<strong>da</strong> Área de Desenvolvimento Industrial<strong>do</strong> Sebrae, Renato Regazzi.To<strong>do</strong>s chamaram atenção parao momento positivo que passa osetor no Rio de Janeiro. “O Rio deJaneiro está em uma fase intensade obras, tanto de construção civil,quanto de infraestrutura. Vamosconstruir duas escolas profissionalizantespara melhorar a quali<strong>da</strong>de<strong>da</strong> mão-de-obra na construção civile gerar 1,8 milhões de novos postosde trabalho”, disse Kauffmann.Na abertura <strong>do</strong> Fórum sobre Sustentabili<strong>da</strong>de,o presidente <strong>da</strong>Câmara Brasileira <strong>da</strong> Indústria <strong>da</strong>Construção, Paulo Simão, falou sobreas priori<strong>da</strong>des e dificul<strong>da</strong>despara a implementação <strong>do</strong> Programade Construção Sustentável <strong>da</strong> CBIC.“As priori<strong>da</strong>des <strong>do</strong> nosso projetosustentável são as mu<strong>da</strong>nças climáticas,já que a construção impacta diretamenteno clima, a energia, o usoracional <strong>da</strong> água, a certificação demateriais e sistemas, infraestruturae o desenvolvimento urbano; e, porfim, o desenvolvimento humano,sempre priorizan<strong>do</strong> o bem estar e aquali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong>. Precisamos prepararca<strong>da</strong> vez mais a mão-de-obrapara suprir a deman<strong>da</strong> crescente. Éimprescindível a entra<strong>da</strong> <strong>da</strong> sustentabili<strong>da</strong>denos currículos escolares euniversitários” , disse Simão.“A feira este ano superou as nossasexpectativas e acreditamos em umcrescimento no número de expositorese geração de negócios parao ano que vem”, explicou AntonioJúnior, Diretor <strong>do</strong> Núcleo de Construção<strong>da</strong> Fagga/GL exhibitions. Duranteos 4 dias <strong>da</strong> feira, a ConstruirRio 2011 trabalhou com a estimativade receber mais de 60 mil visitantese geração de mais de R$ 115 milhõesem negóciosREVISTA DA ANICER Nº <strong>73</strong>45


NONONNONNNNNONNONONONNOTROFEO INTERNACIONALA LA EXCELENCIA EMPRESARIAL6 e 8 de novembro de 2011 Madrid/EspanhaO Trofeo Internacional instituí<strong>do</strong> por Editorial Ofice e Trade Leaders Club é um reconhecimento<strong>do</strong>s valores <strong>da</strong>s empresas e ressaltam sua trajetória e cumprimento <strong>da</strong>s normas de quali<strong>da</strong>de.Valores estes que, possibilitam seu desenvolvimento e êxito empresarial.Neste ano a Filiere – Soluções em Extrusão, representa<strong>da</strong> pela figura <strong>do</strong>s sócios João Ricar<strong>do</strong>Franciscato e Elcio Oliveira Souza, receberam <strong>da</strong>s mãos <strong>do</strong> presidente <strong>do</strong> evento e <strong>do</strong> representante<strong>da</strong> embaixa<strong>da</strong> brasileira na Espanha, o troféu e os cumprimentos pela conquista.É com muito orgulho que gostaríamos de agradecer a DEUS pela conquista e, aproveitan<strong>do</strong>a oportuni<strong>da</strong>de, agradecer to<strong>do</strong>s os nossos colabora<strong>do</strong>res, clientes e fornece<strong>do</strong>res queaju<strong>da</strong>ram a Filiere a conquistar visibili<strong>da</strong>de nacional e internacional.A to<strong>do</strong>s vocês o nosso muito obriga<strong>do</strong>, um santo Natal e um excelente 2012.Família Filiere.REVISTA DA ANICER Nº <strong>73</strong>49


20 ANOSJorge Ritter, presidente <strong>do</strong> Sindicer/RSSylvio de Barros Filho, primeiro presidente e conselheiro <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong>Manuelina Hardman, presidente <strong>do</strong> Sindicer/PBSylvio de Barros Filho, primeiroPresidente, lembra <strong>do</strong> início <strong>da</strong> instituição.“A <strong>Anicer</strong> nasceu <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong>dede representação paraos presidentes <strong>do</strong>s sindicatos. Omerca<strong>do</strong> exigia isso e no momentoem que pessoas se unem, dentrode um mesmo objetivo e semdivergências políticas, o desenvolvimentoacontece como um to<strong>do</strong>e não por partes. Hoje, somosuma Associação que beneficia osetor e to<strong>do</strong> ceramista reconhecea sua importância no crescimento<strong>da</strong> sua empresa”. Para o ex-presidentee atual Diretor de RelaçõesInstitucionais, César Gonçalves,muita coisa já mu<strong>do</strong>u no cenário<strong>da</strong> indústria cerâmica. “Desde suafun<strong>da</strong>ção em 1992, muitas transformaçõespositivas ocorreramno setor de Cerâmica Vermelha,tais como novas normas, maiorcredibili<strong>da</strong>de e visibili<strong>da</strong>de, participaçãoativa junto a enti<strong>da</strong>desgovernamentais e também em enti<strong>da</strong>desliga<strong>da</strong>s ao nosso setor, taiscomo CNI, Federações <strong>da</strong>s Indústrias,Sebrae, entre outras”.A Presidente <strong>do</strong> Sindicer Penápolis/SP,Edna Miriam Silva Garcia,avaliza a importância <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong>para o setor. “A valorização <strong>do</strong>produto cerâmico, cuja bandeiratem de ser credita<strong>da</strong> à sua açãoincansável, faz com que o merca<strong>do</strong>esteja aqueci<strong>do</strong> novamente e ofantasma <strong>do</strong>s produtos de cimento,afasta<strong>do</strong> <strong>do</strong> dia a dia <strong>da</strong> cerâmica.A presença desta Associaçãonos coloca e nos dá voz ativa nasgrandes resoluções que permeiamo merca<strong>do</strong> <strong>do</strong>s produtos para aconstrução civil. Ao torna-se umassocia<strong>do</strong>, o ceramista vê seumun<strong>do</strong> se descortinar para além<strong>do</strong>s muros <strong>da</strong> cerâmica e compreendeque é necessário estar presentenos eventos, congressos eassembléias, pois ali receberá epartilhará informações para melhoria<strong>do</strong> seu produto e equilíbriode seus custos”. A Presidente <strong>do</strong>Sindicer/PB, Manuelina Hardman,faz coro. “Apesar de ter assumi<strong>do</strong>a Presidência <strong>do</strong> Sindicato a menosde um ano, a <strong>Anicer</strong> tem umpapel de fun<strong>da</strong>mental importância,pois viabiliza o aprimoramento<strong>do</strong>s colabora<strong>do</strong>res <strong>do</strong> setor <strong>da</strong>indústria cerâmica, através <strong>do</strong> seuprograma de apoio tecnológicoque contribui com suas ferramentasinova<strong>do</strong>ras com ações volta<strong>da</strong>spara a qualificação, visan<strong>do</strong> amelhor evolução <strong>do</strong> setor, com oobjetivo de desenvolver de formacoerente respeitan<strong>do</strong> pontos importantescomo a quali<strong>da</strong>de <strong>do</strong>produto ofereci<strong>do</strong>, onde o merca<strong>do</strong>se encontra bastante competitivoe exigente”.Para o Presidente <strong>do</strong> Sindicer /MG,Ralph Perrupato, e vice-presidenteREVISTA DA ANICER Nº <strong>73</strong>51


20 ANOS<strong>da</strong> <strong>Anicer</strong>, a enti<strong>da</strong>de vem fazen<strong>do</strong>um excelente trabalho na defesa <strong>do</strong>sdireitos <strong>do</strong>s ceramistas. “O trabalhoque é feito nos órgãos federais beneficiama to<strong>do</strong>s. Temos apoio em feirase nos trabalhos de consultorias técnicasrealiza<strong>da</strong>s junto aos sindicatos eassocia<strong>do</strong>s. Com o fortalecimento <strong>do</strong>setor, consequentemente to<strong>do</strong>s osassocia<strong>do</strong>s serão beneficia<strong>do</strong>s, porquetemos deman<strong>da</strong>s que somente uma associaçãonacional deste porte terá condiçõesde fazer frente”.Já o Presidente <strong>do</strong> Sindicer/RS, Jorge Ritter,a Associação é a grande alia<strong>da</strong> <strong>do</strong> setorna conquista <strong>do</strong> PSQ. “Ela é a porta voznacional <strong>do</strong> setor cerâmico oleiro de quemtemos uma grande colaboração quanto aconquista <strong>do</strong> PSQ, uma ferramenta ótimapara incorporação de novos associa<strong>do</strong>s.Muitos ain<strong>da</strong> questionam em relação a seassociar ou não à enti<strong>da</strong>de nacional, umavez que já são sócios <strong>do</strong> sindicato local,mas é importante termos uma associaçãoforte, para podermos empreender maisações em prol <strong>do</strong> setor”.Por tu<strong>do</strong> isso, a <strong>Anicer</strong> comemora, juntocom os Associa<strong>do</strong>s, Sindicatos e Associações,o que já conquistou no senti<strong>do</strong> deprogresso e crescimento <strong>da</strong> indústria deREVISTA DA ANICER Nº <strong>73</strong>52“A valorização <strong>do</strong>produto cerâmico,cuja bandeira temde ser credita<strong>da</strong>à ação incansável<strong>da</strong> <strong>Anicer</strong>, faz comque o merca<strong>do</strong>esteja aqueci<strong>do</strong>novamente e ofantasma <strong>do</strong>sprodutos decimento, afasta<strong>do</strong><strong>do</strong> dia a dia <strong>da</strong>cerâmica”.cerâmica vermelha, com a promoção <strong>do</strong>desenvolvimento sustentável e a difusão<strong>do</strong> uso destes produtos na construçãocivil. Mas ain<strong>da</strong> há muito trabalho a serfeito e por isso, o planejamento de açõesfuturas não para nunca. “Nossa grandemeta para o futuro, será aju<strong>da</strong>r o setoraos desafios que já se apresentam, entreeles a nova legislação mineral e CFEM queserá apresenta<strong>da</strong> em breve, a melhoriaem nossos processos produtivos e ambientede trabalho e principalmente produzirmossempre com quali<strong>da</strong>de, parapodermos manter nossos produtos notopo <strong>da</strong> cadeia produtiva <strong>da</strong> construçãocivil, como os mais sustentáveis e melhorespara alvenarias e coberturas”, finalizaGonçalves


Parceria com Sindicatos,cooperativas e associações53REVISTA DA ANICER Nº <strong>73</strong>


NONONONNNONONONOEMPRESAS QUALIFICADAS CIDADE - UF PRODUTOSCerâmica Santana de Alagoinhas(75) 3423-3000 - www.ceramicasantanaba.com.brAlagoinhas - BAVe<strong>da</strong>ção 9x14x19Ceagra Cerâmica Agrop. Assunção - (85) 3377-1212 - www.ceagra.com.br Aquiraz - CE Ve<strong>da</strong>ção Horizontal 9x19x19 / Estrutural 14x19x29Ceará Cerâmica - (85) 3348-0492 - cearaceramica@uol.com.br Aquiraz - CE Ve<strong>da</strong>ção 9x19x19Cerâmica Abud Vagner - (22) 2<strong>73</strong>4-0363 - abud@ceramicaabud.com.br Campos <strong>do</strong>s Goytacazes - RJ Ve<strong>da</strong>ção 09x19x19 09X19x29Cerâmica Acioli - (27) 3278-1101 - ceramicaacioli@gmail.com João Neiva - ES Ve<strong>da</strong>ção 9x19x39 9x19x19Cerâmica Adélio Lubiana - (27) 3752-2236 - ceramicalubiana@hotmail.com Nova Venécia - ES Ve<strong>da</strong>ção 9x19x19Cerâmica Argibem(24) 2258-2127 - www.argibem.com.brTrês Rios - RJVe<strong>da</strong>ção Horizontal 11,5x19x19 11,5x19x29 14x19x29Estrutural 11,5x19x39 14x19x29 19x19x39Cerâmica Argil - (27) 3258-2386 - ceramicaargil@jnnet.com.br João Neiva - ES Ve<strong>da</strong>ção 9x19x39 9x19x19 9x19x29Cerâmica Artrical Argila <strong>do</strong> Triângulo Caririense(88) 3531-1231 - jadsondt@hotmail.comMilagres - CEVe<strong>da</strong>ção 9x19x19Cerâmica Balsas - (99) 3541-9668 - ceramicabalsas@gmail.com Balsas - MA Ve<strong>da</strong>ção 9x14x19Cerâmica Barreira - (91) 3446-1314 - car<strong>do</strong>soataca<strong>da</strong>o@hotmail.com São Miguel <strong>do</strong> Guamá - PA Ve<strong>da</strong>ção 9x14x19Cerâmica Belém Indústria e Comércio(69) 3421-1419 - www.ceramicabelem@uol.com.brJi Paraná - ROVe<strong>da</strong>ção 9X14X19Cerâmica Brasília - (85) 3301-1200 - ceramicabrasilia@hotmail.com Beberibe - CE Ve<strong>da</strong>ção 9x19x19 Bloco Estrutural 14X19x29Cerâmica Bom Jesus - (81)3636-1554/3636-1200 - ecjceramica@hotmail.com Pau<strong>da</strong>lho-PE Ve<strong>da</strong>ção 9x19x19, 12x19x29, 14x19x29Cerâmicas Braúnas - Cerâmica Marbeth - (31) 3491-1333 - www.braunas.com.br Ribeirão <strong>da</strong>s Neves - MG Ve<strong>da</strong>ção Horizontal: 9x19x29 14x19x29Cerâmicas Braúnas - Cerâmica Braúnas - (31) 3491-1333 - www.braunas.com.brBelo Horizonte - MGEstrutural 11,5x19x39 14x19x14 14x19x19 14x19x2914x19x34 14x19x39 14x19x44Cerâmica Cajazeiras - (85) 3301-1220 - ceramicacajazeiras@hotmail.com Cascavel - CE Ve<strong>da</strong>ção 9X19X19 / Estrutural 14X19X29 14X19X39Cecrato Cerâmica Crato Lt<strong>da</strong>-ME - (88)3521-1096/3521-1778 - cecrato@terra.com.br Crato-CE Ve<strong>da</strong>ção 9x19x19Cerâmica Cerampedras - (85) 3276-2009 - centro<strong>do</strong>tijolo@hotmail.com Aquiraz - CE Ve<strong>da</strong>ção 9x19x19Cerâmica City - (15) 3246-1133 - www.ceramicacity.com.brCesário Lange - SPVe<strong>da</strong>ção Horizontal 9x19x19 9x19x39 14x19x29 14x19x3919x19x39Ve<strong>da</strong>ção Vertical 14X19X39 / Estrutural 14X19X29Cerâmica Colonial - (21) 2635-9333 - ceramicacolonial@velox.com.br Itaboraí - RJ Ve<strong>da</strong>ção 9x19x19 9x19x29 9x19X39 14x19X19 14x19x39Cerâmica Constrular - (47) 3545-1249 - www.ceramicaconstrular.com.brPouso Re<strong>do</strong>n<strong>do</strong> - SCVe<strong>da</strong>ção Horizontal 9x14x19 9x14x29 11,5X19x1911,5x19x24 14x19x29Estrutural 14x19x29Cerâmica Curvelo - (38) 3722-4701 ceramica@ceramicacurvelo.com.br Curvelo - MG Ve<strong>da</strong>ção 9x19x24 9x19x29 14x19x29Cerâmica Eliane Indústria e Comércio(65) 3686-4300 - ceramicaeliane@terra.com.brCerâmica Jacarandá(31) 3011-1850 - www.jacaran<strong>da</strong>net.com.brVárzea Grande - MTRibeirão <strong>da</strong>s Neves - MGVe<strong>da</strong>ção 9x19x29 / Estrutural 14x19x29 11,5x19x29Ve<strong>da</strong>ção Horizontal 9x19x29 9x14x19 14x19x29 14x14x19Estrutural 9x19x39 9x19x19 11,5x19x19 11,5x19x3914x19x14 14x19x19 14x19x29 14x19x34 14x19x39 14x19x44REVISTA DA ANICER Nº <strong>73</strong>Cerâmicas Kappa Indústria - (88) 3411-1413 - www.kappaceramica.com.br Russas - CE Ve<strong>da</strong>ção 9x19x19 9x14x24Cerâmica Olivier Cruz Indústria e Comércio(22) 2728-2800 - ceramicaolivier@uol.com.brCampos <strong>do</strong>s Goytacazes - RJVe<strong>da</strong>ção 09x19x19 09X19x29Cerâmica Paraíso - (64) 3478-1139 - rosineydefm@hotmail.com Ouvi<strong>do</strong>r - GO Ve<strong>da</strong>ção 9x19x24 9x14x29 11,5x19x24Cerâmica Porto Velho(24) 2258-3110 - marciosatiro@hotmail.comCerâmica Princesa Indústria e Comércio - (47) 3525-1540 - www.princesa.ind.brVassouras/RJRio <strong>do</strong> Sul - SCVe<strong>da</strong>ção Horizontal 9x19x19 9x19x29 9x19x39 11,5x19x2911,5x19x39 14x19x29 14x19x39Estrutural 11,5x19x39 14x19x29 14x19x39Ve<strong>da</strong>ção 09x09x24 14x19x29 11,5x19x24 09x14x24 14x19x2911,5x19x2454


Consulte a lista atualiza<strong>da</strong> <strong>da</strong>s empresas qualifica<strong>da</strong>s no PSQ nos siteshttp://www4.ci<strong>da</strong>des.gov.br/pbqp-h/projetos_simac_psqs.php ewww.anicer.com.brREALIZAÇÃO:NONONNONNNNNONNONONONNOEMPRESAS QUALIFICADAS CIDADE - UF PRODUTOSCerâmica Rohr - (51) 3635-8085 - roberto@construrohr.com.brBom Princípio - RSVe<strong>da</strong>ção Horizontal 9x14x24 9x14x29 11,5x14x24 9x19x249x19x29 11,5x19x24 11,5x19x29 14x19x24 14x19x2919x19x24 19x19x29 Ve<strong>da</strong>ção Vertical 14x19x24 14x19x39Cerâmica Rufino - (88) 3565-0240 / 08<strong>73</strong> - ceramicarufino@hotmail.com Acopiara - CE Ve<strong>da</strong>ção 09x19x19Cerâmica Santa Cândi<strong>da</strong> - (83) 3226-1566 - santa.candi<strong>da</strong>@hotmail.com Cal<strong>da</strong>s Brandão - PB Ve<strong>da</strong>ção 9x19x19 Bloco Estrutural 14x19x29Cerâmica Santa Izabel - (21) 2635-7089 - cersantaizabel@bol.com.br Itaboraí - RJ Ve<strong>da</strong>ção 09x19x19 09X19x29Cerâmica Santa Terezinha - (93) 3532-1238 - ceramica2007@yahoo.com.br Uruará - PA Ve<strong>da</strong>ção 09x19x19Cerâmica Santo Augusto - (69) 3321-3879 - negri@tecrhon.com.br Vilhena - RO Ve<strong>da</strong>ção 9x14x24 Bloco Estrutural 14x19x29Cerâmica São Pedro - (41) 3265-6921 - raksa@netpar.com.br Curitiba - PR Bloco Estrutural 14x19x29Cerâmica São Gerônimo Lt<strong>da</strong> - (42)3446-1622 - ceramica@saogeronimo.com.br Prudentopolis-PR Estrutural 14x19x29Cerâmica Setelagoana - (31) 37<strong>73</strong>-0600 - ceramica@setelagoana.com.br Sete Lagoas - MG Ve<strong>da</strong>ção 09x19x29 14x19x29 19x19x29Cerâmica Siqueira Car<strong>do</strong>so(22) 2721-8591 - ceramicasiqueiracar<strong>do</strong>so@oi.com.brCampos <strong>do</strong>s Goytacazes - RJ Ve<strong>da</strong>ção 09x19x19 09X19x29Cerâmica Torres - (88) 3614-3311 - ceramicatorres@sobral.org Sobral - CE Ve<strong>da</strong>ção 9x19x19 9x14x19Cerâmica União - (38) 3841-1087 - www.ceramicauniao.com.br Salinas - MG Ve<strong>da</strong>ção 9x19x24 11,5x14x24Cerâmica Vermelha Ind. e Comércio - (91) 3809-1221 - tecnico@ceramicavermelhapara.com.brInhangapi - PAVe<strong>da</strong>ção 9x14x19 9x19x19Cerâmica Volpiso - (67) 3246-<strong>73</strong>60 - volpiso.terenos@terra.com.brIndústria Cerâmica Matieli - (15) 3222-8336 - www.ceramicamatieli.com.brCerâmica São Sebastião de Campos - (22) 2721-7105 - sac@ceramicasaosebastiao.com.brTerenos - MSSorocaba - SPCampos <strong>do</strong>s Goytacazes- RJVe<strong>da</strong>ção 9x19x19 11,5x19x19 14x19X19 / Estrutural14x19x29Ve<strong>da</strong>ção 11,5x14x24 14x19x39 14x19x24 9x19x19 / Estrutural14x19x29 14x19x39Ve<strong>da</strong>ção 09x19x19 09X19x29Jacerama Jaguaruana Cerâmica - (88) 3418-1300 - jacerama@uol.com.br Jaguaruana - CE Ve<strong>da</strong>ção 9x19x19 / Estrutural 14X19X29 14X19X14JVS Industrial José Vicente Sesto - (24) 2263-1267 - www.ceramicaggp.com.brParaíba <strong>do</strong> Sul - RJVe<strong>da</strong>ção Horizontal 9x19x19 9x19x29 9x19x39 11,5x19x2914x19x29 14x19x39 19x19x39 / Ve<strong>da</strong>ção Vertical 9x19x39Estrutural 14x19x39 19x19x39 14x19x29 11,5x19x39Olaria São Sebastião - (24) 3346-6544 - ossl@ossl.com.br Barra <strong>do</strong> Piraí - RJ Ve<strong>da</strong>ção 9x19x19 9x19x29 11,5x19x29 14x19x29Pauluzzi Produtos Cerâmicos - (51) 3451-5002 - www.pauluzzi.com.brSelecta Estrutural Blocos e Telhas - (11) 2118-2001 www.selectablocos.com.brSapucaia <strong>do</strong> Sul - RSItu - SPVe<strong>da</strong>ção Horizontal 9x19x14 9x19x29Estrutural 11,5x19x19 11,5x19x14 14x19x29 14x19x1414x19x44 19x19x29 19x19x44Ve<strong>da</strong>ção 9x19x39 11,5x19x39 14x19x29 14x19x39 19x19x39Estrutural 11,5x19x39 14x19x29 14x19x39 19x19x39Tijotelha Industrial - (91) 3744-1287 - tijotelha@ig.com.br Santa Isabel <strong>do</strong> Pará - PA Ve<strong>da</strong>ção 9x14x19Vagner Linhares Indústria Cerâmica(22) 2721-8111 - abud@ceramicaabud.com.brCampos <strong>do</strong>s Goytacazes - RJVe<strong>da</strong>ção 09x19x19 09X19x29Volpini Indústria Cerâmica - (67) 3246-7166 - volpini.terenos@terra.com.br Terenos - MS Ve<strong>da</strong>ção 9x19x19 11,5x19x19Indústria de Cerâmica Kitambar Lt<strong>da</strong> -(81)3726-1668 - kitambar@uol.com.br Tacaimbó-PE Ve<strong>da</strong>ção 9x14x19 e 9x19x19Cerâmica São José - (81)3721-3907 - ceramica.saojose@yahoo.com.br Caruaru-PE Ve<strong>da</strong>ção 9x19x19 e 9x14x19Blocomar Lt<strong>da</strong> - (86)3216-4200 - telhasmafrense@ig.com.br Teresina-PI Ve<strong>da</strong>ção 9X14X19 - Estrutural 14X19X29 e 14X19X44Cerâmica Mafrense Lt<strong>da</strong> - (86)3216-4200 - telhasmafrense@ig.com.br Teresina-PI Ve<strong>da</strong>ção 9x14x19Telhas Mafrense Lt<strong>da</strong> - (86)3216-4200 - telhasmafrense@ig.com.br Teresina-PI Ve<strong>da</strong>ção 9x14x19Telhamar Lt<strong>da</strong> - (86)3216-4200 - telhasmafrense@ig.com.br Teresina-PI Ve<strong>da</strong>ção 9x14x19Unimar Lt<strong>da</strong> - (86)3216-4200 - telhasmafrense@ig.com.br Teresina-PI Ve<strong>da</strong>ção 9x14x19Cerâmica Irmãos Almei<strong>da</strong>(43)3557-1121 - ceramica@irmaosalmei<strong>da</strong>.com.brArapoti-PREstrutural 14x19x29A C Cerâmica Indústria e Comércio Lt<strong>da</strong> - (22)2722-2205 - acceramica@ig.com.br Campos-RJ Ve<strong>da</strong>ção 9x19x19F.P.R.Indústria Cerâmica Lt<strong>da</strong> - (22)2723-5590 - contato@ceramicafpr.com.br Campos de Goytacazes-RJ Ve<strong>da</strong>ção 9x19x29, 14x19x29 e Estrutural 14x19x29Cerâmica Kottwitz Lt<strong>da</strong> - (51) 3743-1789 - quali<strong>da</strong>dekottwitz@hotmai.comCandelária-RSVe<strong>da</strong>ção 9x14x19, 9x14x24, 11,5x14x24 e Estrutural14x19x29REVISTA DA ANICER Nº <strong>73</strong>55


NONONONNNONONONOEMPRESAS QUALIFICADAS CIDADE - UF PRODUTOSAzteca Indústria Cerâmica(34) 3842-8900 - www.incatelha.com.brCBS Indústria Cerâmica(38) 3847-1039 - bonsucesso@codelline.com.brCerâmica Alto Paranaíba(34) 3842- 2101 - cap@montetnet.com.brMonte Carmelo - MGAbadia <strong>do</strong>s Doura<strong>do</strong>s - MGMonte Carmelo - MGPlan - ColonialAmericana - Portuguesa - CBS Romana -Plan CBSPlan - Americana - PortuguesaCerâmica Arco-Íris - (27) 3729-1474 - arcoiris@saorc.com.br São Roque <strong>do</strong> Canaã - ES Plan - Colonial Romana - PortuguesaCerâmica Art Plan Lt<strong>da</strong>34) 3842-1625 artplan@veloxmail.com.brMonte Carmelo - MGAmericana - Portuguesa Plan - ColonialCerâmica Azteca - (34) 3842-8900 - www.incatelha.com.br Monte Carmelo - MG Plan - Americana - PortuguesaCerâmica Bagatta e Filho(19) 36<strong>73</strong>-4185 - www.ceramicabagatta.com.brCerâmica Barrobello Ind. e com.(19) 3567-1563 - www.ceramicabarrobello.com.brTambaú - SPSanta Cruz <strong>da</strong> Conceição - SPAmericana - Portuguesa - RomanaPortuguesa reta - Portuguesa - RomanaCerâmica Bela Vista Ituiutaba - (34) 3771-0003 Ituiutaba - MG Americana - Portuguesa - RomanaCerâmica Boapaba(27) 3723-9122 - contatos@ceramicaboapaba.com.brColatina - ESPlan - Colonial - Romana - PortuguesaCerâmica Bonsucesso(38) 3847-1309 - bonsucesso@codelline.com.brAbadia <strong>do</strong>s Doura<strong>do</strong>s - MGColonial Capa / Canal - Plan CBSCerâmica Carmelitana - (34) 3842-2424Monte Carmelo - MGPlan Universal - Americana - Portuguesa -RomanaCerâmica Cinco(27) 3722-7400 - evandrosimonassi@telhafort.com.brColatina - ESRomana - Portuguesa - AmericanaCerâmica Cruza<strong>do</strong>(34) 3842-1524 - silascruza<strong>do</strong>@yahoo.com.brMonte Carmelo - MGPlan Universal - Americana - Portuguesa -RomanaCerâmica Depaula(34) 3268-8319 - depaula@mgt.com.brItuiutaba - MGRomanaCerâmica Dolar(64) 3658-4001 - ceramica<strong>do</strong>lar@ceramica<strong>do</strong>lar.com.brSão Simão - GOAmericana - Romana - PortuguesaCerâmica Drummond(34) 3263-1340 - ven<strong>da</strong>@ceramicadrummond.com.brCapinópolis - MGAmericana - Portuguesa - RomanaREVISTA DA ANICER Nº <strong>73</strong>Cerâmica Imperial(27) 3729-1459 - ceramicaimperial@bol.com.brCerâmica kitambar(81) 3722-7777 - www.kitambar.com.brCerâmica Lopes(14) 3845-8000 - www.ceramicalopes.com.brCerâmica Maracá(34) 3268-8596 - www.ceramicamaraca.com.brSão Roque <strong>do</strong> Canaã - ESCaruaru - PEConchas - SPItuiutaba - MGPlan Capa e Bica - Universal - Romana -PortuguesaTelha Extrusa<strong>da</strong>Americana - Portuguesa - RomanaRomana - Americana - Portuguesa56


Consulte a lista atualiza<strong>da</strong> <strong>da</strong>s empresas qualifica<strong>da</strong>s no PSQ nos siteshttp://www4.ci<strong>da</strong>des.gov.br/pbqp-h/projetos_simac_psqs.php ewww.anicer.com.brNONONNONNNNNONNONONONNOREALIZAÇÃO:EMPRESAS QUALIFICADAS CIDADE - UF PRODUTOSCerâmica Marajó(21) 2747-1207 - marajo@vetor.com.brTanguá - RJRomana - PortuguesaCerâmica Mecasa(34) 3842-2310 - ven<strong>da</strong>s@ceramicamecasa.com.brMonte Carmelo - MGPlan Universal - Portuguesa - AmericanaCerâmica Mineira(34) 3842-2688 - mineira@dbhonline.com.brMonte Carmelo - MGPlan Universal - Americana - Portuguesa -Colonial Capa e CanalCerâmica Monte Azul(34) 3268-5771 - falecom@ceramicamonteazul.com.brItuiutaba - MGAmericana - Romana - PortuguesaCerâmica Montreal(34) 3842-2825 - montreal@dhonline.com.brMonte Carmelo - MGPlan - Colonial - Romana - AmericanaCerâmica MS(67) 3521-1221 - www.ceramicams.com.brTrês Lagoas - MSRomana - Portuguesa - AmericanaCerâmica Romana Lt<strong>da</strong>(69)3451-2631/3451-8560 - ceramicaromana@uol.com.brPimenta Bueno-RORomana e PortuguesaCerâmica Salinas(38)3841-1596 - mendes.fs@hotmail.comSalinas-MGPlan, Americana, Portuguesa e RomanaCerâmica Santana de Alagoinhas(75) 3423-3000 - www.ceramicasantanaba.com.brAlagoinhas - BATelha Extrusa<strong>da</strong>Cerâmica Santorini(34) 3268-5400 - www.santorini.com.brItuiutaba - MGPortuguesa - AmericanaCerâmica São José(22)2721-1403/(22) 2721-1356 - ceramicasaojose@hotmail.com.brCampos de Goytacazes-RJRomana e PortuguesaCerâmica Sul América - Cerâmica R. J. Nunes(21) 2635-2581 - rjnunes@ig.com.brItaboraí - RJRomana - PortuguesaCerâmica União Lt<strong>da</strong>(38)3841-1590/3841-1087 - www.ceramicauniao.com.brSalinas-MGPlan, Colonial, Paulista, Planzinha, Portuguesae AmericanaCeramitelha - Durval Pedro Cassapula(67) 3292-1769 - ceramitelharv@hotmail.comRio Verde - MSRomana - PortuguesaIcetec Indústria Cerâmica de Telhas Coloniais(48) 3656-3600 - www.icetec.ind.brSangão - SCAmericanaIntercil Ind. e Com. de Cerâmica(11) 2118-8800 - www.ceramicavasatex.com.brItu - SPDuplanatex Ecologic - Portuguesa - ToptexEcologic RomaRosa e Cavalcante - Cerâmica Santo Antônio(62) 3366-1382 - csa.mararosa@hotmail.comTelhas Hobus Esmalta<strong>do</strong>s(47) 3534-4037 - laboratorio@hobus.com.brTelhas Rainha Unicerâmica Indústria e Comércio(47) 3411-5000 - www.telhasrainha.com.brTop Telha - Maristela Telhas(19) 35<strong>73</strong>-7777 - www.toptelha.com.brMara Rosa - GOAgrolândia - SCRio <strong>do</strong> Sul - SCLeme - SPPlan - Portuguesa - RomanaPortuguesaPortuguesaMediterrânea – M14REVISTA DA ANICER Nº <strong>73</strong>57


SEBRAECoordena<strong>do</strong>res e gestoresse reúnem em BrasíliaEvento discute oportuni<strong>da</strong>des <strong>da</strong> construção civil para os próximos quatro anosPor Carlos CruzREVISTA DA ANICER Nº <strong>73</strong>O diretor executivo decomunicação e projetosespeciais <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong>,Ricar<strong>do</strong> Kelsch fazapresentação sobre osetor no eventoCoordena<strong>do</strong>res e gestores de projetos <strong>da</strong>construção civil <strong>da</strong>s uni<strong>da</strong>des <strong>do</strong> Sebrae deto<strong>do</strong> o País estiveram reuni<strong>do</strong>s nos dias 21 e 22de novembro, em Brasília, para discutir a atuação<strong>do</strong> órgão e as perspectivas <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> frenteàs oportuni<strong>da</strong>des gera<strong>da</strong>s pelo Governo Federalpara o perío<strong>do</strong> 2012/2015. Programas como oBrasil Maior e o PBQP-H (Programa Brasileiro <strong>da</strong>Quali<strong>da</strong>de e Produtivi<strong>da</strong>de <strong>do</strong> Habitat), além deinvestimentos em grandes eventos como a Copade 2014, estiveram em pauta.O encontro também contou com a presença de representantes<strong>do</strong>s segmentos de pedras e rochasornamentais, oleiro cerâmico e construção civil,além <strong>do</strong>s ministérios <strong>da</strong>s Ci<strong>da</strong>des; <strong>do</strong> Desenvolvimento,Indústria e Comércio Exterior; e de Ciênciae Tecnologia.Alexandre Ambrosini e Kelly Sanches, <strong>da</strong> Uni<strong>da</strong>dede Atendimento Coletivo – Indústria, <strong>do</strong> Sebrae,conduziram o primeiro painel apresentan<strong>do</strong> aprogramação <strong>do</strong> Sebrae para o ano de 2012 e explican<strong>do</strong>os encadeamentos produtivos <strong>do</strong> setor.Segun<strong>do</strong> Ambrosini, o foco <strong>do</strong> Sebrae para o próximoano será identificar, disseminar e fomentarnovos negócios a partir <strong>do</strong> evento mobiliza<strong>do</strong>r“Copa <strong>do</strong> Mun<strong>do</strong> 2014”, antes, durante e após, eapoiar o desenvolvimento <strong>da</strong>s micro e pequenasempresas nos setores prioriza<strong>do</strong>s a partir de requisitosde competitivi<strong>da</strong>de.Representantes <strong>do</strong> PBQP-H, <strong>do</strong> Ministério <strong>da</strong>s Ci<strong>da</strong>des,<strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong> Desenvolvimento, Indústria eComércio Exterior e <strong>do</strong> Sebrae apresentaram umasequência de palestras sobre as oportuni<strong>da</strong>despara micro e pequenas empresas, para a cadeia58


produtiva <strong>da</strong> construção civil e para microempreende<strong>do</strong>res individuais. O bloco foiencerra<strong>do</strong> com uma apresentação <strong>do</strong>vice-presidente <strong>da</strong> CBIC, José Carlos Martins,traçan<strong>do</strong> um panorama <strong>da</strong> indústria<strong>da</strong> construção civil frente aos grandes investimentos.A <strong>Anicer</strong> integrou o Painel APL de BaseMineral com palestra de seu Diretor Executivode Comunicação e Projetos Especiais,Ricar<strong>do</strong> Kelsch, expon<strong>do</strong> os desafiose as tendências <strong>da</strong> indústria de cerâmicavermelha brasileira. “Além <strong>do</strong> evento teroportuniza<strong>do</strong> a troca de experiências entreos setores <strong>da</strong> construção civil e contribuí<strong>do</strong>no estabelecimento <strong>da</strong>s metasfuturas, a <strong>Anicer</strong> expôs os resulta<strong>do</strong>s<strong>do</strong>s projetos em desenvolvimento como Sebrae e as inovações previstas. Açõesvolta<strong>da</strong>s à sustentabili<strong>da</strong>de na cerâmicavermelha, eficiência energética, ciclo devi<strong>da</strong>, gestão empresarial e a manutençãoconstante pelo aumento <strong>da</strong> conformi<strong>da</strong>de<strong>do</strong>s produtos são temas prioritários”,disse Kelsch.O painel também discorreu sobre as políticaspúblicas para APL de Base Mineral coma participação de Elzivir Guerra, <strong>do</strong> Ministériode Ciência e Tecnologia, e de RenataMonteiro Rodrigues, secretária Executiva<strong>da</strong> Rede APL Mineral. As tendências, inovaçõese tecnologias <strong>do</strong> segmento de mármoree granito foram expostas por RogélioPaes, <strong>da</strong> área de projetos <strong>do</strong> Cetemag.“Precisamos estar antena<strong>do</strong>s no merca<strong>do</strong>para saber o que nos será deman<strong>da</strong><strong>do</strong> nospróximos anos. Tivemos 16 esta<strong>do</strong>s reuni<strong>do</strong>sno evento e várias instituições. Paranós, <strong>da</strong> Cetemag, que viemos com o intuitode divulgar inovações para os profissionais<strong>da</strong> construção civil, a oportuni<strong>da</strong>defoi ímpar. Pudemos estreitar relações comalgumas instituições nacionais, entre elas,a própria <strong>Anicer</strong>”, relatou Paes.Carlos Alberto <strong>do</strong>s Santos, Diretor Técnico,lembrou que a construção civil é um merca<strong>do</strong>que passa por grandes transformações,o que exige mais eficiência e melhoriasem sustentabili<strong>da</strong>de e inovação. Porisso, a importância de uma definição deestratégias junto com parceiros. “As complexi<strong>da</strong>desserão supera<strong>da</strong>s e as oportuni<strong>da</strong>desserão mais bem aproveita<strong>da</strong>s pelosetor dessa forma, com políticas públicase parcerias <strong>da</strong>queles que organizam osegmento”. Para ele, o setor tem grandesempresas com capaci<strong>da</strong>de técnica internacional,mas é preciso avançar na produtivi<strong>da</strong>dede to<strong>da</strong> a cadeia produtiva, o queinclui micro e pequenos negócios. “Não teremosgrandes empresas extremamentecompetitivas se, na sua cadeia produtiva,persistirem problemas de produtivi<strong>da</strong>de,competitivi<strong>da</strong>de e quali<strong>da</strong>de de produtose serviços”, afirmou Santos.A parte <strong>da</strong> tarde seguiu com mais apresentações<strong>do</strong> Sebrae. A estratégia de merca<strong>do</strong>para pequenas indústrias de cerâmicavermelha foi o foco <strong>da</strong> palestra proferi<strong>da</strong>por Carlos Eduar<strong>do</strong> Brandino, <strong>do</strong> Sebrae/SP. Ele apresentou o projeto em execuçãoem São Paulo e os resulta<strong>do</strong>s alcança<strong>do</strong>scom importantes ações que vêm reposicionan<strong>do</strong>o setor através <strong>da</strong>s soluções possibilita<strong>da</strong>spor produtos de referência.No segun<strong>do</strong> dia <strong>do</strong> encontro, os participantesse reuniram para uma dinâmicade grupo, debaten<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s os pontoslevanta<strong>do</strong>s durante as palestras e propon<strong>do</strong>mecanismos e prazos para a execução<strong>da</strong>s idéias prioriza<strong>da</strong>s pelo grupode trabalhoREVISTA DA ANICER Nº <strong>73</strong>59


INTERNETRedes sociais:vilãs ou alia<strong>da</strong>s?Antes vista como uma ameaça à produtivi<strong>da</strong>de hoje é uma ferramenta quepode aumentar, e muito, a quali<strong>da</strong>de <strong>do</strong> trabalhoPor Manuela SouzaMaior mu<strong>da</strong>nça desde a revolução industrial, a evoluçãotecnológica invade e modifica o meio de vi<strong>da</strong> <strong>da</strong> populaçãomundial e <strong>da</strong>s empresas. Em tempos em que o ator AshtonKutcher e a cantora Britney Spears possuem mais segui<strong>do</strong>resno microblog Twitter <strong>do</strong> que a população <strong>da</strong> Suécia, Israel e Suíça,ou ain<strong>da</strong> onde a soma de to<strong>do</strong>s os usuários ca<strong>da</strong>stra<strong>do</strong>s nasdez redes sociais mais populares supera 2,5 bilhões de usuários,mais de 1/3 <strong>da</strong> população mundial, as redes sociais viraram protagonistas<strong>da</strong>s nossas histórias.O expert em redes sociais e um <strong>do</strong>s palestrantes mais requisita<strong>do</strong>s<strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, Erik Qualman, autor de “Socialnomics: How socialmedia transforms the way we live and <strong>do</strong> business”, (Como a mídiasocial transforma a nossa forma de viver e fazer negócios)explica os maiores erros cometi<strong>do</strong>s por quem as utiliza. “Primeiro,é proibi<strong>do</strong> o comportamento avestruz, colocar a cabeça noburaco e não fazer na<strong>da</strong> nas mídias sociais, não se juntar à conversa.É preciso entrar na festa. O segun<strong>do</strong> é que muitas empresasnão escutam os consumi<strong>do</strong>res. São os consumi<strong>do</strong>res quevão dizer o que está er-ra<strong>do</strong> e o que está certo.O terceiro erro é, apesar de ouvir, demorar muito para reagir.É importante se perguntar: como empresa, estamos mu<strong>da</strong>n<strong>do</strong>rápi<strong>do</strong> o suficiente as coisas que os clientes não gostam?”Mas o que é uma rede social? Por definição é uma página na internetonde o usuário tem autonomia para criar um perfil, com<strong>da</strong><strong>do</strong>s e fotos e compartilhar com uma rede de amigos ca<strong>da</strong>stra<strong>do</strong>sno mesmo espaço ou, no caso de empresas, de disponibilizarinformações sobre seus produtos e serviços e um canalde relacionamento com os clientes. A veloci<strong>da</strong>de <strong>da</strong> informaçãoe a sua populari<strong>da</strong>de, tornou a ferramenta uma alia<strong>da</strong> <strong>da</strong>s microe pequenas empresas e as mais antena<strong>da</strong>s com a tecnologia jáconseguem tirar bom proveito deste fenômeno.Entretanto, o empresário precisa ficar atento para usufruir aomáximo esses sistemas. Não é só publicar ofertas e vantagens,é importante agregar valor. No caso <strong>do</strong> ceramista, vale informar<strong>do</strong> lançamento de um novo produto, mas também explicar asvantagens, processos construtivos e até pontos de ven<strong>da</strong>s <strong>do</strong>mesmo, alémde fotos, vídeos <strong>do</strong> processo defabri-cação e mais o que a ferra-REVISTA DA ANICER Nº <strong>73</strong>60


INTERNETmenta permitir. Saber explorar as possibili<strong>da</strong>des é a grande joga<strong>da</strong>de marketing e o que vai permitir a fixação <strong>do</strong> nome de umaempresa é aguçar a curiosi<strong>da</strong>de <strong>do</strong> público alvo.Não basta criar um perfil na rede, tem que haver o acompanhamentodiário <strong>do</strong> que é notícia, além <strong>da</strong> atualização <strong>da</strong>s novi<strong>da</strong>des<strong>da</strong> sua empresa. É importante realizar o planejamento de mídiapara internet com a constante análise <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s. Umapesquisa realiza<strong>da</strong> pela Nokia e o Instituto TNS mostrou que 68%<strong>da</strong>s pessoas usam a rede para dizer o que estão sentin<strong>do</strong> ou fazen<strong>do</strong>,9 em ca<strong>da</strong> 10 pessoas compartilham fotos e ain<strong>da</strong>, 9 emca<strong>da</strong> 10 pessoas a consideram o melhor lugar para buscar informaçõese notícias.Para atingir 50 milhões de usuários o rádio demorou 38 anos, atelevisão 13 e a internet 4, já o Facebook adicionou 200 milhõesde usuários em menos de 1 ano e hoje se aproxima rapi<strong>da</strong>mente<strong>da</strong> marca de 1 bilhão de perfis. Diversos consumi<strong>do</strong>res estão,neste momento, falan<strong>do</strong> <strong>da</strong> sua empresa na internet, mas evocê, está ouvin<strong>do</strong>?OS MAIS UTILIZADOS:Fonte: WikipédiaRede social compostapor pessoas ouorganizações, conecta<strong>da</strong>spor um ou váriostipos de relações, quepartilham valores eobjetivos comuns.Site de hospe<strong>da</strong>geme partilha de imagensfotográficas.Site que permite que seus usuárioscarreguem e compartilhemvídeos em formato digital.Plataforma de blogging que permite aos usuáriospublicarem textos, imagens, vídeo, links, citações,áudio e “diálogos”. Os usuários são capazesde “seguir” outros usuários e ver seus posts.Microblog, que permite aos usuários enviar ereceber atualizações pessoais de outros contatos,em textos de até 140 caracteresRede de negócios comparável a redesde relacionamentos e principalmenteutiliza<strong>da</strong> por profissionais.Serviço de comunicaçãoonlineatravés de umarede interativade fotos, blogs eperfis de usuárioque inclui umsistema internode e-mail, fórunse grupos.DICAS PARA SE CONECTAR COM O MUNDO VIRTUAL• Crie um perfil ao menos nas duas ferramentas mais utiliza<strong>da</strong>s hoje (Facebook e Twitter)• Inclua os <strong>da</strong><strong>do</strong>s para contato (telefone e endereço)• Utilize um layout profissional• Poste conteú<strong>do</strong>s curtos, diretos e relevantes• Crie anúncios para públicos específicos• Acompanhe a comunicação com os seus clientes• Evite a ausência e o silêncio <strong>da</strong> sua empresa• Deixe a sua marca na cabeça <strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>rREVISTA DA ANICER Nº <strong>73</strong>61


SOCIALDelegação <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> em frente a Porte de Versailles, em ParisO diretor de Relações Institucionais <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong>,César Gonçalves, o Diretor <strong>da</strong> Área Econômica eFiscal, Francisco Belfort e o Diretor <strong>do</strong> Pólo deFacha<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Terreal, Yannick LaporteMembros <strong>da</strong> delegação <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> durante o almoço norestaurante parisiense La Gare, ofereci<strong>do</strong> pela TerrealApós a visita à fábrica <strong>da</strong> Imerys, a delegação almoçou emMably.REVISTA DA ANICER Nº <strong>73</strong>62Delegação visita a fárica de blocos <strong>da</strong> ImerysCésar Gonçalves, Luis Lima, o Presidente <strong>da</strong> Terreal,Hervé Gastinel, Yannick Laporte e Emilie Villela


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NONONONNNONONONOREVISTA DA ANICER Nº <strong>73</strong>64


NOTICIAS DA ANICERAssembleia Geral OrdináriaPresidentes e representantes de sindicatos participam de reunião no RioA <strong>Anicer</strong> realizou, no dia 17 de novembro, uma Assembleia Geral Ordinária, emsua sede no Rio de Janeiro. Na ocasião, diretores e sócios filia<strong>do</strong>s discutiramacerca de temas como metas para 2012, parceria <strong>Anicer</strong> e TBE (Tiles and BricsEurope), experiências <strong>da</strong> delegação Batimat 2011, Ceramitec 2012, estratégiasde comunicação externa para os resulta<strong>do</strong>s finais <strong>da</strong>s Análises <strong>do</strong>s Ciclos deVi<strong>da</strong> (ACV), Eficiência Energética, Finanças, Encontro 2012 no MS, Plano deAção <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des estabeleci<strong>da</strong>s pelo Planejamento Estratégico 2011/2014,entre outros.Planejamento 2012Colabora<strong>do</strong>res <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> se reúnem para traçar metas para 2012To<strong>da</strong> a equipe <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> participou, nos dias 24 e 25 de novembro, de uma ativi<strong>da</strong>deespecial de planejamento para programar as metas <strong>do</strong> ano de 2012. A iniciativa,que já faz parte <strong>do</strong> calendário de ativi<strong>da</strong>des <strong>da</strong> Associação, serve como um balanço<strong>da</strong>s ações executa<strong>da</strong>s durante to<strong>do</strong> o ano. Além disso, a reunião estabelece acriação de novas estratégias para aju<strong>da</strong>r na disseminação e defesa <strong>do</strong>s interesses<strong>do</strong> setor cerâmico nacional.REVISTA DA ANICER Nº <strong>73</strong>65


NOTÍCIAS DA ANICERFinaliza<strong>do</strong> o texto <strong>da</strong> Norma 14862O Diretor de Relações Institucionais <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong>, César Gonçalves,participou, no dia 30 de novembro, <strong>da</strong> reunião <strong>da</strong>Comissão de Estu<strong>do</strong>s de Lajes que finalizou o texto na Norma14862, que trata de “Armaduras Treliça<strong>da</strong>s Eletrossol<strong>da</strong><strong>da</strong>s– Requisitos”, que entrará em consulta nacional à partirde janeiro de 2012. Entre os pontos de destaque, o textoprevê a utilização <strong>da</strong> treliça de 6cm de altura, com a possibili<strong>da</strong>dede utilização de tavela com 6cm de altura. Este detalhetécnico significa uma importante garantia de merca<strong>do</strong>,benefician<strong>do</strong> os fabricantes de tavelas (ou lajotas) com estaaltura. Estima-se que 800 cerâmicas fabriquem este produtoem to<strong>do</strong> o Brasil.Cesar Gonçalves, diretor de Relações Institucionais <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong>Delegação Ceramitec 2012A <strong>Anicer</strong> e a Nürnberg Messe Brasil estão preparan<strong>do</strong>uma delegação de ceramistas brasileiros para visitara Ceramitec 2012, de 22 a 25 de maio, em Munique, naAlemanha. Desde 1979, ano de sua primeira versão,a Ceramitec vem se destacan<strong>do</strong> no cenário mundialcomo centro de tecnologia e competência e um excelentefórum de inovação para to<strong>do</strong>s os ramos <strong>da</strong>indústria cerâmica. Além de participar <strong>da</strong> feira, a delegaçãotambém fará visitas técnicas a cerâmicas eparticipará de um jantar com a Associação Alemã deCerâmica Vermelha. Os interessa<strong>do</strong>s poderão se inscreverno site <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> (www.anicer.com.br).Encontro <strong>do</strong> Nordeste2012 será em AlagoasEntre os dias 15 e 17 de março de 2012, ceramistas de to<strong>do</strong>o Brasil se reunirão em Maceió/AL, no hotel Ritz Lagoa <strong>da</strong>Anta, para o Encontro <strong>do</strong> Nordeste. Com palestras, reuniõese visitas técnicas, o evento promete ser uma excelenteoportuni<strong>da</strong>de para a troca de informações e a realizaçãode novos negócios. A <strong>Anicer</strong>, em parceria com o Sindicer/AL, estará presente no evento com um estande para apresentarseus programas. O Gestor de Energia <strong>da</strong> associação,Emerson Dias, apresentará, no segun<strong>do</strong> dia <strong>do</strong> evento, apalestra “Auditoria de Energia: Uma forma eficiente de reduzircustos na Indústria Cerâmica”.REVISTA DA ANICER Nº <strong>73</strong>Setor cresce em Pimenta BuenoCerca de 200 profissionais <strong>da</strong> Construção Civil se reuniram no dia 17 de dezembro para uma palestra ministra<strong>da</strong> pelostécnicos <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong>, Wagner de Oliveira e Edval<strong>do</strong> Maia, sobre Segurança na Construção Civil e Empreende<strong>do</strong>r Individual.O evento aconteceu no auditório <strong>da</strong> igreja Nossa Senhora de Fátima, no município de Pimenta Bueno, em Rondônia, soborganização <strong>da</strong> Associação <strong>da</strong>s Cerâmicas de Pimenta Bueno (ACCPB). Segun<strong>do</strong> o responsável pelo evento e presidente<strong>da</strong> ACCPB, Chico <strong>da</strong> Santa Maria, o objetivo <strong>do</strong> encontro foi fortalecer o setor no município através <strong>da</strong> qualificação <strong>do</strong>sprofissionais <strong>da</strong> área. No final <strong>do</strong> encontro, foi proposta a criação de uma associação <strong>do</strong>s profissionais <strong>do</strong> ramo. “Precisamosnos preparar para o futuro que o desenvolvimento aponta para a nossa ci<strong>da</strong>de”, disse Chico <strong>da</strong> Santa Maria.66


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NONONONNNONONONONATURALProduzi<strong>da</strong> a partir <strong>do</strong>s quatroelementos <strong>da</strong> natureza, acerâmica é 100% natural e nãoutiliza aditivos insalubres aosocupantes <strong>do</strong>s imóveis e aomeio ambienteECOLÓGICOAs indústrias cerâmicas utilizambiomassas renováveis comocombustível em seus fornos,consumin<strong>do</strong> o que é descarta<strong>do</strong>pelas indústrias agrícolas emoveleiras, aju<strong>da</strong>n<strong>do</strong> a limpar omeio ambienteBONITOOs exuberantes tonsavermelha<strong>do</strong>s <strong>da</strong> cerâmicatornam este material opreferi<strong>do</strong> por arquitetos<strong>aqui</strong> e na Europa, conferin<strong>do</strong>charme aos projetos quan<strong>do</strong>usa<strong>do</strong>s de forma aparenteFAMILIARTesta<strong>do</strong>s e utiliza<strong>do</strong>spela humani<strong>da</strong>dehá mais de 10 milanos, os produtoscerâmicos sãoutiliza<strong>do</strong>s em 90% <strong>da</strong>sresidências brasileirasISOLANTEOs produtos cerâmicos têm omelhor isolamento térmico eacústico. Além de casas mais frescase silenciosas, garantem grandeseconomias de energia com arcondiciona<strong>do</strong> ou aquece<strong>do</strong>r aolongo de to<strong>da</strong> a vi<strong>da</strong> útil <strong>do</strong> imóvelLEVEOs blocos cerâmicos pesam a metadede seus equivalentes feitos com outrosmateriais, isto economiza energiano transporte <strong>da</strong>s fábricas para oscanteiros de obras e nos eleva<strong>do</strong>res<strong>do</strong>s canteiros. Possuem maioreficiência energética e ecológica<strong>Anicer</strong>, há 20 anos trabalhan<strong>do</strong>pela quali<strong>da</strong>de nos lares <strong>do</strong>s brasileirosPara garantia de quali<strong>da</strong>de comeconomia procure o selowww.anicer.com.br

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