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manual do educador arte e cultura I ok.pmd - ProJovem Urbano

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Presidência da República<br />

Secretaria-Geral<br />

Secretaria Nacional de Juventude<br />

Coordenação Nacional <strong>do</strong> <strong>ProJovem</strong> <strong>Urbano</strong><br />

Coleção Projovem <strong>Urbano</strong><br />

Arco Ocupacional<br />

Arte e Cultura I<br />

Manual <strong>do</strong> Educa<strong>do</strong>r<br />

Programa Nacional de Inclusão de Jovens<br />

URBANO<br />

2008


PROGRAMA NACIONAL DE INCLUSÃO DE JOVENS (<strong>ProJovem</strong> <strong>Urbano</strong>)<br />

Arco Ocupacional Arte e Cultura I : <strong>manual</strong> <strong>do</strong> educa<strong>do</strong>r / coordenação,<br />

Laboratório Trabalho & Formação / COPPE - UFRJ / elaboração,<br />

Fundação Talita. Reimpressão.<br />

Brasília : Ministério <strong>do</strong> Trabalho e Emprego, 2008.<br />

136p.:il. — (Coleção <strong>ProJovem</strong> – Arco Ocupacional)<br />

1. Ensino de tecnologia. 2. Reconversão <strong>do</strong> trabalho. 3. Qualificação<br />

para o trabalho. I. Ministério <strong>do</strong> Trabalho e Emprego. II . Série.<br />

Ficha Catalográfica<br />

CDD - 607<br />

T675


Presidente da República<br />

Luiz Inácio Lula da Silva<br />

Vice-Presidente da República<br />

José Alencar Gomes da Silva<br />

Secretaria-Geral da Presidência da República<br />

Luiz Soares Dulci<br />

Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome<br />

Patrus Ananias<br />

Ministério da Educação<br />

Fernan<strong>do</strong> Haddad<br />

Ministério <strong>do</strong> Trabalho e Emprego<br />

Carlos Lupi<br />

Secretaria-Geral da Presidência da República<br />

Ministro de Esta<strong>do</strong> Chefe Luiz Soares Dulci<br />

Secretaria-Executiva<br />

Secretário-Executivo Antonio Roberto Lambertucci<br />

Secretaria Nacional de Juventude<br />

Secretário Luiz Roberto de Souza Cury<br />

Coordenação Nacional <strong>do</strong> Programa Nacional de Inclusão de Jovens –<br />

<strong>ProJovem</strong> <strong>Urbano</strong><br />

Coordena<strong>do</strong>ra Nacional Maria José Vieira Féres


Coleção <strong>ProJovem</strong> <strong>Urbano</strong><br />

Coordenação Nacional <strong>do</strong> <strong>ProJovem</strong> <strong>Urbano</strong> – Assessoria Pedagógica<br />

Maria Adélia Nunes Figueire<strong>do</strong><br />

Cláudia Veloso Torres Guimarães<br />

Luana Pimenta de Andrada<br />

Jazon Macê<strong>do</strong><br />

Ministério <strong>do</strong> Trabalho e Emprego<br />

Ezequiel Sousa <strong>do</strong> Nascimento<br />

Marcelo Aguiar <strong>do</strong>s Santos Sá<br />

Edimar Sena Oliveira Júnior<br />

Revisores de Conteú<strong>do</strong> / Pedagogia<br />

Leila Cristini Ribeiro Cavalcanti (Coppetec)<br />

Marilene Xavier <strong>do</strong>s Santos (Coppetec)<br />

Arco Ocupacional<br />

Universidade Federal <strong>do</strong> Rio de Janeiro - UFRJ<br />

Coordenação <strong>do</strong>s Programas de Pós-Graduação de Engenharia - COPPE<br />

Programa de Engenharia de Produção - PEP<br />

Laboratório Trabalho & Formação - LT&F<br />

Centro de Formação Talita<br />

Coordenação <strong>do</strong>s Arcos Ocupacionais<br />

Fabio Luiz Zamberlan<br />

Sandro Rogério <strong>do</strong> Nascimento<br />

AUTORES<br />

Elaboração<br />

Centro de Formação Talita<br />

Coordenação e elaboração<br />

Margarida Serrão (Geral)<br />

Maria Teresa Ramos da Silva (Técnica)<br />

Teresa Oliveira (Artística)<br />

Pesquisa e elaboração<br />

Fernanda Paquelet (Produção Cultural)<br />

Marcelo Prad<strong>do</strong> (Teatro)<br />

Euro Pires (Cenotecnia e Figurino)<br />

Cláudio Manoel Du<strong>arte</strong> de Souza (DJ/MC)<br />

Mariana Serrão (Assistente de Produção)<br />

Projeto Gráfico de Referência (miolo/capa)<br />

Lúcia Lopes<br />

Projeto Gráfico e Editoração Eletrônica<br />

Virginia Yoemi Fujiwara<br />

Montagem Fotos Capa<br />

Eduar<strong>do</strong> Ribeiro Lopes<br />

Revisão<br />

Maria de Lourdes Ribeiro<br />

Agradecimentos<br />

DJ Môpa, DJ Arlequim


Caro(a) Educa<strong>do</strong>r(a) de Qualificação Profissional,<br />

Construímos este Manual <strong>do</strong> Educa<strong>do</strong>r para subsidiar a<br />

sua função <strong>do</strong>cente no Arco Ocupacional e ampliar as possi-<br />

bilidades de aplicação das atividades sugeridas para o aluno<br />

no Guia de Estu<strong>do</strong>.<br />

Prepare-se a cada dia para novas experiências e novas<br />

aprendizagens nas trocas com seus alunos e alunas.<br />

Considere cada um em particular, valorizan<strong>do</strong> a sua parti-<br />

cipação, incentivan<strong>do</strong> a sua contribuição para o grupo e reco-<br />

nhecen<strong>do</strong> a sua própria aprendizagem.<br />

As dificuldades podem ser superadas com diálogo, aten-<br />

ção, carinho e paciência. Lembre-se de que, na maioria, estes<br />

jovens estiveram fora da escola por algum tempo.<br />

A condução <strong>do</strong>s trabalhos está em suas mãos, mas será<br />

impossível sem a participação ativa <strong>do</strong>s alunos, como pro-<br />

tagonistas de sua história, transforman<strong>do</strong> as expectativas de<br />

vida em direção à inclusão no mun<strong>do</strong> <strong>do</strong> trabalho e buscan<strong>do</strong><br />

a construção coletiva de uma sociedade democrática.<br />

A colaboração, participação nas atividades de planejamen-<br />

to, e troca de experiências com toda a equipe <strong>do</strong> <strong>ProJovem</strong>


<strong>Urbano</strong> – Coordena<strong>do</strong>res Locais/Diretores de Pólo, Professores<br />

Especialistas/Orienta<strong>do</strong>res e Educa<strong>do</strong>res de Participação Ci-<br />

dadã – é fundamental na integração interdimensional e inter-<br />

disciplinar para a desenvolvimento <strong>do</strong> currículo.<br />

Boas Aulas!


Arco Ocupacional<br />

Arte e Cultura I


SUMÁRIO<br />

APRESENTAÇÃO DO TÓPICO 1 – ASSISTENTE DE PRODUÇÃO<br />

CULTURAL 09<br />

1.1 Introdução à <strong>arte</strong> e <strong>cultura</strong> 11<br />

1.2 Conceito de produção 14<br />

1.3 Organização para a produção 15<br />

1.4 Projeto de produção <strong>cultura</strong>l 18<br />

APRESENTAÇÃO DO TÓPICO 2 – ELEMENTOS DO TEATRO 25<br />

2.1 Interpretação teatral 27<br />

2.2 Capacidades expressivas e criativas <strong>do</strong> intérprete 39<br />

2.3 Construção <strong>do</strong> personagem 46<br />

2.4 Montagem e apresentação de cena teatral 52<br />

APRESENTAÇÃO DO TÓPICO 3 – AUXILIAR DE CENOTECNIA 62<br />

3.1 Projeto cenográfico 64<br />

3;2 Criação, construção e adaptação <strong>do</strong> cenário 70<br />

3.3 Técnicas básicas de carpintaria e revestimento 71<br />

3.4 Organização, detalhamento e montagem <strong>do</strong> cenário 73<br />

APRESENTAÇÃO DO TÓPICO 4 – ASSISTENTE DE FIGURINO 76<br />

4.1 Noções introdutórias sobre figurino 77<br />

4.2 Processo de criação <strong>do</strong> figurino 79<br />

4.3 Planejamento e organização no trabalho de figurino 81<br />

4.4 Aplicação <strong>do</strong>s conceitos a um figurino específico 82<br />

4.5 Soluções práticas e recursos disponíveis 83


APRESENTAÇÃO DO TÓPICO 5 - DJ/MC 87<br />

5.1. Música e tecnologia 89<br />

5.2. Introdução ao universo DJ 93<br />

5.3. Equipamentos 97<br />

5.4. Técnicas básicas e mixagem 101<br />

5.5. O mun<strong>do</strong> <strong>do</strong> trabalho 105<br />

5.6. MC e o Rap 109<br />

GLOSSÁRIO 000<br />

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 000


APRESENTAÇÃO DO TÓPICO 1<br />

ASSISTENTE DE PRODUÇÃO CULTURAL<br />

Produzir <strong>cultura</strong> e <strong>arte</strong> constitui um ato tríplice de criar, elaborar, realizar. Criar<br />

no senti<strong>do</strong> de dar expressão ao que antes não existia; elaborar, na medida em que<br />

esta criação nascente precisa ser preparada e melhorada gradualmente, através <strong>do</strong><br />

trabalho; realizar enquanto necessidade de que este processo culmine no resulta<strong>do</strong><br />

visível, que concretize o processo de criação e elaboração. A produção <strong>cultura</strong>l é a<br />

atividade que dá sustentação às demais ocupações contidas nesse arco. Consiste no<br />

ato de planejamento e organização <strong>do</strong> trabalho <strong>do</strong> auxiliar de cenotecnia, <strong>do</strong> assistente<br />

de figurino e <strong>do</strong> DJ/MC e, ao mesmo tempo, da atividade conjunta destas<br />

funções e quaisquer outras no campo artístico. O ato de produzir é inerente ao<br />

nosso dia-a-dia, mas para produzir <strong>cultura</strong> na direção desejada é preciso estruturar<br />

este ato cotidiano na forma de um projeto específico. É neste projeto de produção<br />

<strong>cultura</strong>l que está a possibilidade real de concretização da idéia criativa e o aprendiza<strong>do</strong><br />

de sua elaboração consiste no coração desta ocupação. O tópico está<br />

estrutura<strong>do</strong> em quatro temas: o entendimento <strong>do</strong> que é <strong>cultura</strong> e <strong>arte</strong>; a construção<br />

<strong>do</strong> conceito de produção <strong>cultura</strong>l; a discussão sobre o processo de organização da<br />

produção; e a elaboração <strong>do</strong> projeto de produção <strong>cultura</strong>l propriamente dita. Esta<br />

estrutura pode ser visualizada no quadro abaixo.<br />

Subtópicos Objetivos Conteú<strong>do</strong>s Atividade Horas<br />

1.1 Introdução Possibilitar o reconhecimento e a ❚ Diversidade <strong>cultura</strong>l; O1 a 21 15<br />

à <strong>arte</strong> e <strong>cultura</strong> avaliação <strong>do</strong> contexto <strong>cultura</strong>l ❚ Conceito de <strong>cultura</strong>;<br />

em que os alunos estão inseri<strong>do</strong>s, ❚ Conceito de <strong>arte</strong>;<br />

permitin<strong>do</strong> o resgate de suas ❚ Relação entre <strong>cultura</strong> e <strong>arte</strong><br />

origens e a identificação <strong>do</strong>s ❚ Reconhecimento da<br />

aspectos positivos que<br />

constituem o ser brasileiro.<br />

<strong>cultura</strong> local.<br />

1.2 Conceito Desenvolver a idéia de produção ❚ Conceito de produção; 22 a 33 09<br />

de produção como processo que envolve tanto ❚ Palavras chaves para a<br />

a capacidade criativa quanto produção;<br />

trabalho/esforço resultan<strong>do</strong> num<br />

produto (resulta<strong>do</strong> visível).<br />

❚ Conceito de organização.<br />

1.3 Organização Perceber a importância de ❚ Exercícios de concentração; 34 a 44 09<br />

para a produção estruturar sequências de ações, ❚ Redação dissertativa;<br />

de relacionar as p<strong>arte</strong>s e o to<strong>do</strong> ❚ Levantamento <strong>do</strong>s passos<br />

de articular as diferentes p<strong>arte</strong>s necessários para a<br />

entre si. organização de um evento.<br />

1.4 Projeto ❚ Desenvolver o raciocínio estratégico; ❚ Profissões ligadas à produção<br />

❚ Reconhecer a importância <strong>do</strong> <strong>cultura</strong>l; 45 a 61 17<br />

de produção planejamento como forma de ❚ Construção de um cronograma;<br />

<strong>cultura</strong>l organizar o pensamento e reduzir ❚ Elementos <strong>do</strong> orçamento;<br />

erros de implementação da ❚ Impostos;<br />

atividade <strong>cultura</strong>l; ❚ Recursos humanos, materiais,<br />

❚ Construir um projeto de financeiros e tecnológicos;<br />

produção <strong>cultura</strong>l. ❚ Divulgação de um projeto.<br />

ASSISTENTE DE PRODUÇÃO CULTURAL 1


1<br />

10<br />

ARTE E CULTURA I<br />

A meto<strong>do</strong>logia proposta para a introdução <strong>do</strong>s conteú<strong>do</strong>s sugere uma série de<br />

dinâmicas, jogos e discussões em subgrupos, de forma a estimular, simultaneamente,<br />

a participação <strong>do</strong>s alunos e a vivência destes com as temáticas propostas. Esta<br />

lógica de desenvolvimento meto<strong>do</strong>lógico procura respeitar as características <strong>do</strong><br />

próprio arco, que diz respeito ao enfoque criativo e dinâmico da produção <strong>cultura</strong>l<br />

e ao caráter coletivo <strong>do</strong> mesmo.<br />

No desenvolvimento destes conteú<strong>do</strong>s, é importante estar atento à idéia de que a<br />

<strong>cultura</strong> transcende o projeto <strong>cultura</strong>l e que ela acontece na interação criativa <strong>do</strong>s<br />

indivíduos com seu meio.<br />

A produção <strong>cultura</strong>l e artística não deve, também, ser reduzida à condição de merca<strong>do</strong>ria.<br />

Muitas pessoas trabalham em outras ocupações diversas, mas desenvolvem,<br />

em seus horários livres, atividades artísticas e <strong>cultura</strong>is apenas com a finalidade<br />

de se expressar, criar, se divertir e manter uma tradição.<br />

No escopo deste arco, no entanto, a produção <strong>cultura</strong>l está sen<strong>do</strong> pensada como<br />

ocupação (assistente de produção <strong>cultura</strong>l), com finalidade de gerar renda para<br />

quem a exerce. Nessa perspectiva é importante explorar com os alunos alguns aspectos:<br />

a) Deve-se desmistificar para os alunos a idéia de que só se pode desenvolver uma<br />

ação <strong>cultura</strong>l se houver patrocínio ou financiamento. Há outras formas de parcerias<br />

possíveis.<br />

b)A realização <strong>do</strong> evento ou atividade <strong>cultura</strong>l que será produzida pelos alunos<br />

envolve recursos, mas este não deve criar uma dependência em relação ao financiamento.<br />

O grupo que produz é o sujeito <strong>do</strong> processo; a recusa de um financiamento<br />

não deverá decidir o destino da atividade.<br />

Em termos meto<strong>do</strong>lógicos, alguns cuida<strong>do</strong>s devem ser leva<strong>do</strong>s em conta:<br />

❚ Os conceitos devem ser formula<strong>do</strong>s pelos alunos antes de uma formulação<br />

final por p<strong>arte</strong> <strong>do</strong> professor. Isto possibilita identificar o nível de entendimento<br />

e apropriação que os alunos trazem em relação ao tema e possibilita, através da<br />

desconstrução <strong>do</strong> saber já adquiri<strong>do</strong>, a apropriação de novos conhecimentos.<br />

❚ Os alunos devem ser estimula<strong>do</strong>s em sua capacidade criativa. Isto exige <strong>do</strong><br />

professor uma atitude de não julgamento e de destaque <strong>do</strong>s pontos positivos da<br />

produção de cada um.<br />

❚ É importante relacionar cada conteú<strong>do</strong> novo aos conteú<strong>do</strong>s já vistos, recapitulan<strong>do</strong><br />

as aulas anteriores, para que o conhecimento vá se fixan<strong>do</strong> gradualmente.<br />

❚ As letras de música e os poemas devem ser trabalha<strong>do</strong>s em sala. Se houver<br />

acesso aos equipamentos, é interessante cantá-las e depois analisar as letras. As<br />

canções e poesias, assim como as dinâmicas e jogos propostos, devem ser associa<strong>do</strong>s<br />

ao conteú<strong>do</strong> da produção <strong>cultura</strong>l que estiver sen<strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong>.<br />

❚ É importante passar nos subgrupos para observar dúvidas e estruturas de<br />

raciocínio que apareçam no desenrolar da tarefa. Estas observações podem ser<br />

exploradas na plenária, pois muitas vezes os alunos não as revelam no coletivo.<br />

❚ Os alunos aprendem mais facilmente quan<strong>do</strong> compreendem o objetivo da atividade<br />

e quan<strong>do</strong> a explicação p<strong>arte</strong> de algo mais próximo <strong>do</strong> universo deles. O


professor deve trazer exemplos da realidade <strong>do</strong> próprio grupo. Algumas sugestões<br />

podem ser encontradas ao longo deste <strong>manual</strong>.<br />

c) É fundamental que os alunos percebam a importância da escrita no processo de<br />

produção <strong>cultura</strong>l. Um projeto bem escrito não garante sua aprovação, mas um<br />

projeto mal escrito o elimina. O registro constante das atividades no Guia de<br />

Estu<strong>do</strong> deve ser estimula<strong>do</strong>.<br />

d)A atividade <strong>cultura</strong>l não é uma atividade solitária.Você deve estar atento a como<br />

este aprendiza<strong>do</strong> se desenrola na turma.<br />

1.1 – INTRODUÇÃO À ARTE E CULTURA<br />

As raízes <strong>cultura</strong>is constituem a base de um povo. São elas que impulsionam o<br />

desenvolvimento pessoal e social de um indivíduo. Saber-se p<strong>arte</strong> de uma seqüência<br />

histórico-temporal dá a sustentação necessária para que os processos de mudança<br />

e transformação sigam seu curso sem que se perca a identidade.<br />

Assim como o indivíduo é a expressão da sua história familiar, a <strong>cultura</strong> é a expressão<br />

das lutas e da história de um povo.<br />

O objetivo desse subtópico é possibilitar aos alunos o reconhecimento e a valorização<br />

<strong>do</strong> contexto <strong>cultura</strong>l em que estão inseri<strong>do</strong>s, permitin<strong>do</strong> o resgate de suas<br />

origens e a identificação <strong>do</strong>s aspectos positivos que constituem o ser brasileiro.<br />

Há pontos que merecem destaque no desenvolvimento das atividades e a condução<br />

das mesmas deve valorizar e favorecer as seguintes reflexões:<br />

❚ As diferenças entre <strong>cultura</strong>s, histórias, indivíduos, comunidades, etc, não devem<br />

sofrer juízo de valor que as classifiquem em melhores ou piores, superiores ou<br />

inferiores, boas ou más, bonitas ou feias e assim por diante. Diferenças enriquecem<br />

as relações e as trocas entre pessoas, grupos, comunidades, <strong>cultura</strong>s.<br />

❚ A história de cada um não é um processo isola<strong>do</strong>. Pelo contrário, a nossa história<br />

começa na de nossos pais, avós, antepassa<strong>do</strong>s, se estende pela de nossos contemporâneos<br />

e se perpetua na de nossos descendentes.<br />

❚ Arte e <strong>cultura</strong> não são a mesma coisa. A <strong>cultura</strong> constitui o mo<strong>do</strong> de vida de um<br />

determina<strong>do</strong> grupo social. É, portanto, algo coletivo. A <strong>arte</strong> é uma criação individual,<br />

a forma única como o artista sente e interpreta aspectos <strong>do</strong> mo<strong>do</strong> de vida<br />

de seu grupo.<br />

❚ Não existe uma definição consensual de <strong>arte</strong>, mas deve ser ressalta<strong>do</strong> o seu caráter<br />

de originalidade, unicidade e expressão de sentimentos. Arte não diz respeito<br />

à beleza, pois o conceito de belo varia segun<strong>do</strong> o padrão de quem vê. Assim<br />

como as emoções podem ser boas ou ruins, a obra de <strong>arte</strong> pode expressar sentimentos<br />

diversos e não necessariamente imagens belas.<br />

1<br />

ASSISTENTE DE PRODUÇÃO CULTURAL<br />

11


1<br />

12<br />

ARTE E CULTURA I<br />

Para desenvolver este subtópico é importante que você, professor,esteja disponível<br />

para aceitar as diversas interpretações que serão trazidas pelos alunos durante<br />

as aulas. Esta abertura é fundamental para estabelecer uma atmosfera de liberdade<br />

que favorece os processos criativos. Da mesma forma, é fundamental que você<br />

conheça a <strong>cultura</strong> da comunidade em que esta trabalhan<strong>do</strong>, da cidade onde mora,<br />

<strong>do</strong> país em que vive.<br />

Vamos acompanhá-lo (a), atividade por atividade no Guia de Estu<strong>do</strong>, sugerin<strong>do</strong><br />

alternativas, reforçan<strong>do</strong> pontos, indican<strong>do</strong> referências, destacan<strong>do</strong> necessidades....<br />

Bom trabalho!<br />

APRESENTAÇÃO<br />

Leia junto com os alunos, escolhen<strong>do</strong> uma das alternativas sugeridas abaixo ou<br />

alguma outra que você já tenha vivencia<strong>do</strong>.<br />

Sugestão: Pedir voluntários e dividir o texto; assumir a leitura, pedin<strong>do</strong> que eles<br />

acompanhem silenciosamente; começar a ler e a cada parágrafo ser substituí<strong>do</strong> (a)<br />

por um voluntário que assume a continuação da leitura espontânea. Após a leitura<br />

, conclua dizen<strong>do</strong> que as idéias contidas no texto serão desenvolvidas ao longo <strong>do</strong><br />

Arco Arte e Cultura.<br />

MÚSICA AQUARELA BRASILEIRA<br />

A importância dessa letra é possibilitar o destaque para a diversidade <strong>cultura</strong>l brasileira.<br />

Converse com seus alunos sobre o que conhecem acerca das expressões<br />

<strong>cultura</strong>is explicadas no texto; sobre os esta<strong>do</strong>s brasileiros e seus costumes, evidencian<strong>do</strong><br />

o esta<strong>do</strong> em que o grupo se localiza.<br />

ATIVIDADES 01 E 02<br />

Essas duas atividades exploram o entendimento <strong>do</strong>s alunos sobre <strong>cultura</strong>. Utilizar<br />

o desenho permite que os alunos com dificuldades de escrita tenham oportunidade<br />

de expressar-se de outra forma. É importante valorizar a opinião <strong>do</strong> aluno para<br />

que ele se sinta à vontade no grupo, poden<strong>do</strong> fazer comentários sem que se preocupe<br />

com julgamentos e avaliações.<br />

Para realizar a ATIVIDADE 02 divida o grupo em subgrupos de 5 alunos e<br />

entregue para cada subgrupo uma folha de flip chart, lápis cera e pilotos. Solicite<br />

que façam um desenho coletivo a partir <strong>do</strong>s desenhos individuais realiza<strong>do</strong>s<br />

na atividade 01. Quan<strong>do</strong> os subgrupos terminarem a atividade, peça que<br />

prendam o desenho na parede. Um representante de cada grupo apresenta o<br />

trabalho de sua equipe, comentan<strong>do</strong> o processo <strong>do</strong> subgrupo que resultou no<br />

desenho em questão.<br />

Na conclusão, chamar atenção para o fato de que <strong>cultura</strong> é toda expressão que<br />

representa e simboliza a visão que um povo tem de si e <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>.


ATIVIDADE 03<br />

Você vai se deparar com diversas interpretações para os quadrinhos. Peça a alguns<br />

alunos que compartilhem com o grupo suas interpretações. Entabule uma conversa<br />

com os alunos de mo<strong>do</strong> a evidenciar alguns pontos:<br />

❚ A <strong>cultura</strong> fornece o ponto de vista através <strong>do</strong> qual se interpreta o mun<strong>do</strong>.<br />

❚ Existe a tendência a considerar o nosso ponto de vista como o mais correto e o<br />

melhor.<br />

A reflexão conclui a atividade, reforçan<strong>do</strong> o conceito de <strong>cultura</strong>.<br />

ATIVIDADE 04<br />

Nesta atividade, a música e a reflexão correspondente têm como finalidade mostrar<br />

que cada indivíduo é fruto da sua história familiar e comunitária. O mapa<br />

<strong>cultura</strong>l solicita<strong>do</strong> é um registro <strong>do</strong>s vários aspectos que compõem a <strong>cultura</strong> da<br />

comunidade sob o olhar <strong>do</strong> aluno. O objetivo desta atividade é valorizar as raízes<br />

e a identidade local.<br />

Música: Eu (Paulo Tatit) – Esta música se encontra no cd Canções Curiosas da<br />

coleção Palavra Cantada.<br />

ATIVIDADE 05<br />

O objetivo dessa atividade é trabalhar o conceito de <strong>arte</strong> e estimular o processo<br />

criativo <strong>do</strong>s alunos. Após a escrita individual, haverá o momento de compartilhar<br />

as observações. Para a partilha, organize subgrupos a partir da escolha feita em<br />

relação às expressões artísticas apresentadas. Solicite que, após a socialização, um<br />

representante de cada subgrupo transmita para to<strong>do</strong>s a interpretação da expressão<br />

escolhida.<br />

ATIVIDADE 06<br />

Essa atividade se compõe de 3 momentos. No primeiro, é feita a leitura <strong>do</strong> texto<br />

com discussão. Faça uma provocação, perguntan<strong>do</strong> se tu<strong>do</strong> o que é <strong>cultura</strong> é <strong>arte</strong> e<br />

por quê. Chame a atenção para o fato de que a <strong>cultura</strong> é mais ampla e mantida pela<br />

tradição, o que implica em continuidade e permanência enquanto que a <strong>arte</strong> é única,<br />

implica em criação ou recriação.<br />

A reflexão prepara para o desafio a seguir. Neste, você vai trabalhar o processo<br />

criativo descrito abaixo:<br />

1. Grupo espalha<strong>do</strong> pela sala, senta<strong>do</strong> no chão.<br />

2. Distribua uma folha inteira de jornal para cada aluno.<br />

3. Peça que cada um entre em contato com o material através <strong>do</strong> tato, olfato e<br />

visão.<br />

4. Solicite que fechem os olhos e imaginem um objeto que possam construir com o<br />

jornal.<br />

1<br />

ASSISTENTE DE PRODUÇÃO CULTURAL<br />

13


1<br />

14<br />

ARTE E CULTURA I<br />

5. Após algum tempo, peça que abram os olhos e dêem forma ao que imaginaram.<br />

Reúna o grupo em círculo e solicite que cada um apresente a sua obra, dan<strong>do</strong><br />

significa<strong>do</strong> à mesma.<br />

1.2 - CONCEITO DE PRODUÇÃO<br />

Este subtópico pretende levar o aluno ao conceito de produção, ten<strong>do</strong> como referência<br />

a sua experiência cotidiana. A idéia central que se quer desenvolver é que a<br />

produção é um processo que envolve tanto a capacidade criativa quanto trabalho/<br />

esforço e que este processo resulta num produto (resulta<strong>do</strong> visível).<br />

ATIVIDADE 07<br />

Aproveite esta atividade para destacar a importância de artistas brasileiros na pintura.<br />

Fale sobre Djanira, autora <strong>do</strong> quadro e contextualize-a no movimento <strong>cultura</strong>l<br />

<strong>do</strong> qual participou. Pesquise o assunto antes de realizar a atividade.<br />

ATIVIDADE 08<br />

A atividade 08 é preparatória para a subseqüente. Nela você deve comentar<br />

com os alunos o fato de que produzimos o tempo to<strong>do</strong>, sem saber. Este comentário<br />

tem como finalidade incentivá-los a extrair <strong>do</strong> seu cotidiano uma definição<br />

de produção.<br />

ATIVIDADE 09<br />

To<strong>do</strong>s os verbos apresenta<strong>do</strong>s pelos alunos devem ser registra<strong>do</strong>s no quadro e<br />

depois associa<strong>do</strong>s aos verbos-chave que se quer fixar: criar, elaborar e realizar.<br />

Explore esses verbos, associan<strong>do</strong>-os à produção e relacionan<strong>do</strong>-os entre si. Valorize<br />

o uso <strong>do</strong> dicionário e explore as definições nele encontradas. Um exemplo que<br />

você pode utilizar em relação aos verbos-chave é o processo de criação de Carlos<br />

Drummond de Andrade, descrito por ele mesmo – a idéia <strong>do</strong> poema surge, ele<br />

brinca com ela e a registra; depois passa um longo tempo trabalhan<strong>do</strong> o texto até<br />

que decide publicá-lo.<br />

ATIVIDADE 10<br />

Neste exercício pretende-se fazer com que o aluno perceba que tu<strong>do</strong> o que ele<br />

produz começa com uma idéia, exige um trabalho e termina com um resulta-


<strong>do</strong>. Pensar todas estas fases <strong>do</strong> processo significa organização. Você deve pedir<br />

a um aluno que leia em voz alta o poema que conclui a atividade. Quan<strong>do</strong><br />

acabar a leitura, solicite aos alunos que digam <strong>do</strong> que trata o poema. Depois<br />

que to<strong>do</strong>s tenham se manifesta<strong>do</strong>, peça a outro aluno que leia o mesmo poema<br />

de baixo para cima. Após esta segunda leitura, pergunte aos alunos <strong>do</strong> que<br />

trata o poema. Em seguida, pergunte que lições podemos tirar desta experiência.<br />

Ao final, você deve comentar que a direção que damos ao que fazemos<br />

pode levar a resulta<strong>do</strong>s diferentes. O processo modifica o produto.<br />

1.3 - ORGANIZAÇÃO PARA A PRODUÇÃO<br />

Neste subtópico, pretende-se auxiliar os alunos no desenvolvimento da organização<br />

mental necessária ao processo de produção. O aluno deve perceber a importância<br />

de estruturar a seqüência de ações, de relacionar a p<strong>arte</strong> e o to<strong>do</strong>, e de articular<br />

as diferentes p<strong>arte</strong>s entre si. Isso é um trabalho que exige grande esforço de<br />

atenção e deverá ser precedi<strong>do</strong> de exercícios corporais e jogos que fortaleçam a<br />

capacidade de concentração.<br />

ATIVIDADES 11 E 12<br />

O objetivo dessas atividades é possibilitar aos alunos desenvolver a capacidade<br />

de articulação de conceitos e de organização <strong>do</strong> pensamento. As palavras<br />

apresentadas têm relação com os temas trabalha<strong>do</strong>s até agora. Ao articulá-las,<br />

forman<strong>do</strong> frases, os alunos estarão se preparan<strong>do</strong> para o trabalho de redigir<br />

suas idéias de forma mais clara e direta. É permiti<strong>do</strong> utilizar novas palavras<br />

desde que sirvam para unir as palavras dadas na atividade. O desenho da frase<br />

exercita a articulação <strong>do</strong> pensamento através de imagens. Dê uma folha de ofício<br />

para cada aluno.<br />

Como a estruturação <strong>do</strong> pensamento exige um esforço grande de concentração,<br />

sugerimos que antes de iniciar a ATIVIDADE 11 seja realiza<strong>do</strong> um exercício<br />

de respiração. Ao mesmo tempo em que este exercício conecta os alunos<br />

com eles próprios, também fortalece a capacidade de concentrar-se. Por se<br />

tratar de uma atividade corporal que está sen<strong>do</strong> realizada pela primeira vez<br />

nesse arco, é preciso ficar atento (a) a possíveis reações de resistência. É importante<br />

explicar aos alunos que existe um propósito nesta atividade e que ela<br />

servirá de suporte para as atividades subseqüentes; que a partir dessa etapa o<br />

processo de escrita será inicia<strong>do</strong> e aprofunda<strong>do</strong> cada vez mais, o que exige<br />

atenção e foco; que exercícios de respiração e consciência corporal têm por<br />

finalidade possibilitar o centramento necessário para a concentração.<br />

1<br />

ASSISTENTE DE PRODUÇÃO CULTURAL<br />

15


1<br />

16<br />

ARTE E CULTURA I<br />

Desenvolvimento da atividade de respiração:<br />

1. Formar duplas. Se houver número ímpar, você fará par com alguém.<br />

2. As duplas se espalham pela sala, fican<strong>do</strong> uma pessoa de frente para a outra, de pé.<br />

3. Pedir que fechem os olhos, concentrem-se e percebam a respiração <strong>do</strong> colega à<br />

sua frente.<br />

4. Solicitar que busquem sintonizar-se com o ritmo da respiração de seu par, evitan<strong>do</strong><br />

influenciá-lo ou imitá-lo. A dupla deve encontrar a sua respiração.<br />

5. Ao encontrar o ritmo comum, cada dupla deverá dar-se as mãos.<br />

6. O exercício termina com a sala em silêncio, todas as duplas de mãos dadas,<br />

ouvin<strong>do</strong>-se somente o som das respirações.<br />

7. Pedir que abram os olhos, soltem as mãos e, concentra<strong>do</strong>s, dirijam-se aos seus<br />

lugares em silêncio.<br />

Durante a condução da atividade certifique-se de estar sempre fornecen<strong>do</strong> com<br />

suas palavras imagens mentais que ilustrem a trajetória <strong>do</strong> ar, o ritmo <strong>do</strong>s corpos,<br />

os movimentos feitos e a fazer, com a finalidade de não deixar longos perío<strong>do</strong>s de<br />

silêncio em que os alunos poderiam se dispersar.<br />

ATIVIDADE 13<br />

Você deve construir, junto com os alunos, uma redação dissertativa com o tema<br />

proposto. Para isso, é necessário que deixe bem claro para o grupo os três momentos<br />

que compõem uma escrita coerente e organizada: introdução, desenvolvimento<br />

e conclusão. É preciso verificar se os alunos compreenderam o significa<strong>do</strong> de<br />

cada uma dessas etapas.<br />

Introdução: sua tese, sua teoria, sobre o que você vai escrever.<br />

Desenvolvimento: sua antítese, seu raciocínio, o que o leva a pensar dessa forma,<br />

como você chegou a esse reciocínio.<br />

Conclusão: sua síntese, sua palavra final, o resulta<strong>do</strong> de tu<strong>do</strong> o que você pensou.<br />

No Guia de Estu<strong>do</strong> essas etapas estão relacionadas a três parágrafos. À medida em<br />

que os alunos adquirem mais fluidez na escrita, você pode mostrar-lhes que cada<br />

uma dessas etapas pode ser composta de mais de um parágrafo.<br />

ATIVIDADES 14 E 15<br />

O objetivo dessas atividades é levar os alunos a perceberem que fazer uma festa<br />

para um amigo é produção e implica numa série de itens que devem ser lista<strong>do</strong>s,<br />

decidi<strong>do</strong>s e executa<strong>do</strong>s. Como uma produção não se realiza sozinha, é necessário<br />

planejar também a divisão de tarefas. Observe se todas as perguntas <strong>do</strong> Guia de<br />

Estu<strong>do</strong> foram respondidas satisfatoriamente.<br />

Explore a ATIVIDADE 15 ao máximo, buscan<strong>do</strong> elementos que porventura possam<br />

ter si<strong>do</strong> esqueci<strong>do</strong>s.


ATIVIDADE 16<br />

Com base na orientação feita anteriormente, construa com os alunos uma única<br />

festa. Aproveite as idéias sugeridas pelos alunos e, quan<strong>do</strong> as idéias forem antagônicas,<br />

proponha uma decisão por p<strong>arte</strong> da turma.<br />

Música – Língua : a letra possibilita que você mostre a importância de <strong>do</strong>minar bem<br />

a língua portuguesa. Só com esse conhecimento é possível fazer jogos de palavras,<br />

explorar senti<strong>do</strong>s diversos, expressar-se com clareza. Reforce a necessidade da escrita e<br />

<strong>do</strong> registro como instrumentos fundamentais para a produção. Sugerimos que você<br />

coloque a música para ser ouvida, enquanto o grupo acompanha a letra. Caso você não<br />

tenha acesso ao equipamento de som, leia apenas a primeira estrofe.<br />

Tarefa externa – esta é uma atividade de pesquisa. O resulta<strong>do</strong> da mesma será<br />

utiliza<strong>do</strong> na atividade 20. Estimule os alunos a se aprofundarem na profissão que<br />

escolherem para pesquisar.<br />

ATIVIDADES 17, 18 E 19<br />

A finalidade dessas atividades é fazer com que os alunos percebam que grande<br />

p<strong>arte</strong> das dificuldades encontradas numa produção <strong>cultura</strong>l pode ser evitada se<br />

houver um bom planejamento. Para isto, eles precisarão rever o processo de organização<br />

<strong>do</strong> evento produzi<strong>do</strong> (festa de Antonio), lembrar e discutir as dificuldades<br />

encontradas e propor soluções para as mesmas.<br />

ATIVIDADE 17 - deve ser feita em plenário, com o registro simultâneo no quadro.<br />

ATIVIDADE 18 - sugerimos a leitura dramática <strong>do</strong> poema para introduzir um<br />

aspecto lúdico no trato com a dificuldade. É importante que os alunos possam<br />

incorporar a idéia de flexibilidade e criatividade como instrumentos eficazes para<br />

se encontrar soluções para os problemas. Após esta leitura, devem ser reuni<strong>do</strong>s os<br />

mesmos subgrupos da organização da festa para listagem das dificuldades encontradas<br />

na produção <strong>do</strong> evento. Os subgrupos receberão fichas de cartolina (tarjetas)<br />

e pincel atômico de cor escura, preferencialmente preto, para escrever as dificuldades,<br />

uma em cada tarjeta. Você deve dar 5 tarjetas para cada subgrupo. Durante a<br />

plenária de apresentação, as tarjetas serão afixadas com fita crepe no quadro. Depois<br />

que to<strong>do</strong>s os subgrupos tiverem apresenta<strong>do</strong> suas dificuldades, você e o grupo<br />

irão juntá-las por tipo de dificuldade, de mo<strong>do</strong> que, na atividade 19, você possa<br />

trabalhar com 5 ou 6 dificuldades mais comuns.<br />

ATIVIDADE 19 - organize subgrupos diferentes <strong>do</strong>s que organizaram a festa<br />

para trabalhar com cada dificuldade. Sugestão para a escolha da dificuldade:<br />

atribua uma cor a cada dificuldade e sorteie papéis colori<strong>do</strong>s para os alunos;<br />

os alunos com a mesma cor formam um subgrupo e ficam com a dificuldade<br />

de cor correspondente. Ou numere as dificuldades e atribua números aos alunos<br />

aleatoriamente; os alunos com o número igual formam um subgrupo e<br />

recebem a dificuldade com a mesma numeração <strong>do</strong> grupo. A conclusão de<br />

cada subgrupo será apresentada de forma criativa. Para finalizar se fará a leitura<br />

coletiva <strong>do</strong> poema “Resulta<strong>do</strong>s”.<br />

1<br />

ASSISTENTE DE PRODUÇÃO CULTURAL<br />

17


1<br />

18<br />

ARTE E CULTURA I<br />

1.4 - PROJETO DE PRODUÇÃO CULTURAL<br />

Este subtópico ocupa a maior p<strong>arte</strong> da ocupação de assistente de produção <strong>cultura</strong>l,<br />

em função da importância que tem o projeto de produção nesta atividade profissional.<br />

Produção <strong>cultura</strong>l é fundamentalmente uma atividade de planejamento, e<br />

pode ser vista tanto como processo quanto como produto. Enquanto processo, os<br />

alunos devem ser leva<strong>do</strong>s a desenvolver o raciocínio estratégico, a pensar a produção<br />

em sua totalidade, antecipan<strong>do</strong> mentalmente os acontecimentos, imaginan<strong>do</strong><br />

possibilidades distintas, e crian<strong>do</strong> cursos possíveis de ação. Como processo de<br />

pensamento, a produção está na “cabeça” de quem produz, mas isto não é suficiente<br />

para que estas ações aconteçam. É preciso que to<strong>do</strong>s os envolvi<strong>do</strong>s conheçam<br />

estas idéias. Enquanto produto, a produção <strong>cultura</strong>l precisa resultar num projeto<br />

que torne visível o processo imagina<strong>do</strong>, permitin<strong>do</strong> a apresentação clara <strong>do</strong> que se<br />

quer empreender. Além de importantíssimo instrumento de captação de recursos,<br />

o projeto de produção mantém o foco no objetivo da atividade e auxilia a<br />

visualização coletiva da participação de todas as pessoas envolvidas.<br />

Para reduzir qualquer possível resistência a esta p<strong>arte</strong> <strong>do</strong> trabalho, é essencial que<br />

os alunos percebam a importância <strong>do</strong> planejamento, tanto como forma de organizar<br />

o raciocínio e reduzir os erros de implementação da atividade <strong>cultura</strong>l, quanto<br />

como instrumento de captação de recursos.<br />

Este subtópico foi estrutura<strong>do</strong> a partir de três blocos de atividades: um bloco mais<br />

relaciona<strong>do</strong> à concepção <strong>do</strong> projeto, que vai da atividade 20 até a 30; um segun<strong>do</strong><br />

bloco relaciona<strong>do</strong> às tarefas mais associadas aos números, que englobam as atividades<br />

31 a 39; e um último bloco abordan<strong>do</strong> os aspectos referentes à divulgação,<br />

incluin<strong>do</strong> as atividades 40 a 43. As atividades 44 a 47 são referentes à avaliação <strong>do</strong>s<br />

alunos através da elaboração de um projeto de produção <strong>cultura</strong>l.<br />

ATIVIDADES 20 A 23<br />

Estas atividades levam os alunos a saberem um pouco mais sobre as profissões<br />

ligadas à produção <strong>cultura</strong>l. É interessante que os alunos conheçam a variedade de<br />

funções existentes nesse universo. Mas é preciso ter cuida<strong>do</strong> para que a especificidade<br />

descrita não seja percebida como um fator limitante para a realização das atividades<br />

<strong>cultura</strong>is que os alunos pretendem desenvolver. No caso <strong>do</strong>s grupos populares,<br />

é comum uma mesma pessoa assumir diferentes funções, às vezes sem o conhecimento<br />

específico necessário. Embora isto possa criar algumas dificuldades, não é<br />

impedimento para a realização <strong>do</strong> evento que, muitas vezes, só pode ocorrer nessas<br />

condições.<br />

ATIVIDADE 20 - Antes de iniciar a atividade faça a leitura <strong>do</strong> texto A Carpintaria<br />

e explore com os alunos a mensagem contida no mesmo.Utilize a pesquisa solicitada<br />

como tarefa externa proposta ao final da atividade 16. Depois conduza o


plenário de mo<strong>do</strong> a que cada aluno apresente a sua pesquisa e possa responder às<br />

perguntas que porventura forem feitas pelos colegas.<br />

ATIVIDADE 21 - Você deverá montar com os alunos um varal de profissões a<br />

partir <strong>do</strong>s cartazes elabora<strong>do</strong>s por eles. Sugestão: utilizar uma corda de varal (ou<br />

barbante) presa em <strong>do</strong>is pontos da parede e pendurar os cartazes com prega<strong>do</strong>res.<br />

A exposição <strong>do</strong>s cartazes em forma de varal permite o seu manuseio com facilidade<br />

em outras atividades. Coloque à disposição <strong>do</strong> grupo revistas, canetas, pilots,<br />

tesoura, cola e papel.<br />

ATIVIDADE 22 - Os alunos vão recorrer às figuras apresentadas na atividade 05<br />

<strong>do</strong> Guia de Estu<strong>do</strong>. O objetivo é identificar nas expressões <strong>cultura</strong>is e artísticas as<br />

profissões envolvidas. A partir dessas profissões você irá conversar com o grupo<br />

sobre as profissões relacionadas à produção <strong>cultura</strong>l.<br />

ATIVIDADE 23 - Antes de iniciar, sugerimos que você apresente imagens de<br />

profissionais realizan<strong>do</strong> atividades para que os alunos os identifiquem. Depois leia<br />

com os alunos a lista de profissões contida no Guia, conversan<strong>do</strong> sobre as mesmas.<br />

ATIVIDADES 24 A 27<br />

O objetivo dessas atividades é mostrar que toda produção <strong>cultura</strong>l precisa ser pensada<br />

em termos de tempo. Não só o tempo de realização como também o tempo<br />

de preparação <strong>do</strong> evento. As diversas atividades preparatórias precisam estar previstas<br />

para evitar atrasos e surpresas desnecessárias. Por exemplo: quan<strong>do</strong> devo<br />

estar com o figurino pronto? Em que momento preciso começar a divulgar o evento?<br />

O que deve ser feito antes e o que pode ficar para depois? É importante destacar<br />

para o grupo que o cronograma não se trata de uma mera formalidade, mas se<br />

constitui numa ajuda real para a organização das tarefas necessárias ao sucesso <strong>do</strong><br />

evento.<br />

ATIVIDADE 24 - Destina-se a fazer com que os alunos percebam que existe uma<br />

lógica temporal nas situações. Várias seqüências são possíveis, o que importa é a<br />

explicação dada pelo aluno sobre a ordenação que fez. Depois que to<strong>do</strong>s, individualmente,<br />

houverem cria<strong>do</strong> a sua história, peça a alguns voluntários para relatá-la. É<br />

importante ressaltar o senti<strong>do</strong> da lógica temporal de cada seqüência apresentada.<br />

ATIVIDADE 25 - Peça aos alunos que quiserem, para ler a definição que escreveram<br />

no Guia de Estu<strong>do</strong>. Mostre a etimologia da palavra cronograma:<br />

Crono - <strong>do</strong> grego CRONOS que significa tempo. Veja outras palavras com a mesma<br />

raiz. Exemplo: cronologia, cronômetro.<br />

Grama - <strong>do</strong> grego GRAMA que significa representação gráfica. Exemplo: organograma,<br />

ideograma, fluxograma.<br />

Leia com o grupo a definição dada pelo dicionário Aurélio e explique-a termo a<br />

termo, conforme o Guia de Estu<strong>do</strong>.<br />

ATIVIDADE 26 - Faça a leitura <strong>do</strong> cronograma com o grupo antes da escrita<br />

individual sugerida.<br />

1<br />

ASSISTENTE DE PRODUÇÃO CULTURAL<br />

19


1<br />

20<br />

ARTE E CULTURA I<br />

ATIVIDADE 27 - Retome a descrição das tarefas necessárias para a realização<br />

da festa de Antonio (atividade 17) e construa coletivamente o cronograma<br />

da mesma.<br />

A música proposta no final da atividade tem como finalidade incutir ânimo e<br />

incentivá-los a persistir nos seus objetivos. Cantá-la em conjunto ajudará a reduzir<br />

o cansaço mental e aliviar as tensões.<br />

ATIVIDADES 28 A 30<br />

A partir dessas atividades, os alunos aprenderão a elaborar um projeto de produção<br />

<strong>cultura</strong>l. É importante desmistificar a idéia de que projetos são escritos apenas<br />

por especialistas, estan<strong>do</strong> inacessíveis à maioria das pessoas.<br />

ATIVIDADE 28 - Você deve destacar que a elaboração de um projeto diz respeito à<br />

capacidade de responder a determinadas perguntas. Quan<strong>do</strong> não se tem as respostas a<br />

essas perguntas, o projeto precisa ser mais discuti<strong>do</strong>, pois seus organiza<strong>do</strong>res ainda<br />

estão inseguros sobre o que querem produzir, para quem e como.<br />

ATIVIDADE 29 - Essas perguntas devem ser relacionadas com os termos específicos<br />

de um projeto, a saber:<br />

Apresentação - relato <strong>do</strong> que é o projeto (o quê).<br />

Justificativa - descrição da importância <strong>do</strong> projeto, levan<strong>do</strong> em conta a situação<br />

atual na qual o mesmo pretende intervir (por quê). Exemplo: por que quero fazer<br />

um show musical em determinada cidade <strong>do</strong> interior? Resposta: porque, no momento,<br />

os mora<strong>do</strong>res da cidade não dispõem de nenhuma atividade de lazer, não<br />

conhecem manifestações artísticas desta natureza, etc.<br />

Objetivo - descrição <strong>do</strong> que se pretende alcançar com a atividade (para quê).<br />

No exemplo anterior, o objetivo poderia ser despertar o gosto musical <strong>do</strong>s<br />

mora<strong>do</strong>res, ampliar o conhecimento sobre estilos musicais, propiciar espaços<br />

de lazer, etc.<br />

Público-alvo - estabelecimento <strong>do</strong> grupo para quem a atividade é destinada e<br />

quantas pessoas pretende-se atingir (para quem). No exemplo acima diríamos:<br />

mora<strong>do</strong>res de tal cidade, <strong>do</strong>s bairros com baixa escolaridade, de diversas faixas<br />

etárias.<br />

Estrutura da produção - relato de como vai ser feita a atividade. Descrição das<br />

tarefas preparatórias e das referentes ao evento propriamente dito (como).<br />

Cronograma – organização de todas as tarefas no tempo (quan<strong>do</strong>).<br />

Orçamento - descrição <strong>do</strong>s custos de produção <strong>do</strong> evento (quanto).<br />

Você deve orientar a reescrita com base na estrutura de redação já trabalhada pelo<br />

grupo na atividade 13.<br />

ATIVIDADE 30 - As redações <strong>do</strong>s subgrupos são recolhidas e redistribuídas.<br />

Sugerimos que um grupo apresente o projeto <strong>do</strong> outro como se fosse o seu. Analise<br />

em cada apresentação se há lacunas e se elas pertencem ao texto ou ao relato<br />

feito oralmente.


ATIVIDADES 31 A 36<br />

Estas atividades objetivam ajudar os alunos a orçar a produção que vão realizar.<br />

Para isso é necessário que identifiquem os diferentes tipos de recursos envolvi<strong>do</strong>s<br />

numa produção e aprendam a transformar esses recursos em valores.<br />

ATIVIDADE 31 - Os alunos continuam a trabalhar em subgrupos. Incentive os<br />

subgrupos a listarem to<strong>do</strong> o necessário para a produção da atividade sem esquecer<br />

nenhum detalhe. Dê tarjetas de cores diferentes para cada subgrupo de mo<strong>do</strong> que<br />

cada um tenha todas as tarjetas da mesma cor e que essa cor seja diferente da <strong>do</strong>s<br />

demais. Solicite que cada item da lista seja coloca<strong>do</strong> em uma tarjeta. Guarde as<br />

tarjetas para a atividade 34.<br />

ATIVIDADE 32 - Antes da leitura <strong>do</strong> Guia de Estu<strong>do</strong>, utilize um objeto concreto<br />

da sala, sugerimos uma cadeira, e pergunte aos alunos o que é preciso para produzir<br />

este objeto. Provavelmente, as respostas iniciais dirão respeito ao material utiliza<strong>do</strong><br />

(recursos materiais). Mas, para a utilização desse material, são necessárias<br />

pessoas (recursos humanos) que devem ter o conhecimento de como fazer este<br />

objeto (recursos tecnológicos). Além disso, para comprar o material e pagar às<br />

pessoas é preciso dinheiro (recursos financeiros). Pronto o objeto, algo tem que<br />

ser feito com ele, ou seja, ele se destina a alguém que precisa necessitá-lo ou desejálo<br />

(recursos de marketing).<br />

ATIVIDADE 33 - A tabela apresentada no Guia de Estu<strong>do</strong> deve ser reproduzida<br />

em tamanho grande no quadro. Os grupos apresentarão a lista feita na atividade<br />

31, colocan<strong>do</strong> cada tarjeta na coluna <strong>do</strong> recurso ao qual ela se refere. Exemplo: a<br />

ação “contratar a costureira” deve ser colocada em recursos humanos enquanto<br />

“comprar o teci<strong>do</strong> para o figurino” deve estar em recursos materiais. “Buscar patrocínio”<br />

pertence à coluna <strong>do</strong>s recursos financeiros. Os “ensaios e apresentação<br />

<strong>do</strong> espetáculo” fazem p<strong>arte</strong> <strong>do</strong>s recursos tecnológicos assim como a “iluminação e<br />

operação <strong>do</strong> som”. Já a “divulgação <strong>do</strong> espetáculo” deve compor a coluna <strong>do</strong><br />

marketing. Provavelmente, algumas colunas estarão mais cheias <strong>do</strong> que outras. Isto<br />

pode indicar que tarefas necessárias estão sen<strong>do</strong> pouco consideradas pelos alunos.<br />

ATIVIDADE 34 - Peça aos alunos que registrem as suas observações após a análise<br />

da tabela que você terá feito coletivamente, chaman<strong>do</strong> a atenção para os itens<br />

que tenham si<strong>do</strong> coloca<strong>do</strong>s em colunas diferentes pelos diversos grupos.<br />

ATIVIDADES 35 E 36<br />

Estas atividades vão envolver raciocínio matemático. Isto exigirá para alguns alunos<br />

um esforço maior. Sugerimos que, antes de iniciar esse bloco de atividades, seja<br />

realizada a dinâmica intitulada Dança/Empurra, cujo desenvolvimento descrevemos<br />

a seguir:<br />

1. Pedir aos alunos que formem duplas, um de frente para o outro, de pé, espalha<strong>do</strong>s<br />

pela sala.<br />

2. Colocar a palma das mãos encostadas na palma das mãos <strong>do</strong> par.<br />

3. Iniciar uma música dançante que não seja muito rápida, mas tenha ritmo.<br />

1<br />

ASSISTENTE DE PRODUÇÃO CULTURAL<br />

21


1<br />

22<br />

ARTE E CULTURA I<br />

4. Pedir que dancem ao som da música sem desencostar as palmas das mãos. Dar<br />

alguns segun<strong>do</strong>s para que dancem.<br />

5. Parar a música e pedir que as duplas se empurrem com a maior força possível<br />

sem desencostar as mãos. É proibi<strong>do</strong> segurar a mão <strong>do</strong> parceiro. Dar alguns<br />

segun<strong>do</strong>s.<br />

6. Iniciar a música novamente. Repetir a seqüência três ou quatro vezes, explican<strong>do</strong><br />

que quan<strong>do</strong> a música parar devem se empurrar e quan<strong>do</strong> tocar devem dançar.<br />

Após a dinâmica, perguntar aos alunos como se sentiram realizan<strong>do</strong> a atividade e<br />

que associação fazem entre a atividade e o processo de produção <strong>cultura</strong>l. Depois<br />

de feitos os comentários, você deve chamar a atenção para o fato de que o processo<br />

de produção tem momentos prazerosos e outros de grande tensão, porém sempre<br />

vivi<strong>do</strong>s em parceria. É preciso estar prepara<strong>do</strong> para lidar com ambos sem<br />

abater-se. Conclua com o trecho <strong>do</strong> Guia de Estu<strong>do</strong> que inicia a atividade 35.<br />

ATIVIDADE 35 - O exemplo de orçamento utiliza<strong>do</strong> é real e diz respeito à produção<br />

de um espetáculo teatral que é a culminância de um projeto com jovens<br />

desenvolvi<strong>do</strong> por um grupo de teatro ama<strong>do</strong>r de um bairro de periferia da cidade<br />

de Salva<strong>do</strong>r, Bahia, em 2005.<br />

ATIVIDADE 36 - Você deve estar atento às apresentações, verifican<strong>do</strong> se algum<br />

grupo lembrou de colocar no orçamento os impostos devi<strong>do</strong>s. Chame a atenção<br />

para este fato.<br />

ATIVIDADES 37 A 39<br />

Estas atividades dizem respeito aos impostos que são cobra<strong>do</strong>s de to<strong>do</strong>s os profissionais.<br />

É preciso mostrar aos alunos que o imposto tem uma função social importante,<br />

a de gerar a arrecadação necessária para o investimento público que reverte<br />

em serviços ofereci<strong>do</strong>s à população. Siga detalhadamente os tópicos <strong>do</strong> Guia<br />

de Estu<strong>do</strong>, len<strong>do</strong> e explican<strong>do</strong> as informações contempladas.<br />

ATIVIDADES 40 A 43<br />

Estas atividades dizem respeito ao aprendiza<strong>do</strong> da divulgação como p<strong>arte</strong> integrante<br />

<strong>do</strong> projeto <strong>cultura</strong>l. Recomendamos que você inicie o assunto construin<strong>do</strong><br />

o conceito de divulgação a partir das definições trazidas pelos alunos. Deve ser<br />

destaca<strong>do</strong> que todas as formas de definir divulgação dão a idéia de expansão, de<br />

espalhar o máximo possível, de tornar público.<br />

É importante que os alunos percebam que a produção só realiza sua finalidade<br />

quan<strong>do</strong> é apreciada ou consumida por alguém. Para atrair o interesse das pessoas,<br />

devem ser enfatizadas as características <strong>do</strong> produto que mais se adeqüam ao momento<br />

em questão e ao público alvo.<br />

ATIVIDADE 41 - Você deve ficar atento(a) para que as propagandas criadas pelos<br />

alunos sobre si mesmos não sejam alvo de comentários que desqualifiquem seus<br />

autores. Ofereça material para a composição da propaganda.


ATIVIDADE 42 - Os alunos irão desenvolver formas de divulgar um determina<strong>do</strong><br />

produto <strong>cultura</strong>l. Qualquer produto pode ser escolhi<strong>do</strong>: festivais, datas comemorativas,<br />

filmes, peças de teatro, shows musicais, exposições, lançamento de livro,<br />

feiras e muitos outros. Sugerimos que a turma trabalhe a partir de um único produto<br />

<strong>cultura</strong>l, que deve ser escolhi<strong>do</strong> em conjunto. A escolha de um único produto<br />

vai possibilitar a percepção das diversas formas possíveis de divulgação que podem<br />

ser utilizadas. Existem inúmeras formas possíveis de divulgar um produto:<br />

TV, jornal, revista, folder, out<strong>do</strong>or, banner, panfletos, balões, internet, mala direta,<br />

bus<strong>do</strong>or, entre outros. Você não deve citá-las no início da atividade , permitin<strong>do</strong><br />

que os alunos criem livremente, dan<strong>do</strong> asas à sua imaginação.<br />

Sugerimos a seguinte seqüência:<br />

a) Divida a turma em grupos de três pessoas, de mo<strong>do</strong> a formar 10 grupos;<br />

b) Escolha, por sorteio, quem será o primeiro grupo, o segun<strong>do</strong>, o terceiro e assim<br />

por diante até o décimo;<br />

c) Você entregará uma folha de papel ao primeiro grupo, que deverá escrever uma<br />

forma de divulgação para aquele produto <strong>cultura</strong>l, passan<strong>do</strong>, em seguida, a folha<br />

ao segun<strong>do</strong> grupo;<br />

d) A folha rodará por to<strong>do</strong>s os grupos, seguin<strong>do</strong> a ordem sorteada. Após algumas<br />

rodadas, as idéias começarão a escassear. O grupo que não escrever uma idéia<br />

em cinco segun<strong>do</strong>s, deverá passar a folha adiante e ficar de fora, até que reste<br />

apenas um grupo – o vence<strong>do</strong>r.<br />

Após a atividade, você analisará a lista produzida pelos grupos, observan<strong>do</strong> as<br />

idéias sugeridas, orientan<strong>do</strong> que os alunos registrem estas observações em seus<br />

cadernos, pois um dia poderão ser úteis.<br />

Para finalizar esta discussão, cada aluno pode escolher uma das formas de divulgação<br />

sugeridas e criar a propaganda <strong>do</strong> produto (atividade 43), afixan<strong>do</strong>-a no varal<br />

da sala. Para isso, distribua papéis, lápis de cor, hidrocor, cola, tesoura e outros<br />

materiais.<br />

ATIVIDADE 44 A 46<br />

Estas atividades têm por finalidade integrar os conteú<strong>do</strong>s <strong>do</strong> tópico, levan<strong>do</strong> os<br />

alunos a elaborar e apresentar um projeto de produção <strong>cultura</strong>l.<br />

Serão retoma<strong>do</strong>s os mesmos grupos que desenvolveram a atividade 23 (elaboração<br />

<strong>do</strong> projeto). Os grupos deverão escrever o projeto (atividade 44), seguin<strong>do</strong> o<br />

roteiro <strong>do</strong> Guia de Estu<strong>do</strong>, e depois encontrar uma forma criativa de apresentar o<br />

projeto à turma, como se estivessem apresentan<strong>do</strong> a um possível financia<strong>do</strong>r (atividade<br />

45).<br />

Depois da apresentação <strong>do</strong>s grupos é importante que a turma analise cada projeto<br />

(atividade 46), de mo<strong>do</strong> a possibilitar que os alunos percebam a importância de<br />

ter todas as questões respondidas com coerência.<br />

1<br />

ASSISTENTE DE PRODUÇÃO CULTURAL<br />

23


1<br />

ARTE E CULTURA I<br />

Sugerimos, para esta avaliação, que você escolha com a turma um <strong>do</strong>s projetos<br />

apresenta<strong>do</strong>s e analise-o a partir <strong>do</strong> quadro conti<strong>do</strong> no Guia de Estu<strong>do</strong>. Depois<br />

peça aos grupos que analisem seus próprios projetos, ten<strong>do</strong> como referência o<br />

mesmo quadro.<br />

Na finalização deste bloco vale refletir com os alunos as seguintes observações:<br />

a) Ter sempre em mente o produto <strong>cultura</strong>l que querem realizar e qual seu objetivo.<br />

A clareza <strong>do</strong> objetivo ajuda a saber como agir diante <strong>do</strong>s obstáculos ou mudanças<br />

de curso necessárias;<br />

b)Pensar com esperança (Visão de Futuro) e com planejamento (Senso de Realidade).<br />

Estas duas forças devem ser equilibradas no dia-a-dia da produção <strong>cultura</strong>l.<br />

c) Olhar o passa<strong>do</strong> (o que foi feito antes) para corrigir os erros, avalian<strong>do</strong> e crian<strong>do</strong><br />

novas possibilidades;<br />

d)Deixar muito claras as tarefas e responsabilidades de cada um, buscan<strong>do</strong> sempre<br />

cumprir os prazos estabeleci<strong>do</strong>s;<br />

e) O projeto deve estar integra<strong>do</strong> desde a capa até o orçamento. É importante<br />

destacar a importância da coerência interna <strong>do</strong> <strong>do</strong>cumento.<br />

ATIVIDADE 47<br />

Leia com o grupo as informações sobre as leis de incentivo <strong>cultura</strong>l e explore o<br />

conteú<strong>do</strong> <strong>do</strong>s lembretes, pois apresentam procedimentos importantes para os alunos<br />

que, por ventura, vierem a elaborar projetos e buscar financia<strong>do</strong>res.<br />

ATIVIDADE 48<br />

Trata-se da avaliação final. Oriente os alunos a responder no Guia de Estu<strong>do</strong> as<br />

perguntas formuladas. Dê um tempo para que executem a atividade e peça que<br />

reproduzam numa folha avulsa as respostas dadas.


APRESENTAÇÃO DO TÓPICO 2:<br />

ELEMENTOS DO TEATRO<br />

Este tópico refere-se aos Elementos <strong>do</strong> Teatro que constituem a base para as<br />

ocupações que fazem p<strong>arte</strong> deste Arco. Os exercícios aqui apresenta<strong>do</strong>s têm o<br />

propósito de desenvolver a criatividade <strong>do</strong>s alunos e enriquecer a sua perfomance,<br />

através da interpretação teatral. Conduzir um processo de interpretação<br />

teatral requer um certo “jogo de cintura”. Dito assim, você já deve imaginar<br />

que terá que ser o mais adaptável possível às diferentes personalidades que<br />

encontrará na sala de aula. O material de trabalho, aqui, é o ser humano, com<br />

todas as suas virtudes e defeitos. Você deve estar prepara<strong>do</strong> para tratar com<br />

humores diversos, esta<strong>do</strong>s de espírito nem sempre abertos, dificuldades de<br />

caráter emocional e muitos outros empecilhos que surgirão neste contato íntimo<br />

e emocionante que o teatro pode proporcionar.<br />

Calma! Isso não é um aviso desestimulante, mas um “toque” para que você não se<br />

sinta abati<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> um aluno, ou mesmo uma turma inteira, parecer não estar<br />

embarcan<strong>do</strong> em algumas das atividades <strong>do</strong> universo teatral, que poderão parecer,<br />

à primeira vista, sem senti<strong>do</strong>, bobas e infantis. Lembre-se que teatro é uma grande<br />

brincadeira que envolve emoção, um pouco de “loucura”, e não ter vergonha de se<br />

expor frente aos colegas – afinal de contas o intérprete precisa ser um pouco mais<br />

exibi<strong>do</strong> <strong>do</strong> que os outros – e possuir muita coragem e orgulho <strong>do</strong> que está fazen<strong>do</strong>.<br />

O teatro tem como finalidade “exibir um espelho da vida” como dizia o grande<br />

dramaturgo inglês William Shakespeare, “mostrar à virtude sua própria expressão,<br />

ao ridículo sua própria imagem e, a cada época e geração sua forma e efígie” (Hamlet).<br />

A base <strong>do</strong> teatro é a idéia de que as pessoas são assim mesmo: virtuosas, ridículas,<br />

engraçadas, tristes, vingativas, patéticas, estúpidas, trágicas, cômicas, dramáticas,<br />

infantis, bobas, sem senti<strong>do</strong>. Os exercícios propostos no Guia de Estu<strong>do</strong><br />

passeiam por to<strong>do</strong>s esses sentimentos, sensações e emoções. É importante<br />

destacar que individualmente podemos não ter todas essas características,<br />

mas os personagens que vamos interpretar podem tê-las. Mesmo que não sejamos<br />

ridículos, vingativos ou engraça<strong>do</strong>s, nosso trabalho de intérprete teatral é<br />

procurar tu<strong>do</strong> isso dentro e fora de cada um de nós, observan<strong>do</strong>, imitan<strong>do</strong>,<br />

representan<strong>do</strong>, interpretan<strong>do</strong>. E isso requer muita dedicação!<br />

A estrutura proposta para o tópico de Elementos <strong>do</strong> Teatro tem como objetivo<br />

apresentar, inicialmente, os elementos essenciais desta ocupação, explorar as capacidades<br />

<strong>do</strong>s alunos em relação a estes elementos, orientar o processo de construção<br />

<strong>do</strong> personagem e ajudá-los na estruturação de uma cena teatral.<br />

Você poderá visualizar esta estrutura no quadro que descreve o tópico (Tópico 2:<br />

Elementos <strong>do</strong> Teatro).<br />

To<strong>do</strong> trabalho relaciona<strong>do</strong> à interpretação teatral é essencialmente vivencial, ten<strong>do</strong><br />

como matéria prima por excelência “o corpo” <strong>do</strong> ator. A meto<strong>do</strong>logia aqui proposta<br />

não foge a esta regra, mas é fundamental destacar a importância <strong>do</strong> registro<br />

2<br />

ELEMENTOS DO TEATRO


2<br />

26<br />

ARTE E CULTURA I<br />

da vivência no Guia de Estu<strong>do</strong>. O registro permitirá ao aluno rever, a qualquer<br />

tempo, o processo vivencia<strong>do</strong>, ajudan<strong>do</strong>-o a refletir sobre o desenvolvimento da<br />

sua performance.<br />

Além disto, sobretu<strong>do</strong> no universo deste Arco, a leitura e o contato com obras<br />

clássicas, livros, filmes, manifestações <strong>cultura</strong>is e <strong>arte</strong>s em geral constituem a matéria<br />

sobre a qual se constroem a cena e o personagem, o figurino, o cenário, o espetáculo,<br />

o produto <strong>cultura</strong>l.<br />

No Manual <strong>do</strong> Educa<strong>do</strong>r você vai encontrar atividades dispostas em blocos, antes<br />

de serem descritas uma a uma. As atividades que compõem um bloco constituem<br />

uma seqüência e não devem ser desmembradas. É preciso aplicá-las na mesma<br />

aula. Por exemplo: atividades de 49 a 52 constituem um bloco, ten<strong>do</strong> um objetivo<br />

específico. Portanto, devem ser realizadas em seqüência no mesmo dia.<br />

É fundamental que você leia o Manual <strong>do</strong> Educa<strong>do</strong>r concomitantemente com o<br />

Guia de Estu<strong>do</strong>, antes de aplicar as atividades <strong>do</strong> dia, pois estes <strong>do</strong>is materiais se<br />

complementam. Por se tratar de um processo essencialmente prático, muitos exercícios<br />

estão descritos apenas no Manual <strong>do</strong> Educa<strong>do</strong>r.<br />

Seguem algumas dicas para ajudar o seu trabalho:<br />

❚ Realize os exercícios você próprio antes de executá-los com os alunos;<br />

❚ Busque, pesquise mais sobre os assuntos com os quais vai trabalhar. Informação<br />

nunca é demais;.<br />

❚ Fique atento a tu<strong>do</strong> o que se refere ao mun<strong>do</strong> mágico das <strong>arte</strong>s. Leia, assista a filmes e<br />

espetáculos, participe de eventos, visite os pontos <strong>cultura</strong>is de sua cidade;<br />

Sub Tópicos Objetivos Conteú<strong>do</strong>s Atividade Horas<br />

2.1 Interpretação Introduzir noções básicas sobre Introdução aos elementos 49 a 69 15<br />

teatral. os elementos constituintes da <strong>do</strong> teatro;<br />

interpretação teatral. ❚ Corpo;<br />

❚ Voz;<br />

❚ Espaço cênico;<br />

❚ Imaginação.<br />

2.2 Capacidades Desenvolver as competências ❚ Concentração; 70 a 81 09<br />

expressivas e básicas <strong>do</strong> intérprete. ❚ Objetivo;<br />

criativas <strong>do</strong> ❚ Improvisação;<br />

intérprete. ❚ Memorização;<br />

❚ Projeção de voz.<br />

2.3 Construção Desenvolver a capacidade de ❚ Conceito de cena; 82 a 92 09<br />

<strong>do</strong> personagem. observação, imaginação e ❚ Leitura interpretativa;<br />

criação <strong>do</strong> personagem. ❚ Criação de texto;<br />

❚ Observação <strong>do</strong> cotidiano,<br />

aplican<strong>do</strong> os elementos à cena.<br />

2.4 Montagem Aplicar os conhecimentos ❚ Processo de produção de um 93 a 108 17<br />

e apresentação adquiri<strong>do</strong>s na construção texto teatral;<br />

de cena teatral. de um texto teatral e em<br />

sua interpretação.<br />

❚ Montagem de espetáculo.


❚ Mantenha o bom humor, mas seja firme. O aluno deve entender que este é um<br />

processo de formação, que vai exigir estu<strong>do</strong>, dedicação e compromisso.<br />

❚ Nem sempre a atividade sugerida acontece como está sen<strong>do</strong> prevista/proposta.<br />

Esteja atento para a possibilidade de improvisar, sem perder-se <strong>do</strong> objetivo<br />

central.<br />

❚ Não deixe que os trabalhos em dupla ou grupo sejam feitos pelas mesmas pessoas,<br />

salvo quan<strong>do</strong> houver orientação explícita a este respeito.<br />

❚ Sugerimos, ao final de algumas aulas, um “papo cabeça”, isto é , uma conversa em<br />

roda (círculo) sobre os exercícios vivencia<strong>do</strong>s. Cuide para que to<strong>do</strong>s tenham<br />

oportunidade de falar, evitan<strong>do</strong> o monopólio da palavra por alguns alunos, e a<br />

mudez de outros.<br />

❚ Lembre que as atividades <strong>do</strong> teatro utilizam o corpo como instrumento. É essencial<br />

que os alunos vistam roupas confortáveis (calça ou bermuda de teci<strong>do</strong> mole<br />

– tactel, viscose, malha...) e adequadas (evitar tops e shorts), ten<strong>do</strong> sempre em<br />

mãos uma toalhinha pequena.<br />

❚ Chame atenção para os cuida<strong>do</strong>s com a higiene pessoal: estar limpo e assea<strong>do</strong> é<br />

condição para tornar o trabalho agradável. A sala também precisa estar em condições<br />

de higiene favoráveis ao trabalho corporal.<br />

Dito isso, mãos, braços, mentes, coração e emoção à obra!<br />

Bom Trabalho!<br />

2.1 – INTERPRETAÇÃO TEATRAL<br />

ATIVIDADES 49 A 52<br />

Estas quatro atividades pretendem criar um ambiente de confiança e interação para<br />

iniciar adequadamente o conhecimento da ocupação. Três coisas são fundamentais<br />

para isso: uma apresentação das pessoas e de suas expectativas sobre o que vão<br />

iniciar; o entendimento <strong>do</strong>s objetivos <strong>do</strong> tópico; e a definição das regras de convivência<br />

que serão válidas durante o arco.<br />

ATIVIDADE 49 - Existem diversas técnicas de apresentação. É interessante considerar<br />

que estes alunos já estão trabalhan<strong>do</strong> juntos há algum tempo. Neste caso, a apresentação<br />

deve explorar outros aspectos de cada um, além <strong>do</strong> nome próprio. Como este<br />

tópico focaliza em grande p<strong>arte</strong> o corpo e a voz, sugerimos a dinâmica a seguir:<br />

❚ Reúna os alunos em círculo e peça que cada um reflita sobre si mesmo. Um de<br />

cada vez, os alunos deverão ir para o centro da roda, dizer seu nome alia<strong>do</strong> a um<br />

movimento e a um tom de voz que traduzam seu jeito de ser.<br />

2<br />

ELEMENTOS DO TEATRO<br />

27


2<br />

28<br />

ARTE E CULTURA I<br />

❚ Comente ao final da atividade a importância de sermos diferentes uns <strong>do</strong>s outros<br />

e de respeitarmos estas diferenças durante o nosso convívio.<br />

ATIVIDADE 50 - Uma maneira diferente de começar uma oficina de teatro é<br />

perguntan<strong>do</strong> aos alunos o que eles entendem por teatro. Deixe que eles exponham<br />

o seu ponto de vista. Anote as coisas mais importantes. Leia com os alunos o texto<br />

de apresentação <strong>do</strong> tópico, que está no Guia de Estu<strong>do</strong>. Procure encontrar um elo<br />

que una o pensamento de cada um ao texto li<strong>do</strong>. Dê um tempo para que eles registrem<br />

no Guia o seu entendimento sobre o que é teatro. Após este tempo, converse<br />

com a turma sobre as percepções e as expectativas individuais, apresentan<strong>do</strong> a<br />

seguir o objetivo <strong>do</strong> tópico (vide apresentação <strong>do</strong> Manual <strong>do</strong> Educa<strong>do</strong>r).<br />

ATIVIDADE 51 - Leia com os alunos o texto “Alguém, Ninguém, To<strong>do</strong> Mun<strong>do</strong>”,<br />

comentan<strong>do</strong> a importância da colaboração de to<strong>do</strong>s para o bom desempenho<br />

<strong>do</strong> grupo.<br />

Regras de convivência ajudam neste processo, existin<strong>do</strong> em to<strong>do</strong>s os grupos sociais.<br />

O teatro exige algumas regras específicas como as que estão colocadas no<br />

Guia de Estu<strong>do</strong>. Comente cada uma delas. No final, peça aos alunos que<br />

complementem as regras sugeridas com outras que eles considerem essenciais.<br />

É interessante registrar estas regras num papel metro, completan<strong>do</strong>-as com as sugestões<br />

<strong>do</strong>s alunos, de mo<strong>do</strong> a torná-las visíveis no dia-a-dia.<br />

ATIVIDADE 52 - O objetivo desta atividade é descontrair o grupo e experimentar<br />

uma atividade corporal leve – no caso, uma ciranda. Comece com um círculo,<br />

como uma brincadeira de roda. Você pode pedir que os alunos cantem cirandas<br />

locais conhecidas para iniciar. Depois coloque uma música. Sugerimos “Ciranda<br />

da Rosa Vermelha” (Elba Ramalho) ou “Como se fora brincadeira de roda” (Elis<br />

Regina). Depois de dançar em círculo uns minutos, parta a roda onde você está e<br />

inicie um caracol até que você esteja bem no centro, fazen<strong>do</strong> em seguida o movimento<br />

contrário, retornan<strong>do</strong> ao círculo.<br />

Encerre a atividade comentan<strong>do</strong> que as ocupações deste arco são dinâmicas e coletivas,<br />

e que, embora diferentes, possuem uma pulsação comum.<br />

Tarefa de casa - O Guia de Estu<strong>do</strong> contém uma tarefa de casa, importante para<br />

iniciar os exercícios de interpretação. Leia a citação que introduz a tarefa e peça aos<br />

alunos que completem as frases o mais sinceramente possível.<br />

O exercício é para auto conhecimento, não precisará ser exposto em sala, salvo se<br />

algum aluno quiser se manifestar.<br />

ATIVIDADES 53 A 55<br />

“Todas as pessoas são capazes de atuar no palco” (Viola Spolin), mas isso exige uma<br />

decisão interior de se permitir experimentar e explorar as diversas possibilidades de si<br />

mesmo e <strong>do</strong> ambiente em que se está. O trabalho <strong>do</strong> intérprete teatral requer o exercício<br />

e a experimentação contínua <strong>do</strong> corpo, da voz, da expressão, <strong>do</strong> espaço e da capacidade<br />

criativa, elementos estes que são a base da atividade <strong>do</strong> ator.


Ao longo da formação em Elementos <strong>do</strong> Teatro, durante to<strong>do</strong>s os encontros com<br />

os alunos, você deverá desenvolver exercícios de aquecimento corporal, vocal e de<br />

improvisação, mas a cada bloco de atividades estão sen<strong>do</strong> enfoca<strong>do</strong>s elementos<br />

distintos <strong>do</strong> trabalho <strong>do</strong> ator.<br />

Neste bloco de atividades, os exercícios propostos têm por finalidade aquecer o<br />

corpo e a voz, provocar a consciência corporal e exercitar jogos interativos que<br />

desenvolvam a atenção, quebrem bloqueios e criem um clima de descontração.<br />

Para isso é necessário desenvolver possibilidades de movimento e isto se faz através<br />

da sensibilização, vivência e concretização.<br />

ATIVIDADE 53 - Como diz Lola Brikman, no seu livro Linguagem <strong>do</strong> Movimento<br />

Corporal, “corpo e movimento constituem uma unidade que opera por energia;<br />

corpo, energia e movimento formam um to<strong>do</strong>; não haverá movimento sem corpo,<br />

tampouco sem bom uso da energia nele contida”.<br />

a) Para aquecer o corpo e a voz, sugerimos diferentes técnicas:<br />

❚ Em círculo acordar o corpo: espreguiçar, bocejar, esticar braços e pernas,<br />

fazer movimentos circulares nas articulações (pescoço, braço, cotovelo, punhos,<br />

joelhos e tornozelos). Você deve fazer o exercício também, atuan<strong>do</strong><br />

como exemplo da atividade.<br />

❚ Após algum tempo, peça que um aluno de cada vez vá ao centro e sugira um<br />

movimento com a finalidade de aquecer o corpo. Os demais deverão copiá-lo.<br />

❚ Energizar o corpo: nesse exercício, a um coman<strong>do</strong> seu, os alunos devem tremer<br />

to<strong>do</strong> o corpo. Parar, respirar, reiniciar. Acrescentar ao movimento o som de um<br />

besouro (bzzz).<br />

❚ Aquecer a musculatura facial: abrir e fechar a boca de forma exagerada, franzir a<br />

testa, fazer caretas, massagear a musculatura da face.<br />

❚ Colocar a língua para fora, para baixo, para cima. Fazer movimentos circulares,<br />

comprimir os lábios, soltar beijos estala<strong>do</strong>s.<br />

❚ Máscaras faciais: os alunos devem se utilizar <strong>do</strong> próprio rosto para imitar sentimentos<br />

sugeri<strong>do</strong>s por você (me<strong>do</strong>, raiva, alegria, amor, etc...).<br />

❚ Exercícios labiais vocaliza<strong>do</strong>s: vibrar os lábios como brincamos com os bebês,<br />

soltan<strong>do</strong> o ar pela boca. Repetir o exercício, acrescenta<strong>do</strong> som.<br />

❚ Exercícios labiais em dupla: os alunos devem conversar sem utilizar palavras,<br />

repetin<strong>do</strong> o labial vocaliza<strong>do</strong>. Um pergunta, o outro responde. Estimule os alunos<br />

a perceber a musicalidade de uma conversa normal, transportan<strong>do</strong>-a para a<br />

atividade.<br />

❚ Círculo vocal labial: em círculo, a um sinal seu, um voluntário vai até o centro e “fala”,<br />

utilizan<strong>do</strong> o vocal-labial, olhan<strong>do</strong> nos olhos de alguém que, por sua vez, responde na<br />

mesma linguagem. O que entrou primeiro retorna ao círculo, sen<strong>do</strong> substituí<strong>do</strong> pelo<br />

que respondeu, que repete o procedimento com outro aluno. E assim sucessivamente.<br />

É importante que você estimule os alunos a representarem um personagem quan<strong>do</strong><br />

estiverem dialogan<strong>do</strong>, usan<strong>do</strong> o corpo e a entonação de acor<strong>do</strong>.<br />

2<br />

ELEMENTOS DO TEATRO<br />

29


2<br />

30<br />

ARTE E CULTURA I<br />

b) Para interação <strong>do</strong> grupo sugerimos o jogo <strong>do</strong> assassino.<br />

Neste jogo é dada ao grupo uma situação de suspense na qual se solicita aos alunos que<br />

vivam personagens sortea<strong>do</strong>s previamente e através deles desenvolvam o senti<strong>do</strong> de<br />

observação e improviso. Situação: to<strong>do</strong>s estão no saguão de um hotel com a comunicação<br />

para o exterior cortada. Descobrem um cartão com os dizeres “sou um assassino e<br />

vou matá-los”. A tarefa <strong>do</strong> grupo é descobrir quem é o assassino antes que ele os mate.<br />

Explique ao grupo que o criminoso mata com uma piscada de olhos. Quem for contempla<strong>do</strong><br />

com essa piscadela deve esperar alguns segun<strong>do</strong>s para declarar-se morto em<br />

voz alta, sain<strong>do</strong> <strong>do</strong> jogo, sem denunciar o assassino. Os participantes podem acusar<br />

algum suspeito de ser o assassino porém, se este for inocente, quem morre é o acusa<strong>do</strong>r.<br />

O jogo termina quan<strong>do</strong> o assassino for descoberto ou to<strong>do</strong>s estiverem mortos. Os<br />

papéis a serem sortea<strong>do</strong>s são: gerente <strong>do</strong> hotel, camareira, carrega<strong>do</strong>r, porteiro, barman,<br />

garçom e hóspedes (sugira que representem hóspedes de tipos varia<strong>do</strong>s como padre,<br />

cantora lírica, dançarina de bordel, empresário, surfista, político, candidata a miss, etc),<br />

além <strong>do</strong> assassino. É importante que você prepare os papéis a serem sortea<strong>do</strong>s antes da<br />

aula. Após o jogo, faça uma parada para que os alunos registrem no Guia de Estu<strong>do</strong><br />

suas impressões sobre a seqüência de exercícios realizada até o momento. Esta parada<br />

marca o fim da primeira p<strong>arte</strong> da aula.<br />

ATIVIDADE 54 - Forme subgrupos de 5 alunos, distribuin<strong>do</strong> um pedaço de <strong>do</strong>is<br />

metros de papel par<strong>do</strong> (craft) para cada subgrupo. Um aluno <strong>do</strong> subgrupo se deita<br />

sobre o papel enquanto os demais fazem o contorno de seu corpo. Quatro subgrupos<br />

desenham a figura humana de frente, sen<strong>do</strong> duas masculinas e duas femininas;<br />

<strong>do</strong>is subgrupos desenham a figura humana de costas, sen<strong>do</strong> uma masculina e outra<br />

feminina. Os alunos-modelos devem corresponder ao gênero da figura desenhada.<br />

Após feitos os contornos, os subgrupos devem desenhar o corpo da figura, nomean<strong>do</strong><br />

as p<strong>arte</strong>s <strong>do</strong> corpo que identificarem. Durante a realização <strong>do</strong> desenho, você<br />

não deve dar nenhuma orientação específica quanto a p<strong>arte</strong>s <strong>do</strong> corpo que estejam<br />

faltan<strong>do</strong>, nomes incorretos ou desconheci<strong>do</strong>s. Deixe que prevaleça o conhecimento<br />

espontâneo <strong>do</strong>s alunos. Ao final, prenda na parede to<strong>do</strong>s os desenhos. Esta<br />

atividade está associada à subseqüente.<br />

ATIVIDADE 55 - Peça a cada subgrupo que apresente o seu desenho. Terminadas<br />

as apresentações, compare os trabalhos feitos pelos alunos com as figuras humanas<br />

expostas no Guia de Estu<strong>do</strong>, chaman<strong>do</strong> a atenção para as p<strong>arte</strong>s <strong>do</strong> corpo<br />

que costumam ficar esquecidas ou que não foram sinalizadas pelos subgrupos. Ressalte<br />

a importância das articulações para a realização <strong>do</strong>s movimentos corporais.<br />

Papo cabeça – Abra espaço para comentar este bloco de atividades cujo tema foi<br />

corpo e voz.<br />

ATIVIDADES 56 A 60<br />

Essas atividades têm como ponto central desenvolver a consciência da respiração<br />

como preparação para o trabalho de projeção de voz.<br />

ATIVIDADE 56 - Faça a leitura conjunta <strong>do</strong> texto introdutório apresenta<strong>do</strong> no<br />

Guia de Estu<strong>do</strong> e explique a figura que retrata o sistema respiratório.


ATIVIDADE 57 - Trata-se de um exercício prático para conscientização da respiração.<br />

Desenvolvimento:<br />

❚ Formar duplas.<br />

❚ Pedir que as duplas espalhem-se pela sala, com os pares senta<strong>do</strong>s, costas com<br />

costas.<br />

❚ Perceber o movimento respiratório um <strong>do</strong> outro, tentan<strong>do</strong> ouvir o respirar <strong>do</strong><br />

colega. Dar um tempo para isto.<br />

❚ Solicitar que as duplas sentem-se frente a frente, fechan<strong>do</strong> os olhos.<br />

❚ Cada aluno deve concentrar-se na própria respiração, colocan<strong>do</strong> a mão esquerda<br />

no peitoral (altura <strong>do</strong>s brônquios) e a direita sobre o diafragma.<br />

❚ Pedir que retirem as mãos <strong>do</strong> próprio corpo e coloquem a mão direita sobre o<br />

peitoral <strong>do</strong> colega à sua frente. Incentive os alunos a permanecerem de olhos<br />

fecha<strong>do</strong>s, observan<strong>do</strong> o ritmo e o mo<strong>do</strong> como o colega respira.<br />

❚ Solicitar que afastem lentamente a mão <strong>do</strong> corpo <strong>do</strong> par e abram os olhos.<br />

❚ Dar 5 minutos para que as duplas conversem sobre a experiência.<br />

❚ Solicitar que registrem suas impressões no Guia de Estu<strong>do</strong>.<br />

Para finalizar a atividade, leia o trecho conti<strong>do</strong> no Guia de Estu<strong>do</strong> que cita o movimento<br />

<strong>do</strong> diafragma. Ressalte a importância desse músculo para a emissão <strong>do</strong>s<br />

sons (fonação), chaman<strong>do</strong> a atenção <strong>do</strong>s alunos para o fato de que, na respiração,<br />

as cavidades pulmonares ampliam-se pela descida <strong>do</strong> diafragma e elevação das<br />

costelas.<br />

ATIVIDADE 58 - Este é o aquecimento <strong>do</strong> dia. Enquanto direciona os exercícios,<br />

procure relacioná-los à respiração, chaman<strong>do</strong> a atenção <strong>do</strong>s alunos sobre a importância<br />

de estarem atentos ao seu mo<strong>do</strong> de respirar.<br />

Desenvolvimento (com os alunos de pé):<br />

❚ Acordar o corpo, espreguiçan<strong>do</strong> exatamente como fazemos ao despertar. Esticar<br />

pernas, braços, encolhê-los, esticar novamente, bocejar, fazer caretas.<br />

❚ Mexer as articulações. Fazer movimentos circulares com todas as articulações,<br />

começan<strong>do</strong> pelo pescoço até chegar aos pés. Associe movimentos, faça combinações<br />

diversas e, sempre que possível, acrescente da<strong>do</strong>s novos aos exercícios,<br />

pois eles se repetirão no decorrer das aulas e, assim, você estará motivan<strong>do</strong> os<br />

alunos para o aquecimento diário.<br />

❚ Alongar o corpo. Joelhos levemente flexiona<strong>do</strong>s. Deixar a cabeça pender em<br />

direção ao chão, soltan<strong>do</strong> bem o pescoço, braços ao longo <strong>do</strong> corpo. Cada<br />

aluno deve descer até o seu limite. Permanecer 1 minuto nesta posição. Respirar<br />

tranquilamente. Voltar à posição inicial, desenrolan<strong>do</strong> a coluna a partir <strong>do</strong> cóccix,<br />

até chegar à cabeça. Cuide para que a cabeça seja a última p<strong>arte</strong> <strong>do</strong> corpo a<br />

retornar para a posição ereta. Repetir esta seqüência 5 vezes. Ela está ilustrada<br />

no Guia de Estu<strong>do</strong>.<br />

ATIVIDADE 59 - Esta atividade contém uma seqüência de 4 exercícios.<br />

Exercício nº1 (tem como objetivo fortalecer o diafragma):<br />

❚ Pedir que os alunos retomem as duplas da atividade anterior.<br />

2<br />

ELEMENTOS DO TEATRO<br />

31


2<br />

32<br />

ARTE E CULTURA I<br />

❚ Um <strong>do</strong> par se deita de barriga para cima, com os braços ao longo <strong>do</strong> corpo<br />

enquanto o outro se ajoelha ao seu la<strong>do</strong>, apoian<strong>do</strong> a mão fechada em punho<br />

sobre o diafragma daquele, crian<strong>do</strong> resistência à respiração <strong>do</strong> colega.<br />

❚ O aluno que está deita<strong>do</strong> inspira pelo nariz e expira pela boca. O que oferece<br />

resistência deve tomar cuida<strong>do</strong> para não exagerar na pressão feita sobre o diafragma<br />

de seu par.<br />

Este exercício ajuda no fortalecimento da respiração e sustentação <strong>do</strong> som. Sugira<br />

aos alunos que façam esse exercício diariamente, substituin<strong>do</strong> a mão <strong>do</strong><br />

colega por um quilo de feijão ou um saco de areia com este peso.<br />

Exercício nº 2 (tem como objetivo a improvisação):<br />

❚ Alunos deita<strong>do</strong>s de barriga para cima.<br />

❚ Fechar os olhos. Bocejar, suspirar, emitir som nasal – hmmm!<br />

❚ Deixar o som sair de to<strong>do</strong>s como se saísse de uma só pessoa. Tentar unificar o<br />

som ao máximo.<br />

❚ Explique ao grupo que você irá tocar um aluno por vez. Ao ser toca<strong>do</strong>, este<br />

aluno deve improvisar outro som.<br />

❚ Peça ao grupo que fique atento ao novo som e que continue a sustentar o som<br />

nasal, agora num tom mais baixo como um fun<strong>do</strong> sonoro.<br />

❚ Repita o toque até que to<strong>do</strong>s tenham passa<strong>do</strong> pela experiência da improvisação<br />

<strong>do</strong> som.<br />

❚ Para terminar, solicite que o som vá desaparecen<strong>do</strong> como se fosse guarda<strong>do</strong><br />

dentro de cada um.<br />

❚ Espreguiçar-se mais uma vez e abrir os olhos devagar.<br />

Exercício nº 3 (tem como objetivo trabalhar as inflexões da voz):<br />

❚ Grupo de pé, em círculo.<br />

❚ Pedir que repitam o som emiti<strong>do</strong> por você. Emita sons de vogais abertas (ahh!<br />

ehh!), procuran<strong>do</strong> dar inflexões variadas (perguntan<strong>do</strong>, comentan<strong>do</strong>, afirman<strong>do</strong>,<br />

critican<strong>do</strong>, choran<strong>do</strong>, com raiva, triste, de forma amorosa, etc).<br />

❚ Depois de algum tempo com os alunos repetin<strong>do</strong> os sons ditos por você, dê a vez<br />

a um aluno para que conduza o grupo. Faça um rodízio de alunos condutores.<br />

❚ Solicitar aos alunos que introduzam o corpo no exercício, fazen<strong>do</strong> gestos.<br />

❚ Formar trios, pedin<strong>do</strong> que conversem com sons e entonações.<br />

Exercício nº 4 (tem como objetivo a projeção de voz):<br />

❚ De pé, em círculo;<br />

❚ Pedir que emitam o som aberto (ahh!), abaixan<strong>do</strong> o volume à medida que o<br />

círculo se fecha e aumentan<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> se abre.<br />

❚ Dirija o movimento <strong>do</strong> círculo, repetin<strong>do</strong> várias vezes o movimento.<br />

❚ Formar duplas. Solicitar que, nas duplas, o par se afaste aos poucos, manten<strong>do</strong><br />

o som (ahh!) no volume suficiente apenas para ser ouvi<strong>do</strong> pelo colega. Cada<br />

participante da dupla deve sinalizar ao seu par quan<strong>do</strong> deixar de ouvi-lo.<br />

Após este exercício, você deve ressaltar para os alunos a importância da propagação<br />

<strong>do</strong> som no espaço, lembran<strong>do</strong> que atores interpretam, agem, falam para<br />

uma platéia que precisa ouvir e entender o que está sen<strong>do</strong> representa<strong>do</strong>.


ATIVIDADE 60 - Trata-se de uma atividade lúdica de interação, visan<strong>do</strong><br />

descontrair o grupo e trabalhar a atenção, concentração e o senso de equipe. O uso<br />

de um jogo permite instaurar um clima de leveza que desconstrói a censura e abre<br />

espaço para a espontaneidade essencial à improvisação. Neste jogo são utilizadas<br />

prendas que você deve preparar com antecedência, buscan<strong>do</strong> variá-las e cuidan<strong>do</strong><br />

para que a brincadeira não extrapole os limites da diversão, expon<strong>do</strong> algum aluno<br />

que porventura não se sinta à vontade. Uma sugestão para você é criar prendas e<br />

colocá-las numa caixa, sortean<strong>do</strong>-as na hora.<br />

Jogo <strong>do</strong> cacique:<br />

❚ Grupo senta<strong>do</strong> em círculo. Um aluno sai da sala. É escolhi<strong>do</strong> pelo grupo outro<br />

aluno para ser o cacique e dirigir o movimento que to<strong>do</strong>s devem repetir.<br />

❚ O aluno que saiu, volta, se coloca no centro <strong>do</strong> círculo, observan<strong>do</strong> o grupo<br />

para tentar descobrir quem é o cacique.<br />

❚ O cacique deve mudar o movimento constantemente, toman<strong>do</strong> cuida<strong>do</strong> para<br />

não ser descoberto. Os colegas devem ser discretos para não dar pistas.<br />

❚ A pessoa que está procuran<strong>do</strong> o cacique tem três chances para descobri-lo.<br />

Caso não consiga, paga uma prenda estabelecida.<br />

Tarefa pra casa – chame a atenção <strong>do</strong>s alunos para que tentem rememorar os exercícios<br />

feitos, em especial os de voz, registran<strong>do</strong>-os para que possam repeti-los.<br />

ATIVIDADES 61 A 64<br />

Estas atividades introduzem a noção de espaço como elemento da cena teatral.<br />

ATIVIDADE 61 - Você vai levar seus alunos a movimentarem o corpo, introduzin<strong>do</strong><br />

um da<strong>do</strong> novo que é a música. Como sugestão, indicamos a música “Assim<br />

caminha a Humanidade”, cuja letra se encontra no Guia de Estu<strong>do</strong>. Caso precise<br />

utilizar outra música, procure uma que seja ritmada e explore o espaço. Trabalhe o<br />

alongamento e as articulações corporais ao ritmo da música. Crie um movimento<br />

que to<strong>do</strong>s devem repetir como se fosse um grupo de dança. Você pode sugerir o<br />

primeiro movimento e passar a condução para diferentes alunos em rodízio. Solicite<br />

aos alunos que dêem dramaticidade ao movimento como se fossem personagens.<br />

Depois de um tempo, peça que circulem pelo espaço, cada um conduzin<strong>do</strong><br />

seu próprio movimento e interagin<strong>do</strong> com os demais. Dê a esta atividade o tempo<br />

necessário para que to<strong>do</strong>s se sintam energiza<strong>do</strong>s e aqueci<strong>do</strong>s.<br />

ATIVIDADE 62 - Você vai levar o grupo a explorar o espaço de diferentes maneiras.<br />

Inicialmente trabalhan<strong>do</strong> isola<strong>do</strong>s e depois interagin<strong>do</strong> com os colegas. É<br />

importante que você trabalhe a relação <strong>do</strong> corpo no espaço e <strong>do</strong>s corpos entre si.<br />

Desenvolvimento:<br />

❚ Alunos andam pela sala, ocupan<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s os espaços, andan<strong>do</strong> de diferentes formas<br />

e em todas as direções.<br />

❚ Solicite aos alunos que, ao andar, pensem aonde querem chegar e no caminho a<br />

percorrer.<br />

❚ Explore os ritmos de caminhada. Ex: devagar, muito lento, muito rápi<strong>do</strong>, corren<strong>do</strong>.<br />

2<br />

ELEMENTOS DO TEATRO<br />

33


2<br />

34<br />

ARTE E CULTURA I<br />

❚ Solicite que to<strong>do</strong>s parem num lugar escolhi<strong>do</strong> por eles. Olhar ao re<strong>do</strong>r, situar-se<br />

e fechar os olhos.<br />

❚ Peça que percebam o corpo, o peso <strong>do</strong> mesmo nas pernas, o ritmo da respiração<br />

e imaginem-se dentro de uma bolha flexível.<br />

❚ Sentir o limite <strong>do</strong> espaço em que se encontram (bolha).<br />

❚ Observar as demais bolhas. Aproximar-se delas sem rompê-las.<br />

❚ Movimentar-se por toda a sala, interagin<strong>do</strong> com as outras e moldan<strong>do</strong>-se a elas.<br />

❚ Escolher um lugar para parar. Parar. Peça que cada um rompa sua bolha de forma<br />

criativa e se encontrem no espaço comum.<br />

❚ Congele o grupo, baten<strong>do</strong> uma palma. Peça que observem o ritmo da respiração,<br />

a distribuição <strong>do</strong> peso nas pernas e como se encontram posiciona<strong>do</strong>s no espaço.<br />

❚ Solicite que percebam os colegas ao re<strong>do</strong>r.<br />

❚ Pedir que tornem a andar e congele o grupo várias vezes, solicitan<strong>do</strong> ações diferentes<br />

como: cumprimentar um colega; cumprimentar um colega colocan<strong>do</strong><br />

emoção; cumprimentar um colega inserin<strong>do</strong> um som no cumprimento (de preferência<br />

um som inventa<strong>do</strong>), etc.<br />

❚ Repetir o mesmo procedimento até que to<strong>do</strong>s cumprimentem o maior número<br />

possível de colegas.<br />

❚ Formar duplas para conversar numa língua inventada, acrescentan<strong>do</strong> jeitos<br />

ao diálogo.<br />

❚ Após um tempo, pedir que as duplas se despeçam e sentem-se em círculo.<br />

Neste momento, você vai trabalhar com o grupo os textos e os registros <strong>do</strong> Guia<br />

de Estu<strong>do</strong> referentes à atividade 62. Leia alto o texto de abertura e a reflexão e<br />

converse sobre o significa<strong>do</strong> <strong>do</strong> espaço para o intérprete enfatizan<strong>do</strong> que é o seu<br />

movimento que dá vida ao espaço ocupa<strong>do</strong> por ele. O espaço da cena está sempre<br />

preenchi<strong>do</strong> de intenções, sentimentos e interações.<br />

ATIVIDADE 63 - Antes de iniciar a seqüência de exercícios, leia o texto de abertura.<br />

O registro deverá ser feito após a aula. Nesta atividade você vai explorar os<br />

sons, associan<strong>do</strong>-os à uma situação com o objetivo de construção de uma cena.<br />

Você vai partir das duplas <strong>do</strong> exercício anterior. Desenvolvimento:<br />

❚ Pedir que os alunos retomem as duplas trabalhadas na atividade anterior.<br />

❚ Solicitar que imaginem quem seriam esses personagens que se encontraram e<br />

dialogaram na língua inventada.<br />

❚ Explicar às duplas que devem escolher uma circunstância para o diálogo que será<br />

construí<strong>do</strong>. Por exemplo: um deles ganhou um dinheiro na-mega sena; outro<br />

perdeu a mãe; alguém vai viajar; outro foi aprova<strong>do</strong> num concurso, etc.<br />

❚ Pedir que realizem o diálogo na língua inventada, com a intenção referente ao<br />

personagem de cada um. O diálogo deve ter começo, meio e fim.<br />

❚ Repetir o exercício até que se dêem por satisfeitos. Justifique a repetição, lembran<strong>do</strong><br />

aos alunos que um ator deve saber repetir tu<strong>do</strong> o que faz – gestos, sons,<br />

sentimentos, etc.<br />

❚ Peça que as duplas se apresentem.<br />

❚ Após cada apresentação, pergunte ao grupo o que entenderam da cena.<br />

❚ Depois de to<strong>do</strong>s os comentários, pergunte às duplas o que mudariam para tornar


a apresentação mais clara. Neste momento, o grupo é insta<strong>do</strong> a participar, dan<strong>do</strong><br />

sugestões.<br />

❚ Comente com o grupo que nem sempre o que achamos que estamos fazen<strong>do</strong> é<br />

entendi<strong>do</strong> da maneira que desejamos. Cuide para que os comentários sobre as cenas<br />

não sejam pessoais e, sim, referentes à compreensão <strong>do</strong> que foi apresenta<strong>do</strong>.<br />

❚ Peça às duplas que refaçam suas cenas a partir <strong>do</strong>s comentários feitos e as apresentem<br />

para o grupo novamente.<br />

ATIVIDADE 64 - Esta atividade consiste num papo cabeça em que as duplas se<br />

juntam, duas a duas, para conversar sobre to<strong>do</strong> o processo.<br />

ATIVIDADES 65 E 66<br />

O tema dessas atividades é a voz. Incluem exercícios de respiração, aquecimento<br />

vocal e consciência <strong>do</strong> papel da voz para o intérprete.<br />

ATIVIDADE 65 - Esta atividade consiste numa conversa e reflexão a partir da letra da<br />

música “A Voz <strong>do</strong> Dono e o Dono da Voz” de Chico Buarque de Holanda. Por conter<br />

muitas metáforas e significa<strong>do</strong>s vários é importante que você compartilhe com o grupo<br />

as idéias essenciais, discutin<strong>do</strong> o poder da voz <strong>do</strong> artista enquanto emissor de idéias,<br />

proposições, intenções, indagações que terão repercussão para quem o assiste ou escuta.<br />

Assim como também é fundamental refletir sobre “o <strong>do</strong>no da voz”, a serviço de<br />

quem fala essa voz. A execução da atividade segue alguns passos:<br />

❚ Leia para os alunos a letra.<br />

❚ Se possível, após a sua leitura, coloque a música, pedin<strong>do</strong> ao grupo que a acompanhe<br />

, seguin<strong>do</strong> a letra no Guia de Estu<strong>do</strong>.<br />

❚ Forme subgrupos e solicite que discutam entre si o conteú<strong>do</strong> <strong>do</strong> texto, seguin<strong>do</strong><br />

o roteiro especifica<strong>do</strong> no Guia.<br />

❚ Peça a cada subgrupo que apresente suas conclusões.<br />

❚ Leia a reflexão final junto com o grupo e faça os comentários de fechamento,<br />

levan<strong>do</strong> em consideração as idéias essenciais, expressas acima na descrição da<br />

atividade 65.<br />

ATIVIDADE 66 - Trata-se de uma seqüência prática de exercícios na qual você<br />

estará conduzin<strong>do</strong> os alunos a perceberem a própria voz e o trajeto <strong>do</strong> som no<br />

aparelho respiratório. Nesta seqüência, também serão incluídas emoções e expressão<br />

corporal, fazen<strong>do</strong> com que a rotina <strong>do</strong> aquecimento vocal adquira uma qualidade<br />

expressiva essencial para a sua atuação. Desenvolvimento:<br />

Exercício de extensão vocal: (fortalecimento da respiração e sua extensão para<br />

adquirir mais fôlego e resistência para o trabalho vocal).<br />

❚ Você deve marcar uma pulsação constante, num minuto rápi<strong>do</strong> e num minuto<br />

lento, com o estalar <strong>do</strong>s de<strong>do</strong>s ou batida <strong>do</strong>s pés, manten<strong>do</strong> cadência durante<br />

to<strong>do</strong> o exercício.<br />

❚ Peça que os alunos inspirem e expirem to<strong>do</strong> o ar em 2 tempos, 4 tempos, 8<br />

tempos, 12 e 16 tempos.<br />

❚ Solicite que sinalizem quan<strong>do</strong> perderem o fôlego, levantan<strong>do</strong> a mão.<br />

2<br />

ELEMENTOS DO TEATRO<br />

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2<br />

36<br />

ARTE E CULTURA I<br />

❚ É importante que em algum momento você diga aos alunos que para tu<strong>do</strong> temos<br />

que ter estratégias, que precisamos aprender a controlar o tempo de inspirar e<br />

expelir o ar.<br />

❚ Lembre que o diafragma pode ajudar nesse exercício, fazen<strong>do</strong> o controle da<br />

respiração.<br />

❚ Refaça o exercício em duplas, pedin<strong>do</strong> que um <strong>do</strong> par marque o tempo enquanto<br />

o outro realiza a seqüência. Faça o rodízio <strong>do</strong>s papéis.<br />

Exercício de aquecimento vocal: Você vai trabalhar com sons nasais e sons<br />

abertos para aquecer a voz. Sons nasais são importantes pois se utilizam de<br />

uma caixa craniana, na qual o som pode vibrar de forma mais intensa e se<br />

tornar mais perceptível aos nossos senti<strong>do</strong>s. A passagem <strong>do</strong> som nasal para<br />

o aberto possibilita aos alunos perceberem o processo <strong>do</strong> ar na produção<br />

<strong>do</strong> som. Siga a seqüência:<br />

1. Pedir aos alunos que emitam o som nasal “hummm!”, to<strong>do</strong>s juntos.<br />

2. Solicite que imitem um carro sen<strong>do</strong> acelera<strong>do</strong> e desacelera<strong>do</strong> como um motorista<br />

aquecen<strong>do</strong> o motor.<br />

3. Pedir que unifiquem o som nasal, manten<strong>do</strong>-o em toda a expansão da respiração.<br />

4. Os alunos devem inspirar em momentos diferentes para que não haja interrupção<br />

<strong>do</strong> som. Reforce aqui a idéia de equipe trabalhan<strong>do</strong> junta.<br />

5. Ainda manten<strong>do</strong> a constância <strong>do</strong> som, peça aos alunos que, ao vocalizar, se<br />

inspirem numa escala musical. Faça a vocalização junto com eles, servin<strong>do</strong> de<br />

modelo.<br />

6. Associe volume aos sons (intensidade) – baixo, muito baixo, quase imperceptível,<br />

alto, muito alto, etc.<br />

7. Repita a seqüência descrita até aqui, substituin<strong>do</strong> o som nasal por um intermediário<br />

entre nasal e aberto (haaan!) e novamente com o som aberto (ahh!).<br />

Voz e emoção:<br />

1. Formar duas fileiras e colocá-las frente a frente, forman<strong>do</strong> duplas.<br />

2. Uma fileira será a <strong>do</strong>s alunos que vão interpretar o som com emoção e a outra<br />

será <strong>do</strong>s alunos que reconhecerão a emoção no som emiti<strong>do</strong> pelo seu par.<br />

3. A fileira <strong>do</strong>s alunos que emitirão o som deve se posicionar de costas para a fileira<br />

<strong>do</strong>s que adivinharão a emoção, procuran<strong>do</strong> concentrar-se e escolher mentalmente<br />

a emoção que será expressa para o parceiro.<br />

4. O exercício será feito por cada par consecutivamente.<br />

5. Numere as duplas e vá chaman<strong>do</strong> pelo número. O aluno que está de costas e<br />

que corresponde à dupla chamada, vira-se para seu par e emite um som, que<br />

expresse a emoção escolhida por ele. To<strong>do</strong> o grupo observará e os alunos<br />

que devem adivinhar a emoção só revelam sua percepção após todas as apresentações.<br />

6. Depois das revelações, você deve repetir o exercício, trocan<strong>do</strong> os papéis.<br />

7. Ao final, realize um papo cabeça, abrin<strong>do</strong> espaço para que os alunos comentem<br />

o que perceberam sobre a própria voz e que observações querem compartilhar.<br />

8. Peça que façam o registro no Guia de Estu<strong>do</strong>. “A voz <strong>do</strong> <strong>do</strong>no só tem força se o<br />

<strong>do</strong>no da voz tiver poder sobre ela”.


ATIVIDADE 67 A 69<br />

Estas atividades exploram a capacidade imaginativa e a confiança grupal. É importante<br />

que você crie uma atmosfera de bem estar, em que cada aluno possa sentir-se<br />

à vontade para expressar-se intimamente, sem preocupações com julgamentos, críticas<br />

e censuras.<br />

ATIVIDADE 67 - Esta atividade inicia as vivências imaginativas. Soltar a imaginação<br />

significa transcender o familiar e o espera<strong>do</strong>, entrar no desconheci<strong>do</strong> e liberar<br />

a criatividade e originalidade de dentro de si. Desenvolvimento:<br />

❚ Pedir que os alunos andem pela sala, passan<strong>do</strong> por to<strong>do</strong>s os espaços, olhan<strong>do</strong> os<br />

colegas nos olhos, sentin<strong>do</strong> os pés conecta<strong>do</strong>s no chão.<br />

❚ Solicitar que busquem um lugar na sala que os represente. Deitar-se nesse lugar e<br />

respirar consecutivamente, desligan<strong>do</strong>-se <strong>do</strong> exterior. Fechar os olhos.<br />

❚ Leia para o grupo o texto de abertura desta atividade contida no Guia de Estu<strong>do</strong>.<br />

❚ Explicar ao grupo que to<strong>do</strong>s farão uma viagem imaginária.<br />

❚ Imaginar-se numa praia, deita<strong>do</strong> na areia aconchegante. Sentir o corpo pesar.<br />

Relaxar.<br />

❚ Perceber o contorno <strong>do</strong> corpo desenha<strong>do</strong> na areia.<br />

❚ Escolher uma cor. Visualizá-la. Banhar o corpo com esta cor.<br />

❚ Imaginar a praia onde estão ao longe. Ouvir o som <strong>do</strong> mar. Ondas arrebentan<strong>do</strong>,<br />

gaivotas voan<strong>do</strong>. Relaxar.<br />

❚ Dizer que a praia vai fican<strong>do</strong> mais distante e que cada um se descobre deita<strong>do</strong> na<br />

terra. Sentir o corpo numa nova superfície.<br />

❚ Ir fechan<strong>do</strong> o corpo lentamente até colocar-se em posição fetal. Ficar nesta posição<br />

por alguns instantes.<br />

❚ Desfazer a posição sem pressa até pôr-se de pé.<br />

❚ Imaginar-se numa floresta. Visualizar as árvores, as sombras, sentir a temperatura<br />

<strong>do</strong> ar e ouvir os sons <strong>do</strong>s pássaros.<br />

❚ Abrir os olhos e descobrir que fazem p<strong>arte</strong> de um grupo e precisam, juntos,<br />

atravessar a floresta.<br />

❚ Pedir que demonstrem corporalmente as sensações descritas por você: a floresta<br />

está fria e escura; ouvem sons ameaça<strong>do</strong>res; chegam a um lugar cheio de<br />

rochas;alguém descobre uma passagem através das rochas por onde só é possível<br />

passar de um em um e rastejan<strong>do</strong>; ajudam-se mutuamente; to<strong>do</strong>s passam;<br />

estão de volta ao calor e a luz <strong>do</strong> sol; to<strong>do</strong>s se abraçam.<br />

ATIVIDADE 68 - Esta atividade contém quatro exercícios práticos nos quais<br />

você vai trabalhar com o grupo a confiança entre os alunos.<br />

Exercício n° 1: Massagem corporal<br />

❚ Formar um círculo com os alunos de pé, bem próximos uns <strong>do</strong>s outros, volta<strong>do</strong>s<br />

para o la<strong>do</strong> direito.<br />

❚ Massagear o colega a sua frente, dan<strong>do</strong> tapinhas com as mãos em concha.<br />

Começar pelos ombros e ir até os tornozelos. Chame a atenção <strong>do</strong> grupo para a<br />

intensidade <strong>do</strong> toque, que não deve ser fraco demais nem forte para machucar.<br />

❚ Repita o exercício com os alunos volta<strong>do</strong>s para o la<strong>do</strong> esquer<strong>do</strong>.<br />

2<br />

ELEMENTOS DO TEATRO<br />

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2<br />

38<br />

ARTE E CULTURA I<br />

Exercício n° 2: Confiança I<br />

❚ Formar subgrupos de aproximadamente 10 alunos em um círculo, de pé, volta<strong>do</strong>s<br />

para o centro, bem próximos uns <strong>do</strong>s outros.<br />

❚ Um aluno <strong>do</strong> subgrupo vai para o centro <strong>do</strong> círculo e fecha os olhos, lançan<strong>do</strong> o<br />

corpo vagarosamente para trás. O grupo deve ampará-lo e lançá-lo, cuida<strong>do</strong>samente,<br />

para todas as direções possíveis.<br />

❚ To<strong>do</strong>s <strong>do</strong> subgrupo vivenciam a experiência.<br />

Exercício n° 3: Confiança II (ainda nos subgrupos)<br />

❚ Um aluno vai ao centro e deixa cair o corpo vagarosamente para trás.<br />

❚ Os demais seguram o corpo <strong>do</strong> colega, objetivan<strong>do</strong> levantá-lo cuida<strong>do</strong>samente<br />

acima de suas cabeças. Manter as pernas <strong>do</strong> colega fechadas e distribuir-se de<br />

mo<strong>do</strong> a oferecer sustentação ao pescoço, cabeça, omoplatas, quadris, joelhos,<br />

cotovelos, pernas e pés.<br />

❚ Após levantar o corpo <strong>do</strong> colega, ir descen<strong>do</strong> devagar até deitá-lo no chão. Abrir<br />

espaço e deixá-lo sozinho por alguns instantes.<br />

❚ Repetir o exercício com to<strong>do</strong>s os participantes <strong>do</strong> subgrupo.<br />

Exercício n° 4: O cego e o guia<br />

❚ Formar duplas espalhadas pela sala.<br />

❚ Distribuir os papéis de cego e guia para cada um <strong>do</strong> par.<br />

❚ Os cegos devem seguir seus guias, acompanhan<strong>do</strong> um som combina<strong>do</strong> previamente<br />

entre a dupla. Você pode distribuir vendas para os alunos que desempenham<br />

o papel de cegos ou apenas reforçar a importância de permanecer com os<br />

olhos fecha<strong>do</strong>s durante to<strong>do</strong> o exercício.<br />

❚ Cada guia deve movimentar-se por toda a sala, prestan<strong>do</strong> atenção para que o seu<br />

par não esbarre em objetos ou nos outros colegas que estarão fazen<strong>do</strong> o exercício<br />

ao mesmo tempo.<br />

❚ Ao final, dê um tempo para que as duplas conversem sobre a experiência vivida.<br />

Cuide para que seja um tempo breve.<br />

ATIVIDADE 69 – Esta atividade tem o objetivo de possibilitar aos alunos a expressão<br />

<strong>do</strong>s sentimentos e sensações desperta<strong>do</strong>s por esse bloco de atividades. Ela<br />

é composta de vários momentos. Para não quebrar a seqüência desenvolvida até<br />

aqui, comece trabalhan<strong>do</strong> com os subgrupos que realizaram os exercícios de confiança<br />

na atividade anterior. Siga os passos:<br />

❚ Peça aos alunos que conversem nos subgrupos, forma<strong>do</strong>s para a atividade 68,<br />

sobre o que sentiram durante o bloco de atividades (67 a 68), crian<strong>do</strong> uma imagem/foto<br />

que sintetize a emoção <strong>do</strong> subgrupo em questão.<br />

❚ Solicitar que memorizem a imagem/foto. Você vai retomar essa imagem, porém<br />

os alunos não devem sabê-lo, pois o que se quer é preservar a espontaneidade<br />

desta criação e exercitar a atenção e concentração <strong>do</strong>s alunos.<br />

❚ Pedir que façam a leitura individual e silenciosa no Guia de Estu<strong>do</strong> das reflexões<br />

referentes às atividades 67 e 68 e que registrem suas impressões como é pedi<strong>do</strong>.


2.2 – CAPACIDADES EXPRESSIVAS<br />

E CRIATIVAS DO INTÉRPRETE<br />

ATIVIDADE 70 A 72<br />

As atividades que se seguem iniciam o subtópico 2.2, cuja finalidade é explorar as<br />

capacidades expressivas e criativas <strong>do</strong> intérprete. Nestas três atividades serão aborda<strong>do</strong>s<br />

<strong>do</strong>is aspectos essenciais: a concentração e o foco <strong>do</strong> ator. O ponto de concentração<br />

libera a capacidade criativa <strong>do</strong> grupo, permitin<strong>do</strong> ao ator o centramento<br />

necessário para extrair <strong>do</strong>s diversos estímulos cênicos aqueles que podem ajudá-lo<br />

no objetivo da ação.<br />

ATIVIDADE 70 - Para o entendimento <strong>do</strong> conceito de “ponto de concentração”<br />

sugerimos um jogo com bola. Para iniciar esta atividade, é interessante ouvir/cantar<br />

com os alunos a música “Fio maravilha”, que trata <strong>do</strong> drible que o joga<strong>do</strong>r<br />

deve fazer para alcançar o gol. Comente com os alunos que o gol é o objetivo <strong>do</strong><br />

joga<strong>do</strong>r e toda sua concentração está focada nisto. Inicie então o exercício abaixo.<br />

Desenvolvimento:<br />

❚ Peça aos alunos que andem pela sala e explorem to<strong>do</strong>s os espaços; peça que eles<br />

andem com determinação, que decidam o trajeto a ser percorri<strong>do</strong>, mudan<strong>do</strong> de<br />

direção ao fim <strong>do</strong> mesmo.<br />

❚ Varie o ritmo <strong>do</strong> caminhar – lento, muito lento, rápi<strong>do</strong>, corren<strong>do</strong>.<br />

❚ Introduza a bola: entregue a bola a um aluno, que deverá circular com ela, atiran<strong>do</strong>-a<br />

repentinamente para um colega escolhi<strong>do</strong> por ele, enquanto diz o nome de outra<br />

pessoa. Quem recebe a bola, repete o procedimento. O ritmo deve ser rápi<strong>do</strong>.<br />

❚ Ao final, analise com o grupo o que aconteceu, destacan<strong>do</strong> a importância de<br />

manter o foco na bola, isto é, no objetivo <strong>do</strong> ator. Explique que o “ponto de<br />

concentração” pode ser qualquer coisa, mesmo a simples manipulação de um<br />

copo ou de outro objeto qualquer, estabelecen<strong>do</strong> o campo dentro <strong>do</strong> qual o ator<br />

deve trabalhar. Leia para os alunos a reflexão contida no Guia de Estu<strong>do</strong>, de<br />

mo<strong>do</strong> a enriquecer a sua explicação sobre concentração e foco.<br />

ATIVIDADE 71 - Esta atividade pretende levar o aluno a aplicar o conceito de<br />

ponto de concentração a uma situação cênica e à construção <strong>do</strong> personagem, de<br />

mo<strong>do</strong> a introduzir um novo conceito, o de OBJETIVO. Compõe-se de quatro<br />

exercícios que trabalham o corpo, a locomoção, a respiração e a voz<br />

Exercício 1: Corpo e locomoção<br />

❚ Retome o movimento de andar pela sala, com vários ritmos.<br />

❚ Peça que os alunos variem os níveis <strong>do</strong> corpo ao caminhar; agacha<strong>do</strong>s, na<br />

ponta <strong>do</strong>s pés, normal, observan<strong>do</strong> a respiração e as sensações em cada uma<br />

dessas diferentes formas de andar.<br />

❚ Oriente para que eles escolham uma dessas formas e explorem ao máximo,<br />

deixan<strong>do</strong> o resto <strong>do</strong> corpo funcionar sob coman<strong>do</strong> desse andar. Peça que eles<br />

observem como fica a coluna, a cabeça, os braços, cada p<strong>arte</strong> <strong>do</strong> corpo neste<br />

caminhar.<br />

2<br />

ELEMENTOS DO TEATRO<br />

39


2<br />

40<br />

ARTE E CULTURA I<br />

❚ Peça que acrescentem um som..<br />

❚ Solicite que deixem surgir um personagem a partir desse corpo que caminha,<br />

lembran<strong>do</strong> que este personagem não precisa ser humano.<br />

❚ Incentive-os a explorar o espaço, executan<strong>do</strong> diversas ações que o personagem<br />

faria. Solicite que especifiquem em que espaço o personagem está atuan<strong>do</strong>, se<br />

num hospital, escola, cemitério, ou outro.<br />

❚ O exercício prossegue até que tenham monta<strong>do</strong> uma seqüência de ações desenvolvidas<br />

pelo personagem e que possam repetir depois.<br />

❚ Comente que toda seqüência de ação tem começo, meio e fim e que se estrutura<br />

a partir de um objetivo.<br />

❚ Peça que aban<strong>do</strong>nem a ação executada e voltem a andar como o personagem,<br />

e depois normalmente, até formarem um grande círculo.<br />

Exercício 2: Respiração e entonação de voz<br />

❚ Em círculo, de pé.<br />

❚ Com os joelhos descontraí<strong>do</strong>s e levemente flexiona<strong>do</strong>s, pés alinha<strong>do</strong>s com os<br />

ombros, fechar os olhos e respirar calmamente, perceben<strong>do</strong> as sensações internas:<br />

que tipo de sentimento/emoção aflora? Como está a temperatura <strong>do</strong> meu<br />

corpo? Qual a sensação física? Peça que fiquem um momento consigo mesmos,<br />

procuran<strong>do</strong> deixar a mente esvaziada de pensamentos.<br />

❚ Colocar as mãos nas caixas torácicas, sentin<strong>do</strong> o movimento <strong>do</strong> pulmão<br />

❚ Inspirar e expirar, contan<strong>do</strong> até 10 em voz alta e clara.<br />

❚ Inspirar e expirar contan<strong>do</strong> até 15 e, posteriormente, até 20, começan<strong>do</strong> em<br />

voz baixa até ficar alta. Repetir, começan<strong>do</strong> em voz alta até ficar baixa.<br />

❚ Contar até 20, com diferentes entonações: como um instrutor militar, como<br />

um romântico, como uma criança, de mo<strong>do</strong> feliz, triste, raivoso, etc.<br />

Exercício 3: Musculação facial<br />

❚ Solicite que mexam os músculos faciais, abrin<strong>do</strong> e fechan<strong>do</strong> a boca, moven<strong>do</strong>a<br />

para os la<strong>do</strong>s, para cima e para baixo; enrugada como a de um i<strong>do</strong>so, estendida<br />

para fora como um peixe;<br />

❚ Contrair o rosto em direção a um único ponto e depois o contrário, ampliá-lo;<br />

dar um grande sorriso; mascar chiclete.<br />

❚ Peça que ponham a língua para fora, grande , comprida, moven<strong>do</strong>-a em diversas<br />

direções, fazen<strong>do</strong> movimentos circulares. Ressalte que a língua é um músculo<br />

importante para a emissão e articulação vocal.<br />

Exercício 4: expressão vocal e interpretação<br />

❚ Forme duas filas indianas, uma de frente para a outra, uma em cada la<strong>do</strong> da<br />

sala. A um sinal seu, os alunos se encaminham para a outra fila e cada dupla deve<br />

se cumprimentar, utilizan<strong>do</strong> números. As pessoas que vêm de um la<strong>do</strong> devem<br />

dizer sempre 1;2;3;4, como se estivessem dizen<strong>do</strong> “olá, como vai?”. As pessoas<br />

da outra fila respondem com 5;6;7;8, como se dissessem “vou bem , obriga<strong>do</strong>!”.<br />

❚ Peça que se cumprimentem de diferentes mo<strong>do</strong>s: como antigos inimigos, como<br />

esnobes, amigas que não se vêem há muito tempo, choran<strong>do</strong>, rin<strong>do</strong>, bêba<strong>do</strong>s,<br />

formais, etc.


❚ Retorne ao personagem cria<strong>do</strong> no início <strong>do</strong> exercício e peça que se cumprimentem<br />

utilizan<strong>do</strong> as características <strong>do</strong>s personagens , substituin<strong>do</strong> os números<br />

por palavras;<br />

❚ Peça que se despeçam de seus personagens, voltan<strong>do</strong> a ser eles mesmos, e<br />

sentem-se em círculo.<br />

❚ Leia com os alunos a reflexão da atividade 71, no Guia de Estu<strong>do</strong>, relacionan<strong>do</strong><br />

os exercícios realiza<strong>do</strong>s à idéia de “objetivo <strong>do</strong> personagem”. Explore as<br />

citações apresentadas e certifique-se de que os alunos compreenderam o conceito<br />

de objetivo.<br />

ATIVIDADE 72 - Nesta atividade, os conceitos de “ponto de concentração” e objetivo<br />

serão aplica<strong>do</strong>s a uma cena. Reflita com os alunos que o personagem é sempre<br />

movi<strong>do</strong> por um desejo, ou um sentimento, ou um propósito, com o objetivo de chegar<br />

a algum lugar. Em torno deste objetivo se organiza o corpo, a voz e a expressão <strong>do</strong><br />

ator, que constituem seus instrumentos de trabalho. Desenvolvimento:<br />

❚ Forme subgrupos de 5 pessoas.<br />

❚ Cada subgrupo deve escolher o local/cenário onde acontece a ação: hotel, hospital,<br />

restaurante ou outro qualquer.<br />

❚ Peça que os alunos escolham personagens que transitam pelo cenário escolhi<strong>do</strong> e<br />

os distribuam entre si.<br />

❚ Dê um tempo para que combinem a ação que vai acontecer, e visualizem seus<br />

personagens. O tempo da<strong>do</strong> não deve ultrapassar três minutos, pois o mais importante<br />

é o improviso..<br />

❚ Cada subgrupo apresenta sua improvisação e os outros assistem, sem comentários<br />

ou intervalos entre as apresentações, de mo<strong>do</strong> a não dar tempo para correções.<br />

Esta improvisação deve ser feita sem palavras ou sons, utilizan<strong>do</strong> apenas<br />

gestos, movimentos e espaço.<br />

❚ Após as apresentações, peça que respondam às perguntas da atividade 72, contidas<br />

no Guia de Estu<strong>do</strong>.<br />

ATIVIDADES 73 A 77<br />

Esta seqüência de atividades procura explorar a capacidade imaginativa, a<br />

fisicalização e a concentração <strong>do</strong>s alunos, aprofundan<strong>do</strong> conteú<strong>do</strong>s já trabalha<strong>do</strong>s<br />

com novas técnicas teatrais. Por fisicalização entende-se a transformação da realidade<br />

subjetiva em realidade física, ou seja, visível.<br />

ATIVIDADE 73 - Este é um exercício de imaginação, que será realiza<strong>do</strong> com<br />

base em um estímulo musical. Antes de iniciar a atividade propriamente dita, leia<br />

com os alunos a reflexão de abertura no Guia de Estu<strong>do</strong>, preparan<strong>do</strong>-os para se<br />

entregarem ao exercício. Desenvolvimento:<br />

❚ Peça aos alunos que caminhem pela sala, escolhen<strong>do</strong> um local para sentar-se da<br />

forma mais confortável possível. Oriente que fechem os olhos. Coloque uma<br />

música rica em imagens. Sugerimos “Aquarela”, de Toquinho e Vinícius.<br />

2<br />

ELEMENTOS DO TEATRO<br />

41


2<br />

42<br />

ARTE E CULTURA I<br />

❚ Peça que, a partir <strong>do</strong> que ouvem, imaginem a cena que está sen<strong>do</strong> proposta pela<br />

canção.<br />

❚ Após o término da música, dê a cada aluno uma folha de papel em branco e peça<br />

que desenhe a cena visualizada.<br />

❚ Solicite que se imaginem no desenho. O que estão fazen<strong>do</strong>? Por que estão ali? O<br />

que estão sentin<strong>do</strong>? Para onde vão a partir deste ponto?<br />

❚ Peça que abram os olhos e executem corporalmente a cena imaginada.<br />

❚ Solicite que se agrupem, como se estivessem se encontran<strong>do</strong> numa única cena.<br />

Crie obstáculos para que sejam vivencia<strong>do</strong>s corporalmente dentro da situação.<br />

Exemplos: repentinamente o espaço começa a se fechar; a passagem de um vendaval,<br />

etc.<br />

❚ Ao final, peça que se despeçam uns <strong>do</strong>s outros e se dirijam ao local no qual<br />

iniciaram o exercício.<br />

❚ Solicite que se deitem no chão e respirem com consciência.. Após alguns segun<strong>do</strong>s,<br />

peça que espreguicem e retornem ao círculo.<br />

❚ Leia com os alunos a citação de Ida Brikman, no Guia de Estu<strong>do</strong>, e abra espaço<br />

para comentários.<br />

ATIVIDADE 74 - A dinâmica <strong>do</strong> espelho, proposta nesta atividade, procura trabalhar<br />

a observação e concentração, ao mesmo tempo em que possibilita a experimentação<br />

com o olhar <strong>do</strong> outro sobre si mesmo. Após o exercício, você deve<br />

propor a leitura <strong>do</strong> texto que introduz a atividade 74, no Guia de Estu<strong>do</strong>. Desenvolvimento:<br />

❚ Forme duplas, com um aluno de frente para o outro, fazen<strong>do</strong> o máximo de silêncio<br />

e concentração possíveis.<br />

❚ Um <strong>do</strong>s participantes da dupla atuará como espelho imaginário <strong>do</strong> outro, que<br />

deverá interpretar uma pessoa olhan<strong>do</strong> o espelho: a pessoa deve se movimentar<br />

muito lentamente para que o reflexo (pessoa que faz o espelho) possa repetir<br />

seus movimentos.<br />

❚ Sugira que a pessoa faça movimentos e gestos grandes, bruscos, exagera<strong>do</strong>s.<br />

❚ Após um ou <strong>do</strong>is minutos, você deve dar um coman<strong>do</strong> para imobilizar as duplas,<br />

inverten<strong>do</strong> os papéis em seguida.<br />

❚ Depois de alguns minutos, peça que os participantes formem um círculo, como<br />

um grande espelho circular, no qual alguém é seleciona<strong>do</strong> para atuar como pessoa<br />

e os demais como espelhos.;<br />

❚ Faça o rodízio <strong>do</strong>s papéis, de mo<strong>do</strong> que vários alunos desempenhem a função de<br />

espelho.<br />

❚ Depois de algumas rodadas, finalize o exercício e peça aos alunos que respondam<br />

à atividade 74 no Guia de Estu<strong>do</strong>.<br />

ATIVIDADE 75 - A atividade que se segue pretende dar ao jovem intérprete<br />

a idéia de que, no teatro, toda realidade é física, toda expressão, sensação ou<br />

emoção precisa se tornar visível. Aproveitan<strong>do</strong> que o grupo já está trabalhan-


<strong>do</strong> com o Guia de Estu<strong>do</strong>, sugira uma leitura <strong>do</strong> trecho da música “Drama”,<br />

de Caetano Veloso, comentan<strong>do</strong> que é a emoção que revela o significa<strong>do</strong> da<br />

palavra. No Guia, a atividade 75 propõe uma associação livre de palavras como<br />

um exercício de desbloqueio, que prepara o processo de “colorir palavras”,<br />

proposto na sequência. “Colorir palavras” significa traduzir física e sonoramente<br />

o seu significa<strong>do</strong>. Desenvolvimento:<br />

❚ Antes de começar faça um aquecimento da musculatura facial, como o que foi<br />

trabalha<strong>do</strong> na atividade 71.<br />

❚ Leia para os alunos uma lista de palavras com voz neutra. Os alunos devem<br />

repeti-las em coro, colocan<strong>do</strong> o máximo de expressão possível, refletin<strong>do</strong> o real<br />

significa<strong>do</strong> da palavra. Exemplo de palavras: frio, bravo, áspero, morno, feliz,<br />

macio, gela<strong>do</strong>, raivoso, abafa<strong>do</strong>, alegre, triste, fresco, calmo, tenso, suave, ondula<strong>do</strong>,<br />

quebradiço, quente, delica<strong>do</strong>, duro, deprimi<strong>do</strong>, tranquilo, crocante tempestuoso,<br />

trovão, se<strong>do</strong>so, morto, choran<strong>do</strong>, carrancu<strong>do</strong>, frágil, ressequi<strong>do</strong>, relaxa<strong>do</strong>,<br />

esponjoso, ensopa<strong>do</strong>, severo.<br />

ATIVIDADE 76 - Ainda “colorin<strong>do</strong> palavras”, os alunos irão experimentar, nesta<br />

atividade, uma primeira leitura de texto. Desenvolvimento:<br />

❚ Leia com os alunos a rima infantil, sugerida no Guia de Estu<strong>do</strong>, recitan<strong>do</strong>-a em<br />

coro e atribuin<strong>do</strong> expressões distintas à mesma..<br />

❚ Mo<strong>do</strong>s de leitura sugeri<strong>do</strong>s: com suspense, com raiva, com tristeza, alegremente,<br />

como um locutor de tv, como uma propaganda, como uma canção de rock, com<br />

voz lírica, com muita suavidade, muito alto.<br />

❚ Forme subgrupos. Peça às equipes que pesquisem na memória outras rimas populares<br />

ditas em suas comunidades, escolhen<strong>do</strong> uma para apresentar ao grupo to<strong>do</strong>.<br />

❚ Distribua para cada equipe uma folha de cartolina/flip chart ou papel metro<br />

para que escrevam com letras grandes e legíveis a rima escolhida. Prenda as<br />

rimas na parede ou no quadro, pedin<strong>do</strong> que cada subgrupo leia a sua, colorin<strong>do</strong><br />

as palavras.<br />

❚ Para finalizar, solicite que realizem a tarefa pedida no Guia de Estu<strong>do</strong>.<br />

ATIVIDADE 77 - Um <strong>do</strong>s aspectos centrais da atividade <strong>do</strong> ator é a capacidade<br />

de memorizar e reproduzir seqüências. Nesta atividade, os alunos retomarão os<br />

grupos e a cena criada na atividade 72. Agora, eles devem repetir esta cena, acrescentan<strong>do</strong><br />

palavras. Observe que to<strong>do</strong>s devem repetir os mesmos personagens, procuran<strong>do</strong><br />

reproduzir exatamente o que fizeram, acrescentan<strong>do</strong> um texto que se encaixe<br />

perfeitamente à pantomima criada.<br />

ATIVIDADE 78 A 81<br />

As atividades 78 a 81 têm como objetivo liberar a expressão através da brincadeira<br />

e exercitar a articulação das palavras como instrumentos essenciais para a ação <strong>do</strong><br />

intérprete.<br />

2<br />

ELEMENTOS DO TEATRO<br />

43


2<br />

44<br />

ARTE E CULTURA I<br />

ATIVIDADE 78 - Esta atividade se inicia com o Guia de Estu<strong>do</strong>. Leia com eles o<br />

texto introdutório, abrin<strong>do</strong> um espaço para que eles comentem o que entenderam<br />

sobre o que leram. Destaque a importância da brincadeira para o fazer teatral,<br />

permitin<strong>do</strong> que o intérprete se libere das amarras e condicionamentos cotidianos e<br />

abra as portas da imaginação, geran<strong>do</strong> soluções criativas – muitas vezes inusitadas<br />

– para situações conhecidas.<br />

Em seguida, peça que eles observem a gravura <strong>do</strong> Guia de Estu<strong>do</strong>, lembran<strong>do</strong> de<br />

sua importância e buscan<strong>do</strong> reconhecer, na imagem, brincadeiras <strong>do</strong> universo de<br />

cada um. Peça que registrem o que puderam reconhecer.<br />

A reflexão proposta no Guia de Estu<strong>do</strong> introduz os exercícios descritos abaixo.<br />

Sugerimos que estes sejam realiza<strong>do</strong>s ao som de uma música animada, como “Piruetas”,<br />

de Chico Buarque, <strong>do</strong> cd Saltimbancos Trapalhões. A seqüência de exercícios<br />

propõe variações na maneira de andar, permitin<strong>do</strong> ativar estruturas musculares<br />

pouco utilizadas, tornan<strong>do</strong> o intérprete mais consciente de seu corpo e de suas<br />

potencialidades.<br />

Exercício n° 1: Em ângulo reto<br />

Senta<strong>do</strong>s, braços e pernas estica<strong>do</strong>s paralelos ao solo, começar a caminhar com<br />

as nádegas direita e esquerda, como se fossem os pés. O passo deve ser o maior<br />

possível. Retroceder da mesma maneira, manten<strong>do</strong> sempre a coluna reta forman<strong>do</strong><br />

um ângulo de 90° com os braços e as pernas.<br />

Exercício n° 2: Caranguejo<br />

Com as duas mãos e os <strong>do</strong>is pés no chão, andar como os caranguejos, para a<br />

esquerda e para a direita, nunca para frente.<br />

Exercício n° 3: Pernas enroladas<br />

Em duplas os alunos se seguram pela cintura, lada a la<strong>do</strong>, e enlaçam a perna<br />

direita de um com a esquerda <strong>do</strong> outro, erguen<strong>do</strong>-as para que não toquem o<br />

chão. Começam, então, a caminhar, consideran<strong>do</strong>, cada um, o corpo <strong>do</strong> outro<br />

como sua própria perna. Lembre aos alunos que andar não é pular.<br />

Exercício n° 4: Camelo<br />

Com pés e mãos no chão, os alunos avançam como um camelo, adiantan<strong>do</strong><br />

primeiro o la<strong>do</strong> esquer<strong>do</strong> – pé e mão simultaneamente – e depois o la<strong>do</strong> direito,<br />

e assim sucessivamente.<br />

Exercício n° 5: Canguru<br />

Abaixa<strong>do</strong>s, seguran<strong>do</strong> os tornozelos com as mãos, os alunos devem saltar para a<br />

frente como um canguru.<br />

Exercício n° 6: Carrinho de mão<br />

Em duplas, um aluno se apoiará sobre as mãos, no chão, enquanto suas pernas<br />

são seguradas pelo companheiro. Caminha assim por algum tempo e trocam os<br />

papéis. Peça que os alunos sugiram outras formas diferentes de caminhar.<br />

Exercício n° 7: Respiração e aquecimento vocal<br />

Retire a música e dê um tempo para que os alunos possam respirar mais alivia<strong>do</strong>s<br />

depois <strong>do</strong>s exercícios de caminhar. Retome o trabalho de fortalecimento <strong>do</strong>


diafragma exposto na atividade 57. Na seqüência, repita o exercício de musculatura<br />

facial com caretas, descrito na seqüência da atividade 71, finalizan<strong>do</strong> com o<br />

exercício de extensão vocal apresenta<strong>do</strong> anteriormente (atividade 66), preparan<strong>do</strong><br />

o fôlego <strong>do</strong>s alunos para a atividade seguinte.<br />

ATIVIDADE 79 - Inicie a atividade, len<strong>do</strong> com os alunos no Guia de Estu<strong>do</strong><br />

a explicação <strong>do</strong> que é um trava-línguas. Destaque os trava-línguas apresenta<strong>do</strong>s<br />

no Guia, fazen<strong>do</strong> com que os alunos percebam a articulação clara das palavras<br />

e o ritmo das frases. Peça voluntários para repeti-los. O desafio que você<br />

deve propor é que, à medida em que se familiarizam com os trava-línguas,<br />

aumentem a velocidade com que o texto é dito. Se você quiser acrescentar um<br />

tom mais lúdico à atividade, traga bombons ou pirulitos para premiar aqueles<br />

que conseguirem realizar o desafio sem tropeçar nas palavras. Peça que, em<br />

casa, pesquisem outros trava-línguas diferentes <strong>do</strong>s que foram apresenta<strong>do</strong>s no<br />

Guia de Estu<strong>do</strong>.<br />

ATIVIDADE 80 - A partir da leitura <strong>do</strong> texto introdutório da atividade no Guia<br />

de Estu<strong>do</strong>, converse com os alunos sobre a possibilidade de um mesmo texto<br />

poder ser li<strong>do</strong> e interpreta<strong>do</strong> de diversas maneiras. Peça ao grupo exemplos cotidianos<br />

de entendimentos diferentes para um mesmo fato. Explore rapidamente os<br />

exemplos trazi<strong>do</strong>s pelo grupo, certifican<strong>do</strong>-se de que os alunos compreendem que<br />

toda encenação implica numa releitura <strong>do</strong> texto e seu autor. A seguir, proceda<br />

como descrito abaixo:<br />

❚ Leia expressivamente o poema de Paulo Leminski, escrito no Guia de Estu<strong>do</strong>,<br />

solicitan<strong>do</strong> que os alunos escutem com toda a atenção.<br />

❚ Repita a leitura com a mesma entonação expressiva, frase por frase, pedin<strong>do</strong> que<br />

o grupo as reproduza, também frase por frase, buscan<strong>do</strong> captar a intenção dada<br />

por você com a voz.<br />

❚ Forme três subgrupos e designe a cada um deles um <strong>do</strong>s poemas conti<strong>do</strong>s no Guia.<br />

❚ Solicite que cada aluno faça a leitura silenciosa <strong>do</strong> poema que lhe cabe, destacan<strong>do</strong><br />

as palavras cujo significa<strong>do</strong> ignora.<br />

❚ Pedir que, no subgrupo, procurem no dicionário o significa<strong>do</strong> das palavras destacadas,<br />

compartilhan<strong>do</strong> com to<strong>do</strong>s da equipe.<br />

❚ Solicitar que repitam a leitura silenciosa, dan<strong>do</strong> cor às palavras para lhes conferir<br />

expressão.<br />

❚ Pedir que os três subgrupos leiam o seu poema em coro, simultaneamente.<br />

❚ Cada subgrupo deve combinar um mo<strong>do</strong> de ler o texto para os outros grupos.<br />

Exemplos: ler em conjunto, <strong>do</strong>is a <strong>do</strong>is, em forma de jogral, etc.<br />

❚ Apresentação das equipes, uma a uma.<br />

OBS: Você pode pesquisar outros textos, músicas ou poemas que façam p<strong>arte</strong> <strong>do</strong><br />

universo <strong>do</strong>s alunos, para utilizar nesta atividade.<br />

ATIVIDADE 81 - Manten<strong>do</strong> as mesmas equipes da atividade anterior, peça que<br />

criem um poema ou uma resenha sobre a aula <strong>do</strong> dia. Marque o tempo para a<br />

produção pedida e finalize com a apresentação das equipes.<br />

2<br />

ELEMENTOS DO TEATRO<br />

SUGESTÕES<br />

DE OUTRAS<br />

POESIAS<br />

OU TEXTOS<br />

Verdura<br />

Paulo Leminski)<br />

Liquidação de<br />

inverno<br />

Calos Drummond<br />

de Andrade<br />

Sinal fecha<strong>do</strong><br />

Paulinho da Viola<br />

Acorda amor<br />

Chico Buarque<br />

Construção<br />

Chico Buarque<br />

45


2<br />

46<br />

ARTE E CULTURA I<br />

2.3 – CONSTRUÇÃO DO PERSONAGEM<br />

ATIVIDADE 82 A 85<br />

Esse bloco de atividades dá início ao processo de construção, de fato, <strong>do</strong> personagem.<br />

Vários conceitos e exercícios serão retoma<strong>do</strong>s, sempre associa<strong>do</strong>s a um da<strong>do</strong><br />

novo. Reforce com os alunos que eles têm trabalha<strong>do</strong> objetivan<strong>do</strong> a construção de<br />

um produto e, nesse senti<strong>do</strong>, o corpo, a voz e a observação são elementos fundamentais<br />

e constantes.<br />

ATIVIDADE 82 - Leia com os alunos o texto e a reflexão que o segue, antes de<br />

dar inicio à seqüência de exercícios que compõem esta atividade.<br />

Exercício n° 1: Corrida em câmera lenta<br />

❚ Começe uma corrida que não deve ser interrompida.<br />

❚ Explique aos alunos que cada corre<strong>do</strong>r deverá alongar as pernas o máximo a<br />

cada passo. O pé, para passar diante da outra perna, deve passar acima da altura<br />

<strong>do</strong> joelho. Ao avançar é preciso que os alunos estiquem bem o corpo.<br />

❚ Quan<strong>do</strong> o pé bater no chão, deve-se ouvir o barulho. Os <strong>do</strong>is pés não podem<br />

estar ao mesmo tempo no chão.<br />

❚ Estas exigências têm o objetivo de romper o equilíbrio cotidiano <strong>do</strong> corpo,<br />

fazen<strong>do</strong> com que os músculos a<strong>do</strong>rmeci<strong>do</strong>s sejam ativa<strong>do</strong>s.<br />

❚ Ganha o participante que chegar por último.<br />

Exercício n° 2: Ondas <strong>do</strong> mar<br />

❚ Formar pares com os alunos de alturas parecidas.<br />

❚ Posicioná-los de costas um para o outro. Um deles coloca as nádegas acima da<br />

linha das nádegas <strong>do</strong> outro, trança seus braços com os <strong>do</strong> companheiro e se<br />

deixa cair sobre ele. O outro se <strong>do</strong>bra em direção ao chão de mo<strong>do</strong> que seu<br />

parceiro se deite sobre ele, fazen<strong>do</strong>, então, movimentos suaves para cima e para<br />

baixo de tal maneira que o parceiro tenha a impressão de estar flutuan<strong>do</strong> nas<br />

ondas <strong>do</strong> mar.<br />

É importante que o exercício seja realiza<strong>do</strong> com tranqüilidade, para que haja<br />

confiança uns nos outros. Fique atento para que o ajuste das nádegas aconteça da<br />

forma indicada. Se for necessário, peça a outra dupla que se coloque ao la<strong>do</strong><br />

daquela que realiza o exercício, servin<strong>do</strong> de apoio. Este exercício não deve provocar<br />

<strong>do</strong>r. Se isto acontecer, pare imediatamente.<br />

Exercício n° 3: O desmaio<br />

❚ Numere cada aluno de 01 a quantos forem os participantes.<br />

❚ Peça que andem perto uns <strong>do</strong>s outros .<br />

❚ Comece a dizer números aleatórios com certo intervalo de tempo. A cada número<br />

dito, o aluno correspondente “desmaia”, deven<strong>do</strong> ser seguro pelos colegas.<br />

❚ Você pode dizer até <strong>do</strong>is números de cada vez, desde que esteja certo de que o<br />

grupo está atento e que não haverá incidentes.<br />

❚ Termine o exercício, solicitan<strong>do</strong> que to<strong>do</strong>s se deitem com as costas no chão.


Exercício n° 4: Respiração<br />

❚ Mãos sobre o abdômen. Pedir que os alunos expirem to<strong>do</strong> o ar <strong>do</strong>s pulmões e<br />

inspirem lentamente enchen<strong>do</strong> o abdômen até não poderem mais. Repetir o<br />

movimento diversas vezes.<br />

❚ Faça o mesmo procedimento com as mãos sobre as costelas, enchen<strong>do</strong> o peito<br />

(p<strong>arte</strong> inferior <strong>do</strong> mesmo).<br />

❚ Faça o mesmo procedimento com as mãos sobre os ombros, enchen<strong>do</strong> de ar a<br />

p<strong>arte</strong> superior <strong>do</strong> peito.<br />

❚ Por fim, faça as três respirações em seqüência na direção <strong>do</strong> abdômen para os<br />

ombros.<br />

❚ Repita o mesmo exercício com os alunos em pé.<br />

Fique atento para o fato de que to<strong>do</strong>s os músculos devam reagir à entrada de ar<br />

e à sua expulsão, como se o aluno pudesse sentir o oxigênio circulan<strong>do</strong> por to<strong>do</strong><br />

o corpo. A respiração é um ato integral.<br />

ATIVIDADE 83 - Esta atividade se compõe de <strong>do</strong>is exercícios de projeção de voz.<br />

Exercício nº 1: Furan<strong>do</strong> a parede<br />

❚ Coloque os alunos em pé, la<strong>do</strong> a la<strong>do</strong>, forman<strong>do</strong> uma fileira voltada para a<br />

parede, a um metro de distância desta.<br />

❚ Com o som nasal “humm”, os alunos dirigem suas vozes para a parede como<br />

se quisessem furá-la, to<strong>do</strong>s ao mesmo tempo e emitin<strong>do</strong> o mesmo som.<br />

❚ Comece com o som humm (nasal) e depois passe para o som “aaahhh” (aberto).<br />

❚ Aos poucos peça que esta fileira recue, se distancian<strong>do</strong> da parede, continuan<strong>do</strong><br />

a emitir os sons de tal forma que o visualizem ultrapassan<strong>do</strong> a parede.<br />

Exercício nº 2: som e emoção<br />

❚ Forme trios.<br />

❚ O exercício será feito utilizan<strong>do</strong> sons abertos (a, e, o), associa<strong>do</strong>s a uma emoção.<br />

❚ Cada aluno <strong>do</strong> trio terá uma função: o primeiro sugere uma emoção ao ouvi<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong> segun<strong>do</strong>, que deve interpretá-la, utilizan<strong>do</strong> som, gesto e a máscara facial, para<br />

que o terceiro componente reconheça a emoção expressa.<br />

❚ Repita o exercício com rodízio <strong>do</strong>s papéis de tal forma que to<strong>do</strong>s possam<br />

vivenciar as três funções.<br />

❚ To<strong>do</strong>s os trios devem atuar simultaneamente. Estimule-os a serem expressivos.<br />

ATIVIDADE 84 – Esta atividade utiliza a improvisação focalizada na criação de<br />

uma história e é composta por <strong>do</strong>is exercícios.<br />

Exercício nº 1: Crian<strong>do</strong> uma história coletiva<br />

❚ Forme 5 subgrupos.<br />

❚ Um grupo de cada vez se coloca diante da turma, sentan<strong>do</strong>-se em cadeiras ou<br />

no chão.<br />

❚ Um <strong>do</strong>s alunos <strong>do</strong> subgrupo começa uma história, que vai sen<strong>do</strong> completada<br />

por cada um <strong>do</strong>s outros quatro, até que o último componente <strong>do</strong> grupo estabeleça<br />

um final. Você deve dar o sinal para a passagem de um aluno a outro, preven<strong>do</strong><br />

aproximadamente 1 minuto para cada aluno.<br />

❚ To<strong>do</strong>s os subgrupos realizam o mesmo processo.<br />

2<br />

ELEMENTOS DO TEATRO<br />

47


2<br />

48<br />

ARTE E CULTURA I<br />

Exercício nº 2: Representan<strong>do</strong> a história<br />

❚ Termina<strong>do</strong> o exercício anterior, cada subgrupo deve representar uma das histórias<br />

criadas, com exceção da sua própria.<br />

❚ A escolha das histórias deve ser feita de tal maneira que todas sejam encenadas.<br />

❚ Dê alguns minutos para que os alunos conversem rapidamente entre si sobre as<br />

cenas e dividam os personagens.<br />

❚ Solicite que os subgrupos observem os seguintes aspectos ao preparar a representação:<br />

definir o momento mais importante da história; observar a utilização<br />

<strong>do</strong> espaço e de como se colocar nele sem encobrir os demais atores; projetar<br />

bem a voz, atentan<strong>do</strong> para a articulação clara das palavras; criar um corpo e uma<br />

voz diferente para cada personagem.<br />

❚ Lembre aos alunos que o exercício requer toda a energia deles e que não devem<br />

se preocupar com erros ou acertos.<br />

❚ Se houver tempo depois <strong>do</strong> exercício, peça que cada grupo converse entre si<br />

rapidamente sobre a improvisação, procuran<strong>do</strong> identificar os pontos que podem<br />

ser melhora<strong>do</strong>s.<br />

ATIVIDADE 85 – Peça aos alunos que façam o registro da improvisação realizada na<br />

atividade anterior no Guia de Estu<strong>do</strong>, conforme o roteiro proposto no mesmo.<br />

ATIVIDADE 86 E 87<br />

Nestas duas atividades, o objetivo é desenvolver a capacidade de observação <strong>do</strong>s<br />

alunos, aproximan<strong>do</strong>-os, ao mesmo tempo, <strong>do</strong> universo <strong>do</strong> teatro. Isto será feito a<br />

partir da observação de um filme. Sugerimos a película “Shakespeare Apaixona<strong>do</strong>”,<br />

porque trata diretamente <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> <strong>do</strong> ator. Caso não seja possível o acesso<br />

a este filme, a atividade poderá utilizar outras alternativas, como: “A viagem <strong>do</strong><br />

Capitão Torna<strong>do</strong>”, “Em busca da terra <strong>do</strong> nunca”, ‘A<strong>do</strong>rável Júlia”, “Bye, bye,<br />

Brasil” ou “Romeu e Julieta”.<br />

ATIVIDADE 86 – Antes de iniciar o filme, peça aos alunos que leiam a reflexão<br />

que introduz a atividade. Trata-se de um texto que ressalta a importância da observação<br />

na perspectiva <strong>do</strong> ator. O ator deve olhar e ver tu<strong>do</strong> o que está acontecen<strong>do</strong>.<br />

Dito isto, os alunos irão assistir ao filme. Se você estiver trabalhan<strong>do</strong> com<br />

“Shakespeare Apaixona<strong>do</strong>”, apresente este grande dramaturgo inglês, falan<strong>do</strong> de<br />

sua importância na história <strong>do</strong> teatro.<br />

ATIVIDADE 87 – Após o filme, reúna os alunos num círculo para ouvir seus<br />

comentários. Pergunte aos alunos sobre sua impressão <strong>do</strong> filme: a história, os personagens,<br />

figurino, cenário. Sugerimos algumas questões que você poderá levantar<br />

para orientar esta conversa:<br />

1 - Com que personagem se identificaram.<br />

2 - Qual a forma desses personagens, voz, corpo, jeito de andar.<br />

3 - Que comparação podem fazer, escolhen<strong>do</strong> <strong>do</strong>is personagens bem diferentes.<br />

Por fim, peça que respondam o roteiro de questões que acompanha a atividade 87<br />

no Guia de Estu<strong>do</strong>, como tarefa de casa.


ATIVIDADES 88 A 92<br />

Nesta seqüência de atividades, o aluno deve perceber que os exercícios corporais,<br />

vocais e de improvisação o ajudam a emprestar vida a um personagem, culminan<strong>do</strong><br />

em uma leitura dramática. É importante que aqueles que pretendem abraçar a<br />

carreira de intérprete teatral incorporem a necessidade de realizar regularmente os<br />

exercícios físicos e de alongamento, voz, respiração como elementos essenciais<br />

para seu desempenho.<br />

ATIVIDADE 88 – Os exercícios propostos nesta atividade são exercícios de alongamento.<br />

❚ Alongamentos são um elo importante entre a vida sedentária e a vida ativa, manten<strong>do</strong><br />

os músculos flexíveis e preparan<strong>do</strong>-os para o movimento e atividade vigorosa,<br />

sem tensões indevidas. Os exercícios são relativamente fáceis e estão<br />

ilustra<strong>do</strong>s no Guia de Estu<strong>do</strong>, mas é importante que você atente para que sejam<br />

realiza<strong>do</strong>s corretamente, pois o condicionamento indevi<strong>do</strong> pode causar danos.<br />

Neste senti<strong>do</strong>, considere os seguintes aspectos:<br />

❚ Os alunos não devem sentir <strong>do</strong>r;<br />

❚ Os exercícios devem ser feitos regulamente;<br />

❚ Não é preciso forçar os limites corporais nem estabelecer comparações. Cada<br />

corpo é único e deve ser respeita<strong>do</strong><br />

Lembre que o objetivo <strong>do</strong> alongamento é reduzir as tensões musculares e que as<br />

sensações sutis e revigorantes <strong>do</strong>s exercícios possibilitarão aos participantes entrar<br />

em contato com seus músculos.<br />

As seqüências abaixo acompanham as ilustrações <strong>do</strong> Guia de Estu<strong>do</strong>. Cada posição<br />

deve ser mantida 20 segun<strong>do</strong>s suavemente e mais 20 acentuan<strong>do</strong>-se o movimento.<br />

Esse é o tempo mínimo necessário para se obter um resulta<strong>do</strong>.<br />

Seqüência 1: Alongamento de pernas e virilhas<br />

❚ De pé, com braços e cabeças encosta<strong>do</strong>s na parede e uma perna <strong>do</strong>brada,<br />

alongar a batata da outra perna, que deve estar esticada. Os pés devem estar<br />

volta<strong>do</strong>s para frente, sem levantar o calcanhar <strong>do</strong> chão. Fazer com uma perna,<br />

depois outra.<br />

❚ Senta<strong>do</strong>, com as plantas <strong>do</strong>s pés unidas e o quadril encaixa<strong>do</strong>, balançar os<br />

joelhos na posição borboleta. Atenção para a coluna: não deve ser o ombro que<br />

se verga para frente, mas o quadril que se aproxima <strong>do</strong>s pés.<br />

❚ Colocan<strong>do</strong> a coluna ereta, estique a perna direita para o la<strong>do</strong>, manten<strong>do</strong> a outra<br />

flexionada e próxima <strong>do</strong> tronco. Colocan<strong>do</strong> a perna para frente , segurar com as<br />

duas mãos o tornozelo da perna esticada, aproximan<strong>do</strong> o tronco da perna, como<br />

se quisesse encostar barriga e peito na coxa. Repita com o outro la<strong>do</strong>.<br />

❚ Retorne à posição borboleta.<br />

❚ Deitar-se, com as pernas esticadas, estenden<strong>do</strong> os braços pra cima, paralelos à<br />

cabeça.<br />

❚ Dobre um joelho, aproximan<strong>do</strong>-o <strong>do</strong> tronco, sem tirar a outra perna <strong>do</strong> chão.<br />

Repetir com a outra perna.<br />

2<br />

ELEMENTOS DO TEATRO<br />

49


2<br />

50<br />

ARTE E CULTURA I<br />

❚ Deita<strong>do</strong> de costas, colocar as mãos no peito, e <strong>do</strong>brar as pernas, com as plantas<br />

<strong>do</strong>s pés encostadas uma na outra. Tente fazer com que os joelhos toquem o chão.<br />

❚ Dobran<strong>do</strong> o corpo lateralmente, retornar à posição sentada, empurran<strong>do</strong>-se<br />

com as mãos.<br />

❚ Novamente esticar uma perna e depois a outra.<br />

Seqüência 2: alongamento das costas<br />

❚ Peça aos alunos que deitem de costas, puxan<strong>do</strong> o joelho esquer<strong>do</strong> para o peito.<br />

Repetir com o direito. Repetir novamente seguran<strong>do</strong> os <strong>do</strong>is joelhos ao mesmo<br />

tempo.<br />

❚ Senta<strong>do</strong>, com as pernas flexionadas junto ao corpo, ir se deitan<strong>do</strong> sem soltar as<br />

pernas e tentar suspender o quadril, como se fosse dar uma cambalhota.<br />

❚ Retornar a posição inicial e retomar o movimento de deitar-se sobre às costas,<br />

estican<strong>do</strong> as pernas, colocan<strong>do</strong> as mãos nos quadris.<br />

❚ Retornar o quadril, apoiar os pés no chão, virar-se de la<strong>do</strong> e ir levantan<strong>do</strong><br />

lentamente até sentar-se.<br />

❚ Agacha<strong>do</strong> como um índio, ir levantan<strong>do</strong> até a posição similar a estar senta<strong>do</strong><br />

em uma cadeira. Continuar levantan<strong>do</strong> até pôr-se de pé.<br />

Seqüência 3: alongamento de braços, tronco e pescoço<br />

❚ Senta<strong>do</strong> na cadeira, entrelaçar os de<strong>do</strong>s, esticar os braços com a palma para<br />

fora, elevan<strong>do</strong> os braços, ainda estica<strong>do</strong>s, em seguida para cima da cabeça, sem<br />

soltar as mãos.<br />

❚ Puxar os braços estica<strong>do</strong>s ora para a esquerda, ora para a direita, sem entortar<br />

a coluna.<br />

❚ Com de<strong>do</strong>s entrelaça<strong>do</strong>s, atrás da cabeça, forçar os cotovelos para trás, tentan<strong>do</strong><br />

juntar as omoplatas.<br />

❚ Por trás da cabeça, puxar o cotovelo direito para o la<strong>do</strong> esquer<strong>do</strong> e vice-versa.<br />

❚ Com a mão esquerda, pela frente <strong>do</strong> corpo, seguran<strong>do</strong> o braço direito pouco<br />

acima <strong>do</strong> cotovelo, puxar o braço para o la<strong>do</strong> esquer<strong>do</strong>, alongan<strong>do</strong> o ombro.<br />

❚ Senta<strong>do</strong> com as costas eretas, esticar os braços ao longo <strong>do</strong> corpo, com as<br />

palmas das mãos apoiadas no assento da cadeira, com os de<strong>do</strong>s volta<strong>do</strong>s para as<br />

costas.<br />

❚ Ainda senta<strong>do</strong>, trazer um joelho de cada vez para o peito.<br />

❚ De pé, descer a coluna até o chão, encostan<strong>do</strong> o peito nas pernas, de mo<strong>do</strong> que<br />

as mãos toquem os pés.<br />

❚ Alongar o pescoço, com movimentos circulares (la<strong>do</strong> direito, para trás, la<strong>do</strong><br />

esquer<strong>do</strong>, para frente, retorna).<br />

❚ Alongar os músculos da face, prenden<strong>do</strong> os lábios, como se fossem engoli-los,<br />

abrin<strong>do</strong> bem a boca em “ó”, e em seguida abrin<strong>do</strong>-a para os la<strong>do</strong>s.<br />

ATIVIDADE 89 – Esta atividade começa com a letra de uma música de Caetano<br />

Veloso que trata da importância da voz para o cantor; seguin<strong>do</strong>-se de um<br />

trecho que apresenta a importância da voz e <strong>do</strong> corpo para o ator e para a<br />

construção <strong>do</strong> personagem. Solicite que eles leiam a canção, o trecho e a reflexão<br />

que se segue no Guia de Estu<strong>do</strong>, antes de iniciar a seqüência de exercícios<br />

vocais descrita a seguir:


Exercício:<br />

❚ Inspirar lentamente to<strong>do</strong> o ar possível e expulsá-lo, de uma vez só, pela boca.<br />

Observar que o ar produz um som igual a um grito agressivo.<br />

❚ Inspirar o ar ao mesmo tempo em que vai levantan<strong>do</strong> os <strong>do</strong>is braços estendi<strong>do</strong>s,<br />

estican<strong>do</strong>-se ao máximo na ponta <strong>do</strong>s pés. Depois expirar lentamente enquanto<br />

volta à posição normal, encolhen<strong>do</strong> o corpo até ocupar o menor lugar<br />

possível.<br />

❚ Com to<strong>do</strong>s juntos, em bloco, destaque um aluno para se posicionar<br />

diante <strong>do</strong> grupo, funcionan<strong>do</strong> como um botão de volume. O grupo deve<br />

emitir os sons: a, e, i, o, u, aumentan<strong>do</strong> o volume na medida em que o<br />

aluno for se afastan<strong>do</strong>, e diminuin<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> ele for se aproximan<strong>do</strong>. O<br />

aluno se movimenta livremente. É interessante que você vá trocan<strong>do</strong> as<br />

pessoas nesse papel.<br />

❚ Este mesmo exercício deve ser feito em duplas, com o aluno posicionan<strong>do</strong> o<br />

volume da voz de acor<strong>do</strong> com a distância de seu parceiro.<br />

É interessante destacar para os alunos que, assim como os olhos miram o objeto,<br />

a voz também se direciona para aqueles que quer alcançar. No teatro a voz deve<br />

ser projetada para alcançar a última fila.<br />

ATIVIDADE 90 – Esta é uma atividade de leitura dramática, que constitui uma<br />

primeira aproximação com a cena, ajudan<strong>do</strong> a imaginar e dar forma ao personagem.<br />

O aluno-intérprete é sempre temeroso com as palavras. A leitura dramática<br />

vai ajudá-lo a vencer esta barreira.<br />

O trecho a ser li<strong>do</strong> encontra-se no Guia de Estu<strong>do</strong>. Não se trata de um diálogo,<br />

mas de um texto que contém quatro personagens: o narra<strong>do</strong>r, Stella Adler e <strong>do</strong>is<br />

atores. O texto deverá ser transforma<strong>do</strong> em cena, através de uma leitura que empreste<br />

voz aos personagens.<br />

Inicialmente, você deve ler o texto, representan<strong>do</strong> os quatro personagens, para<br />

que os alunos percebam a diferença entre uma leitura dramática e uma leitura<br />

comum. Você deve dar expressão diferenciada a cada um <strong>do</strong>s personagens.<br />

Depois, distribua os papéis entre os alunos, para que eles experimentem esta<br />

dramatização. Repita a leitura algumas vezes, substituin<strong>do</strong> os alunos. É interessante<br />

comentar com o grupo as diferentes interpretações que podem ser da<strong>do</strong>s<br />

a estes personagens.<br />

Depois de feito o exercício, peça que os alunos registrem suas observações no<br />

Guia de Estu<strong>do</strong>.<br />

ATIVIDADE 91 – dan<strong>do</strong> continuidade ao exercício anterior, peça aos alunos que<br />

registrem qualidades essenciais para um intérprete teatral, seguin<strong>do</strong> a orientação<br />

<strong>do</strong> Guia de Estu<strong>do</strong>.<br />

ATIVIDADE 92 – trata-se de um papo cabeça em que você vai explorar as qualidades<br />

que os alunos consideraram essenciais num intérprete teatral. Pergunte quem<br />

eles conhecem que possui estas qualidades e se estas qualidades podem ser adquiridas.<br />

Reforce com o grupo que o processo de desenvolvimento teatral exige desejo,<br />

disciplina e determinação na conquista destas habilidades.<br />

2<br />

ELEMENTOS DO TEATRO<br />

51


2<br />

52<br />

ARTE E CULTURA I<br />

2.4 – MONTAGEM E APRESENTAÇÃO<br />

DE CENA TEATRAL<br />

ATIVIDADES 93 A 95<br />

Estas atividades constituem seqüências de exercícios de improvisação que dirigem<br />

os alunos para a construção de personagens, levan<strong>do</strong>-os a encontrar, dentro de si,<br />

elementos que facilitem essa construção.<br />

ATIVIDADE 93 – Comece len<strong>do</strong>, com os alunos, a introdução da atividade contida<br />

no Guia de Estu<strong>do</strong>. Peça que digam o que compreenderam <strong>do</strong> texto li<strong>do</strong> e,<br />

somente depois que tenham se expressa<strong>do</strong>, inicie a seqüência de exercícios abaixo:<br />

Exercício nº 1:<br />

❚ Andar pela sala, perceben<strong>do</strong> os colegas, até formar uma dupla, encontran<strong>do</strong> o<br />

seu par através <strong>do</strong> olhar, sem falar.<br />

❚ Movimentar-se pelo espaço da sala liga<strong>do</strong> ao seu par pelo olhar. Peça às duplas<br />

que explorem movimentos como aproximar-se ao máximo, esconder-se, enfrentar-se,<br />

distanciar-se, reaproximar-se, etc.<br />

❚ Explicar que, a um sinal seu, as duplas devem congelar na posição em que se<br />

encontram. Com o grupo congela<strong>do</strong>, atribua os números 1 e 2 a cada componente<br />

<strong>do</strong> par.<br />

❚ O aluno a quem for atribuí<strong>do</strong> o nº 1 interpretará sempre o primeiro personagem<br />

indica<strong>do</strong> por você e o nº 2 o segun<strong>do</strong>, na seqüência de papéis complementares<br />

que serão cita<strong>do</strong>s.<br />

❚ Você vai apresentar um cardápio de papéis que todas as duplas devem representar<br />

simultaneamente, crian<strong>do</strong> uma situação de conflito. Exemplo de cardápio:<br />

pai e filho; policial e ladrão; namora<strong>do</strong>s; professor e aluno; político e eleitor;<br />

vende<strong>do</strong>r e cliente.<br />

❚ Atenção: não permaneça muito tempo em cada papel, pois o objetivo desse<br />

exercício é ativar o grupo, surpreender, exigir dele mobilidade e improvisação,<br />

aquecê-lo.<br />

Exercício nº 2: Conte-me quan<strong>do</strong> você...<br />

O objetivo deste exercício é fazer com que o aluno exercite a fluência verbal<br />

através da improvisação, a partir de uma situação dada por você.<br />

❚ Grupo senta<strong>do</strong> em semicírculo.<br />

❚ A cada situação dada, três alunos participam. Você não deve escolhê-los a<br />

priori e, sim, durante a realização da atividade, solicitan<strong>do</strong> que um substitua o<br />

outro na fala que está sen<strong>do</strong> dita. Não é preciso que o aluno substituto mantenha<br />

a coerência <strong>do</strong> que está sen<strong>do</strong> fala<strong>do</strong>, apenas que ele comece a falar imediatamente<br />

sobre a mesma situação e sem parar até que um outro o substitua.<br />

❚ Exemplos de situações que você pode explorar: Conte-me quan<strong>do</strong> você...<br />

a) saiu para o seu primeiro encontro amoroso.<br />

b) apareceu como convida<strong>do</strong> no programa <strong>do</strong> Jô.


c) acidentalmente atingiu o rosto <strong>do</strong> diretor com uma torta.<br />

d) viajou para o Japão sem falar uma palavra em japonês.<br />

e) caiu em uma piscina infestada de tubarões.<br />

f) foi pego colan<strong>do</strong> em uma prova.<br />

g) saiu escondi<strong>do</strong> para ir a uma festa e acabou tranca<strong>do</strong> fora de casa.<br />

h) foi a um show de rock e os músicos tocaram música clássica.<br />

i) comeu 6 pizzas grandes sozinho.<br />

j) foi sortea<strong>do</strong> na Mega-Sena e não conseguiu achar o bilhete para receber o<br />

prêmio.<br />

ATIVIDADE 94 – Peça que os alunos leiam silenciosamente a abertura da atividade<br />

no Guia de Estu<strong>do</strong>. Esta leitura visa a reforçar a importância para o ator <strong>do</strong> aquecimento<br />

corporal e vocal. A atividade consta de uma seqüência de 6 exercícios.<br />

Exercício nº 1:<br />

❚ Divida o grupo em duas equipes, colocan<strong>do</strong>-as frente a frente, de mo<strong>do</strong> a<br />

formar duplas.<br />

❚ Trace no chão com giz ou fita crepe uma linha divisória entre as duas equipes<br />

(pares de frente um para o outro).<br />

❚ Pedir que os pares, um diante <strong>do</strong> outro, segurem-se pelos ombros e comecem<br />

a se empurrar com toda a força, sem que nenhum ultrapasse a linha divisória<br />

marcada no chão entre eles.<br />

❚ Repetir o exercício com o par, costas contra costas.<br />

Exercício nº 2: Canoa<br />

❚ Duplas sentadas no chão, frente a frente, com pernas levemente flexionadas e<br />

encaixadas nas <strong>do</strong> par.<br />

❚ Dar-se as mãos e fazer um movimento para frente e para trás, de mo<strong>do</strong> que um<br />

<strong>do</strong> par vai até o chão e o outro debruça-se sobre ele, e vice-versa.<br />

❚ Repetir algumas vezes com os pares seguran<strong>do</strong>-se pelas mãos e, depois, pelos<br />

braços.<br />

Exercício nº 3: Gangorra<br />

❚ Duplas sentadas no chão, com as pernas flexionadas, pés no chão, coluna ereta.<br />

❚ Dar-se as mãos. Fazer o movimento da gangorra em que um sobe enquanto o<br />

outro permanece senta<strong>do</strong>. Alternar, equilibran<strong>do</strong> o peso <strong>do</strong> corpo.<br />

❚ Você pode executar esse mesmo exercício com 4 alunos. Enquanto 3 sobem,<br />

um fica senta<strong>do</strong> e vice-versa. Depois de algumas repetições, pedir que, ao seu<br />

sinal, subam os 4 de uma só vez.<br />

Exercício nº 4:<br />

❚ Dividir os alunos em duas equipes de igual número de participantes.<br />

❚ Pedir que cada equipe forme duas fileiras frente a frente, forman<strong>do</strong> pares, deixan<strong>do</strong><br />

um aluno de fora. (Caso o número de participantes da equipe seja par,<br />

devem ficar <strong>do</strong>is de fora. Um deles realiza o exercício e o outro o ajuda, ao final<br />

<strong>do</strong> exercício, no momento em que desce <strong>do</strong>s braços <strong>do</strong>s colegas para o chão).<br />

❚ Os pares, frente a frente, esticam os braços diante de si, seguran<strong>do</strong> nos braços<br />

<strong>do</strong>s colegas que estão à sua frente, forman<strong>do</strong> uma rede.<br />

2<br />

ELEMENTOS DO TEATRO<br />

53


2<br />

54<br />

ARTE E CULTURA I<br />

❚ Os alunos que estão de fora afastam-se de suas fileiras e, a um sinal da<strong>do</strong> por<br />

você, emitem um grito para que o grupo fique alerta para recebê-los, correm na<br />

direção <strong>do</strong>s braços estendi<strong>do</strong>s e saltam sobre a rede feita pelos colegas em suas<br />

equipes respectivas.<br />

❚ Após o salto, cada rede de braços deve impulsionar o corpo <strong>do</strong> salta<strong>do</strong>r, de<br />

mo<strong>do</strong> que este a atravesse até o final, sen<strong>do</strong> recebi<strong>do</strong> pelos <strong>do</strong>is alunos que<br />

constituíram o 1º par de cada rede ou pelo aluno que ficou de fora, conforme o<br />

número de participantes da equipe tenha exigi<strong>do</strong>.<br />

Obs: O aluno deve saltar de frente com os braços estica<strong>do</strong>s como num mergulho<br />

e continuar nessa posição até chegar ao final <strong>do</strong> trajeto forma<strong>do</strong> por to<strong>do</strong>s<br />

os braços.<br />

Exercício nº 5:<br />

❚ Duplas frente a frente, espalhadas pela sala. Olhos nos olhos.<br />

❚ Inspirar, silenciosamente. Peça a cada dupla que tente sintonizar o ritmo de sua<br />

respiração.<br />

❚ Expirar, soltan<strong>do</strong> o ar pela boca, fazen<strong>do</strong> um som (ahh!), ao mesmo tempo em<br />

que os pares se deixam cair como se estivessem desinflan<strong>do</strong> até relaxarem completamente<br />

no chão.<br />

❚ A um coman<strong>do</strong> seu, um aluno de cada dupla levanta-se, passan<strong>do</strong> a ser o condutor<br />

enquanto o outro passa a ser o boneco inflável que se encontra vazio no chão.<br />

❚ Solicite aos condutores que façam movimentos, alia<strong>do</strong>s a sons, que simulem uma<br />

bomba de ar, enchen<strong>do</strong> o boneco. O boneco deve ir inflan<strong>do</strong> até pôr-se de pé.<br />

❚ O condutor vai esvaziar o boneco, destampan<strong>do</strong> p<strong>arte</strong>s <strong>do</strong> corpo por onde o<br />

ar sai. O aluno condutor deve simular o ato de destampar com movimentos bem<br />

visíveis em diferentes p<strong>arte</strong>s <strong>do</strong> corpo <strong>do</strong> boneco. Por exemplo: orelha, nariz,<br />

de<strong>do</strong>, joelho, etc.<br />

❚ Repita o exercício, alternan<strong>do</strong> os papéis da dupla.<br />

Exercício n° 6 – Aquecimento vocal<br />

❚ Alunos em círculo, de pé.<br />

❚ Pedir que os alunos fiquem atentos para a articulação vocal que você vai apresentar:<br />

o bambo de bambu de bambuê/ o bambo de bambu de bambuá/ bambu<br />

lelê/ bambu lalá.<br />

❚ Pedir que os alunos repitam frase por frase depois de você.<br />

❚ Solicitar que, juntos com você, to<strong>do</strong>s falem sem parar a seqüência completa,<br />

repetidas vezes.<br />

❚ Pedir voluntários para expressar, com o corpo e a voz, a mesma articulação<br />

vocal, associan<strong>do</strong> a ritmos e movimentos diversos. Por exemplo: como rock,<br />

como capoeira, forró, discurso, etc.<br />

ATIVIDADE 95 – Esta atividade tem como objetivo a criação de um personagem<br />

e você vai iniciá-la com o poema de Fernan<strong>do</strong> Sabino, pedin<strong>do</strong> a um voluntário<br />

que o leia, projetan<strong>do</strong> a voz e articulan<strong>do</strong> as palavras com clareza. A reflexão<br />

visa a despertar no aluno a motivação necessária para representar o seu personagem<br />

com fidelidade, de mo<strong>do</strong> consistente. Além da leitura e reflexão, a atividade<br />

se compõe de <strong>do</strong>is exercícios práticos.


Exercício n° 1:<br />

❚ Peça aos alunos que andem pela sala de forma determinada, exploran<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s<br />

os espaços, decidin<strong>do</strong> os trajetos a serem percorri<strong>do</strong>s, mudan<strong>do</strong> de direção cada<br />

vez que estes forem concluí<strong>do</strong>s. Dê tempo suficiente para que o grupo se aqueça.<br />

❚ Explore o ritmo <strong>do</strong> caminhar (lento, muito lento, rápi<strong>do</strong>, quase corren<strong>do</strong>...).<br />

peça que variem de níveis, na ponta <strong>do</strong>s pés, quase agacha<strong>do</strong>s, etc, fican<strong>do</strong> sempre<br />

atentos à respiração e sensações.<br />

❚ Peça que visualizem um personagem e comecem a se movimentar como ele.<br />

Faça perguntas que possam ajudá-los. Por exemplo: como ficam os braços durante<br />

o caminhar? A cabeça? A coluna?<br />

❚ Solicitar que acrescentem um som a esse corpo construí<strong>do</strong> e que se encontra<br />

em movimento.<br />

❚ Peça que esse som se transforme em palavras, através de perguntas <strong>do</strong> tipo:<br />

qual seria o tom de voz <strong>do</strong> personagem e o volume?<br />

❚ Aos poucos, vá sugerin<strong>do</strong> que, enquanto se movimentam, executem diversas<br />

ações que só esse personagem faria.<br />

❚ Solicite que escolham uma das ações e a executem no espaço, imaginan<strong>do</strong> o<br />

cenário da ação escolhida. Faça perguntas que ajudem os alunos a construírem<br />

essa ação: onde estão? O que fazem? O que sentem? Que motivação os dirige? O<br />

que querem alcançar? Dê um tempo para que realizem o que está sen<strong>do</strong> pedi<strong>do</strong>.<br />

❚ Peça que aban<strong>do</strong>nem, cada um em seu tempo, a ação executada, voltan<strong>do</strong> a<br />

andar como o personagem.<br />

❚ Solicite que se despeçam <strong>do</strong> personagem, voltan<strong>do</strong> a andar como si mesmos.<br />

Exercício n° 2: Berlinda – Este exercício tem como objetivo reforçar o processo<br />

de construção de personagem. Deve ser conduzi<strong>do</strong> energicamente, sem tempo<br />

para elaborações prévias. Você deve favorecer a espontaneidade das respostas.<br />

❚ Seis alunos sentam-se de frente para o grupo, ocupan<strong>do</strong> a berlinda, incorpora<strong>do</strong>s<br />

nos seus personagens.<br />

❚ Peça ao grupo que faça perguntas, visan<strong>do</strong> a conhecer os personagens. Sugestão<br />

de perguntas: nome, idade, família, situação amorosa, o que gostam de comer,<br />

de fazer, defeitos, qualidades, profissão, etc.<br />

❚ Quan<strong>do</strong> você perceber que os contornos <strong>do</strong>s personagens foram delimita<strong>do</strong>s,<br />

peça aos alunos da berlinda que voltem para o grupo. A berlinda será ocupada<br />

por outros alunos até que to<strong>do</strong>s tenham passa<strong>do</strong> pela experiência.<br />

OBS: após o término <strong>do</strong>s exercícios, to<strong>do</strong>s os alunos respondem à atividade 47 no<br />

Guia de Estu<strong>do</strong>. Você deve chamar a atenção para a realização da tarefa de casa.<br />

ATIVIDADE 96 E 97<br />

Estas atividades visam a definir os personagens cria<strong>do</strong>s pelos alunos, estabelecen<strong>do</strong><br />

vínculos entre eles que, posteriormente, irão virar cenas.<br />

ATIVIDADE 96 – Trata-se de uma seqüência de exercícios para aquecimento de corpo<br />

e de voz. Leia com os alunos o texto introdutório, conti<strong>do</strong> no Guia de Estu<strong>do</strong>,<br />

2<br />

ELEMENTOS DO TEATRO<br />

55


2<br />

56<br />

ARTE E CULTURA I<br />

pedin<strong>do</strong> que compartilhem o que compreenderam. Após a leitura inicie os exercícios<br />

práticos. Você vai utilizar exercícios feitos anteriormente, buscan<strong>do</strong> aprimorá-los.<br />

Exercício n°1: Aquecimento corporal<br />

❚ Escolha duas seqüências de alongamento entre as descritas na atividade 40 para<br />

realizar com os alunos.<br />

Exercício nº 2:<br />

❚ Musculatura facial – retome os exercícios referentes à musculatura facial descritos<br />

na atividade 53.<br />

❚ Aquecimento vocal – retome os exercícios descritos na atividade 59, nos exercícios<br />

3 e 4. Faça as adaptações que julgar necessárias. Também a atividade 66<br />

traz uma seqüência de aquecimento vocal.<br />

❚ Voz e emoção – retome os exercícios apresenta<strong>do</strong>s na atividade 66 sobre este<br />

tema.<br />

Exercício nº 3<br />

❚ Peça que os alunos andem pela sala, exploran<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s os espaços.<br />

❚ Aos poucos, solicite que se transportem para seus personagens, caminhan<strong>do</strong>,<br />

gesticulan<strong>do</strong> e se expressan<strong>do</strong> como eles.<br />

❚ Solicitar ao grupo que, a um sinal seu, os personagens se apresentem àqueles<br />

que estão mais próximos.<br />

❚ Peça que voltem a caminhar e repita o coman<strong>do</strong> anterior algumas vezes.<br />

❚ Após as apresentações, os personagens devem se reunir em subgrupos de, no<br />

mínimo 6 e, no máximo, 8 pessoas. Explique que a reunião <strong>do</strong>s personagens<br />

deve responder a algum critério pessoal, (empatia, afinidade, diferença) que não<br />

será revela<strong>do</strong> para o grupo no momento.<br />

ATIVIDADE 97 – Esta atividade é realizada com os subgrupos forma<strong>do</strong>s na<br />

atividade anterior e se inicia com a apresentação da tarefa de casa pedida na atividade<br />

95. Os alunos expõem o que trouxeram, fazen<strong>do</strong> um paralelo com seus personagens.<br />

Você deve acompanhar esta atividade no Guia de Estu<strong>do</strong>, ressaltan<strong>do</strong> as<br />

ligações surgidas entre os personagens.<br />

ATIVIDADES 98 A 100<br />

Estas atividades têm como finalidade criar diversas cenas, envolven<strong>do</strong> os personagens<br />

que compõem os subgrupos da atividade anterior, a partir de situações trazidas<br />

por você, de mo<strong>do</strong> a construir uma história e escrevê-la em linguagem teatral.<br />

ATIVIDADE 98 – Trata-se da construção da cena, propriamente dita, que será<br />

apresentada como a produção <strong>do</strong> grupo no encerramento deste tópico. Antes de<br />

iniciar esta atividade, faça com o grupo um aquecimento corporal com música<br />

animada, procuran<strong>do</strong> movimentar as articulações e as diversas p<strong>arte</strong>s <strong>do</strong> corpo.<br />

Comece pela cabeça e vá até os pés, passan<strong>do</strong> pelos ombros, tórax, quadris, joelhos,<br />

braços, mãos e rosto. Após o aquecimento, peça que os subgrupos se reúnam<br />

e se sentem espalha<strong>do</strong>s pela sala. Distribua para cada subgrupo uma situação que<br />

será o ponto de partida para a construção da cena. Cada equipe deve discutir a sua<br />

situação de mo<strong>do</strong> a ser capaz de preencher o quadro exposto no Guia de Estu<strong>do</strong>.


Situações tema:<br />

a) poluição na comunidade<br />

b)violência no bairro<br />

c) casamento inusita<strong>do</strong><br />

d)um conto de fadas<br />

e) uma viagem fantástica<br />

f) um talento reconheci<strong>do</strong><br />

Preenchimento <strong>do</strong> quadro exposto no Guia de Estu<strong>do</strong> – A sua orientação é<br />

fundamental para que os alunos possam construir uma história envolven<strong>do</strong> os<br />

personagens cria<strong>do</strong>s. Os <strong>do</strong>is quadros <strong>do</strong> Guia têm por finalidade facilitar essa<br />

construção.<br />

O primeiro quadro consta de 9 colunas, a saber:<br />

Personagens – o grupo deve listar o nome de to<strong>do</strong>s os personagens que compõem<br />

a equipe.<br />

Sinopse <strong>do</strong>s personagens – descrever brevemente cada personagem: quem é, que<br />

idade tem, o que faz, <strong>do</strong> que gosta, <strong>do</strong> que não gosta, traços marcantes.<br />

Situação tema - refere-se à situação dada (ou sorteada) por você para cada subgrupo.<br />

Objetivo <strong>do</strong> grupo em relação ao tema – pedir ao grupo que, a partir da situação-tema,<br />

discuta e estabeleça o objetivo que perseguirá na construção da história. Por<br />

exemplo: na situação-tema “poluição na comunidade”, o objetivo pode ser encontrar<br />

soluções alternativas para o problema que considere mais grave.<br />

Conflito – o grupo deve estabelecer o conflito (impedimentos, desafios, discórdias,<br />

impasses) em torno <strong>do</strong> qual a história vai ocorrer. O conflito mantém relação<br />

com o objetivo que o grupo estabeleceu para perseguir com a história.<br />

Solução – refere-se à resolução <strong>do</strong> conflito e finalização da história. A mensagem<br />

que o grupo deseja passar para o público está sempre implícita na solução dada<br />

ao conflito.<br />

Época em que ocorre a situação – o grupo necessita localizar a história numa época<br />

(ano, mês) para orientar os figurinos, a ambientação, a postura <strong>do</strong>s personagens,<br />

forma de falar, adereços, etc.<br />

Local da ação – o grupo precisa determinar onde se passa a história. O local pode<br />

se referir a um ou mais espaços. To<strong>do</strong>s precisam ser estabeleci<strong>do</strong>s a priori.<br />

Tempo percorri<strong>do</strong> pela história – diz respeito ao tempo em que os acontecimentos<br />

ocorrem. Por exemplo: uma história pode iniciar no presente e finalizar daqui a<br />

10 anos, outra pode começar e acabar numa tarde.<br />

O segun<strong>do</strong> quadro abarca a inserção <strong>do</strong>s personagens na história, a saber:<br />

Personagens – listar novamente to<strong>do</strong>s os personagens que atuam na história.<br />

Objetivo <strong>do</strong> personagem na história – o objetivo <strong>do</strong> personagem é o que dá foco para<br />

o ator. Por isso, deve estar bem determina<strong>do</strong> e claro. O que este personagem faz<br />

na história? Quem é ele dentro da trama? Que papel desempenha no desenrolar<br />

<strong>do</strong>s acontecimentos?<br />

2<br />

ELEMENTOS DO TEATRO<br />

57


2<br />

58<br />

ARTE E CULTURA I<br />

Vínculos – descrever os vínculos de cada personagem com os demais.<br />

Objetos que compõem o personagem – é importante que cada personagem apresente<br />

um traço que o torne único e que seja característico dele. Isto diz respeito a um<br />

objeto que possa marcar a sua presença. Por exemplo: uma flor no cabelo, uma<br />

pasta, uma bengala, um chapéu, um lenço no pescoço, etc.<br />

Além <strong>do</strong> preenchimento <strong>do</strong>s quadros, as equipes devem registrar, no Guia de<br />

Estu<strong>do</strong>, a história que será representada e a mensagem que querem passar, dan<strong>do</strong><br />

um nome fantasia para a sua produção.<br />

ATIVIDADE 99 – Inicie com a leitura <strong>do</strong> texto que introduz a atividade no Guia<br />

de Estu<strong>do</strong>. Certifique-se de que to<strong>do</strong>s entenderam o que é uma cena, solicitan<strong>do</strong><br />

que dêem exemplos, toman<strong>do</strong> por base uma das histórias criadas por eles. Só então,<br />

peça que respondam à atividade contida no Guia de Estu<strong>do</strong>. Dê papel de<br />

ofício para cada equipe. Acompanhe o trabalho de perto.<br />

ATIVIDADE 100 – Leia com os alunos o trecho da peça exposto no Guia de<br />

Estu<strong>do</strong>. Contextualize a obra e o seu autor. Trata-se de uma peça escrita em 1960,<br />

transformada em filme, ganha<strong>do</strong>r da Palma de Ouro no Festival de Cannes em<br />

1962. O autor é também escritor de algumas obras conhecidas como “O Bem<br />

Ama<strong>do</strong>,”, “Roque Santeiro”, “Saramandaia” e “O Santo Inquérito”, dentre outras.<br />

Chame a atenção para a forma como o texto teatral é apresenta<strong>do</strong>. Ressalte para o<br />

grupo que as frases entre parênteses descrevem as ações que o personagem realiza<br />

no momento em que fala o seu texto. A seguir, combine um tempo com os alunos<br />

para que cada subgrupo reescreva a sua história na forma de texto teatral. Procure<br />

passar por to<strong>do</strong>s os subgrupos, acompanhan<strong>do</strong> as produções das equipes e esclarecen<strong>do</strong><br />

as dúvidas que surgirem.<br />

ATIVIDADES 101 E 102<br />

Estas atividades objetivam preparar os alunos para apresentarem suas cenas. Constam<br />

de uma série de ensaios com observações suas, pontuan<strong>do</strong> as atuações de<br />

mo<strong>do</strong> a incentivá-los a produzir o melhor resulta<strong>do</strong> possível.<br />

ATIVIDADE 101 – Inicie a atividade pedin<strong>do</strong> que se reúnam nas equipes de trabalho.<br />

Peça que cada subgrupo faça um círculo e que se espalhe pelo espaço da sala. Sugira que<br />

cada aluno, por sua vez, em seu subgrupo, conduza o aquecimento de corpo e de voz,<br />

escolhen<strong>do</strong> uma das técnicas aprendidas. Chame a atenção <strong>do</strong>s alunos para que não<br />

repitam a técnica escolhida pelos colegas <strong>do</strong> seu subgrupo. Após o aquecimento, marque<br />

o tempo aproximadamente de 30 minutos para que as equipes ensaiem suas cenas,<br />

seguin<strong>do</strong> o roteiro e os textos cria<strong>do</strong>s na atividade 100.<br />

ATIVIDADE 102 – Peça a um voluntário para ler em voz alta o texto que abre a<br />

atividade no Guia de Estu<strong>do</strong>. Conduza a apresentação das cenas, equipe por equipe,<br />

reservan<strong>do</strong> um espaço para servir de palco e outro para localizar a platéia. Depois das<br />

apresentações, solicite que o grupo se sente em círculo para o papo cabeça.<br />

Papo cabeça – Peça a um aluno que leia em voz alta a abertura <strong>do</strong> papo cabeça e<br />

conduza a conversa com o grupo, de forma bastante objetiva. Faça as indica-


ções necessárias sobre as cenas e os personagens, bem como sobre o ensaio, mas<br />

sempre de forma a dar segurança aos alunos. Está na hora de finalizar as tarefas<br />

e prepará-los para o ensaio geral que será na próxima aula, quan<strong>do</strong> tu<strong>do</strong> deverá<br />

ser feito sem vacilo, com muita concentração e atitude para improvisar, caso<br />

algo saia <strong>do</strong> roteiro estabeleci<strong>do</strong>. Lembre ao grupo que to<strong>do</strong>s estão prontos<br />

para isso e que se exercitaram bastante durante a ocupação. Após os comentários,<br />

peça a cada equipe que refaça e reapresente sua cena, consideran<strong>do</strong> os comentários<br />

feitos por você. Corrija os detalhes que ainda necessitem de ajustes.<br />

Termine as atividades <strong>do</strong> dia com uma roda, to<strong>do</strong>s de mãos dadas, respiran<strong>do</strong><br />

juntos. Se possível , coloque uma música suave e, ao final da mesma, solicite que<br />

cada um diga uma palavra que represente o sentimento <strong>do</strong> momento.<br />

Tarefa para casa – Leia para os alunos o que está sen<strong>do</strong> pedi<strong>do</strong> e estimule-os a<br />

cumprir a tarefa, lembran<strong>do</strong>-lhes que na próxima aula será o ensaio geral e to<strong>do</strong>s<br />

os objetos devem constar da cena.<br />

ATIVIDADES 103 A 106<br />

Esta seqüência de atividades gira em torno <strong>do</strong> ensaio geral que deve ser encara<strong>do</strong><br />

como se fosse a apresentação final para o público. Esta atitude deve ser passada<br />

para o grupo por você.<br />

ATIVIDADE 103 – Esta atividade propõe um aquecimento aeróbico que você<br />

vai conduzir, utilizan<strong>do</strong> os recursos rítmicos da música “Na Carreira” de Edu Lobo<br />

e Chico Buarque <strong>do</strong> cd O Grande Circo Místico. Trata-se de um aquecimento dinâmico<br />

e simples, no qual os alunos vão alternar corridas com marcha lenta e paradas<br />

para respirar e alongar. Ouça a música várias vezes antes de utilizá-la e faça uso da<br />

sua criatividade na condução <strong>do</strong> exercício. Caso seja preciso, utilize qualquer outra<br />

música de ritmo bem marca<strong>do</strong>.<br />

ATIVIDADE 104– Esta atividade tem como objetivo encontrar um fio condutor<br />

entre as diversas histórias de mo<strong>do</strong> a transformá-las numa única produção. Você deve<br />

conduzir o grupo a uma construção coletiva que satisfaça a todas as equipes sem, no<br />

entanto, permitir grandes elaborações ou mudanças na estrutura das cenas já prontas. É<br />

preciso encontrar uma solução simples. Marque tempo para a exposição das idéias <strong>do</strong>s<br />

alunos e peça a to<strong>do</strong>s que procurem ser objetivos, diretos e claros. É bom que você<br />

tenha algumas alternativas, caso não surja <strong>do</strong> grupo a solução. Sugerimos algumas possibilidades<br />

que você pode utilizar, a depender das histórias criadas:<br />

a) transformar as histórias em notícias de jornal, rádio ou TV e um apresenta<strong>do</strong>r<br />

ou locutor faz a ligação entre elas;<br />

b)um conta<strong>do</strong>r de histórias relata as diversas cenas para o público, fazen<strong>do</strong> comentários<br />

sobre as mesmas;<br />

c) duas pessoas conversam ao telefone e as histórias fazem p<strong>arte</strong> da conversa;<br />

d)repórter e cenógrafo retratam as histórias;<br />

e) um objeto faz a ligação entre uma história e outra, estan<strong>do</strong> presente em todas<br />

elas, porém com significa<strong>do</strong>s diferentes.<br />

2<br />

ELEMENTOS DO TEATRO<br />

59


2<br />

60<br />

ARTE E CULTURA I<br />

Após a escolha <strong>do</strong> mo<strong>do</strong> como as histórias serão ligadas, dê um tempo para o<br />

ensaio dessa nova forma. Você deve acompanhar este ensaio, fazen<strong>do</strong> os ajustes e<br />

os comentários devi<strong>do</strong>s, pedin<strong>do</strong> que trechos da apresentação sejam repeti<strong>do</strong>s, se<br />

necessário. Assegure-se de que o clima seja de atenção, sem dispersão.<br />

ATIVIDADE 105 – Solicite que cada aluno faça o seu aquecimento individualmente,<br />

sem conversas e brincadeiras. Chame a atenção para o fato de que o ensaio geral deve<br />

ser trata<strong>do</strong> como se fosse uma apresentação para o público e que é preciso que to<strong>do</strong>s<br />

estejam bem concentra<strong>do</strong>s desde o aquecimento. Deixe os alunos à vontade para escolher<br />

os exercícios que acharem necessários, mas sugira uma seqüência de<br />

alongamento.Quanto ao aquecimento vocal, peça que comecem com os sons nasais e<br />

terminem com os sons abertos. Após o aquecimento, dê um tempo para que se preparem<br />

com os adereços que trouxeram de casa (pedi<strong>do</strong>s na atividade 102) e inicie o ensaio<br />

geral. Ao final <strong>do</strong> mesmo, faça comentários ressaltan<strong>do</strong> os pontos positivos e alimentan<strong>do</strong><br />

um clima de confiança no grupo. Solicite aos alunos o preenchimento <strong>do</strong> Guia de<br />

Estu<strong>do</strong>, chaman<strong>do</strong> a atenção para a tarefa de casa.<br />

ATIVIDADE 106 – Trata-se de um papo cabeça cujo objetivo é organizar os<br />

procedimentos necessários para a realização da aula pública, seguida <strong>do</strong> ensaio<br />

aberto. Cada aluno poderá convidar uma pessoa e, para que tu<strong>do</strong> dê certo, algumas<br />

providências precisam ser definidas com o grupo:<br />

❚ Arrumação <strong>do</strong> espaço – limpeza, cadeiras, som, delimitação de área para palco e<br />

platéia.<br />

❚ Definição <strong>do</strong> horário para chegada <strong>do</strong> grupo e <strong>do</strong>s convida<strong>do</strong>s – os convida<strong>do</strong>s<br />

devem chegar pelo menos 1 hora depois <strong>do</strong>s alunos para que, nesse tempo, estes<br />

possam tomar as providências necessárias para a realização <strong>do</strong> ensaio aberto.<br />

❚ Recepção <strong>do</strong>s convida<strong>do</strong>s – escolha <strong>do</strong>is alunos para receber os convida<strong>do</strong>s e<br />

acomodá-los no espaço.<br />

❚ Escolha <strong>do</strong> aquecimento a ser feito e da pessoa para conduzi-lo - é importante<br />

definir os exercícios que serão executa<strong>do</strong>s e que não poderão ultrapassar o tempo<br />

de 10 minutos. Lembre-se que os alunos já estarão vesti<strong>do</strong>s e caracteriza<strong>do</strong>s<br />

nesse momento. Você pode escolher um aluno para conduzir o grupo durante o<br />

aquecimento. Caso não se sinta seguro para isto, dirija-o você mesmo.<br />

❚ Escolha de um aluno para, após a apresentação, relatar para o público o processo<br />

de aprendizagem pelo qual passou o grupo durante o tópico Elementos <strong>do</strong> Teatro.<br />

Oriente o aluno escolhi<strong>do</strong> a ser objetivo e breve na sua fala. Peça-lhe que<br />

escreva o texto que pretende falar para o público e que o submeta ao seu conhecimento<br />

previamente.<br />

❚ Buscar junto aos alunos e à coordenação <strong>do</strong> projeto uma pessoa para filmar a<br />

apresentação e outra para fotografar.<br />

ATIVIDADES 107 A 108<br />

Estas são as atividades finais <strong>do</strong> tópico e incluem o ensaio aberto para o público e<br />

uma avaliação final.


ATIVIDADE 107 – Trata-se de uma atividade prática a partir <strong>do</strong> que foi planeja<strong>do</strong><br />

com o grupo na atividade anterior. Verifique se todas as providências estão<br />

sen<strong>do</strong> tomadas, pois o grupo tem 1 hora para preparar o espaço e preparar-se.<br />

Quan<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s tiverem termina<strong>do</strong> suas funções, reúna o grupo e, em círculo, leia<br />

para eles o texto encoraja<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Guia de Estu<strong>do</strong>. Só depois desses procedimentos<br />

é que o espaço será aberto ao público. Lembre-se <strong>do</strong> tempo <strong>do</strong> aquecimento (10<br />

minutos) e que os alunos já deverão estar vesti<strong>do</strong>s para a apresentação. Após a<br />

mesma, o aluno escolhi<strong>do</strong> para relatar o processo vivencia<strong>do</strong> executa a sua tarefa.<br />

Não se esqueça de pontuar, antecipadamente, para ele a necessidade de projetar a<br />

voz e articular com clareza as palavras. Depois de concluída essa etapa, os convida<strong>do</strong>s<br />

devem retirar-se para que você reúna o grupo para a atividade final.<br />

ATIVIDADE 108 – Você vai precisar de calma e determinação para reunir o<br />

grupo após a apresentação pública pois, certamente, os alunos se encontram eufóricos<br />

e sensibiliza<strong>do</strong>s pelo fato de terem concluí<strong>do</strong> o tópico. Porém é importante<br />

que ouçam os comentários finais feitos por você. Procure ressaltar os pontos positivos<br />

e incentive-os a continuar no processo de crescimento. Se perceber que há<br />

necessidade de abrir espaço para a fala <strong>do</strong> grupo, faça-o, procuran<strong>do</strong> evitar repetições<br />

e discursos intermináveis. É provável que a emoção aflore. Acolha e use da<br />

sua sensibilidade para conduzir a situação da melhor maneira.<br />

2<br />

ELEMENTOS DO TEATRO<br />

61


3<br />

ARTE E CULTURA I<br />

APRESENTAÇÃO DO TÓPICO 3:<br />

AUXILIAR DE CENOTECNIA<br />

A cenotecnia diz respeito à técnica de construir cenários desde o seu planejamento<br />

e elaboração até a concretização <strong>do</strong>s mesmos, através da construção <strong>do</strong>s objetos,<br />

decoração e ambientação da cena onde acontecerá o evento ou espetáculo.<br />

O cenotécnico e seu auxiliar trabalham em articulação com outros profissionais:<br />

cenógrafos, decora<strong>do</strong>res, ambienta<strong>do</strong>res, produtores e diretores teatrais. Ele tem a<br />

função de materializar as criações e/ou idéias propostas por estes profissionais,<br />

procuran<strong>do</strong> fazer esta materialização <strong>do</strong> mo<strong>do</strong> mais funcional possível, dentro <strong>do</strong>s<br />

recursos disponíveis.<br />

No escopo desse tópico, você vai trabalhar com atividades relacionadas aos<br />

pré-requisistos básicos para a atuação de auxiliar de cenotecnia. É preciso que<br />

seus alunos aprendam a entender e construir maquetes, croquis e plantas e a<br />

executar objetos e elementos básicos. Para isto, faz-se necessário desenvolver<br />

noção de espaço, aprender a dimensionar distâncias e materiais, assim como<br />

manejar equipamentos específicos da ocupação como trena, régua, estilete, serra,<br />

m<strong>arte</strong>lo, etc.<br />

Subtópico Objetivo Conteú<strong>do</strong> Atividades Horas<br />

3.1 Projeto ❚ Desenvolver a capacidade ❚ Noção de espaço; 109 a 122 12<br />

cenográfico de observar o espaço ❚ Estilo de palcos;<br />

e traduzi-lo graficamente ❚ Dimensão de espaço;<br />

❚ Leitura e elaboração de<br />

plantas baixas<br />

3.2 Criação, ❚ Identificar objetos e elementos ❚ Elementos <strong>do</strong> cenário; 123 a 128 12<br />

construção cênicos que compõem o cenário; ❚ Objetos de cena;<br />

e adaptação ❚ Desenvolver as habilidades de ❚ Dimensionamento de objetos;<br />

<strong>do</strong> cenário construção de maquete. ❚ Utilização de escalas;<br />

❚ Construção de maquetes.<br />

3.3 Técnicas ❚ Conhecer e experiênciar ❚ Tipos de técnicas; 129 a 135 15<br />

básicas de diferentes técnicas de cenotecnia. ❚ Construção de objetos<br />

carpintaria e e estruturas;<br />

revestimento ❚ Experimentação de texturas,<br />

revestimentos e es<strong>cultura</strong>.<br />

3.4 Organização, ❚ Aplicar os conhecimentos ❚ Divisão de tarefas; 136 a 144 11<br />

detalhamento adquiri<strong>do</strong>s na construção ❚ Planejamento <strong>do</strong> trabalho;<br />

e montagem de um cenário. ❚ Viabilização <strong>do</strong>s objetos;<br />

<strong>do</strong> cenário ❚ Montagem;<br />

❚ Avaliação.


O uso desses equipamentos e de alguns materiais implica em cuida<strong>do</strong>s específicos,<br />

pois o auxiliar de cenotecnia que manuseia inadequadamente ou sem a<br />

atenção devida seus instrumentos, põe em risco a sua segurança e a <strong>do</strong>s demais.<br />

Cabe a você observar as habilidades individuais para distribuir as tarefas, levan<strong>do</strong><br />

em consideração o perfil de cada aluno. Assim, você poderá, ao longo<br />

da ocupação, otimizar procedimentos e evitar acidentes. Lembre-se de que este<br />

Arco é composto de mais três ocupações e, talvez, alguns alunos não possuam<br />

as aptidões motoras requeridas para o desempenho da cenotecnia. Por outro<br />

la<strong>do</strong>, é importante que você ressalte a necessidade de que to<strong>do</strong>s aqueles que<br />

querem trabalhar no campo da <strong>arte</strong> e da <strong>cultura</strong>, precisam ter noções e conhecimentos<br />

básicos sobre a cenotecnia para melhor estruturar a sua prática.<br />

O tópico em questão está estrutura<strong>do</strong> no quadro <strong>do</strong> Tópico III - Cenotecnia, na<br />

página 62.<br />

Algumas dicas serão úteis ao seu trabalho:<br />

❚ Antes de começar o tópico, verifique o material pedi<strong>do</strong> para a viabilização da<br />

ocupação de auxiliar de cenotecnia.<br />

❚ Separe o material a ser utiliza<strong>do</strong>, pelo menos <strong>do</strong>is dias antes <strong>do</strong> uso previsto, pois,<br />

assim, evitará surpresas inesperadas.<br />

❚ Certifique-se de que você terá disponível um local seguro para guardar o material<br />

e a produção <strong>do</strong>s alunos, garanti<strong>do</strong> a continuidade <strong>do</strong> trabalho e a preservação<br />

<strong>do</strong> produto.<br />

❚ Estabeleça, com os alunos um contato de responsabilidade sobre o material utiliza<strong>do</strong><br />

e a utilizar. Isto diz respeito ao uso e conservação <strong>do</strong>s materiais como por<br />

exemplo:<br />

1. fechar potes e latas de tinta;<br />

2. limpar os pincéis logo após o uso;<br />

3. cortar peças sem desperdício;<br />

4. não jogar fora nada que for reutilizável;<br />

5. identificar o material inacaba<strong>do</strong> com etiquetas (“tinta fresca”, “peças da escada”,<br />

etc)<br />

6. guardar pregos e parafusos em caixas tampadas;<br />

7. conferir to<strong>do</strong> o material ao final de cada aula (o que foi gasto, o que sobrou e<br />

o que será utiliza<strong>do</strong>);<br />

8. manter a sala limpa.<br />

❚ Combine com os alunos que as atividades deste tópico devem ser realizadas a<br />

lápis, já que muitas delas exigem cálculos precisos e medidas exatas, o que implica<br />

em correções.<br />

❚ Solicite aos alunos que vistam roupas passíveis de serem manchadas ou danificadas.<br />

❚ Verifique locais próximos de atendimento emergencial para o caso de um acidente<br />

e providencie ter à mão uma caixa de primeiros socorros.<br />

Bom trabalho!<br />

3<br />

AUXILIAR CENOTECNIA<br />

63


3<br />

64<br />

ARTE E CULTURA I<br />

3.1 - PROJETO CENOGRÁFICO<br />

Este subtópico tem por objetivo conscientizar o aluno da necessidade <strong>do</strong> reconhecimento<br />

<strong>do</strong> espaço, de mo<strong>do</strong> a evitar erros graves quan<strong>do</strong> forem confeccionadas<br />

as estruturas cenográficas e/ou decorativas, possibilitan<strong>do</strong> um ganho no espaço/<br />

ação <strong>do</strong> espetáculo ou evento.<br />

As atividades envolvidas neste subtópico conduzem a reflexões como:<br />

❚ Se é possível transformar um espaço, modifican<strong>do</strong>-o para permitir determinada<br />

ação, também se torna possível mudarmos nossa forma de ver o mun<strong>do</strong>, buscan<strong>do</strong><br />

soluções que facilitem a nossa vida e a <strong>do</strong>s demais;<br />

❚ Ao aprimorarmos nossa percepção de tempo e espaço, podemos levar nossas<br />

novas atitudes para o cotidiano, planejan<strong>do</strong> melhor nossos percursos de forma a<br />

encurtar distâncias e economizar tempo.<br />

Ao desenvolver este subtópico, é importante introduzir os alunos no universo da<br />

cenografia, pois ela é o ponto de partida para o profissional de cenotecnia.<br />

Texto de apresentação - Leia o texto com os alunos em voz alta. Certifique-se de que<br />

compreenderam o que são maquetes, croquis e plantas. Para isso, sugerimos que você<br />

exemplifique com desenhos ou fotos cada uma dessas representações gráficas.<br />

ATIVIDADE 109<br />

Após a leitura <strong>do</strong> trecho inicial, pergunte aos alunos se já vivenciaram situações em<br />

que o mau uso <strong>do</strong> espaço causou momentos constrange<strong>do</strong>res ou cômicos. A seguir,<br />

realize os exercícios descritos abaixo para desenvolver a noção de distância,<br />

deslocamento no espaço e noção de direção.<br />

Exercício nº 1<br />

❚ Peça aos alunos que andem pela sala ao ritmo da música, experimentan<strong>do</strong> diversas<br />

direções e caminhan<strong>do</strong> sempre para a frente. Escolha uma música cadenciada,<br />

de preferência sem letra, que permita um andar bem marca<strong>do</strong>.<br />

❚ A cada sinal seu, os alunos devem mudar a direção <strong>do</strong> andar, conservan<strong>do</strong> a<br />

mesma cadência. O seu sinal pode ser uma palma, uma palavra, um apito.<br />

❚ Introduza novos coman<strong>do</strong>s associa<strong>do</strong>s ao sinal, como: andar 2 a 2; andar em<br />

grupos de 5; andar sozinhos o mais distante possível <strong>do</strong>s demais; andar em <strong>do</strong>is<br />

grupos como um cardume de peixe em que lidera o que está à frente; andar<br />

sozinhos, porém o mais próximo possível <strong>do</strong>s outros.<br />

❚ Solicite que metade <strong>do</strong> grupo pare encosta<strong>do</strong> ao longo da parede e que a outra<br />

metade ande pelo espaço, como no coman<strong>do</strong> inicial da seqüência. Faça o rodízio<br />

de grupo.<br />

❚ Peça que parem espalha<strong>do</strong>s, respirem e sentem-se em círculo.<br />

❚ Abra espaço para os comentários a partir das perguntas:


O que foi mais fácil de executar? Que dificuldades sentiu? Como descreveria o<br />

espaço? Grande? Pequeno? Areja<strong>do</strong>? Claro? Escuro? Que diferenças sentiu ao caminhar<br />

no espaço com to<strong>do</strong> o grupo e com metade <strong>do</strong> grupo?<br />

Explore as respostas <strong>do</strong> grupo, levan<strong>do</strong>-o a refletir que o mesmo espaço muda, a<br />

depender da perspectiva com que se olha para ele.<br />

Exercício nº 2<br />

❚ Divida o grupo em pares, solicitan<strong>do</strong> que fiquem frente a frente, afasta<strong>do</strong>s, de<br />

mo<strong>do</strong> a formar duas fileiras em la<strong>do</strong>s opostos da sala.<br />

❚ Peça que imaginem uma corda ligan<strong>do</strong> os pares. Cada dupla segura uma ponta<br />

da corda imaginária, fazen<strong>do</strong> o movimento de gangorra, manten<strong>do</strong> a corda<br />

esticada. Dê tempo para que explorem o movimento.<br />

❚ Um aluno <strong>do</strong> par puxa o outro para si, enrolan<strong>do</strong> a corda. Aquele que puxa deve<br />

permanecer preso ao seu lugar, enquanto o outro se aproxima até estar à sua<br />

frente. Quem se aproximou se afasta, desenrolan<strong>do</strong> a corda. Alternar.<br />

❚ Caminhar pela sala, manten<strong>do</strong> a corda esticada e cuidan<strong>do</strong> para não embolar a<br />

sua corda com a <strong>do</strong>s demais pares.<br />

❚ Pedir que parem onde se encontram. Cada dupla vai enrolan<strong>do</strong> a sua corda por<br />

ambas as pontas até os pares estarem bem próximos. Afastar-se novamente até<br />

esticar a corda. Depositá-la no chão.<br />

❚ Dar as mãos, formar um círculo. Respirar. Soltar as mãos.<br />

Exercício nº 3<br />

❚ Solicite <strong>do</strong>is voluntários, que assumirão os papéis de rato e gato, de mo<strong>do</strong> que o<br />

gato deve caçar o rato.<br />

❚ Forme 4 filas indianas com os alunos restantes, de mo<strong>do</strong> que cada fila tenha o<br />

mesmo número de participantes.<br />

❚ Os alunos devem colocar a mão direita sobre o ombro <strong>do</strong> colega da frente,<br />

forman<strong>do</strong> corre<strong>do</strong>res entre as fileiras. O gato e o rato só podem se movimentar<br />

nestes corre<strong>do</strong>res, sen<strong>do</strong> proibi<strong>do</strong>s de furar as fileiras.<br />

❚ A um coman<strong>do</strong> seu, de direita, esquerda ou meia volta, os alunos das fileiras<br />

devem se virar na direção indicada, recolocan<strong>do</strong> a mão direita sobre o ombro<br />

<strong>do</strong> novo colega que estiver à frente, mudan<strong>do</strong> assim a direção <strong>do</strong> corre<strong>do</strong>r.<br />

❚ Depois de alguns minutos, caso o gato não consiga pegar o rato, substitua os personagens<br />

por outros alunos. Após algumas substituições, interrompa a brincadeira.<br />

❚ Sente-se com os alunos em círculo e converse sobre a experiência e o que podem<br />

concluir a partir <strong>do</strong> jogo.<br />

❚ Conclua, mostran<strong>do</strong> que o espaço está intimamente relaciona<strong>do</strong> à organização<br />

de nossa vida cotidiana, poden<strong>do</strong> ajudar ou atrapalhar o nosso dia-a-dia, a depender<br />

<strong>do</strong> mo<strong>do</strong> como está estrutura<strong>do</strong>.<br />

Após a realização <strong>do</strong>s exercícios, volte ao Guia de Estu<strong>do</strong> e leia a reflexão para o<br />

grupo, pedin<strong>do</strong> aos alunos que exemplifiquem a noção de espaço imediato, geral e<br />

amplo apresentada por Viola Spolin, com situações da vida cotidiana. Por exemplo:<br />

o grupo <strong>do</strong>s alunos em círculo é o espaço imediato, o espaço geral é a sala<br />

com seus objetos e o espaço amplo é a escola onde se localiza a sala.<br />

3<br />

AUXILIAR CENOTECNIA<br />

65


3<br />

66<br />

ARTE E CULTURA I<br />

ATIVIDADE110<br />

O objetivo dessa atividade é distinguir as formas de intervenção de um auxiliar de<br />

cenotecnia no espaço. Para chegar a isso, você vai iniciar a atividade possibilitan<strong>do</strong><br />

que, através da observação das três figuras expostas no Guia de Estu<strong>do</strong>, os alunos<br />

percebam a diferença entre um espaço decora<strong>do</strong> (fig. 1), um espaço ambienta<strong>do</strong><br />

(fig. 2) e um cenário (fig. 3). A partir das colocações feitas, você pode pedir a<br />

alunos diferentes que leiam a descrição contida no livro. Certifique-se de que está<br />

claro para o grupo a conceituação de cada forma.<br />

Peça exemplos. Ressalte para os alunos que o auxiliar de cenotecnia, ao fazer um<br />

cenário, trabalha também com a decoração e ambientação.<br />

ATIVIDADE 111<br />

Esta atividade esclarece as diversas funções da cenografia. Acompanhe com o grupo<br />

o texto <strong>do</strong> Guia de Estu<strong>do</strong>, fazen<strong>do</strong> uma leitura compartilhada. Procure sempre<br />

pedir exemplos. Transforme o texto numa atividade interativa.<br />

ATIVIDADE 112<br />

O objetivo desta atividade é possibilitar o conhecimento de <strong>do</strong>is tipos de palcos: o<br />

elizabetano e o italiano. Antes de realizar esta atividade com os alunos, leia sozinho<br />

o texto conti<strong>do</strong> no Guia de Estu<strong>do</strong>s e pesquise mais sobre o assunto. Para trabalhar<br />

com os alunos, reproduza os palcos como estão representa<strong>do</strong>s no Guia, em<br />

papel metro, amplian<strong>do</strong>-os pelo menos 10 vezes em relação ao desenho original.<br />

Inicie a atividade com um aquecimento corporal, utilizan<strong>do</strong> a música Palco (Gilberto<br />

Gil). Escolha uma das seqüências de movimento descritas abaixo para fazer<br />

com o grupo, ao som da música:<br />

Seqüência nº 1 – Em círculo, movimentar o corpo, p<strong>arte</strong> por p<strong>arte</strong>. A um sinal<br />

seu, um voluntário vai ao centro e comanda os movimentos <strong>do</strong> grupo, sen<strong>do</strong> segui<strong>do</strong><br />

por to<strong>do</strong>s. Fazer rodízios nesse coman<strong>do</strong>.<br />

Seqüência nº 2 – Dançar livremente no ritmo da música. A cada pausa dada<br />

por você, solicite um movimento específico como, por exemplo, correr pela<br />

sala e voltar para o mesmo lugar; abraçar um colega; tentar alcançar o teto;<br />

rolar pelo chão, etc.<br />

Seqüência nº 3 – Forme pares e peça que dancem liga<strong>do</strong>s por uma p<strong>arte</strong> <strong>do</strong> corpo,<br />

por exemplo, a cabeça (dançar com as cabeças encostadas). Troque os pares e<br />

a p<strong>arte</strong> <strong>do</strong> corpo sucessivamente. Ao final, solicite que to<strong>do</strong>s dancem juntos, manten<strong>do</strong><br />

contato com um colega qualquer através de uma p<strong>arte</strong> de seu corpo. Ao<br />

término da seqüência escolhida, faça um breve relaxamento com respiração. Após<br />

o aquecimento, você deve conduzir a leitura <strong>do</strong> texto <strong>do</strong> Guia de Estu<strong>do</strong>. Trata-se<br />

de um texto longo. Portanto, para que não fique cansativo, divida a sala em quatro<br />

subgrupos, solicitan<strong>do</strong> que <strong>do</strong>is deles leiam sobre o palco elizabetano e os outros


<strong>do</strong>is sobre o italiano, discutin<strong>do</strong> em suas equipes o que compreenderam e preparan<strong>do</strong>-se<br />

para apresentar o assunto para o restante da turma. Coloque à vista o<br />

desenho amplia<strong>do</strong> <strong>do</strong>s palcos. Ao final das apresentações, preencha as lacunas deixadas<br />

e esclareça as dúvidas.<br />

ATIVIDADE 113<br />

Esta atividade desenvolve a noção de perspectiva e distância. Antes da leitura <strong>do</strong><br />

texto no Guia de Estu<strong>do</strong>, peça para os alunos prestarem bastante atenção no que<br />

você vai lhes mostrar. Pegue duas cadeiras iguais da própria sala e coloque-as la<strong>do</strong><br />

a la<strong>do</strong>, no mesmo plano, de frente para a classe. Solicite a alguns voluntários que<br />

façam a descrição <strong>do</strong> que estão ven<strong>do</strong>. A seguir, com as mesmas cadeiras emparelhadas,<br />

afaste uma delas, colocan<strong>do</strong>-a mais distante <strong>do</strong>s alunos em relação à outra.<br />

Solicite novamente que outros alunos descrevam o que estão ven<strong>do</strong>. Não dê esclarecimentos,<br />

apenas estimule o grupo a se manifestar. Só então, promova a leitura<br />

<strong>do</strong> texto conti<strong>do</strong> no Guia, realizan<strong>do</strong> a tarefa solicitada no mesmo. Não leve em<br />

conta a qualidade <strong>do</strong> desenho em si, e, sim, a alteração das dimensões feitas pelos<br />

alunos em relação a um mesmo objeto coloca<strong>do</strong> a maior ou menor proximidade.<br />

A reflexão fecha a atividade e deve ser relacionada por você à figura ambígua apresentada<br />

no Guia. Explore as diversas percepções <strong>do</strong> grupo e finalize ressaltan<strong>do</strong> a<br />

importância de não nos fixarmos à primeira percepção que temos das pessoas e<br />

das situações. Sempre há uma maneira diferente e nova de ver as coisas.<br />

ATIVIDADE 114<br />

Esta atividade tem como objetivo exercitar a noção de perspectiva, distância, dimensão<br />

e distribuição espacial. A escolha de um local já conheci<strong>do</strong> visa a possibilitar<br />

ao aluno fazer comparações entre o que recorda e o que de fato existe ou é.<br />

Explore ao máximo o senso de observação <strong>do</strong> grupo. A tarefa para casa reforça a<br />

importância <strong>do</strong> uso dessa habilidade.<br />

ATIVIDADES 115 E 116<br />

Estas duas atividades introduzem os alunos no universo das possibilidades de transformação<br />

de um espaço ou situação. Descobrir o quanto é possível modificar um espaço<br />

por um simples deslocamento de parede, ou abertura de janela, ou troca de lugar de<br />

um objeto, permite perceber que também nas situações vividas é possível encontrar<br />

saídas novas se estivermos abertos a experimentar mudanças e alternativas. Dê para os<br />

alunos uma folha de papel ofício para a realização da atividade 115.<br />

Na atividade 116, para facilitar a observação <strong>do</strong>s desenhos <strong>do</strong>s colegas, sugerimos<br />

que você divida a turma em subgrupos nos quais cada aluno passa o seu trabalho<br />

para o colega da direita e assim sucessivamente, de mo<strong>do</strong> que os desenhos sejam<br />

vistos por to<strong>do</strong>s <strong>do</strong> subgrupo. Na equipe, devem ser feitas observações sobre a<br />

funcionalidade das modificações realizadas. Ressalte para os alunos que essas ob-<br />

3<br />

AUXILIAR CENOTECNIA<br />

67


3<br />

68<br />

ARTE E CULTURA I<br />

servações não expressam julgamentos críticos, mas visam a favorecer o crescimento<br />

<strong>do</strong> aprendiz. Na plenária, conduza as discussões com perguntas diretas como:<br />

❚ A modificação feita permitiu um melhor uso <strong>do</strong> espaço de movimentação?<br />

❚ O que o levou a tirar ou inserir objetos no local?<br />

❚ Você ficou satisfeito com o resulta<strong>do</strong> da sua modificação?<br />

❚ Algum comentário fez você pensar diferente sobre as modificações feitas?<br />

Finalize a plenária com a leitura da reflexão.<br />

ATIVIDADE 117<br />

Trata-se de um aquecimento corporal que visa a quebrar um pouco a sistemática que<br />

vem sen<strong>do</strong> utilizada de trabalho com papel e lápis. É uma atividade rápida e divertida.<br />

❚ Verifique o número de alunos presentes. Caso seja um múltiplo de 3, peça um voluntário<br />

para operar o som. Este aluno não participa da movimentação <strong>do</strong>s demais.<br />

Você pode fazer rodízio desta função para que to<strong>do</strong>s passem pelo aquecimento.<br />

❚ Solicite que os alunos se movimentem pela sala ao ritmo da música “Onde Você<br />

Mora” (Cidade Negra).<br />

❚ Explique que, a cada pausa da música, <strong>do</strong>is alunos devem dar as mãos, de frente um<br />

para o outro, forman<strong>do</strong> uma casa que será ocupada por um terceiro (mora<strong>do</strong>r).<br />

❚ Como não haverá número de participantes múltiplo de três, um ou <strong>do</strong>is alunos<br />

sobrarão sem casa ou formarão uma casa vazia. Esses alunos, ao final <strong>do</strong> aquecimento,<br />

deverão pagar uma prenda escolhida por você.<br />

❚ Toda vez que a música recomeçar, os alunos tornam a caminhar pela sala até a<br />

nova parada. Peça que evitem formar duplas com as mesmas pessoas.<br />

❚ Repita algumas vezes, anotan<strong>do</strong> os alunos que pagarão prendas. Sugestão de prendas:<br />

fazer expressão corporal correspondente a uma porta; a uma escada; uma<br />

es<strong>cultura</strong>; uma pedra; uma fonte; uma janela, etc. Essas formas têm relação com<br />

os objetos cênicos que serão construí<strong>do</strong>s pelos alunos em atividades posteriores.<br />

Caso prefira, escolha outras prendas.<br />

ATIVIDADE 118 A 120<br />

Estas atividades visam a preparar os alunos para a construção de uma planta baixa.<br />

ATIVIDADE 118 – o grupo, com a sua ajuda, vai aprender a utilizar a trena para<br />

medir o espaço da sala e a registrar essas medidas em uma escala correspondente,<br />

que permita a representação <strong>do</strong> espaço numa folha de papel, conservan<strong>do</strong> fielmente<br />

a distância, a proporção e a relação entre os objetos existentes na sala. Para que<br />

os alunos participem ativamente, sugerimos que você proceda da seguinte forma:<br />

❚ Peça ao grupo que se acomode em suas c<strong>arte</strong>iras e que não modifique mais nada<br />

<strong>do</strong> ambiente.<br />

❚ Distribua as trenas existentes, conservan<strong>do</strong> uma para você. Se não houver número<br />

suficiente de trenas, forme equipes.<br />

❚ Comece medin<strong>do</strong> o perímetro da sala e desenhe-o no quadro (ou papel metro) na<br />

correspondência de 1 metro na sala = 20 centímetros no quadro.


❚ Feito o desenho da sala, trace linhas a cada 20 centímetros, transforman<strong>do</strong> o<br />

desenho liso num quadricula<strong>do</strong>. Cada quadra<strong>do</strong> corresponderá, na realidade, a<br />

uma área de 1 metro x 1 metro.<br />

❚ Peça voluntários para localizar to<strong>do</strong>s os elementos e objetos conti<strong>do</strong>s no espaço<br />

da sala, desde a lixeira até a porta de entrada. To<strong>do</strong>s esses objetos devem ser<br />

medi<strong>do</strong>s e marca<strong>do</strong>s no desenho feito por você no quadro, no lugar correto e<br />

manten<strong>do</strong> a correspondência já estabelecida para representar a sua dimensão.<br />

❚ Solicite que os alunos observem bem a sala para nada ficar esqueci<strong>do</strong>. Assim, terá<br />

si<strong>do</strong> construída coletivamente a planta baixa da sua sala de aula.<br />

ATIVIDADE 119 – Você vai interpretar com os alunos as figuras contidas no Guia de<br />

Estu<strong>do</strong>. Chame a atenção para a correspondência entre a figura B (planta baixa) e as<br />

duas figuras que representam o cenário visto de frente. Faça a leitura <strong>do</strong> texto conti<strong>do</strong><br />

no guia e explique aos alunos como fazer a conversão das escalas para desenhar a planta<br />

baixa. Diga-lhes, que quan<strong>do</strong> trabalhamos com medida, ao desenharmos plantas baixas<br />

e construimos maquetes, costumamos utilizar um instrumento semelhante a uma régua<br />

com três faces chamada escalímetro. Em cada face desta régua são apresentadas duas<br />

escalas diferentes, para possibilitar ao projetista (pessoa que executa o projeto) uma<br />

maior ou menor dimensão na confecção das plantas baixas, desenhos de fachadas e<br />

maquetes, conforme as necessidades <strong>do</strong>s projetos. No nosso caso, faremos uso da régua<br />

simples. As escalas mais utilizadas são as seguintes:<br />

1:100 (um para cem)<br />

em que 1 centímetro corresponde à unidade de medida em metros.<br />

1:50 (um para cinqüenta)<br />

em que 2 centímetros correspondem à unidade de medida em metros.<br />

1:75 (um para setenta e cinco)<br />

em que 2,5 centímetros correspondem à Unidade de medida em metros.<br />

1:25 (um para vinte e cinco)<br />

em que 4 centímetros correspondem à unidade de medida em metros.<br />

Para o desenho da planta baixa, utiliza-se a escala 1/50, ou seja, cada metro é representa<strong>do</strong><br />

por 2 centímetros.<br />

ATIVIDADE 120 – Os alunos constróem sozinhos a planta baixa da sala desenhada<br />

na atividade 115. Como o desenho feito não levou em consideração as medidas<br />

reais, os alunos devem estabelecer medidas fictícias, porém coerentes com a realidade.<br />

Acompanhe de perto o trabalho de cada um, in<strong>do</strong> de mesa em mesa para<br />

certificar-se de que eles estão no caminho adequa<strong>do</strong>.<br />

ATIVIDADE 121 E 122<br />

Estas atividades preparam os alunos para a confecção da maquete que servirá<br />

de base para a construção <strong>do</strong> cenário definitivo. Na atividade 121, você vai<br />

organizar subgrupos compostos por representantes de cada uma das histórias<br />

construídas no tópico Elementos <strong>do</strong> Teatro. Esta composição é necessária para<br />

3<br />

AUXILIAR CENOTECNIA<br />

69


3<br />

70<br />

ARTE E CULTURA I<br />

que o cenário a ser cria<strong>do</strong> possa contemplar referências importantes a todas as<br />

histórias. Se você achar necessário, antes de formar os subgrupos, rememore<br />

com os alunos o fio condutor que une as diversas histórias e os elementos mais<br />

significativos da peça como um to<strong>do</strong> (por exemplo, a mensagem que desejam<br />

passar para o público).<br />

ATIVIDADE 122 – Você vai trabalhar inicialmente com to<strong>do</strong> o grupo, definin<strong>do</strong><br />

as referências a partir das quais os subgrupos vão construir uma proposta de cenário.<br />

Estas referências são relativas ao espaço onde será apresenta<strong>do</strong> o espetáculo<br />

final. Para isto, siga a orientação dada no próprio Guia de Estu<strong>do</strong> <strong>do</strong>s alunos. A<br />

partir da medição <strong>do</strong> espaço destina<strong>do</strong> à apresentação da peça, os alunos trabalham<br />

nos subgrupos forma<strong>do</strong>s na atividade anterior.<br />

3.2 - CRIAÇÃO, CONSTRUÇÃO<br />

E ADAPTAÇÃO DO CENÁRIO<br />

Neste subtópico, os alunos devem aprender a transformar a planta baixa em maquete<br />

e a observar medidas e proporções. Neste processo, devem igualmente construir a<br />

maquete <strong>do</strong> cenário da apresentação final.<br />

ATIVIDADES 123 A 125<br />

Estas atividades são preparatórias para a construção da maquete e visam fazer com<br />

que os alunos percebam que o cenário é um complemento da cena, estan<strong>do</strong> associa<strong>do</strong><br />

tanto à história quanto às características <strong>do</strong>s personagens.<br />

ATIVIDADE 123 – Trata da verificação <strong>do</strong> material e você deve aproveitar o<br />

momento para falar da importância <strong>do</strong> cuida<strong>do</strong> com equipamentos e materiais que<br />

são de uso coletivo. Confira as quantidades disponíveis e encarregue um membro<br />

de cada equipe <strong>do</strong> controle <strong>do</strong> material entregue ao grupo. Este aluno deve anotar<br />

o material recebi<strong>do</strong>, distribuí-lo pela equipe, recolhê-lo ao final das atividades e<br />

devolvê-lo a você. Atente para o fato de que as equipes devem ser compostas por,<br />

pelo menos um membro de cada cena produzida no tópico Elementos <strong>do</strong> Teatro<br />

como foi pedi<strong>do</strong> na atividade 121.<br />

ATIVIDADE 124 – Retome com os alunos as cenas elaboradas no tópico Elementos<br />

<strong>do</strong> Teatro. A partir delas, os alunos devem identificar os elementos cênicos<br />

e os objetos que compõem cena e personagem (atividade 98). Após esse levantamento,<br />

as equipes devem apresentar os resulta<strong>do</strong>s em flip chart, complementan<strong>do</strong><br />

as informações que passaram despercebidas. Solicite que cada um, ao final da atividade,<br />

preencha o Guia de Estu<strong>do</strong>.<br />

ATIVIDADE 125 – Peça aos alunos que, em equipe, imaginem as dimensões <strong>do</strong>s<br />

objetos que comporão estas cenas, e, em seguida, preencham o Guia de Estu<strong>do</strong>.


ATIVIDADES 126 A 128<br />

Estas atividades tratam da construção da maquete propriamente dita.<br />

ATIVIDADE 126 – Os alunos deverão construir, em equipes, a maquete <strong>do</strong> cenário,<br />

com base nos resulta<strong>do</strong>s das atividades 121 e 124. Acompanhe com a turma os<br />

passos descritos no Guia de Estu<strong>do</strong>, observan<strong>do</strong> as equipes para que desempenhem<br />

corretamente as instruções.<br />

ATIVIDADE 127 – As maquetes construídas deverão ser expostas e analisadas<br />

pela turma. Peça que os alunos observem em cada uma delas:<br />

❚ se o ambiente da cena construída está bem retrata<strong>do</strong>;<br />

❚ se as estruturas, elementos e objetos estão distribuí<strong>do</strong>s no espaço de forma adequada<br />

e funcional;<br />

❚ se os elementos e objetos cria<strong>do</strong>s são viáveis para os recursos de que o grupo dispõe.<br />

Destaque a contribuição valiosa de cada equipe e as diferentes possibilidades<br />

cenotécnicas de atender à mesma necessidade de cena.<br />

ATIVIDADE 128 – O grupo deverá escolher uma das maquetes construídas ou<br />

montar uma outra alternativa de cenário com elementos das várias maquetes. Esta<br />

decisão deverá ser tomada em plenária, observan<strong>do</strong>-se os da<strong>do</strong>s de funcionamento,<br />

caracterização da cena e viabilidade de execução. Lembre aos alunos que os<br />

elementos e objetos que ficarem de fora podem ser essenciais em outras cenas ou<br />

com outras possibilidades de recursos.<br />

3.3 - TÉCNICAS BÁSICAS DE CARPINTARIA<br />

E REVESTIMENTO<br />

Neste subtópico, os alunos vão ter acesso a algumas técnicas mais utilizadas na<br />

cenotecnia, partin<strong>do</strong> de uma visão geral sobre as mesmas e construin<strong>do</strong> alguns<br />

elementos e objetos cênicos.<br />

ATIVIDADE 129<br />

Leia com os alunos o Guia de Estu<strong>do</strong>, apresentan<strong>do</strong>-lhes a diversidade de técnicas que<br />

podem ser utilizadas para a construção de cenários. Sugerimos que você enriqueça esta<br />

abordagem inicial com fotos, gravuras ou desenhos de profissionais da área.<br />

ATIVIDADES 130 A 133<br />

Estas atividades introduzem o aluno no campo da carpintaria teatral, promoven<strong>do</strong><br />

a construção de três objetos básicos: praticável, tapadeira e escada. Estes objetos<br />

foram escolhi<strong>do</strong>s em função de sua simplicidade e por possibilitarem combinações<br />

variadas, diversifican<strong>do</strong> planos de palco, etc.<br />

3<br />

AUXILIAR CENOTECNIA<br />

71


3<br />

72<br />

ARTE E CULTURA I<br />

ATIVIDADE 130 – A finalidade deste exercício é fazer os alunos perceberem que<br />

estas estruturas podem compor um ambiente de diversas maneiras. Leia com o<br />

grupo o enuncia<strong>do</strong> <strong>do</strong> exercício e solicite que fechem os olhos por alguns segun<strong>do</strong>s,<br />

imaginan<strong>do</strong> a utilização destes objetos no cenário. Depois peça que registrem<br />

no Guia de Estu<strong>do</strong> a concepção cenográfica que imaginaram.<br />

ATIVIDADE 131, 132 e 133 – Você vai pôr em prática, nestas atividades, a construção<br />

<strong>do</strong>s elementos menciona<strong>do</strong>s. Antes de realizar a atividade em sala, leia a<br />

descrição no Guia de Estu<strong>do</strong> e verifique a disponibilidade <strong>do</strong>s materiais requeri<strong>do</strong>s.<br />

Antes de construir os objetos, reproduza a estrutura de cada um no quadro,<br />

explican<strong>do</strong> sua função, usos mais comuns, medidas e cuida<strong>do</strong>s necessários para sua<br />

confecção. Depois, apresente o mo<strong>do</strong> de fazer cada estrutura passo a passo.<br />

Depois que toda a turma tiver ti<strong>do</strong> acesso às informações básicas, contidas no<br />

Guia de Estu<strong>do</strong>, e esclareci<strong>do</strong> dúvidas a respeito da manufatura destas estruturas,<br />

divida-os em três subgrupos de dez alunos, consideran<strong>do</strong> as habilidades observadas<br />

durante as aulas, de forma a manter um equilíbrio técnico entre as equipes.<br />

Cada equipe ficará responsável pela construção de uma estrutura. Você deve<br />

circular entre as equipes para garantir a orientação correta e o uso adequa<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong>s materiais.<br />

ATIVIDADE 134 E 135<br />

Estas atividades dizem respeito às técnicas de es<strong>cultura</strong> e revestimento.<br />

ATIVIDADE 134 – Esta é uma atividade lúdica, que estimula a criatividade <strong>do</strong>s<br />

alunos no manuseio de materiais diversos, com o objetivo de que os alunos percebam<br />

as possibilidades da modelagem. Você vai utilizar, para isso, os seguintes<br />

materiais:<br />

❚ cola branca (diluída)<br />

❚ papel metro (par<strong>do</strong>)<br />

❚ jornal<br />

❚ material de sucata<br />

Divida a turma em subgrupos, explican<strong>do</strong> que devem construir, sobre uma folha<br />

de papel metro, uma floresta em alto relevo, que contenha pedras, troncos, árvores<br />

e imaginação.<br />

Ao final, exponha as produções na sala e peça que cada subgrupo comente sua<br />

produção.<br />

ATIVIDADE 135 - Os alunos vão conhecer a técnica de es<strong>cultura</strong> a partir da<br />

construção de uma pedra. É importante explicar que a estrutura que eles aprenderão<br />

a fazer pode ser utilizada para a criação de inúmeros objetos: pedras, árvore,<br />

objetos decorativos, entre outros. Tal como feito anteriormente com a carpintaria,<br />

você deve apresentar a técnica no quadro, antes de iniciar a construção, discutin<strong>do</strong><br />

função, usos, cuida<strong>do</strong>s, mo<strong>do</strong> de fazer. Em seguida leia com os alunos as instruções


contidas no Guia de Estu<strong>do</strong>, para dar início à confecção <strong>do</strong>s objetos.<br />

Cada um <strong>do</strong>s três subgrupos da atividade anterior deverá construir uma pedra.<br />

Se houver disponibilidade de material, você pode propor que eles experimentem,<br />

além da pedra, as variações sugeridas no Guia de Estu<strong>do</strong>.<br />

ATIVIDADE 136<br />

Nesta atividade, você vai conversar com os alunos sobre outras técnicas de<br />

textura e revestimento. Inicie com a leitura <strong>do</strong> Guia de Estu<strong>do</strong> e apresente as<br />

técnicas sugeridas. Se possível, leve figuras e objetos que ilustrem as técnicas<br />

apresentadas. Peça aos alunos que registrem, no Guia de Estu<strong>do</strong>, técnicas diferentes<br />

que conheçam e as compartilhem com os demais, amplia<strong>do</strong> o universo<br />

de possibilidades.<br />

3.4 – ORGANIZAÇÃO, DETALHAMENTO<br />

E MONTAGEM DO CENÁRIO<br />

O objetivo deste subtópico é preparar os alunos para a aplicação <strong>do</strong>s elementos<br />

cenotécnicos à produção <strong>do</strong> cenário. Isto envolve ações que vão desde a organização<br />

das equipes de trabalho até o momento final das montagens.<br />

ATIVIDADES 137 E 138<br />

Nestas atividades, os alunos devem perceber que o trabalho da cenotecnia também<br />

pode ser subdividi<strong>do</strong> em tarefas específicas, sob a responsabilidade de pessoas diferentes<br />

e que estas pessoas devem atuar de forma articulada, com espírito de equipe.<br />

ATIVIDADE 137 - Solicite aos alunos que leiam a orientação <strong>do</strong> Guia de Estu<strong>do</strong>,<br />

lembran<strong>do</strong> a eles que qualquer atividade produtiva envolve 3 grandes momentos: a<br />

infra-estrutura, quan<strong>do</strong> obtemos tu<strong>do</strong> o que precisamos (insumos) para produzir;<br />

a produção, que constitui o processo de transformação propriamente dito; e a<br />

comercialização (saída), quan<strong>do</strong> os itens produzi<strong>do</strong>s passam a outras mãos. Com<br />

base nisto, os alunos devem organizar a seqüência pedida pela atividade, que deve<br />

seguir a ordem abaixo:<br />

1. seleção 2. compras 3. matéria prima 4. preparação<br />

5. manufatura 6. montagem 7. controle de qualidade<br />

8. acabamento 9. embalagem 10. vendas<br />

ATIVIDADE 138 - Solicite que os alunos realizem a atividade no Guia de Estu<strong>do</strong>.<br />

Depois, divida-os em subgrupos para que estruturem uma proposta de organização<br />

das tarefas. A partir <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s grupos, explique que o processo produtivo<br />

é organiza<strong>do</strong> em 3 funções, conforme o quadro a seguir:<br />

3<br />

AUXILIAR CENOTECNIA<br />

73


3<br />

74<br />

ARTE E CULTURA I<br />

Entrada (infra-estrutura) Processamento (produção) Saída (comercialização)<br />

❚ seleção ❚ manufatura ❚ pesquisa <strong>do</strong> cliente<br />

❚ compras ❚ montagem ❚ divulgação<br />

❚ matéria prima ❚ acabamento ❚ venda<br />

❚ preparação ❚ embalagem<br />

❚ controle de qualidade<br />

Tu<strong>do</strong> de que necessito Processo de produção Escoamento <strong>do</strong><br />

para produzir produto<br />

Comente que a habilidade para comprar é diferente da de manipular os objetos e<br />

da de vender. Por isso, há lugar para to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong> no processo produtivo.<br />

Conclua a atividade, refletin<strong>do</strong> com os alunos que a cenotecnia, assim como uma<br />

empresa, precisa de organização para funcionar, sen<strong>do</strong> necessário setorizar a produção<br />

para que possamos cumprir os prazos de entrega, como qualquer outro<br />

fabricante. Destaque que, para um bom funcionamento <strong>do</strong> trabalho, é preciso que<br />

os setores atuem de forma integrada, cooperan<strong>do</strong> uns com os outros.<br />

ATIVIDADES 139 A 141<br />

Este grupo de atividades se destina à produção <strong>do</strong> cenário para a apresentação<br />

teatral que será encenada ao final das quatro ocupações.<br />

ATIVIDADE 139 - Solicite que os alunos preencham o que é pedi<strong>do</strong> no Guia de<br />

Estu<strong>do</strong>, utilizan<strong>do</strong> a lista de personagens e objetos elaborada na atividade 124.<br />

Eles devem observar que os elementos/objetos podem ser construí<strong>do</strong>s, levan<strong>do</strong><br />

em conta os materiais disponíveis e as habilidades desenvolvidas e quais os objetos<br />

que precisam ser obti<strong>do</strong>s através de empréstimos, <strong>do</strong>ações, parcerias, etc.<br />

ATIVIDADE 140 - Levan<strong>do</strong> em conta o que já está pronto, o que precisa ser<br />

construí<strong>do</strong>, o que deve ser obti<strong>do</strong> com terceiros e a maquete construída na atividade<br />

128, os alunos devem ser distribuí<strong>do</strong>s em equipes para a realização das seguintes<br />

tarefas: caracterização <strong>do</strong> ambiente; preparação <strong>do</strong> pano de fun<strong>do</strong>; confecção<br />

de objetos/elementos; obtenção de objetos. Você pode pedir que os alunos se<br />

coloquem individualmente em cada uma dessas equipes, mas é importante considerar<br />

as habilidades pessoais para que se mantenha o equilíbrio das mesmas. Você<br />

deve cuidar para que o número de alunos em cada equipe esteja adequa<strong>do</strong> à tarefa.<br />

O grupo destina<strong>do</strong> à obtenção de objetos, por exemplo, não precisa ser composto<br />

por muitos alunos, três ou quatro são suficientes para não haver dispersão.<br />

ATIVIDADE 141 - Solicite que cada uma das 3 equipes preencha em flip chart um<br />

quadro igual ao que consta no Guia de Estu<strong>do</strong>, para ficar exposto na sala. Depois<br />

cada um , individualmente, deve preencher o mesmo quadro em seus livros. Depois<br />

disso, os alunos estão livres para agir. Observe seus desempenhos e oriente-os<br />

quan<strong>do</strong> for necessário.


ATIVIDADES 142 A 144<br />

Estas atividades constituem momentos de avaliação <strong>do</strong> aprendiza<strong>do</strong>.<br />

ATIVIDADE 142 – Peça a cada aluno que preencha, individualmente, o Guia de<br />

Estu<strong>do</strong>. Quan<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s tiverem preenchi<strong>do</strong> seus livros, em círculo, socialize as observações<br />

feitas pelos alunos. Fique atento para que nessa conversa coletiva o clima<br />

<strong>do</strong> grupo permaneça cooperativo, chaman<strong>do</strong> a atenção para o fato de que as críticas<br />

que porventura sejam feitas, o sejam na direção construtiva. Ressalte os aspectos<br />

positivos da produção das equipes.<br />

ATIVIDADE 143 – Para a realização desta atividade, peça aos alunos que tiverem<br />

máquina fotográfica, que as tragam para registrar a produção <strong>do</strong> grupo. Comente<br />

sobre a importância <strong>do</strong> registro de toda produção realizada, como forma de poder<br />

remontar e melhorar posteriormente o trabalho feito. Destaque também a importância<br />

de observar os vários ângulos <strong>do</strong> cenário, como meio de aprimorar a<br />

percepção <strong>do</strong>s detalhes e <strong>do</strong> efeito geral.<br />

ATIVIDADE 144 – Peça aos alunos que preencham a avaliação <strong>do</strong> tópico no<br />

Guia de Estu<strong>do</strong>.<br />

3<br />

AUXILIAR CENOTECNIA<br />

75


4<br />

ARTE E CULTURA I<br />

APRESENTAÇÃO DO TÓPICO 4:<br />

ASSISTENTE DE FIGURINO<br />

Dentro <strong>do</strong> Arco Ocupacional Arte e Cultura I, a formação <strong>do</strong> assistente de figurino<br />

se apresenta como elemento essencial ao desempenho <strong>do</strong> espetáculo, contribuin<strong>do</strong><br />

para a coerência <strong>do</strong> conjunto da obra. Esta ocupação depende da concepção<br />

geral <strong>do</strong> espetáculo, definida no âmbito da produção <strong>cultura</strong>l; <strong>do</strong> roteiro da encenação<br />

e da natureza <strong>do</strong>s personagens, conti<strong>do</strong>s nos Elementos <strong>do</strong> Teatro; <strong>do</strong> ambiente<br />

cenográfico, desenvolvi<strong>do</strong> no escopo da cenotecnia.<br />

A criação <strong>do</strong> figurino não é uma tarefa simples. Ela envolve ações de conceituação<br />

<strong>do</strong> traje, elaboração, viabilização <strong>do</strong> projeto concebi<strong>do</strong> e adaptação <strong>do</strong> mesmo às<br />

condições e recursos disponíveis para a realização da proposta criada.<br />

A estrutura de organização <strong>do</strong>s conteú<strong>do</strong>s leva em conta esta complexidade, dividin<strong>do</strong>-se<br />

em cinco temas: introdução ao conhecimento teórico-prático <strong>do</strong> fazer <strong>do</strong><br />

assistente de figurino; processo de criação a partir da leitura de texto; planejamento<br />

e organização <strong>do</strong> trabalho; criação de figurino direciona<strong>do</strong> para a apresentação<br />

final; e soluções práticas para a adaptação <strong>do</strong> figurino aos recursos disponíveis nas<br />

várias situações em que o jovem aprendiz irá se defrontar.<br />

Levan<strong>do</strong> em conta a duração da ocupação e a diversidade <strong>do</strong>s alunos, optou-se<br />

pela produção de figurinos a partir da adaptação de materiais pré-existentes através<br />

de amarrações, tinturas, alinhavos, customização, entre outras técnicas.<br />

O conteú<strong>do</strong> <strong>do</strong> tópico está organiza<strong>do</strong> da seguinte forma:<br />

Subtópicos Objetivo Conteú<strong>do</strong> Atividade Horas<br />

4.1. Noções Aproximar o aluno <strong>do</strong> universo ❚ Profissão <strong>do</strong> figurinista; 145 a 151 06<br />

introdutórias conceitual da ocupação <strong>do</strong> ❚ Figurino como p<strong>arte</strong> da história;<br />

sobre figurino figurinista. ❚ Conceituação <strong>do</strong> figurino.<br />

4.2. Processo de Desenvolver as competências ❚ Como conceituar um figurino; 152 a 156 12<br />

criação <strong>do</strong> figurino básicas para criação ❚ Processo de criação;<br />

e projeção de figurinos ❚ Elaboração <strong>do</strong> figurino.<br />

4.3. Planejamento Identificar procedimentos ❚ Procedimentos básicos; 157 a 159 09<br />

e organização no essenciais ao exercício . ❚ Ficha de apoio;<br />

trabalho de figurino da função ❚ Catálogo de materiais.<br />

4.4. Aplicação <strong>do</strong>s Exercitar a capacidade de ❚ Concepção, criação e montagem 160 a 16 3 12<br />

conceitos a um<br />

figurino específico<br />

produção <strong>do</strong> figurino específico. <strong>do</strong> figurino da apresentação final.<br />

4.5. Soluções Desenvolver a capacidade de ❚ Uso da cor; 164 a 172 09<br />

práticas e recursos adaptação <strong>do</strong>s materiais ❚ Combinação e contraste;<br />

disponíveis ao projeto concebi<strong>do</strong>. ❚ Tintura;<br />

❚ Customização.


DICAS:<br />

Antes de iniciar o tópico:<br />

❚ Verifique se to<strong>do</strong>s os materiais solicita<strong>do</strong>s encontram-se disponíveis na escola<br />

onde a ocupação será ministrada.<br />

❚ Separe previamente o material de cada aula.<br />

❚ Peça aos alunos que tragam revistas que possam ser recortadas, retalhos de teci<strong>do</strong>,<br />

couro, plástico e outros materiais como fitas, cordões etc., que possam ser<br />

úteis à composição de figurinos.<br />

❚ Separe este material em caixas, forman<strong>do</strong> 3 tipos de arquivos: arquivo de revistas,<br />

arquivos de teci<strong>do</strong>s e arquivo de materiais diversos.<br />

❚ Responsabilize os seus alunos pelo material que lhes forem entregues e confira<br />

com eles a devolução <strong>do</strong>s mesmos ao final de cada aula.<br />

❚ Solicite da coordenação um local seguro, de preferência um local com chave,<br />

para guardar o material que está sen<strong>do</strong> utiliza<strong>do</strong> e produzi<strong>do</strong>.<br />

❚ Oriente os alunos para que não haja desperdício <strong>do</strong>s recursos.<br />

4.1 – NOÇÕES INTRODUTÓRIAS SOBRE FIGURINO<br />

Este subtópico tem como finalidade introduzir o aluno no universo da atividade<br />

<strong>do</strong> assistente de figurino, ajudan<strong>do</strong>-o a compreender seu campo de atuação e seu<br />

objeto de trabalho. Contempla, ao to<strong>do</strong>, 7 atividades.<br />

APRESENTAÇÃO E ATIVIDADES 145 E 146<br />

Estas duas atividades, aliadas ao texto de apresentação, permitem ao aluno compreender<br />

a especificidade e importância <strong>do</strong> trabalho <strong>do</strong> figurinista e seu assistente.<br />

Texto de apresentação – Antes de iniciar a leitura <strong>do</strong> texto de apresentação <strong>do</strong><br />

Guia de Estu<strong>do</strong>, pergunte aos alunos em que consiste, no entendimento deles, o<br />

trabalho <strong>do</strong> figurinista e seu assistente. É possível que alguns confundam esta ocupação<br />

com o trabalho da costureira ou <strong>do</strong> estilista. Peça, então, que leiam, junto<br />

com você, o texto de apresentação, observan<strong>do</strong> se as diferenças entre essas profissões<br />

são claras para eles. Destaque que o trabalho <strong>do</strong> figurinista se relaciona com o<br />

de outros profissionais, ressaltan<strong>do</strong> sua estreita vinculação com a equipe de direção<br />

<strong>do</strong> espetáculo, cujos atores ele vai vestir.<br />

ATIVIDADE 145 – Inicie esta atividade com uma leitura coletiva <strong>do</strong> texto<br />

introdutório, pedin<strong>do</strong> aos alunos que digam o que entenderam sobre o mesmo.<br />

Depois solicite que observem as figuras no Guia de Estu<strong>do</strong>, explican<strong>do</strong> que os<br />

alunos devem imaginar a vida de cada uma daquelas pessoas, aproximan<strong>do</strong>-se o<br />

4<br />

ASSISTENTE DE FIGURINO<br />

77


4<br />

78<br />

ARTE E CULTURA I<br />

mais possível da realidade, preenchen<strong>do</strong> os itens que compõem a tabela. Esta etapa<br />

<strong>do</strong> exercício deve ser feita individualmente.<br />

Quan<strong>do</strong> os alunos tiverem concluí<strong>do</strong> esta primeira tarefa, divida a turma em 5 subgrupos<br />

para que comparem as informações dadas sobre cada personagem, de mo<strong>do</strong> que<br />

o subgrupo de número 1, por exemplo, socialize a história da figura 1 e assim por<br />

diante. A intenção deste trabalho é fazer com que os alunos notem que a percepção <strong>do</strong>s<br />

diferentes estudantes sobre a mesma figura é semelhante, e que isto se deve ao conteú<strong>do</strong><br />

informa<strong>do</strong> pela aparência e pelo traje. Comente, ao final da atividade, que o<br />

traje é um componente da identidade, e que fornece da<strong>do</strong>s sobre a pessoa, o grupo<br />

social e a <strong>cultura</strong> de determinada sociedade. Destaque que estas informações, na<br />

maioria das vezes, são absorvidas de forma inconsciente. Explique que, para se<br />

identificar um indivíduo pelo traje, deve-se levar em conta o seu comportamento<br />

pessoal e sua situação histórico-geográfica. Você pode citar, como exemplo, que<br />

um esquimó que nos aparecesse de bermuda e camisa estampada não seria reconheci<strong>do</strong><br />

como esquimó mora<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Alaska. Da mesma forma, um médico de um hospital<br />

brasileiro, que estivesse to<strong>do</strong> vesti<strong>do</strong> de preto, teria sua credibilidade posta em dúvida.<br />

Conclua a atividade com a leitura da reflexão contida no Guia de Estu<strong>do</strong>.<br />

ATIVIDADE 146 - Você vai começar a aproximar a idéia de figurino ao teatro.<br />

Solicite que os alunos leiam em voz alta o texto introdutório da atividade, chaman<strong>do</strong><br />

a atenção para as ilustrações <strong>do</strong> mesmo. Em seguida, peça-lhes que realizem o<br />

exercício proposto no Guia de Estu<strong>do</strong> e, ao final, converse com a turma sobre o<br />

que puderam observar.<br />

A foto contida nesta atividade é da peça “Arsênico e Alfazema”, de Otto Kessching,<br />

que se tornou filme (de Frank Capra) em 1944, apresentan<strong>do</strong>-se no Brasil com o<br />

título de “Esse mun<strong>do</strong> é um hospício”. Escrita em 1941 como um drama, transformou-se<br />

em comédia por ter provoca<strong>do</strong> risos na platéia na sua estréia.<br />

ATIVIDADES 147 A 149<br />

Estas três atividades pretendem desenvolver a idéia de “conceituação de figurino”. A<br />

conceituação <strong>do</strong> figurino diz respeito à concepção <strong>do</strong> mesmo e traduz a harmonização<br />

da percepção <strong>do</strong> profissional de figurino com a <strong>do</strong> diretor e demais membros da equipe<br />

de direção <strong>do</strong> espetáculo (roteirista, cenógrafo, etc). A conceituação <strong>do</strong> figurino é<br />

uma peça-chave para o trabalho <strong>do</strong>s profissionais de figurino. Portanto, certifique-se de<br />

que o grupo compreende bem a idéia <strong>do</strong> que é o conceito de figurino.<br />

ATIVIDADE 147 – Solicite que os alunos leiam o trecho introdutório, dizen<strong>do</strong> o<br />

que entenderam. Esclareça as dúvidas, lembran<strong>do</strong> que “conceituação” diz respeito<br />

à concepção, ao aspecto essencial das informações que o figurino deverá revelar.<br />

Feito isto, divida os alunos em subgrupos e oriente-os da seguinte maneira:<br />

❚ peça que procurem na memória programas televisivos, peças teatrais, espetáculos<br />

de rua etc. que lhes chamaram a atenção e que sejam <strong>do</strong> conhecimento da equipe;<br />

❚ solicite que cada subgrupo escolha um <strong>do</strong>s programas/eventos identifica<strong>do</strong>s, a<br />

partir da riqueza <strong>do</strong> figurino utiliza<strong>do</strong> para o mesmo;


❚ peça que analisem o figurino em questão, consideran<strong>do</strong> o conceito <strong>do</strong> programa;<br />

❚ solicite que cada subgrupo socialize com os demais o resulta<strong>do</strong> de sua análise.<br />

Comente a atividade, relacionan<strong>do</strong> os elementos percebi<strong>do</strong>s pelos alunos com a<br />

idéia de “conceituação <strong>do</strong> figurino”.<br />

Chame a atenção para a tarefa de casa, integrante da atividade.<br />

ATIVIDADE 148 – Você irá orientar o grupo acerca de como construir a<br />

conceituação <strong>do</strong> figurino. Leia com os alunos a seqüência sugerida no Guia de<br />

Estu<strong>do</strong>, explican<strong>do</strong>-a passo a passo.<br />

ATIVIDADE 149 – Possibilita a visualização da idéia de “conceituação”, a partir<br />

da análise de cenas de <strong>do</strong>is espetáculos: uma comédia e um drama.<br />

Solicite aos alunos que realizem a atividade no Guia de Estu<strong>do</strong> e converse com eles<br />

sobre a relação entre o figurino e a natureza <strong>do</strong> espetáculo. Destaque que a comédia<br />

tende a ser mais permissiva quanto à elaboração <strong>do</strong> conceito de figurino, enquanto<br />

o drama e a tragédia, por serem encenações mais densas, devem ser mais<br />

precisas e sutis.<br />

ATIVIDADES 150 E 151<br />

Estas são atividades de transição nas quais os alunos poderão experimentar alguns<br />

<strong>do</strong>s elementos teóricos aborda<strong>do</strong>s até o momento.<br />

ATIVIDADE 150 – Peça aos alunos que leiam o texto, explican<strong>do</strong> cada abordagem<br />

sugerida, e oriente a tarefa de casa. Esclareça que eles devem pesquisar o tema<br />

escolhi<strong>do</strong> nas três fontes citadas na atividade. Dê a eles um prazo de, pelo menos,<br />

2 dias para realizar estas tarefas.<br />

ATIVIDADE 151 – Os alunos estarão focalizan<strong>do</strong> o arquivo da memória como<br />

fonte de pesquisa, associan<strong>do</strong> esta pesquisa à idéia de tipos de personagens.<br />

Solicite que preencham o exercício sugeri<strong>do</strong> individualmente e, depois que este<br />

tiver si<strong>do</strong> feito, peça que comentem sobre as características <strong>do</strong>s tipos e seus trajes.<br />

Conclua a atividade fazen<strong>do</strong> uma leitura compartilhada da reflexão que a acompanha,<br />

abrin<strong>do</strong> espaço para comentários.<br />

4.2 – PROCESSO DE CRIAÇÃO DO FIGURINO<br />

ATIVIDADES 152 A 156<br />

Dizem respeito ao processo de criação de um figurino. Os alunos irão desenhar e/<br />

ou compor projetos de figurinos, aplican<strong>do</strong> os conceitos aprendi<strong>do</strong>s até aqui.<br />

4<br />

ASSISTENTE DE FIGURINO<br />

79


4<br />

80<br />

ARTE E CULTURA I<br />

ATIVIDADE 152 – Esta atividade instrumentaliza os alunos para a composição <strong>do</strong><br />

figurino. Antes de iniciar a leitura <strong>do</strong> texto introdutório, pergunte aos alunos que habilidades<br />

eles consideram essencial ao assistente de figurino. Pode ser que alguns incluam<br />

a capacidade de desenhar. Proponha, então, a leitura <strong>do</strong> texto, pedin<strong>do</strong> ao grupo que<br />

comente as idéias expressas no mesmo. Explique que o desenho é uma ferramenta<br />

muito útil, mas que existem outros instrumentos que podem ser utiliza<strong>do</strong>s. Explore o<br />

exemplo apresenta<strong>do</strong> no figurino <strong>do</strong> Rei Mago e da Nossa Senhora, mostran<strong>do</strong> como<br />

é possível apresentar uma idéia de traje, mesmo sem as habilidades de desenho.<br />

Em seguida, distribua duas folhas de papel para cada aluno. Peça que decalquem,<br />

nestas folhas, as figuras de homem e mulher que estão no Guia de Estu<strong>do</strong> e realizem<br />

o exercício proposto.<br />

ATIVIDADE 153 – Nesta atividade os alunos vão começar a conceber um figurino<br />

a partir de um texto, utilizan<strong>do</strong>, para isso, a letra de uma canção de Chico Buarque.<br />

Se você tiver acesso ao disco, sugerimos que, antes de trabalhar com a letra da<br />

canção, os alunos possam ouvi-la e cantá-la, pois, assim, a atividade será mais agradável<br />

e divertida. Se isso não for possível, leia a letra em voz alta e converse com a<br />

turma sobre o significa<strong>do</strong> da história.<br />

Em seguida, solicite aos alunos que completem a atividade no Guia de Estu<strong>do</strong>.<br />

Depois que esta p<strong>arte</strong> da tarefa tiver si<strong>do</strong> realizada, liste no quadro os personagens<br />

identifica<strong>do</strong>s. Divida a turma em subgrupos, para que eles tracem as características<br />

físicas e psicológicas (comportamentais) <strong>do</strong>s personagens e os aspectos históricos<br />

e geográficos que caracterizam a história.<br />

ATIVIDADE 154 – Toman<strong>do</strong> como base as características discutidas na atividade<br />

153, solicite que os alunos desenhem o figurino <strong>do</strong>s personagens da música. Este exercício<br />

deve ser realiza<strong>do</strong> individualmente. Se o tempo disponível para esta atividade –<br />

que não deve ser realizada em separa<strong>do</strong> da atividade 153 – for insuficiente, divida a<br />

turma em 5 grupos, correspondente ao número de personagens (o pai, a mãe, Jesus, os<br />

ladrões, as amantes), de forma que cada aluno desenhe um destes personagens.<br />

Depois que esta tarefa for realizada, peça que cada aluno assine seu desenho. Aproveite<br />

para conversar sobre o significa<strong>do</strong> de assinar uma criação, marcan<strong>do</strong> assim sua autoria.<br />

Em seguida, explore os desenhos no quadro ou no varal e peça uma análise coletiva<br />

sobre as criações. Observe e destaque os aspectos criativos encontra<strong>do</strong>s e discuta<br />

os conceitos de figurino a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s.<br />

Ao final, peça que leiam e comentem a reflexão que encerra a atividade.<br />

ATIVIDADE 155 – Esta atividade também se baseia em uma letra de música,<br />

mas, aqui, o que deve ser explora<strong>do</strong> é a relação entre o conceito <strong>do</strong> espetáculo<br />

(comédia, drama) e o figurino. Apresente esta atividade por etapas:<br />

❚ Faça uma leitura em voz alta da música, de maneira dramática; debata o texto,<br />

extrain<strong>do</strong> dele os personagens;<br />

❚ Faça uma nova leitura da música, desta vez, de maneira cômica, com intenção de<br />

galhofa, encaran<strong>do</strong> a situação da música de maneira divertida;


❚ Divida a turma em 6 subgrupos. Três deles deverão criar o figurino <strong>do</strong>s personagens,<br />

toman<strong>do</strong> como conceito o drama. Os outros 3 subgrupos deverão criar o<br />

figurino, ten<strong>do</strong> por base o conceito de comédia.<br />

❚ Exponha os desenhos no quadro, fazen<strong>do</strong> uma análise coletiva acerca das diferenças<br />

de abordagem e de como estas se expressam no figurino.<br />

Conclua a atividade com a leitura e o comentário <strong>do</strong>s alunos sobre o texto de<br />

reflexão que acompanha o exercício no Guia de Estu<strong>do</strong>.<br />

ATIVIDADE 156 – Esta atividade pretende mostrar ao aluno que a criação de<br />

um figurino não depende só de inspiração; é fruto de muita pesquisa.<br />

Pelo menos uma semana antes de iniciá-la, verifique a disponibilidade de revistas<br />

no material que você organizou com o grupo. Peça aos alunos, alguns dias antes,<br />

que procurem revistas de época, figuras antigas, para armazenar.<br />

Solicite a leitura <strong>do</strong> texto que introduz o exercício e comente com eles a importância<br />

de manter um arquivo com o registro destas pesquisas.<br />

Esta atividade pode ser feita em dupla, mas é importante que cada aluno organize<br />

o seu arquivo pessoal.<br />

4.3 – PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO<br />

DO TRABALHO DE FIGURINO<br />

ATIVIDADES 157 A 159<br />

Este subtópico procura mostrar um conjunto de procedimentos que podem auxiliar<br />

o profissional de figurino, otimizan<strong>do</strong> seu tempo e aumentan<strong>do</strong> a eficiência <strong>do</strong><br />

seu trabalho de montagem <strong>do</strong>s trajes.<br />

ATIVIDADE 157 – Esta atividade trata da elaboração de um catálogo de teci<strong>do</strong>s,<br />

que pode ajudar o profissional de figurino na hora de decidir sobre os materiais<br />

que vai utilizar. Embora o ideal seja que cada aluno elabore seu catálogo pessoal, se<br />

houver dificuldade de obter materiais, esta tarefa poderá ser realizada em trios.<br />

Oriente o grupo quanto ao tamanho da amostra <strong>do</strong> teci<strong>do</strong> (5cm x 3cm), e à necessidade<br />

de escrever o nome <strong>do</strong> teci<strong>do</strong> no catálogo, para evitar confusões futuras.<br />

Você pode sugerir que eles anotem os preços e o perío<strong>do</strong> <strong>do</strong> levantamento. Isso<br />

pode ajudá-los, em situações futuras, a decidir acerca <strong>do</strong> material que será utiliza<strong>do</strong>,<br />

em função <strong>do</strong> custo.<br />

ATIVIDADE 158 – Nesta atividade, os alunos vão vivenciar o processo de criação<br />

desde a discussão <strong>do</strong> conceito até a caracterização <strong>do</strong> figurino. O texto é a<br />

música de Gilberto Gil, Domingo no Parque.<br />

4<br />

ASSISTENTE DE FIGURINO<br />

81


4<br />

82<br />

ARTE E CULTURA I<br />

Se possível, coloque a música e cante-a com os alunos. Em seguida, leia a letra e<br />

discuta com a turma a história apresentada, identifican<strong>do</strong> os personagens.<br />

Divida a turma em subgrupos. Cada subgrupo deverá conversar sobre a<br />

conceituação <strong>do</strong> figurino e criar os trajes <strong>do</strong>s 3 personagens envolvi<strong>do</strong>s na trama.<br />

Após desenhar os figurinos, peça que cada subgrupo determine os materiais que<br />

deverão ser usa<strong>do</strong>s na confecção <strong>do</strong>s mesmos, colocan<strong>do</strong>, ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong> desenho,<br />

amostras <strong>do</strong>s teci<strong>do</strong>s e materiais, assim como o nome <strong>do</strong>s mesmos, indican<strong>do</strong>,<br />

com uma seta, em que p<strong>arte</strong> <strong>do</strong> traje cada teci<strong>do</strong> será utiliza<strong>do</strong>.<br />

Na exposição <strong>do</strong>s figurinos cria<strong>do</strong>s, cada grupo deverá apresentar a concepção <strong>do</strong><br />

figurino, justifican<strong>do</strong> suas escolhas para os colegas.<br />

ATIVIDADE 159 – Esta é uma atividade de leitura que orienta os alunos quanto<br />

aos procedimentos necessários para compor o traje e controlar os materiais.<br />

Propomos uma leitura compartilhada e dialogada da seqüência proposta no Guia<br />

de Estu<strong>do</strong>.<br />

4.4 – APLICAÇÃO DOS CONCEITOS<br />

A UM FIGURINO ESPECÍFICO<br />

Este subtópico, que envolve as atividades 160 a 162, consiste na aplicação <strong>do</strong>s<br />

conceitos e procedimentos aprendi<strong>do</strong>s em uma produção real: no caso, a mostra<br />

que deverá ser realizada ao final <strong>do</strong> tópico.<br />

ATIVIDADE 160<br />

Nesta atividade, os alunos retomam o trabalho inicia<strong>do</strong> no Tópico Elementos <strong>do</strong> Teatro,<br />

no qual foram construídas cenas que, integradas em um eixo comum, deverão se<br />

constituir num espetáculo, apresenta<strong>do</strong> ao final deste tópico.<br />

Você deve reunir os mesmos grupos das cenas montadas anteriormente, fornecen<strong>do</strong><br />

as seguintes orientações:<br />

❚ Peça que cada grupo liste os personagens da cena, identifican<strong>do</strong> o aluno que irá<br />

desempenhar cada papel.<br />

❚ Dentro <strong>do</strong> subgrupo, cada aluno deve tomar as medidas de um colega, preenchen<strong>do</strong><br />

a ficha que integra o Guia de Estu<strong>do</strong>. To<strong>do</strong>s devem passar pelo exercício<br />

de medir e to<strong>do</strong>s devem ser medi<strong>do</strong>s.<br />

❚ Cada aluno completa a ficha <strong>do</strong> Guia de Estu<strong>do</strong> com as medidas de to<strong>do</strong>s os<br />

personagens de sua cena.<br />

❚ Cada subgrupo deve reproduzir uma ficha com todas as medidas <strong>do</strong>s personagens<br />

da cena e afixá-la no varal, à vista de to<strong>do</strong>s.


Após a realização da atividade, converse com os alunos sobre o processo de medição<br />

e preenchimento. Explique que, uma vez cria<strong>do</strong> o fichário de confecção e defini<strong>do</strong>s<br />

os figurinos, a equipe deve se revezar entre acompanhar a confecção das<br />

peças e buscar os materiais necessários para compor o traje.<br />

ATIVIDADE 161<br />

Esta atividade constitui-se de um ensaio da cena que será apresentada. Tem como objetivo<br />

fazer com que os alunos rememorem o texto e reformulem os figurinos após os<br />

novos conhecimentos adquiri<strong>do</strong>s. Lembre aos alunos que é durante os ensaios que vão<br />

surgin<strong>do</strong> modificações para que o figurino seja aperfeiçoa<strong>do</strong>.<br />

ATIVIDADE 162<br />

Nesta atividade, as equipes devem criar o figurino da cena a ser apresentada, utilizan<strong>do</strong><br />

os conhecimentos adquiri<strong>do</strong>s. Lembre aos alunos os procedimentos:<br />

1. Rever a concepção <strong>do</strong> espetáculo em geral, e da cena em particular;<br />

2. Analisar as características de cada personagem;<br />

3. Criar o desenho <strong>do</strong> figurino;<br />

4. Escolher os materiais e teci<strong>do</strong>s que devem compor o traje;<br />

5. Montar as fichas de cada traje, anexan<strong>do</strong> a elas, amostras de teci<strong>do</strong>.<br />

Lembre aos alunos que a criatividade <strong>do</strong> conceito é mais importante que a qualidade<br />

<strong>do</strong> desenho. Nem sempre o mais bonito é o melhor.<br />

4.5 – SOLUÇÕES PRÁTICAS E RECURSOS DISPONÍVEIS<br />

Em algumas situações, os jovens aprendizes podem contar com recursos suficientes<br />

para comprar teci<strong>do</strong>s. Em grande p<strong>arte</strong> <strong>do</strong>s casos, contam com recursos limita<strong>do</strong>s<br />

e precisam lançar mão de peças pré-existentes ou adaptadas.<br />

Este subtópico tem por objetivo ensinar aos futuros assistente de figurinoalgumas<br />

técnicas e formas que podem ser utilizadas para solucionar, de forma prática, problemas<br />

de confecção <strong>do</strong>s figurinos.<br />

ATIVIDADE 163<br />

A atividade em questão procura fazer com que os alunos percebam que o processo<br />

de elaboração <strong>do</strong> figurino passa por uma série de etapas, envolven<strong>do</strong> profissionais<br />

distintos. O caça-palavras proposto contém as seguintes palavras: criação, modelagem,<br />

montagem, costura, tintura, acabamento e tratamento, que devem ser preenchidas nas<br />

lacunas nesta ordem.<br />

4<br />

ASSISTENTE DE FIGURINO<br />

83


4<br />

84<br />

ARTE E CULTURA I<br />

Depois de realizada a atividade no Guia de Estu<strong>do</strong>, releia a série de etapas com o<br />

grupo, explican<strong>do</strong> cada uma delas.<br />

ATIVIDADE 164<br />

Esta é uma atividade de leitura que trata de um elemento essencial na conceituação<br />

<strong>do</strong> figurino: a cor.<br />

Peça que os alunos façam uma primeira leitura <strong>do</strong> texto e pergunte o que entenderam.<br />

Releia, desta vez com eles, em voz alta, explican<strong>do</strong> cada parágrafo e exploran<strong>do</strong><br />

as ilustrações e os conceitos. Converse sobre as cores preferidas de cada um,<br />

observan<strong>do</strong> coletivamente as roupas que estão vestin<strong>do</strong>.<br />

ATIVIDADE 165<br />

Esta atividade permite aos alunos experimentar a combinação e o contraste de<br />

cores na composição <strong>do</strong> figurino. Solicite que realizem individualmente o exercício<br />

proposto pelo Guia de Estu<strong>do</strong>. Disponibilize material para a tarefa.<br />

Ao final, converse com a turma, associan<strong>do</strong> as possibilidades de aplicação de cores<br />

aos diferentes conceitos de espetáculo.<br />

ATIVIDADE 166<br />

Nesta atividade, os alunos devem observar as cores <strong>do</strong> cenário monta<strong>do</strong> em<br />

cenotecnia e os figurinos das cenas.<br />

A atividade deve ser realizada em subgrupo, com as mesmas equipes das cenas que<br />

serão apresentadas.<br />

Ao final, cada equipe apresenta às demais sua paleta de cores, justifican<strong>do</strong> a sua<br />

composição.<br />

ATIVIDADE 167<br />

Nesta atividade, os alunos criam o figurino da cena a partir <strong>do</strong> aproveitamento de<br />

peças pré-existentes. Você deve solicitar, pelo menos 3 dias antes desta atividade, que<br />

cada um traga 3 peças de roupa, 1 sapato, 1 a<strong>do</strong>rno de cabeça ou de mão e adereços<br />

diversos, como gravatas, laços, bijuteria, peças íntimas etc., para que sejam transformadas<br />

no figurino que eles conceberão para seus personagens. É importante lembrar que<br />

as referidas peças poderão sofrer alterações.<br />

Uma vez de posse deste material, oriente a atividade da seguinte forma:<br />

❚ Divida os alunos em subgrupos, nas mesmas equipes da encenação;<br />

❚ Peça que exponham as peças trazidas, buscan<strong>do</strong> as que podem ser utilizadas sem<br />

grandes modificações. Para isso, solicite que tenham em mãos, os desenhos <strong>do</strong>s<br />

figurinos;<br />

❚ As peças escolhidas devem ser marcadas, com fita crepe e caneta comum ou marca<strong>do</strong>r<br />

permanente, com o nome <strong>do</strong> ator e personagem. Feito isso, cada aluno deve colocar<br />

as peças escolhidas para seu uso em um saco plástico, etiquetan<strong>do</strong>-o;


❚ Peça que assinalem nos desenhos as peças já obtidas;<br />

❚ As peças que sobrarem devem ser colocadas num local determina<strong>do</strong> previamente<br />

por você.<br />

❚ Cada grupo deve apresentar aos demais o que conseguiu, explicitan<strong>do</strong> o que falta. Os<br />

demais dão sugestões e analisam as peças que sobraram, de forma a identificar novas<br />

peças que possam atender às necessidades, ainda existentes, de todas as equipes;<br />

❚ As peças restantes permanecem compon<strong>do</strong> o baú de possibilidades, sen<strong>do</strong> submetidas,<br />

nas atividades seguintes, a possíveis modificações.<br />

ATIVIDADE 168<br />

Como último recurso, as peças não aproveitadas podem ser transformadas através<br />

de cortes e costuras, ou melhoradas a partir da aplicação de miçangas, couro, rendas,<br />

passamanarias e outros elementos desta natureza. Nesta atividade os alunos<br />

tomam conhecimento de duas técnicas – tintura e customização – que podem ser<br />

utilizadas para a composição <strong>do</strong>s trajes, enriquecen<strong>do</strong> o figurino.<br />

Leia com a turma a explicação que integra a atividade no Guia de Estu<strong>do</strong> e peça<br />

que, nas equipes da encenação, realizem a tarefa solicitada no exercício.<br />

ATIVIDADE 169<br />

Esta é uma atividade prática, de aplicação da técnica de tintura a quente. Leia<br />

com a turma as instruções contidas no Guia de Estu<strong>do</strong> e cuide para que os<br />

alunos as sigam corretamente. Dois dias antes desta atividade e na véspera,<br />

lembre aos alunos que esta aula requer que eles estejam vesti<strong>do</strong>s com roupas<br />

velhas, que possam correr o risco de serem manchadas.<br />

Explique aos alunos que a tintura a quente é uma das técnicas aplicáveis, existin<strong>do</strong><br />

também a tintura a frio, que utiliza borrifa<strong>do</strong>r, pincéis ou imersão. Explore os exemplos<br />

conti<strong>do</strong>s no Guia de Estu<strong>do</strong>.<br />

Comente que os tons claros ou escuros são defini<strong>do</strong>s pela maior ou menor quantidade<br />

de corante ou tinta que se dilui no mesmo volume de água.<br />

Peça que coloquem a peça tinturada para secar num varal à sombra.<br />

ATIVIDADE 170<br />

Da mesma forma que a anterior, esta atividade consiste na aplicação de uma técnica<br />

– no caso, a customização. Solicite aos alunos que leiam a orientação fornecida<br />

pelo Guia de Estu<strong>do</strong>. Peça que tenham em mãos os desenhos <strong>do</strong>s figurinos e que<br />

observem, nas peças restantes, as que podem ser customizadas para se aproximar<br />

<strong>do</strong> conceito de figurino defini<strong>do</strong>.<br />

Circule entra as equipes, observan<strong>do</strong> as propostas de customização. Peça que montem<br />

a idéia sem colar ou cortar, para conferir se está como imaginaram e se atende<br />

ao conceito. Cuide para que não haja desperdício de material.<br />

4<br />

ASSISTENTE DE FIGURINO<br />

85


4<br />

86<br />

ARTE E CULTURA I<br />

ATIVIDADE 171<br />

Nesta atividade, os alunos farão um ensaio das cenas, vestin<strong>do</strong> o figurino. Explique<br />

que o traje deve ser experimenta<strong>do</strong> pelo menos duas vezes antes <strong>do</strong><br />

espetáculo, para que possa ser observada sua funcionalidade, e para que perca<br />

o ar de “novo”, a não ser quan<strong>do</strong> esta imagem fizer p<strong>arte</strong> <strong>do</strong> conceito.<br />

Oriente a turma no senti<strong>do</strong> de observar o figurino de cada equipe de forma positiva<br />

e com espírito de colaboração. Afinal, o espetáculo é um só, e o sucesso de um<br />

contribui para o sucesso de to<strong>do</strong>s.<br />

Após as apresentações, solicite que cada equipe avalie a praticidade e o conforto<br />

<strong>do</strong> figurino, providencian<strong>do</strong> os ajustes necessários.


APRESENTAÇÃO DO TÓPICO 5: DJ/MC<br />

A ocupação DJ/MC complementa o Arco ocupacional Arte e Cultura I, introduzin<strong>do</strong><br />

a música no contexto <strong>do</strong> espetáculo e crian<strong>do</strong> o ambiente adequa<strong>do</strong> ao mesmo.<br />

Como trilha sonora de um espetáculo, o trabalho <strong>do</strong> DJ/MC se assemelha,<br />

nos princípios, ao <strong>do</strong> figurinista, deven<strong>do</strong> levar em conta a concepção <strong>do</strong> evento,<br />

as características <strong>do</strong>s personagens e a dinâmica da encenação. Mas o trabalho <strong>do</strong><br />

DJ pode também ocupar a cena principal, e dar o tom para as ocupações já vistas<br />

neste arco. Neste caso, a atividade <strong>do</strong> DJ/MC deverá se estruturar seguin<strong>do</strong> os<br />

passos da produção <strong>cultura</strong>l: demandará uma ambientação e um traje apropria<strong>do</strong>s<br />

e utilizará elementos <strong>do</strong> teatro para desenvolver sua performance.<br />

O fenômeno <strong>do</strong> DJ/MC é expressão de uma <strong>cultura</strong> jovem e contemporânea, mas o<br />

aprendiza<strong>do</strong> desta ocupação requer um entendimento da história da música, da relação<br />

entre música e tecnologia, de noções de estética e gêneros musicais, além <strong>do</strong> manuseio<br />

de equipamentos e da experimentação de técnicas de discotecagem e composição.<br />

A estrutura <strong>do</strong> tópico procura abranger esta diversidade de conteú<strong>do</strong>s, organizan<strong>do</strong>-os<br />

em seis temas: aspectos gerais sobre música e tecnologia; uma introdução ao<br />

universo <strong>cultura</strong>l <strong>do</strong> DJ/MC; a aproximação com os equipamentos necessários à<br />

atividade; o conhecimento de técnicas básicas de mixagem; dicas sobre o mun<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong> trabalho ; e a contribuição <strong>do</strong> MC e <strong>do</strong> rap na atuação <strong>do</strong> DJ.<br />

O tópico está dividi<strong>do</strong> em atividades práticas e atividades conceituais. Você deve<br />

levar em conta que o manuseio <strong>do</strong>s equipamentos e a experimentação das técnicas<br />

devem ser feitos em pequenos grupos, de não mais <strong>do</strong> que dez alunos. Por isso, as<br />

atividades são organizadas de forma que você possa dividir a turma em pelo menos<br />

três grupos, que deverão atuar simultaneamente: enquanto um grupo trabalha<br />

com o sistema de som, outro trabalha com os computa<strong>do</strong>res e um terceiro realiza<br />

tarefas na sala. Depois, estes grupos deverão fazer um rodízio, de mo<strong>do</strong> que cada<br />

grupo possa ver e fazer de tu<strong>do</strong>.<br />

O conteú<strong>do</strong> das atividades está organiza<strong>do</strong> em seis subtópicos, conforme o quadro<br />

Tópico 5: DJ/MC.<br />

DJ (disc jóquei, aquele que comanda o disco) e MC (Mestre de Cerimônia) são duas<br />

ocupações diferentes e interligadas. Como inicialmente eram exercidas pela mesma<br />

pessoa, estão sen<strong>do</strong> tratadas, neste arco, como uma única e mesma ocupação. No<br />

entanto, no decorrer das atividades <strong>do</strong> Guia de Estu<strong>do</strong>s, o trabalho <strong>do</strong> DJ será<br />

mais enfatiza<strong>do</strong>, dada a sua complexidade, dedican<strong>do</strong>-se o último subtópico ao<br />

trabalho <strong>do</strong> MC propriamente dito. A idéia é que os futuros DJ’s possam lançar<br />

mão <strong>do</strong> conhecimento <strong>do</strong> MC para incrementar sua performance.<br />

Seguem algumas DICAS para trabalhar este tópico:<br />

❚ A prática <strong>do</strong> DJ é muito comum entre os jovens e tem grande penetração nos<br />

bairros de periferia. Procure observar o conhecimento que os alunos têm dessa<br />

realidade antes de entrar em cada conteú<strong>do</strong>;<br />

5<br />

DJ / MC<br />

87


5<br />

Subtópicos<br />

5.1.<br />

Música e<br />

tecnologia,<br />

5.2. Introdução<br />

ao Universo DJ<br />

5.3. Equipamentos<br />

5.4. Técnicas<br />

básicas e<br />

mixagem<br />

5.5. O mun<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

trabalho<br />

5.6. MC e o rap<br />

❚ Antes de cada aula, verifique se to<strong>do</strong> o material solicita<strong>do</strong> está disponível e funcionan<strong>do</strong>:<br />

equipamentos, discos, micro system, etc. Assim você evitará surpresas<br />

durante o trabalho;<br />

❚ Preste atenção ao manuseio <strong>do</strong>s equipamentos. Os sistemas de som são caros e<br />

frágeis, ao mesmo tempo em que exercem enorme atração sobre o público jovem;<br />

❚ Cuide para que o volume <strong>do</strong> som e a colocação <strong>do</strong> fone de ouvi<strong>do</strong> sejam feitas<br />

de forma adequada. O excesso de volume pode causar danos à audição;<br />

❚ Organize um banco de discos, com material trazi<strong>do</strong> pelos alunos. Este poderá ser<br />

um material importante na hora de pesquisar possíveis bases e estilos diferentes.<br />

❚ Esteja atento à formação <strong>do</strong>s grupos e ao rodízio da tarefas, para que to<strong>do</strong>s<br />

tenham oportunidade de participar de todas as atividades.<br />

Dito isto, Maestro, solta o som...!<br />

Objetivo<br />

❚ Discutir as origens da<br />

conexão entre música e<br />

tecnologia.<br />

❚ Discutir o conceito de<br />

instrumento musical.<br />

❚ Identificar os elementos<br />

que compõem a <strong>cultura</strong> DJ<br />

e analisar sua função<br />

social.<br />

❚ Identificar equipamentos<br />

e recursos utiliza<strong>do</strong>s pelos<br />

DJs em suas performances.<br />

❚ Apontar, de forma<br />

prática, as técnicas de<br />

mixagem básicas e<br />

avançadas.<br />

❚ Analisar as<br />

características e<br />

possibilidades <strong>do</strong><br />

mun<strong>do</strong> <strong>do</strong> trabalho <strong>do</strong><br />

DJ/MC.<br />

❚ Analisar o papel e<br />

possibilidades <strong>do</strong> MC<br />

no desenvolvimento da<br />

perfomance <strong>do</strong> DJ.<br />

Conteú<strong>do</strong>s<br />

❚ O que é ser DJ.<br />

❚ Música como forma de expressão.<br />

❚ Relação música e tecnologia.<br />

❚ Instrumentos musicais.<br />

❚ Música eletrônica<br />

❚ Origem <strong>do</strong> DJ.<br />

❚ Ambiente de discoteca.<br />

❚ A <strong>cultura</strong> <strong>do</strong> DJ/MC.<br />

❚ Estilo e estética DJ.<br />

❚ Gêneros musicais eletrônicos.<br />

❚ Equipamentos, acessórios e<br />

recursos.<br />

❚ Cuida<strong>do</strong>s com o equipamento.<br />

❚ O disco de vinil.<br />

❚ Estrutura da música.<br />

❚ Técnicas básicas de mixagem –<br />

detalhamento.<br />

❚ Performance.<br />

❚ Técnicas de mixagem avançada.<br />

❚ Mixagem com rítmos nacionais<br />

❚ Características <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

trabalho <strong>do</strong> DJ/MC.<br />

❚ O trabalho <strong>do</strong> iniciante.<br />

❚ A mulher DJ.<br />

❚ Portfólio e demo.<br />

❚ Conhecen<strong>do</strong> os preços.<br />

❚ Modelo de contrato para DJ<br />

❚ Origem <strong>do</strong> MC.<br />

❚ MC e <strong>cultura</strong> Hip-Hop.<br />

❚ Rap como forma de expressão.<br />

❚ Relação rap, cordel e repente.<br />

❚ Experimentan<strong>do</strong> a composição<br />

e o improviso.<br />

❚ Avaliação <strong>do</strong> tópico<br />

Atividade<br />

173 a 183<br />

184 a 191<br />

192 a 198<br />

199 a 207<br />

208 a 213<br />

214 a 223<br />

Horas<br />

6 horas<br />

12 horas<br />

5 horas<br />

16 horas<br />

6 horas<br />

5 horas


5.1 - MÚSICA E TECNOLOGIA 5<br />

O objetivo deste subtópico é introduzir os jovens aprendizes no universo da música,<br />

de mo<strong>do</strong> que estes percebam que o trabalho <strong>do</strong> DJ , embora possa parecer<br />

recente, é fruto de uma longa trajetória que se confunde com o desenvolvimento<br />

da humanidade como um to<strong>do</strong>.<br />

Texto de apresentação – Este texto inicial objetiva apresentar a ocupação de DJ<br />

aos alunos. Peça que leiam o texto em voz alta, perguntan<strong>do</strong> o que perceberam<br />

desta ocupação. Destaque, na conversa, as várias possibilidades de atuação <strong>do</strong> DJ e<br />

a importância de ir além da tarefa de manipular o toca-discos, incentivan<strong>do</strong>-os a<br />

conhecer e aprender música. Explique que as primeiras atividades deste tópico<br />

estão voltadas para essa finalidade.<br />

ATIVIDADES 173 A 175<br />

Esta seqüência de atividades objetiva a percepção da música como forma de expressão<br />

inerente ao ser humano.<br />

Atividade 173 – Esta atividade procura identificar como cada aluno se relaciona<br />

com a música individualmente. Peça que leiam o texto introdutório e respondam<br />

às perguntas contidas no Guia de Estu<strong>do</strong>. Em seguida, inicie uma conversa informal,<br />

abrin<strong>do</strong> espaço para aqueles que quiserem expor suas respostas. Finalize a<br />

atividade falan<strong>do</strong> sobre a importância da música no cotidiano das pessoas, como<br />

memória afetiva e como expressão de sentimentos e emoções.<br />

Atividade 174 – Esta atividade introduz a idéia da música como expressão de<br />

sentimentos e como ludicidade. Ao iniciar esta atividade, é interessante que você<br />

explique à turma que os provérbios populares são ensinamentos transmiti<strong>do</strong>s de<br />

geração a geração, construí<strong>do</strong>s a partir da experiência e da observação. Em seguida,<br />

solicite aos alunos que leiam e respondam a atividade no Guia de Estu<strong>do</strong>.<br />

Para compartilhar as respostas, divida a turma em cinco subgrupos. Peça que conversem<br />

sobre as respostas de cada um e apresentem o provérbio de uma forma<br />

musical. Depois das apresentações, faça um comentário sobre a diversidade de<br />

formas possíveis de fazer música.<br />

Atividade 175 – Nesta atividade, os alunos devem perceber que os sons estão em<br />

toda a p<strong>arte</strong> e que é a criatividade humana que transforma sons em instrumentos<br />

musicais. Leia em voz alta o texto introdutório e conduza a atividade passo a passo,<br />

conforme as orientações que se seguem:<br />

❚ Peça aos alunos que fechem os olhos e procurem ouvir to<strong>do</strong>s os sons <strong>do</strong> ambiente,<br />

identifican<strong>do</strong> aqueles que mais chamaram a sua atenção;<br />

❚ Divida a turma em cinco ou seis subgrupos. Cada subgrupo deverá conversar<br />

sobre a experiência e tentar reproduzir os sons percebi<strong>do</strong>s;<br />

DJ / MC<br />

89


5<br />

90<br />

ARTE E CULTURA I<br />

❚ Peça que cada subgrupo crie uma seqüência musical a partir <strong>do</strong>s sons que mais<br />

chamaram sua atenção;<br />

❚ Cada grupo deve apresentar a sua seqüência para os demais;<br />

❚ Comente os resulta<strong>do</strong>s com a turma, destacan<strong>do</strong> a riqueza de possibilidades que<br />

se apresentaram.<br />

❚ Solicite aos alunos que registrem a experiência no Guia de Estu<strong>do</strong>, responden<strong>do</strong><br />

às questões propostas.<br />

❚ Encerre a atividade com a leitura da reflexão contida no Guia de Estu<strong>do</strong>, explican<strong>do</strong><br />

aos alunos o significa<strong>do</strong> <strong>do</strong>s termos que estão destaca<strong>do</strong>s no dicionário.<br />

ATIVIDADES 176 A 179<br />

Este conjunto de atividades procura mostrar a relação entre música e tecnologia,<br />

de mo<strong>do</strong> a situar a música feita pelo DJ em uma trajetória mais ampla. Embora<br />

possa parecer um pouco densa, a leitura <strong>do</strong>s textos conti<strong>do</strong>s no Guia de Estu<strong>do</strong> é<br />

muito importante para que os alunos possam apreender essa construção histórica.<br />

Atividade 176 – Nesta atividade, os alunos terão oportunidade de conhecer o que<br />

é música eletrônica e como ela é produzida, identifican<strong>do</strong> sua presença em uma<br />

série de aparelhos. Peça aos alunos que leiam e completem a atividade <strong>do</strong> Guia de<br />

Estu<strong>do</strong>.Você pode enriquecer a atividade mostran<strong>do</strong> à turma um aparelho<br />

sintetiza<strong>do</strong>r ou uma foto <strong>do</strong> mesmo. Coloque um CD com música eletrônica para que<br />

o grupo ouça, de forma que eles possam reconhecer o som cria<strong>do</strong> por sintetiza<strong>do</strong>res.<br />

A resposta correta à atividade sobre os aparelhos e instrumentos que produzem e<br />

reproduzem música eletrônica é: tecla<strong>do</strong>, computa<strong>do</strong>r, celular, microsystem e rádio.<br />

Atividade 177 – Esta é, basicamente, uma atividade de leitura que procura mostrar<br />

aos alunos que a relação entre música e tecnologia e, em especial, a música eletrônica,<br />

é fruto de um lento e contínuo processo de construção, e que o ingrediente<br />

fundamental deste processo foi a observação e a experimentação. Sugerimos que,<br />

antes de entrar no texto propriamente dito, você faça uma contextualização histórica,<br />

mostran<strong>do</strong> que os séculos XVIII e XIX foram palco de revolução tecnológica<br />

- a revolução industrial - que mu<strong>do</strong>u a forma de ver o mun<strong>do</strong> da época, produzin<strong>do</strong><br />

uma visão da máquina com ampliação da força de trabalho humana, abrin<strong>do</strong> um enorme<br />

campo de experimentações e descobertas em todas as áreas da vida social.<br />

Para tornar a leitura mais agradável, você pode ir construin<strong>do</strong> no quadro, com a<br />

turma, uma linha <strong>do</strong> tempo à medida em que os alunos vão len<strong>do</strong> em voz alta o<br />

texto. Você pode conseguir, na internet, fotos ampliadas de algumas das invenções<br />

citadas. É interessante mostrá-las aos alunos, ajudan<strong>do</strong> a dinamizar a atividade.<br />

Atividade 178 – Esta atividade está diretamente relacionada à precedente e deve<br />

ser feita na mesma aula. Peça aos alunos que preencham o quadro conti<strong>do</strong> no Guia<br />

de Estu<strong>do</strong>, buscan<strong>do</strong> respostas no texto li<strong>do</strong> na atividade anterior.<br />

Atividade 179 – Esta atividade tem como objetivo apresentar aos alunos os aparelhos<br />

que precederam os atuais instrumentos <strong>do</strong>s DJ’s e que deram origem ao atual<br />

toca-discos. Faça a leitura em voz alta, junto com a turma. Sugerimos que você


mostre passagens <strong>do</strong> filme “My Fair Lady” nas quais são mostra<strong>do</strong>s tanto o<br />

fonógrafo quanto o gramofone, aproveitan<strong>do</strong> para explicar a função de cada um.<br />

ATIVIDADES 180 E 181<br />

Estas duas atividades vão tratar da utilização <strong>do</strong> computa<strong>do</strong>r para tocar e produzir<br />

música. É essencial que os alunos percebam as possibilidades e os limites ofereci<strong>do</strong>s<br />

por essa nova tecnologia, de forma que possam tanto explorar os potenciais<br />

da máquina como ampliar suas oportunidades com outros elementos.<br />

Atividade 180 - Sugerimos que você comece esta atividade cantan<strong>do</strong> e dançan<strong>do</strong><br />

ao som da música de Gilberto Gil. As atividades anteriores privilegiaram as dimensões<br />

cognitivas da aprendizagem, sobretu<strong>do</strong> a leitura. Uma quebra com movimentos<br />

corporais é importante para restabelecer a atenção.<br />

Depois de cantar e dançar livremente, converse com a turma sobre a letra da música,<br />

falan<strong>do</strong> sobre os impactos da internet em to<strong>do</strong>s os aspectos da vida social.<br />

Explique que, assim como a revolução industrial mu<strong>do</strong>u a sociedade <strong>do</strong> século<br />

XVIII e XIX, a revolução da informática, considerada a terceira grande revolução<br />

tecnológica da humanidade, impactou toda a organização da vida humana, modifican<strong>do</strong><br />

as relações de produção, as formas de comunicação e abrin<strong>do</strong> campo para a<br />

percepção da máquina não mais como extensão da força de trabalho humana, mas<br />

como eliminação da mesma. Esse impacto se estendeu também à música. Peça aos<br />

alunos que completem a atividade <strong>do</strong> Guia de Estu<strong>do</strong> e converse com a turma<br />

sobre a entrada em cena <strong>do</strong> computa<strong>do</strong>r no mun<strong>do</strong> da música, analisan<strong>do</strong> as<br />

consequências desse fato.<br />

Atividade 181 – Nesta atividade, os alunos vão discutir as vantagens e desvantagens <strong>do</strong><br />

uso <strong>do</strong> computa<strong>do</strong>r no campo da música. Divida a turma em cinco subgrupos e peça<br />

que leiam conjuntamente o texto que introduz a atividade no Guia de Estu<strong>do</strong>, e que<br />

identifiquem as possibilidades e os limites <strong>do</strong> uso <strong>do</strong> computa<strong>do</strong>r no campo da música,<br />

registran<strong>do</strong> suas respostas no Guia de Estu<strong>do</strong>. Dê alguns minutos para isso e depois<br />

faça uma roda de conversa sobre o assunto. Destaque a importância de explorar as<br />

possibilidades <strong>do</strong>s software e equipamentos, a possibilidade de promover produções<br />

musicais coletivas, de socializar rapidamente novas possibilidades sonoras, mas destaque<br />

o perigo de se acomodar às facilidades que o computa<strong>do</strong>r traz, tornan<strong>do</strong>-se<br />

repetitivo, lembran<strong>do</strong> ao grupo que o homem está no centro da atividade criativa e,<br />

neste senti<strong>do</strong>, não pode ser substituí<strong>do</strong> ou elimina<strong>do</strong> pela máquina. Leia em voz alta o<br />

texto de reflexão que se segue à atividade, no Guia de Estu<strong>do</strong>.<br />

ATIVIDADE 182<br />

Nesta atividade, os alunos terão oportunidade de experimentar a produção de<br />

sons a partir de objetos diferentes, confeccionan<strong>do</strong> instrumentos musicais a partir<br />

de materiais diversos, como caixa de fósforo, papel celofane e outros. Você deverá<br />

providenciar algumas folhas de papel seda, um rolo de fita crepe, um rolo de barbante<br />

fino, um tubo de linha. Além disso, peça aos alunos que cada um traga os<br />

seguintes materiais:<br />

5<br />

DJ / MC<br />

91


5<br />

92<br />

ARTE E CULTURA I<br />

❚ duas latas de leite vazias<br />

❚ caixa de fósforo com alguns palitos usa<strong>do</strong>s<br />

❚ 1 pente plástico sem cabo<br />

De posse destes materiais, os alunos irão construir três instrumentos: uma cuíca,<br />

uma corneta e um tambor. Oriente o grupo como se segue:<br />

a)Cuíca:<br />

❚ Peça aos alunos que separem 01 lata (sem tampa) e dê a eles um<br />

pedaço de barbante fino e um palito;<br />

❚ Os alunos deverão fazer um pequeno furo no meio <strong>do</strong> fun<strong>do</strong> da<br />

lata, e passar por ele o barbante fino;<br />

❚ A ponta <strong>do</strong> barbante próxima ao fun<strong>do</strong> da lata deverá ser<br />

amarrada num palito, deixan<strong>do</strong> o resto <strong>do</strong> barbante atravessan<strong>do</strong> a lata.<br />

❚ Pedir aos alunos que molhem a mão e puxem o barbante, deixan<strong>do</strong> a mão escorregar.<br />

Este movimento produzirá um som semelhante a uma cuíca.<br />

b)Corneta:<br />

❚ Cada aluno deverá dispor de um pente, um pedaço<br />

de papel seda, uma lata e um pedaço de fita crepe;<br />

❚ Peça que façam um furo de <strong>do</strong>is de<strong>do</strong>s no fun<strong>do</strong> da lata;<br />

❚ Peça que coloquem o pente por cima e prendam com a fita crepe;<br />

❚ Oriente que, por cima <strong>do</strong> pente, prendam o pedaço de papel seda, apenas por<br />

um la<strong>do</strong>;<br />

❚ Com as mãos em volta da p<strong>arte</strong> aberta da lata, peça aos alunos que cantem a música<br />

que quiserem, fazen<strong>do</strong> “tu,tu,tu”. O som produzi<strong>do</strong> lembrará o de uma corneta.<br />

c)Tambor<br />

❚ Cada aluno deverá ter em mãos uma caixa de fósforo vazia,<br />

01 palito e um pedaço de linha;<br />

❚ Peça que amassem a caixa de um la<strong>do</strong>, amarran<strong>do</strong> a linha e<br />

dan<strong>do</strong> pelo menos duas voltas. Depois oriente que passem o<br />

palito entre as linhas, empurran<strong>do</strong> e viran<strong>do</strong> várias vezes, até<br />

a linha ficar bem torcida;<br />

❚ Quan<strong>do</strong> o palito estiver bem firme, uma p<strong>arte</strong> dele deverá<br />

estar para fora da caixa. Aperte essa ponta e solte. O som<br />

emiti<strong>do</strong> corresponderá ao som de um tamborzinho.<br />

Depois que os grupos tiverem construí<strong>do</strong> seus instrumentos e<br />

mostra<strong>do</strong> aos demais os sons produzi<strong>do</strong>s pelos mesmos, sugira<br />

que eles façam o acompanhamento da música de Gilberto Gil<br />

utilizada na atividade 180. Conclua a atividade com a leitura <strong>do</strong><br />

texto de reflexão proposto no Guia de Estu<strong>do</strong>.


ATIVIDADE 183<br />

Esta atividade tem como objetivo mostrar que qualquer objeto pode se constituir<br />

em um potencial instrumento musical. Ao mesmo tempo, a atividade permite desenvolver<br />

com os alunos a acuidade auditiva, possibilitan<strong>do</strong> a identificação de objetos<br />

pelo seu som.<br />

Para o desenvolvimento da atividade você deve escolher anteriormente seis tipos<br />

de sons, produzi<strong>do</strong>s por objetos diferentes. Sugerimos: alguns copos de vidro com<br />

diferentes quantidades de água e uma baqueta; uma garrafa pet com pedrinhas;<br />

bola de soprar (para encher e esvaziar em diferentes velocidades); bacia com água<br />

e canu<strong>do</strong> de bambu grosso (para ser sopra<strong>do</strong> na água com forças diferentes); tampas<br />

de panela (batidas uma contra a outra); um tubo plástico sanfona<strong>do</strong> (para ser<br />

gira<strong>do</strong> no ar); jornal (para ser amassa<strong>do</strong> e estica<strong>do</strong>). Cada um destes objetos produz<br />

sons diferentes e devem estar escondi<strong>do</strong>s, de forma a não serem vistos pelos<br />

alunos. Para esta atividade você precisa de cinco vendas ou lenços que sirvam para<br />

vendar os olhos <strong>do</strong>s alunos. Siga os seguintes passos:<br />

❚ Forme um círculo e divida a turma em seis subgrupos;<br />

❚ Vende os olhos <strong>do</strong>s membros de um subgrupo de cada vez;<br />

❚ Para cada subgrupo, “toque” um <strong>do</strong>s objetos sugeri<strong>do</strong>s, pedin<strong>do</strong> que seus componentes<br />

digam o que estão ouvin<strong>do</strong>;<br />

❚ Depois que to<strong>do</strong>s os subgrupos passarem pela experiência, permita que os alunos<br />

explorem os sons <strong>do</strong>s objetos trazi<strong>do</strong>s e converse com a turma a respeito <strong>do</strong><br />

que vivenciaram.<br />

❚ Peça que os alunos registrem suas observações no Guia de Estu<strong>do</strong> e conclua a<br />

atividade com a leitura e comentário <strong>do</strong> texto de reflexão integrante da mesma.<br />

5.2 - INTRODUÇÃO AO UNIVERSO DJ<br />

O conjunto de atividades incluí<strong>do</strong>s neste subtópico tem por finalidade introduzir a<br />

figura <strong>do</strong> DJ na cena musical, promoven<strong>do</strong> uma reflexão sobre os elementos <strong>cultura</strong>is<br />

envolvi<strong>do</strong>s nesta atuação. A prática da discotecagem não constitui apenas uma ocupação,<br />

mas também uma expressão da dinâmica <strong>cultura</strong>l da juventude contemporânea,<br />

sen<strong>do</strong> importante que você promova uma reflexão sobre os valores nela presentes.<br />

ATIVIDADES 184 E 185<br />

Estas duas atividades procuram situar o DJ em seu contexto de origem, apresentan<strong>do</strong><br />

a Era <strong>do</strong> Disco, seus valores e significa<strong>do</strong>s.<br />

Atividade 184 – O objetivo desta atividade é contextualizar a época de aparecimento<br />

<strong>do</strong> DJ. Sugerimos que você assista com os alunos o filme “Embalos de<br />

5<br />

DJ / MC<br />

93


5<br />

94<br />

ARTE E CULTURA I<br />

sába<strong>do</strong> à noite”, que marcou época entre a juventude e popularizou as chamadas<br />

discotecas. Converse com os alunos sobre o filme, destacan<strong>do</strong> aspectos referentes<br />

ao estilo de vida e valores da juventude da época. Comente sobre a entrada da<br />

discoteca no Brasil, e reflita com o grupo sobre o significa<strong>do</strong> da expressão “juventude<br />

transviada”, empregada para classificar o jeito de ser e a expressão rebelde<br />

<strong>do</strong>s jovens de então.<br />

Atividade 185 – Esta atividade procura fazer uma reflexão sobre o estilo de vida<br />

da juventude que freqüenta atualmente as festas animadas por DJ’s, resgatan<strong>do</strong> a<br />

experiência <strong>do</strong>s alunos a esse respeito. Peça que leiam e respondam às questões<br />

propostas no Guia de Estu<strong>do</strong>, mesmo que nunca tenham esta<strong>do</strong> na situação solicitada.<br />

Neste caso, aqueles que nunca estiveram em uma festa com DJ devem responder<br />

a partir <strong>do</strong> que imaginam sobre isso. Solicite que descrevam com detalhes o<br />

ambiente físico, o jeito de ser das pessoas, isto é, como estão vestidas, enfeites que<br />

usam, como se comportam; e o tipo de música que é toca<strong>do</strong>. Dê alguns minutos<br />

para a tarefa e depois peça que os alunos relatem suas respostas, registran<strong>do</strong> em<br />

duas folhas diferentes de flip chart as respostas imaginadas e as vivenciadas. Comece<br />

pelos alunos que imaginaram a festa e só depois tome o depoimento <strong>do</strong>s que já<br />

estiveram em um destes eventos. Depois compare as respostas, fazen<strong>do</strong> comentários<br />

sobre as mesmas. Conclua com a leitura em classe <strong>do</strong> texto de reflexão que<br />

acompanha a atividade no Guia de Estu<strong>do</strong>.<br />

ATIVIDADE 186<br />

Nesta atividade pretende-se mostrar aos alunos que a música influencia o esta<strong>do</strong> de<br />

espírito daquele que a ouve, estimulan<strong>do</strong> tipos de movimento e sensações diferentes<br />

e interferin<strong>do</strong> na dinâmica de uma pista de dança. Ao mesmo tempo, tem por<br />

objetivo também possibilitar a experimentação de estilos musicais diversos, amplian<strong>do</strong><br />

a <strong>cultura</strong> musical <strong>do</strong> grupo.<br />

Para esta atividade, você deve escolher quatro músicas de estilos bem marca<strong>do</strong>s:<br />

chorinho, forró pé-de-serra, música de relaxamento (wave) e música eletrônica.<br />

Se possível, leve a seqüência das quatro músicas gravadas num CD,<br />

para não precisar interromper o som para mudar de disco. Antes de começar a<br />

tocá-las, explique aos alunos que deverão dançar livremente, sentin<strong>do</strong> a música.<br />

Depois que eles tiverem vivencia<strong>do</strong> as quatro músicas, abra uma roda de<br />

conversa sobre seus sentimentos, movimentos e a relação com as pessoas durante<br />

cada estilo musical. Comente que o DJ precisa estar consciente das sensações<br />

que deseja despertar e <strong>do</strong> rumo que quer dar ao evento na hora de escolher<br />

a seqüência musical. Chame a atenção para o estilo provoca<strong>do</strong> pela música<br />

eletrônica, que estimula a prática de dançar só, embora num local repleto de<br />

gente, e relacione esta característica com os traços da sociedade capitalista contemporânea,<br />

que é, ao mesmo tempo, uma sociedade de massas e uma sociedade<br />

pautada pelo individualismo e pela atomização.<br />

Conclua, solicitan<strong>do</strong> aos alunos que registrem suas observações, completan<strong>do</strong> o<br />

quadro proposto no Guia de Estu<strong>do</strong>.


ATIVIDADE 187<br />

Com esta atividade, você irá orientar os alunos na organização de seqüências musicais<br />

(set), de acor<strong>do</strong> com diferentes estilos de festas. Antes de sua realização, você<br />

precisa organizar um banco de da<strong>do</strong>s musical, isto é, um arquivo com CD’s e vinis<br />

de diferentes estilos, ritmos, gêneros e épocas. Nesta atividade, especificamente,<br />

você precisará dispor de discos com estilo eletrônico drum and bass, house e techno,<br />

para que os alunos observem as diferentes velocidades e seu impacto no movimento.<br />

Você precisará providenciar também um CD de forró, um de reggae e um de<br />

funk. Ten<strong>do</strong> to<strong>do</strong> este material nas mãos, oriente a atividade , seguin<strong>do</strong> os passos<br />

abaixo:<br />

❚ Peça a um aluno que leia em voz alta o texto da atividade no Guia de Estu<strong>do</strong>,<br />

explican<strong>do</strong>, durante a leitura, o significa<strong>do</strong> de line-up, bpm, set;<br />

❚ Coloque para tocar trechos de cada um <strong>do</strong>s estilos menciona<strong>do</strong>s (house, drum<br />

and bass e techno), de forma que eles observem o número de bpm de cada<br />

estilo. Peça que identifiquem as sensações corporais e os movimentos que cada<br />

uma dessas músicas desperta;<br />

❚ Explique aos alunos a importância de organizar bem um line-up e um set. É<br />

necessário que eles percebam que, nesse mun<strong>do</strong> de segmentações estéticas, quem<br />

gosta de drum and bass fica desmotiva<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> entra o house, e quem gosta<br />

de house fica esperan<strong>do</strong> que o drum and bass acabe para poder voltar à pista.<br />

Afinal, ninguém é obriga<strong>do</strong> a gostar de tu<strong>do</strong>. Explique aos alunos que, atualmente,<br />

têm surgi<strong>do</strong> projetos mais específicos com noites dedicadas à música house<br />

ou à música drum and bass, com todas as suas variações. Isso vale também para<br />

outros estilos de festas. Nestes casos o line-up e o set são instrumentos importantes,<br />

para atender ao maior número de gostos possível.<br />

❚ Divida a turma em três subgrupos e peça que cada grupo organize um set (uma<br />

seqüência) de três músicas para uma das três festas sugeridas: uma festa de forró,<br />

uma festa de reggae e uma festa funk, de mo<strong>do</strong> que as três sejam contempladas.<br />

Dê para cada grupo um CD com músicas correspondentes ao gênero musical<br />

que lhe foi atribuí<strong>do</strong>;<br />

❚ Quan<strong>do</strong> os sets estiverem prontos, cada grupo apresenta a sua seqüência aos<br />

demais;<br />

❚ Para finalizar, abra um espaço para que os alunos comentem a atividade e peça<br />

que registrem suas observações no Guia de Estu<strong>do</strong>;<br />

ATIVIDADE 188<br />

O objetivo desta atividade é fazer com que os futuros DJ’s percebam que, embora<br />

esta ocupação faça p<strong>arte</strong> de uma <strong>cultura</strong> urbana centrada em grupos específicos,<br />

com forte influência estrangeira, há espaço para incluir em sua prática elementos de<br />

suas próprias raízes <strong>cultura</strong>is, crian<strong>do</strong> um estilo pessoal.<br />

Inicie a atividade com a leitura <strong>do</strong> texto conti<strong>do</strong> no Guia de Estu<strong>do</strong>. Explique que<br />

a figura <strong>do</strong> DJ é fruto de uma <strong>cultura</strong> urbana alternativa, fruto da necessidade de<br />

5<br />

DJ / MC<br />

95


5<br />

96<br />

ARTE E CULTURA I<br />

expressão da população pobre e negra <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, que,aos poucos, vem<br />

sen<strong>do</strong> transforma<strong>do</strong> em merca<strong>do</strong>ria, seguin<strong>do</strong> a lógica padrão da economia capitalista.<br />

Isto aconteceu com diversos movimentos ao longo da história. Um bom<br />

exemplo é o movimento hippie, <strong>do</strong>s anos 60, cuja filosofia era centrada na crítica à<br />

moral pequeno-burguesa e à guerra, alcançan<strong>do</strong> grande repercussão entre a população<br />

jovem. O sistema capitalista, com sua lógica de merca<strong>do</strong>, transformou o<br />

movimento hippie em uma estética vazia de conteú<strong>do</strong>, tornan<strong>do</strong> merca<strong>do</strong>ria o<br />

estilo de roupa, os cortes de cabelo, a música, etc. É importante que os alunos<br />

reflitam sobre a função social da <strong>cultura</strong> que envolve o DJ, para evitar que o exercício<br />

da ocupação esvazie o conteú<strong>do</strong> crítico da atividade.<br />

Partin<strong>do</strong> da idéia de que o DJ dá som, movimento e expressão a um determina<strong>do</strong><br />

jeito de ser, sugira aos alunos que busquem seu estilo pessoal, fundamentan<strong>do</strong>-se<br />

nas raízes brasileiras. Feito isto, solicite aos alunos que realizem a atividade proposta no<br />

Guia de Estu<strong>do</strong>, elaboran<strong>do</strong> seu auto-retrato e responden<strong>do</strong> às perguntas.<br />

ATIVIDADE 189<br />

Nesta atividade, pretende-se abordar a participação da mulher no campo de atuação<br />

<strong>do</strong>s DJ’s. De acor<strong>do</strong> com a trajetória das relações de gênero, o espaço da rua,<br />

o espaço público, tem si<strong>do</strong> reserva<strong>do</strong> aos homens, restan<strong>do</strong> para as mulheres o<br />

espaço da intimidade. Embora isto esteja mudan<strong>do</strong> já há alguns anos, na ocupação<br />

DJ a presença feminina é, ainda, bastante reduzida. Para orientar esta discussão,<br />

siga os seguintes procedimentos:<br />

❚ Comece solicitan<strong>do</strong> aos alunos a leitura e o preenchimento da atividade no Guia<br />

de Estu<strong>do</strong>, e dê um tempo para que a tarefa seja realizada;<br />

❚ Em seguida, forme seis subgrupos. Com um aluno servin<strong>do</strong> de molde, cada<br />

subgrupo desenhará um boneco em uma folha de papel metro, de mo<strong>do</strong> a ter,<br />

ao final, três figuras masculinas e três figuras femininas;<br />

❚ Peça a cada grupo que vista e caracterize o personagem cria<strong>do</strong>. Para isso,<br />

disponibilize materiais diversos, como pedaços de teci<strong>do</strong>s, papéis colori<strong>do</strong>s, lã,<br />

cola, etc. Estimule os alunos para que este personagem expresse características<br />

da sua origem brasileira;<br />

❚ Depois que os alunos tiverem caracteriza<strong>do</strong> seus bonecos, os subgrupos devem<br />

criar um diálogo entre os seis personagens, acerca da participação da mulher no<br />

universo <strong>do</strong> DJ;<br />

❚ Conclua a atividade, fazen<strong>do</strong> uma reflexão sobre as relações de gênero também<br />

no campo da música e a necessidade de democratizar esta participação.<br />

ATIVIDADE 190<br />

Esta atividade explora a audição <strong>do</strong>s vários gêneros e estilos de música eletrônica,<br />

visan<strong>do</strong> à percepção das diferenças entre eles. Antes de executá-la com o grupo, é<br />

imprescindível que você tenha escuta<strong>do</strong> e pesquisa<strong>do</strong> cada um <strong>do</strong>s estilos apresenta<strong>do</strong>s<br />

no Guia de Estu<strong>do</strong>.


Sugerimos que subdivida a atividade em três momentos: o dedica<strong>do</strong> ao Ambiente,<br />

aos Sons Retos e aos Sons Sincopa<strong>do</strong>s. Em cada um desses momentos, leve várias<br />

gravações <strong>do</strong> estilo em questão, ouça com o grupo e peça que partilhem sentimentos,<br />

opiniões e gostos pessoais acerca <strong>do</strong> mesmo. Após a escuta <strong>do</strong>s gêneros musicais,<br />

solicite que se grupem pela preferência quanto ao estilo e que pesquisem mais<br />

sobre o assunto, utilizan<strong>do</strong> os computa<strong>do</strong>res disponíveis. A seguir, oriente cada<br />

subgrupo a apresentar para os colegas o estilo de sua preferência, salientan<strong>do</strong> as<br />

características específicas <strong>do</strong> mesmo. Quan<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s os subgrupos acabarem de<br />

cumprir a tarefa, leia com os alunos as informações complementares contidas no<br />

Guia de Estu<strong>do</strong>.<br />

ATIVIDADE 191<br />

O objetivo desta atividade é discutir a influência da música estrangeira, o valor da<br />

música nacional e as possibilidades de integração entre elas.<br />

Escute com o grupo a música Chiclete com Banana, acompanhan<strong>do</strong> a letra no<br />

Guia de Estu<strong>do</strong>. Leia o texto e solicite que respondam às perguntas contidas no<br />

Guia. Dê um tempo para isto e inicie um papo-cabeça no qual, a partir das respostas<br />

dadas pelos alunos, você deve refletir sobre: a importância das nossas raízes<br />

musicais; o enriquecimento que podemos obter oriun<strong>do</strong> <strong>do</strong> conhecimento de outras<br />

<strong>cultura</strong>s; a difusão da nossa música no exterior.<br />

5.3 – EQUIPAMENTOS<br />

Este subtópico tem por finalidade familiarizar os futuros DJs com os equipamentos<br />

que estarão presentes no seu dia-a-dia, orientan<strong>do</strong>-os quanto à sua função e<br />

manuseio adequa<strong>do</strong>. Grande p<strong>arte</strong> das atividades aqui incluídas se passam no laboratório<br />

de som e na ilha de informática, que não comportam mais <strong>do</strong> que 10 alunos<br />

em seus espaços.<br />

Esteja atento para as possibilidades de revezamento <strong>do</strong>s grupos, promoven<strong>do</strong> o rodízio<br />

entre as tarefas de sala, tarefas no computa<strong>do</strong>r e tarefas no laboratório de som.<br />

ATIVIDADES 192 A 196<br />

Estas atividades objetivam detalhar para os alunos o equipamento básico <strong>do</strong> DJ e<br />

as funções correspondentes.<br />

ATIVIDADE 192 – Leia o texto introdutório com o grupo, deixan<strong>do</strong> claro que a<br />

ocupação que está sen<strong>do</strong> trabalhada se refere ao DJ que toca em festas e que manipula<br />

o equipamento apresenta<strong>do</strong> no Guia de Estu<strong>do</strong>. Solicite aos alunos que observem<br />

com atenção as duas figuras, completan<strong>do</strong> o que falta na segunda.<br />

5<br />

DJ / MC<br />

97


5<br />

98<br />

ARTE E CULTURA I<br />

Encerre a atividade, chaman<strong>do</strong> a atenção para a importância de cada elemento<br />

descrito na realização eficaz desta ocupação. Nada deve ser esqueci<strong>do</strong> ou menospreza<strong>do</strong>.<br />

ATIVIDADE 193 – Esta atividade é um aprofundamento da anterior. Para facilitar<br />

o conhecimento de cada equipamento, sugerimos que você amplie as figuras<br />

exibidas no Guia e as apresente, relacionan<strong>do</strong>-as com o texto. A seguir, peça que<br />

completem o que é pedi<strong>do</strong> no desenho <strong>do</strong> toca-discos.<br />

Para finalizar, faça um jogo objetivan<strong>do</strong> fixar as funções de cada elemento <strong>do</strong> toca-discos.<br />

Jogo das Funções<br />

❚ Grupo de pé, em círculo, de mãos dadas;<br />

❚ Distribuir a cada aluno um cartão com a função de uma das peças <strong>do</strong> tocadiscos,<br />

apresentadas na atividade. A saber:<br />

- controlar progressivamente a velocidade<br />

- contrabalançar o peso da agulha<br />

- aplicar força horizontal ao braço <strong>do</strong> toca-discos<br />

- substituir o sistema de catracas no giro <strong>do</strong> prato<br />

- ler o som <strong>do</strong> vinil<br />

Na distribuição, alternar os cartões iguais, evitan<strong>do</strong> que pessoas que estejam la<strong>do</strong><br />

a la<strong>do</strong> recebam cartões com a mesma função.<br />

❚ Explicar ao grupo que, cada vez que for dito o nome da peça que executa determinada<br />

função, os alunos que receberam o cartão correspondente soltam o corpo<br />

no chão, sem largar as mãos, sen<strong>do</strong> sustenta<strong>do</strong>s pelos demais de mo<strong>do</strong> a<br />

erguer-se novamente;<br />

❚ Após algumas rodadas, finalizar com a palavra toca-discos que diz respeito a<br />

todas as peças. Se os alunos estiverem atentos, cairão to<strong>do</strong>s no chão. Caso isto<br />

não aconteça, encare como uma pegadinha, sinalizan<strong>do</strong> o fato para o grupo.<br />

ATIVIDADE 194 – A finalidade desta atividade é conhecer os detalhes <strong>do</strong> CDJ, a<br />

diferença entre ele e um aparelho de CD habitual, algumas das funções que possui<br />

o equipamento e o manuseio <strong>do</strong> mesmo.<br />

Amplie a imagem <strong>do</strong> CDJ para facilitar a visualização da explicação. Solicite que o<br />

grupo acompanhe no Guia de Estu<strong>do</strong> a sua explanação. Após a mesma, peça aos<br />

alunos que realizem a atividade pedida em seus livros.<br />

ATIVIDADE 195 – Solicite aos alunos que leiam silenciosamente o texto que<br />

compõe esta atividade. Dê um tempo para a leitura. A seguir, peça 8 voluntários<br />

para que cada um, por sua vez, explique um tópico <strong>do</strong> texto, utilizan<strong>do</strong> a ampliação<br />

da imagem <strong>do</strong> mixer e seus elementos.<br />

ATIVIDADE 196 – Apresente a imagem ampliada <strong>do</strong> fone e ressalte a importância<br />

<strong>do</strong> equipamento como marca registrada de to<strong>do</strong> DJ, enfatizan<strong>do</strong> que cada profissional<br />

deve possuir seu próprio fone. Faça uma analogia entre o fone de ouvi<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong> DJ e o instrumento específico <strong>do</strong> músico profissional. Termine a atividade com


uma brincadeira para descontrair, pedin<strong>do</strong> ao grupo que faça a cruzadinha contida<br />

no Guia. A resposta se encontra ao final <strong>do</strong> livro <strong>do</strong>s alunos.<br />

ATIVIDADE 197<br />

Sugerimos que o texto apresenta<strong>do</strong> seja li<strong>do</strong> de forma compartilhada, começan<strong>do</strong><br />

por você. Leia o primeiro parágrafo e pare, pedin<strong>do</strong> que alguém dê continuidade<br />

voluntariamente, len<strong>do</strong> mais um parágrafo e, assim, sucessivamente, incluin<strong>do</strong> as<br />

curiosidades. Prepare previamente algumas perguntas referentes ao conteú<strong>do</strong> li<strong>do</strong><br />

para provocar uma conversa sobre o assunto.<br />

Traga para esta atividade uma mesma música em vinil e em CD, e ouça com o<br />

grupo, detectan<strong>do</strong> as diferenças entre os <strong>do</strong>is tipos de gravação.<br />

ATIVIDADE 198<br />

Esta atividade tem o objetivo de aprofundar o conhecimento <strong>do</strong>s equipamentos e<br />

sua importância na produção de um som com qualidade. Para isto, você vai incentivar<br />

os alunos a procurarem na comunidade um profissional DJ ou um técnico de<br />

som para realizar uma entrevista, seguin<strong>do</strong> o roteiro expresso no Guia.<br />

Forme 6 subgrupos (1-2-3-4-5-6) para a realização da tarefa. Combine com o grupo<br />

um prazo de retorno (de 1 a 3 dias no máximo). Com as entrevistas feitas,<br />

organize uma plenária para troca <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s, forman<strong>do</strong> 5 novos subgrupos<br />

(A-B-C-D-E) que serão constituí<strong>do</strong>s por 1 aluno de cada subgrupo anterior. Peça<br />

que cada novo subgrupo (A-B-C-D-E) partilhe apenas uma questão da entrevista.<br />

Distribua as questões, estabelecen<strong>do</strong> o tempo para a troca de experiências. A seguir,<br />

cada subgrupo apresenta para os demais o resulta<strong>do</strong> da discussão feita.<br />

Abaixo reproduzimos uma entrevista com o técnico de som Gustavo Nery, discorren<strong>do</strong><br />

sobre as mesmas questões que constam <strong>do</strong> roteiro apresenta<strong>do</strong> no Guia<br />

de Estu<strong>do</strong>. Assim, você tem uma referência para concluir a atividade.<br />

O DJ e técnico de som Gustavo Nery, de Fortaleza, explica alguns elementos<br />

técnicos <strong>do</strong> som e dá dicas de como melhorar os resulta<strong>do</strong>s das apresentações<br />

<strong>do</strong>s DJs. Confira.<br />

O que é um som amplifica<strong>do</strong>?<br />

Gustavo Nery - Um som amplifica<strong>do</strong> na verdade, é nada mais <strong>do</strong> que um sinal qualquer<br />

que começou pequeno e ficou grande, ou seja, ganhou potência! Foi um ruí<strong>do</strong> que conseguiu<br />

manter suas características primárias, ou desde a sua fonte inicial, em seguida passou para<br />

um determina<strong>do</strong> estágio de potencialização e foi direciona<strong>do</strong> e adequa<strong>do</strong> ao funcionamento de<br />

um ou mais alto-falantes.<br />

Para que serve um equaliza<strong>do</strong>r?<br />

G.N. Um equaliza<strong>do</strong>r tem a função de dar mini-amplificadas ou atenuadas em várias<br />

freqüências. Normalmente encontramos equaliza<strong>do</strong>res paramétricos onde estes utilizam blocos<br />

de freqüências pré-estabelecidas que podemos dar ganhos neste bloco sem que interfira no<br />

5<br />

DJ / MC<br />

99


5<br />

100<br />

ARTE E CULTURA I<br />

restante ou tirar algum excesso. Outro tipo de equaliza<strong>do</strong>r, conheci<strong>do</strong> é o gráfico que possui<br />

vários potenciômetros que, por sua vez, têm a função de exercer uma atenuação ou amplificação<br />

em uma freqüência especifica. O Equaliza<strong>do</strong>r é uma ferramenta bem prática que pode nos<br />

ajudar amenizan<strong>do</strong> deficiências de acústica no ambiente. Um Equaliza<strong>do</strong>r, para mim,<br />

acima de tu<strong>do</strong>, é uma ferramenta essencial na sonoridade e na musicalidade <strong>do</strong> nosso sistema<br />

sonoro. Ele ajuda na assimilação das frequências. Em sua maioria audível, é uma peça<br />

fundamental no refinamento sonoro onde podemos acrescentar ou tirar volume de algumas<br />

freqüências (timbres) que não nos agradem. É usa<strong>do</strong> em estúdios, sound-system’s (sistema de<br />

som móvel) e até em televisores.<br />

Distorção sonora?<br />

G.N. Distorção sonora é um ruí<strong>do</strong> que chega aos nossos ouvi<strong>do</strong>s e que, na maioria das<br />

vezes, agrada e não agrada! Falo isso, pois quem curte techno sabe <strong>do</strong> que estou falan<strong>do</strong>;<br />

existem músicas que certos produtores na hora de produzi-las, colocam a distorção de<br />

propósito! Para quê? Não sei... Talvez para que a música fique suja mesmo e assim<br />

ganhe uma personalidade que agrade afins. Um exemplo: vamos imaginar o cara tocan<strong>do</strong><br />

e empolga<strong>do</strong> com a música e toda aquela atmosfera que o cerca, é normal o cara se<br />

empolgar! Uma reação básica de alguns DJs novatos ou com pouca manha pra coisa é<br />

sempre aumentar o som! Pobrezinho dele, pois na cabeça dele ele pensa que o som tá<br />

bomban<strong>do</strong>! Que nada ele tá fazen<strong>do</strong> uma cagada (sic) <strong>do</strong> tamanho de um bonde, que é<br />

a de SUJAR o som to<strong>do</strong> <strong>do</strong> P. A com o excesso de sinal manda<strong>do</strong> <strong>do</strong> mixer para o resto<br />

<strong>do</strong> sistema. O som ficou sujo, pois os outros periféricos que cuidam exclusivamente da<br />

p<strong>arte</strong> de sinal estão interagin<strong>do</strong> com to<strong>do</strong> o excesso que vem <strong>do</strong> mixer, o compressor ou<br />

o limiter que depois <strong>do</strong> DJ são, talvez, os maiores responsáveis pela distorção que chega<br />

aos ouvintes. O legal é o cara calibrar o limiter ou o compressor de um jeito que não<br />

altere as características primárias da música. Com isso, estamos contribuin<strong>do</strong> para que<br />

a distorção sonora esteja de um mo<strong>do</strong> que to<strong>do</strong>s escutem aquilo que é para ser escuta<strong>do</strong>:<br />

música em alto e ótimo som.<br />

Como o ambiente físico interfere no resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong> som de PA (power<br />

amplification, conjunto de equipamento para ampliação <strong>do</strong> som)?<br />

G.N. O ambiente físico interfere na acústica na maioria das vezes em locais fecha<strong>do</strong>s,<br />

pois o som tende a ser refleti<strong>do</strong> nas paredes. Costumamos perceber que o local não tem<br />

uma boa acústica devi<strong>do</strong> a nossa falta de compreensão das altas e médias freqüências.<br />

Estas freqüências são refletidas e têm como resulta<strong>do</strong> final destas reflexões não agradarem<br />

os nossos ouvi<strong>do</strong>s. O espaço ideal para mim é aquele que dá para que a gente<br />

distribua as caixas de som de uma forma que, por mais que o ambiente seja uma droga,<br />

eu encontre um jeito de amenizar estas reflexões que criam um efeito de eco. Uma solução<br />

simples é talvez aumentar o número de caixas para que o máximo de pessoas<br />

possível escute o som próximo às caixas. Um fato bem curioso ocorre quan<strong>do</strong> temos<br />

num ambiente fecha<strong>do</strong> onde encontramos uma reverberação muito grande. Ao colocarmos<br />

pessoas dentro da sala a reverberação diminui, pois as freqüências estão sen<strong>do</strong><br />

absorvidas pelas pessoas que estão na pista, ou seja, o som não está sen<strong>do</strong> totalmente<br />

refleti<strong>do</strong>, ele está meio que paran<strong>do</strong> na roupa das pessoas! E outro detalhe, se você parar<br />

para escutar com muita atenção vai reparar que a temperatura <strong>do</strong> ambiente interage e


muito no resulta<strong>do</strong> final <strong>do</strong> que vamos escutar. Ex: o ambiente é fecha<strong>do</strong> e está com<br />

muitas pessoas e quente!! Repare como os agu<strong>do</strong>s tendem a ficar mais claros e o gravezão<br />

(sic) tá (sic) baten<strong>do</strong> muito mais re<strong>do</strong>n<strong>do</strong> <strong>do</strong> que quan<strong>do</strong> não tinha ninguém.<br />

O que gera o ramming?<br />

G.N. O ramming (zumbi<strong>do</strong>, ruí<strong>do</strong> de corrente alternada), é provoca<strong>do</strong> por vários fatores:<br />

um é a utilização de cabos de sinal ruim, não blinda<strong>do</strong>s ou com conectores com solda defeituosa,<br />

mas o fator principal de acontecer este problema é um detalhe que ás vezes tá na nossa<br />

cara e muita gente não vê, que é o muitas vezes fala<strong>do</strong>, e 99% ignora<strong>do</strong>, o “Aterramento”.<br />

Gostaria de falar que em sonorização profissional existe <strong>do</strong>is tipos de aterramento, que são<br />

na minha opinião obrigatórios, um é o <strong>do</strong> sinal <strong>do</strong> sistema e outro é o da corrente elétrica(AC).<br />

Não recomen<strong>do</strong> misturar estes <strong>do</strong>is aterramentos. Na minha opinião, acho isso uma falta<br />

muito grande de comprometimento com o sinal manda<strong>do</strong> para o PA, sem falar nos prejuízos<br />

que podem acontecer com toda a aparelhagem. Agora, existe um tipo de ramming que,<br />

desde quan<strong>do</strong> comecei a ser DJ, sempre venho estudan<strong>do</strong> e procuran<strong>do</strong> entender melhor<br />

como acontece e como posso solucionar este problema. Basicamente é uma realimentação<br />

<strong>do</strong> sinal vin<strong>do</strong> <strong>do</strong>s toca-discos nas quais este sinal interage muito com to<strong>do</strong> o ambiente,<br />

sem dúvida o ambiente onde estão instaladas as MKs (toca-discos) vai influenciar se o<br />

ramming vai ser fácil ou difícil de ser controla<strong>do</strong>. Geralmente, o piso, a mesa, o case, ou<br />

seja, tu<strong>do</strong> que estiver perto das MKs vai interagir vibran<strong>do</strong> e fazen<strong>do</strong> com que a agulha<br />

<strong>do</strong>s toca discos vibrem além <strong>do</strong> que é necessário; os sub-woofers (caixas para sons graves)<br />

por sua vez são os grandes vilões onde o sistema sonoro é grande. Por estes responderem<br />

geralmente de 25 hz a, digamos, 80, 91, 120,150 hz. Estes blocos de freqüências<br />

vão ser diretamente absorvi<strong>do</strong>s por to<strong>do</strong> o corpo ou estrutura.<br />

5.4 – TÉCNICAS BÁSICAS E MIXAGEM<br />

Além de conhecer e manipular os equipamentos, os alunos devem aprender a produzir<br />

sets e samples, crian<strong>do</strong> novas possibilidades de performance musical. Este<br />

subtópico, como o próprio nome indica, pretende introduzir os futuros DJs nas<br />

técnicas mais utilizadas nesta ocupação. Tal como no subtópico anterior, o aprendiza<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> apresenta<strong>do</strong> requer muita experimentação e prática.<br />

ATIVIDADES 199 A 202<br />

Estas atividades pretendem desenvolver a percepção rítmica <strong>do</strong>s alunos. O ritmo é um<br />

elemento essencial para a atuação <strong>do</strong> DJ. Reconhecer os tempos da música, distinguir<br />

semelhanças e diferenças entre batidas, compassos e timbres, saber encontrar o ponto<br />

ideal para unir músicas diferentes são requisitos fundamentais a esta ocupação.<br />

ATIVIDADE 199 – Leia em voz alta para os alunos o trava-línguas conti<strong>do</strong> na<br />

abertura da atividade. A seguir, solicite ao grupo que repita junto com você a<br />

5<br />

DJ / MC<br />

101


5<br />

102<br />

ARTE E CULTURA I<br />

mesma leitura. Terminada a leitura, forme subgrupos, pedin<strong>do</strong> a cada um que brinque<br />

com o trava-línguas livremente, encontran<strong>do</strong> uma forma criativa e diferente da<br />

tradicional para apresentá-lo. Chame a atenção para as diversas divisões possíveis<br />

nos tempos das frases, mostran<strong>do</strong> que a depender de como o trava-línguas é dito,<br />

ele é escrito de uma forma específica. Solicite a cada subgrupo que, após defini<strong>do</strong><br />

o mo<strong>do</strong> como o trava-língua será fala<strong>do</strong>, escrevam-no reproduzin<strong>do</strong> fielmente na<br />

escrita as divisões rítmicas. Depois que to<strong>do</strong>s os subgrupos se apresentarem, faça<br />

um paralelo com a música, mostran<strong>do</strong> que as melodias têm ritmos e divisões no<br />

tempo. Às divisões de uma música no tempo, chamamos compasso.<br />

ATIVIDADE 200 – Inicie a atividade com as dinâmicas descritas a seguir:<br />

Exercício nº 1<br />

❚ Grupo em círculo, de pé.<br />

❚ Apresentar para o grupo com palmas e voz o tempo quaternário, contan<strong>do</strong> em<br />

voz alta 1-2-3-4. Acentuar a primeira batida que correspon<strong>do</strong> ao tempo 1.<br />

❚ Pedir que os alunos acompanhem a marcação, manten<strong>do</strong> a cadência, sem acelerar,<br />

até que to<strong>do</strong>s produzam o som em uníssono.<br />

❚ Repetir a mesma seqüência com o tempo ternário ( 1-2-3) e binário (1-2 ).<br />

❚ Repetir a seqüência de marcação <strong>do</strong>s tempos, acrescentan<strong>do</strong> os pés, sem sair <strong>do</strong><br />

lugar. Iniciar pelo compasso quaternário até chegar ao binário. O tempo correspondente<br />

ao nº 1 é marca<strong>do</strong> por uma batida de pé mais forte.<br />

❚ Repetir a seqüência de marcação <strong>do</strong>s tempos, introduzin<strong>do</strong> o deslocamento pelo<br />

espaço. Cada tempo de nº 1 é acompanha<strong>do</strong> de uma batida mais forte de pé,<br />

palma e mudança de direção no espaço. Iniciar sempre pelo compasso quaternário<br />

(mais fácil ), chegan<strong>do</strong> até o binário ( mais difícil ).<br />

Exercício nº 2<br />

❚ Ouvir com o grupo algumas músicas, reconhecen<strong>do</strong> os compassos:<br />

- Marcha, forró, baião, tango, funk = compasso binário<br />

- Valsa, mazurca, bolero = compasso terciário<br />

- Ciranda, marcha lenta, alguns tipos de rock = compasso quaternário<br />

❚ Marcar com uma palma e/ou batida <strong>do</strong> pé os tempos fortes das músicas ouvidas.<br />

❚ Dançar as músicas, marcan<strong>do</strong> com o corpo os tempos fortes.<br />

Após a realização <strong>do</strong>s exercícios, leia com o grupo o texto introdutório da atividade<br />

no Guia de Estu<strong>do</strong>.<br />

ATIVIDADE 201 – Esta é uma atividade rítmica específica para o DJ. Você vai<br />

fazer uso <strong>do</strong>s vinis de base para que os alunos possam captar as batidas e viradas<br />

das músicas.<br />

Comece pela leitura detalhada e pausada <strong>do</strong> texto. Explique cada parágrafo, tiran<strong>do</strong><br />

as dúvidas. Após a leitura, ouça algumas músicas eletrônicas com o grupo, distinguin<strong>do</strong><br />

as batidas e os compassos das mesmas. Quan<strong>do</strong> achar que o grupo já é<br />

capaz de reconhecer os compassos e as viradas, forme 3 subgrupos e distribua


músicas diferentes para que exercitem o conteú<strong>do</strong> da atividade, contan<strong>do</strong> os tempos<br />

e marcan<strong>do</strong> as viradas.<br />

ATIVIDADE 202 – Esta atividade descreve algumas técnicas básicas que o DJ<br />

utiliza para fazer som. Tem o objetivo específico de preparar o grupo para a prática<br />

no laboratório.<br />

Inicie com a leitura <strong>do</strong> texto, explican<strong>do</strong> cada uma das técnicas descritas no Guia de<br />

Estu<strong>do</strong>. Após a leitura, sugerimos uma dinâmica que, com seu caráter lúdico, visa a<br />

descontrair o grupo e a exercitar a percepção auditiva e rítmica. Trata-se da composição<br />

de uma banda de vocais, em que cada coro encontra o ponto certo de união, reconhecen<strong>do</strong><br />

o bumbo cabeça de compasso nas diferentes frases melódicas. Siga o roteiro:<br />

Coral rítmico<br />

❚ Exemplificar para o grupo cada uma das 3 frases rítmicas, marcan<strong>do</strong> o bumbo<br />

cabeça de compasso com a voz acentuada:<br />

1ª frase – Chama a moçada pra tocar de madrugada;<br />

2ª frase – Não confunda samba e rumba;<br />

3ª frase – Esse é o som da gente, um som diferente;<br />

- Exercitar cada frase, cantan<strong>do</strong>-as coletivamente, ao mesmo tempo em que o<br />

compasso quaternário é acompanha<strong>do</strong> com as batidas de pé ou de mão.<br />

- Quan<strong>do</strong> to<strong>do</strong> o grupo se sentir familiariza<strong>do</strong> com as frases rítmicas, exercitar<br />

com os alunos a 4ª frase que corresponde ao prato, ou seja, à batida ininterrupta<br />

entre o bumbo e a caixa.<br />

4ª frase – Não esqueça a marcação<br />

❚ Formar 4 subgrupos e dar a cada um uma frase rítmica.<br />

❚ Exercitar os subgrupos separadamente, preparan<strong>do</strong>-os para a junção que deve<br />

ocorrer no tempo correspondente ao bumbo cabeça de compasso.<br />

❚ Orientar a entrada de cada segmento, manten<strong>do</strong> sempre a cadência <strong>do</strong> compasso<br />

quaternário. A ordem de entrada deve ser: 1ª frase – 4ª frase – 2ª frase- 3ª<br />

frase. Aja como um maestro, reja o grupo.<br />

❚ Conversar com o grupo sobre a experiência vivida.<br />

ATIVIDADES 203 A 206<br />

Estas atividades dizem respeito à prática <strong>do</strong> DJ e possibilita aos alunos o treinamento<br />

nos equipamentos e nas técnicas de mixagem.<br />

ATIVIDADE 203 – Esta atividade relaciona a experiência vivenciada na atividade<br />

anterior e introduz o grupo no laboratório de som onde se dará a prática <strong>do</strong><br />

conteú<strong>do</strong> aborda<strong>do</strong> até então.<br />

Comece pela leitura <strong>do</strong> texto conti<strong>do</strong> no Guia de Estu<strong>do</strong>. A seguir, divida os alunos<br />

em 3 subgrupos. Um deles vai para o laboratório de som explorar os equipamentos,<br />

acompanha<strong>do</strong>s por você. Outro fica na sala com os aparelhos de som,<br />

pesquisan<strong>do</strong> os estilos de música eletrônica, contan<strong>do</strong> as batidas de cada estilo e<br />

5<br />

DJ / MC<br />

103


5<br />

104<br />

ARTE E CULTURA I<br />

identifican<strong>do</strong> o momento das viradas. O terceiro, nos computa<strong>do</strong>res, pesquisa dicas de<br />

mixagem e as últimas novidades de música eletrônica com ritmos brasileiros.<br />

Sugerimos que você eleja em cada subgrupo um auxiliar, responsável pelo andamento<br />

da tarefa grupal. Estabeleça um tempo para a realização da atividade e faça<br />

o revezamento de mo<strong>do</strong> que to<strong>do</strong>s os subgrupos vivenciem as 3 experiências.<br />

ATIVIDADE 204 – Trata-se <strong>do</strong> registro da experiência vivenciada na atividade<br />

anterior. É uma tarefa individual. Peça aos alunos que executem a atividade no<br />

Guia, solicitan<strong>do</strong> que não se limitem a poucas palavras. Sugira que expressem as<br />

dificuldades e facilidades encontradas na vivência.<br />

ATIVIDADE 205 – Você vai utilizar a mesma meto<strong>do</strong>logia usada na atividade<br />

203. Inicie com a leitura <strong>do</strong> texto, tiran<strong>do</strong> dúvidas ou tecen<strong>do</strong> comentários a cada<br />

parágrafo, para, em seguida, formar 3 subgrupos que desempenham tarefas<br />

diversificadas, a saber:<br />

Laboratório de som – explorar o uso <strong>do</strong> pitch nas mixagens.<br />

Sala de aula – assistir a um DVD de show ou entrevista com um DJ.<br />

Computa<strong>do</strong>res – pesquisar mixagem e o uso <strong>do</strong> pitch e a técnica de colagem.<br />

Faça o revezamento de mo<strong>do</strong> a que to<strong>do</strong>s os subgrupos vivenciem as três etapas.<br />

ATIVIDADE 206 – Esta atividade busca valorizar os ritmos brasileiros, refletin<strong>do</strong><br />

com o grupo a possibilidade de utilizar a música nacional como base para novas<br />

experiências em música eletrônica.<br />

Leia o texto introdutório e, em seguida, peça voluntários para continuar a leitura<br />

da reportagem da revista Isto É sobre a experiência de um músico brasileiro com<br />

um rapper americano. Converse com o grupo sobre o conteú<strong>do</strong> da entrevista antes<br />

de iniciar a atividade prática, que segue a mesma meto<strong>do</strong>logia das atividades<br />

precedentes:<br />

❚ Formar 3 subgrupos.<br />

❚ Distribuir as tarefas, a saber:<br />

Laboratório de som – experimentar combinações com vinis e CDs de música<br />

brasileira.<br />

Sala de aula - ouvir CDs nacionais e observar que ritmos brasileiros são adequa<strong>do</strong>s<br />

à mixagem.<br />

Computa<strong>do</strong>res – pesquisar ritmos brasileiros, fazen<strong>do</strong> a contagem das batidas.<br />

ATIVIDADE 207<br />

Esta atividade explora a musicalidade como uma característica nacional.<br />

Converse com os alunos sobre a extraordinária diversidade musical brasileira. Ressalte<br />

a característica criativa da nossa gente que extrai sons <strong>do</strong>s mais diversos objetos.<br />

Relacione essa característica à formação e origem <strong>do</strong> povo brasileiro.<br />

Sugerimos a seguinte dinâmica:


❚ Em círculo, de pé.<br />

❚ Pedir aos alunos que explorem sons extraí<strong>do</strong>s <strong>do</strong> próprio corpo.<br />

❚ Solicitar que cada aluno escolha um som <strong>do</strong>s que explorou para mostrar ao<br />

grupo, que repete o som apresenta<strong>do</strong>.<br />

❚ Depois que to<strong>do</strong>s tiverem socializa<strong>do</strong> seu som, formar 6 subgrupos com a tarefa<br />

de criar uma seqüência rítmica a partir <strong>do</strong>s sons apresenta<strong>do</strong>s.<br />

❚ Cada subgrupo expõe sua seqüência e, por fim, to<strong>do</strong>s criam uma composição<br />

rítmica a partir das sequências exploradas.<br />

Converse com o grupo sobre a experiência.<br />

5.5 - O MUNDO DO TRABALHO<br />

Este subtópico tem por objetivo apresentar ao futuro DJ as perspectivas e a dinâmica<br />

<strong>do</strong> mun<strong>do</strong> <strong>do</strong> trabalho no qual esta ocupação estará inserida, envolven<strong>do</strong><br />

conteú<strong>do</strong>s como o percurso de quem se inicia nesta ocupação, a relação com diferentes<br />

tipos de clientes, os processos de negociação <strong>do</strong>s serviços e formas de se<br />

firmar na atividade com maior autonomia.<br />

ATIVIDADE 208<br />

A idéia desta atividade é aproximar os alunos da realidade de quem se inicia no<br />

campo da ocupação <strong>do</strong> DJ. Você pode seguir aqui <strong>do</strong>is caminhos alternativos: a)<br />

convidar um DJ para ser entrevista<strong>do</strong> pelos alunos na sala de aula; ou b) trazer<br />

entrevistas extraídas da internet ou de revistas para que os alunos possam pesquisar<br />

as diferentes trajetórias.<br />

a) Na primeira alternativa, que consideramos mais interessante e dinâmica, além de<br />

identificar e convidar o DJ que será entrevista<strong>do</strong>, é importante que você construa<br />

um roteiro de entrevista com a turma. Neste caso, sugerimos os seguintes procedimentos:<br />

❚ Distribua para cada aluno três fichas de cartolina (tarjetas) e um pincel atômico;<br />

❚ Peça que cada aluno formule três perguntas, uma em cada ficha, com letra de<br />

fôrma;<br />

❚ Recolha as fichas e depois leia-as em voz alta, colan<strong>do</strong>-as no quadro, com fita<br />

crepe. Quan<strong>do</strong> uma pergunta for repetida, cole-a por cima da outra;<br />

❚ Depois de apresentar todas as tarjetas e eliminar as iguais, agrupe-as por campo<br />

de investigação. Por exemplo: perguntas referentes à origem, como o DJ iniciou<br />

suas atividades; perguntas sobre dificuldades enfrentadas, e assim por diante;<br />

5<br />

DJ / MC<br />

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5<br />

106<br />

ARTE E CULTURA I<br />

❚ Verifique se as perguntas feitas pelos alunos cobrem to<strong>do</strong> o campo de informação<br />

necessário. Sugerimos como temas: o porquê da escolha da profissão; trajetória<br />

inicial neste campo de trabalho; <strong>do</strong>res e delícias da ocupação; se tem ou<br />

não equipamentos e como os conseguiu; relação com os clientes; dicas para quem<br />

está começan<strong>do</strong>. Caso as perguntas não cubram tu<strong>do</strong>, complemente com as perguntas<br />

que faltam.<br />

❚ Distribua as perguntas pelos alunos, para evitar repetições na hora da entrevista.<br />

❚ Depois da entrevista, converse com os alunos sobre o que ouviram e peça que<br />

registrem suas observações no Guia de Estu<strong>do</strong>.<br />

b) Caso você opte pela análise de entrevistas escritas, você terá que buscar previamente,<br />

na internet ou em revistas, entrevistas que contenham os conteú<strong>do</strong>s menciona<strong>do</strong>s<br />

acima. Você precisará dispor de pelo menos 5 entrevistas. É interessante,<br />

na escolha, considerar a diversidade de experiências e perfis <strong>do</strong>s entrevista<strong>do</strong>s (pessoas<br />

mais e menos famosas, homens e mulheres, regiões diferentes, etc). De posse<br />

deste material, siga os passos abaixo:<br />

❚ Divida a turma em 5 subgrupos e dê a cada um uma entrevista;<br />

❚ Solicite que façam uma leitura <strong>do</strong> material, procuran<strong>do</strong> identificar os seguintes<br />

aspectos: escolha da profissão; dificuldades iniciais; experiência relatada; dicas.;<br />

❚ Seguin<strong>do</strong> esse roteiro, cada grupo deverá organizar uma síntese da entrevista<br />

numa folha de flip chart, para apresentar aos demais grupos;<br />

❚ Depois que to<strong>do</strong>s os subgrupos tiverem se apresenta<strong>do</strong>, abra um momento de<br />

conversa sobre o que os alunos puderam observar;<br />

❚ Peça que registrem suas observações no Guia de Estu<strong>do</strong>.<br />

Nos <strong>do</strong>is casos, encerre a atividade com a leitura e reflexão das dicas contidas no<br />

Guia de Estu<strong>do</strong>. Nesta finalização, é importante destacar a dica referente à participação<br />

em concursos, que torna o DJ conheci<strong>do</strong>, e a referência aos equipamentos.<br />

Quanto a este último, seu alto custo pode ser visto como algo desestimulante por<br />

alguns alunos. Neste caso, não deixe a peteca cair: lembre que existem pessoas que<br />

dispõem <strong>do</strong>s equipamentos e contratam DJ’s para operá-los, e que estes equipamentos<br />

podem ser adquiri<strong>do</strong>s pouco a pouco.<br />

ATIVIDADE 209<br />

O foco desta atividade é a relação <strong>do</strong> DJ com o cliente, e a produção <strong>do</strong> set a partir<br />

de uma demanda e de um público específico.<br />

Divida a turma em três subgrupos, cada um deles com um tipo de cliente e evento<br />

distintos. Eles deverão pesquisar o estilo musical <strong>do</strong> perfil proposto e montar uma<br />

trilha sonora adequada ao mesmo. A trilha será produzida e gravada.<br />

Sugestão de clientes:<br />

1. Festa de 15 anos de uma garota moderna e romântica, na qual estarão presentes<br />

familiares, amigos, pessoas de diferentes faixas etárias.


2. Empresa de recursos humanos, comemoran<strong>do</strong> 30 anos de funcionamento. Os<br />

funcionários têm idade entre 25 e 50 anos, e o diretor quer abordar a temática de<br />

valorização <strong>do</strong> grupo e das relações interpessoais.<br />

3. Aniversário de casamento de um casal que viveu intensamente o perío<strong>do</strong> <strong>do</strong>s<br />

anos 60/70.<br />

4. Comemoração de ingresso na faculdade. O cliente é o pai de um jovem de 18<br />

anos que quer presentear o filho aprova<strong>do</strong> no vestibular. O garoto tem um gosto<br />

musical bem moderno, que difere <strong>do</strong> gosto <strong>do</strong> pai. A festa terá como convida<strong>do</strong>s<br />

apenas os amigos e amigas <strong>do</strong> filho.<br />

5. Escola encomendan<strong>do</strong> uma festa de Dia das Bruxas para os alunos da segunda<br />

e terceira série <strong>do</strong> fundamental, que têm entre 7 e 9 anos.<br />

Nesta atividade, os três grupos devem fazer um rodízio pelos espaços: um grupo inicia<br />

a pesquisa no computa<strong>do</strong>r; outro com música nos equipamentos e outro na sala com<br />

material escrito e CDs com micro system. Você deve disponibilizar para a turma o<br />

arquivo de discos e de matérias de época, para incrementar a pesquisa <strong>do</strong>s alunos.<br />

Peça aos alunos que mostrem aos demais a trilha produzida com os resulta<strong>do</strong>s de<br />

seu trabalho. Ao final <strong>do</strong> exercício, solicite que os alunos registrem suas observações<br />

no Guia de Estu<strong>do</strong>.<br />

ATIVIDADE 210<br />

Os futuros DJ’s precisam conhecer o valor <strong>do</strong>s equipamentos necessários para sua<br />

atuação, mas você deve orientar a atividade de forma que o alto investimento necessário<br />

não constitua um desestímulo para a turma. Esta atividade pode ser feita<br />

da seguinte maneira:<br />

❚ Faça uma leitura comentada, em voz alta, <strong>do</strong> texto <strong>do</strong> Guia de Estu<strong>do</strong>;<br />

❚ Divida a turma em três subgrupos. Cada subgrupo deverá apresentar três orçamentos<br />

, com nome <strong>do</strong> produto, marca, preço, nome da loja.<br />

❚ Oriente que a pesquisa pode ser feita na internet ou diretamente nas lojas. Os que<br />

forem para as lojas, deverão antes pesquisar endereços no catálogo telefônico;<br />

❚ Dê um prazo de <strong>do</strong>is dias para a realização da tarefa. Quan<strong>do</strong> eles estiverem<br />

com os orçamentos prontos, cada grupo deve apresentar para os demais o que<br />

conseguiu, comparan<strong>do</strong> preços e marcas.<br />

❚ Converse com a turma sobre formas alternativas de obtenção <strong>do</strong>s equipamentos,<br />

destacan<strong>do</strong> a importância <strong>do</strong>s empreendimentos associativos no campo da<br />

<strong>cultura</strong>. Comente sobre as vantagens da organização coletiva na obtenção de<br />

apoio financeiro para adquirir os meios de produção necessários.<br />

ATIVIDADE 211<br />

Os futuros DJs terão oportunidade, durante esta atividade, de construir seu<br />

portfólio sonoro, ou seja, sua demo. Antes de orientar esta atividade, verifique<br />

5<br />

DJ / MC<br />

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5<br />

108<br />

ARTE E CULTURA I<br />

com a coordenação a disponibilidade <strong>do</strong> laboratório de som ser aberto aos<br />

alunos durante os finais de semana para que eles possam realizar o trabalho.<br />

Afinal, são muitos alunos e poucos equipamentos, e a produção <strong>do</strong> portfólio<br />

exige tempo e preparação.<br />

❚ Leia com a turma o texto da atividade e comente com o grupo a importância da<br />

demo como carta de apresentação <strong>do</strong> DJ.<br />

❚ As demos são individuais mas, para aprender a fazê-la, os alunos devem trabalhar<br />

em grupo. Forme seis subgrupos e solicite a cada um uma mídia de 30<br />

minutos de som.<br />

❚ Cada grupo deve conversar sobre seu gosto e estilo musical, recordar o que<br />

aprendeu sobre a organização <strong>do</strong> line-up e produção <strong>do</strong> set, e colocar a mão na<br />

massa.<br />

❚ Você precisa disponibilizar algumas aulas para isso, para que os grupos utilizem,<br />

em rodízio, os sistemas de som, os computa<strong>do</strong>res, os micro system;<br />

❚ Quan<strong>do</strong> a mídia estiver pronta, cada grupo apresenta sua demo aos demais. Ao<br />

final <strong>do</strong> processo, converse sobre o que observaram ao longo <strong>do</strong> trabalho e<br />

solicite que registrem estas observações no Guia de Estu<strong>do</strong>.<br />

ATIVIDADE 212<br />

Nesta atividade, os grupos devem produzir uma capa para a demo criada. Distribua<br />

revistas, papéis colori<strong>do</strong>s, hidrocores, lápis cera, cola. Peça que pensem sobre<br />

o CD e seu estilo pessoal, e partir daí construam imagens coerentes com o conteú<strong>do</strong><br />

da mídia e <strong>do</strong> grupo. Depois que cada grupo tiver elabora<strong>do</strong> sua capa, peça que<br />

socializem os resulta<strong>do</strong>s com os demais colegas.<br />

ATIVIDADE 213<br />

Esta atividade destina-se a preparar o futuro DJ para negociar um serviço com um<br />

cliente. Solicite inicialmente que registrem no Guia de Estu<strong>do</strong> o que consideram<br />

importante nesta negociação. Depois que tiverem feito isso, peça que socializem<br />

suas anotações com a turma e anote no quadro o que eles sugeriram. Observe se,<br />

nestes ítens, estão presentes: o objeto <strong>do</strong> trabalho, as condições de realização <strong>do</strong><br />

trabalho, data, hora e local <strong>do</strong> evento, e o valor e as condições da remuneração.<br />

A maior p<strong>arte</strong> <strong>do</strong>s DJs desenvolve sua atividade informalmente, mas o Guia de<br />

Estu<strong>do</strong> traz um modelo de contrato que é utiliza<strong>do</strong> por DJs que já têm nome<br />

conheci<strong>do</strong>. Faça uma leitura, em voz alta, deste modelo de contrato e pondere<br />

com o grupo sobre a relevância e pertinência das cláusulas ali contidas. Comente<br />

que algumas posturas <strong>do</strong>s DJs com nome na praça não podem ser seguidas pelos<br />

DJs iniciantes ao pé da letra, como, por exemplo, a não interferência <strong>do</strong> cliente na<br />

trilha sonora, na fase de preparação.


5.6 – MC E O RAP<br />

As atividades inseridas neste subtópico buscam complementar a performance <strong>do</strong>s<br />

futuros DJs com algumas noções sobre o trabalho <strong>do</strong> MC e da produção <strong>do</strong> rap. É<br />

muito importante, ao longo deste subtópico, que os alunos percebam que DJ e MC<br />

são figuras públicas e que a posse de um microfone traz consigo um certo poder,<br />

exigin<strong>do</strong> uma grande responsabilidade.<br />

ATIVIDADES 214 A 223<br />

Estas atividades referem-se à atuação <strong>do</strong> MC, sen<strong>do</strong> um des<strong>do</strong>bramento da ocupação<br />

<strong>do</strong> DJ que, inicialmente, acumulava as duas funções.<br />

ATIVIDADE 214 – Oriente os alunos a responderem no Guia de Estu<strong>do</strong> as questões<br />

referentes ao conhecimento que têm sobre a atuação <strong>do</strong> MC. Socialize as respostas<br />

em plenária, ressaltan<strong>do</strong> os pontos mais significativos e marcan<strong>do</strong> as diferenças<br />

entre uma festa animada por um MC e outra só tocada pelo DJ. A seguir,<br />

forme 5 subgrupos e peça que criem um refrão a partir de tema escolhi<strong>do</strong> por eles.<br />

Estabeleça um tempo para a criação e dirija a apresentação de cada subgrupo,<br />

fazen<strong>do</strong> uso de uma batida como fun<strong>do</strong> musical de mo<strong>do</strong> a enriquecer o trabalho.<br />

ATIVIDADE 215 – Esta atividade tem por finalidade ressaltar a importância e a<br />

necessidade que o ser humano possui de expressar-se através de palavras, frases,<br />

textos, <strong>arte</strong>. Explore a percepção <strong>do</strong> contexto sócio-político da época relativa ao<br />

surgimento <strong>do</strong> Mestre de Cerimônia, situan<strong>do</strong> a sua função como p<strong>arte</strong> <strong>do</strong> processo<br />

histórico.<br />

Para isto, sugerimos que você forme 4 subgrupos para pesquisar <strong>do</strong>is líderes negros<br />

importantes no movimento em busca <strong>do</strong>s direitos humanos nega<strong>do</strong>s aos negros pela<br />

sociedade <strong>do</strong>minante nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s de então: Martin Luther King e Malcom X.<br />

Estabeleça tempo para a pesquisa e socialize os resulta<strong>do</strong>s em plenária. A conclusão<br />

da atividade cabe a você: levante pontos importantes, refletin<strong>do</strong> as maneiras<br />

possíveis de manifestarmos nossas insatisfações, e ressalte a utilização da palavra e<br />

da <strong>arte</strong> como formas de resistência e luta. Para finalizar, escolha alguns trechos <strong>do</strong><br />

último discurso de Martin Luther King, Eu Tenho um Sonho, e leia para o grupo.<br />

EU TENHO UM SONHO<br />

“Eu estou contente em unir-me com vocês no dia que entrará para a história<br />

como a maior demonstração pela liberdade na história de nossa nação.<br />

Cem anos atrás, um grande americano, <strong>do</strong> qual estamos sob sua simbólica<br />

sombra, assinou a Proclamação de Emancipação. Esse importante decreto veio<br />

como um grande farol de esperança para milhões de escravos negros que tinham<br />

5<br />

DJ / MC<br />

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5<br />

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ARTE E CULTURA I<br />

murcha<strong>do</strong> nas chamas da injustiça. Ele veio como uma alvorada para terminar a<br />

longa noite de seus cativeiros. Mas cem anos depois, o Negro ainda não é livre.<br />

Cem anos depois, a vida <strong>do</strong> Negro ainda é tristemente inválida pelas algemas da<br />

segregação e as cadeias de discriminação. Cem anos depois, o Negro vive em uma<br />

ilha só de pobreza no meio de um vasto oceano de prosperidade material. Cem<br />

anos depois, o Negro ainda a<strong>do</strong>ece nos cantos da sociedade americana e se<br />

encontra exila<strong>do</strong> em sua própria terra.<br />

Assim, nós viemos aqui hoje para dramatizar sua vergonhosa condição. De certo<br />

mo<strong>do</strong>, nós viemos à capital de nossa nação para trocar um cheque. Quan<strong>do</strong> os<br />

arquitetos de nossa república escreveram as magníficas palavras da Constituição<br />

e a Declaração da Independência, eles estavam assinan<strong>do</strong> uma nota promissória<br />

para a qual to<strong>do</strong> americano seria seu herdeiro. Esta nota era uma promessa que<br />

to<strong>do</strong>s os homens, sim, os homens negros, como também os homens brancos, teriam<br />

garanti<strong>do</strong>s os direitos inalienáveis de vida, liberdade e a busca da felicidade.<br />

Hoje é óbvio que aquela América não apresentou esta nota promissória. Em vez<br />

de honrar esta obrigação sagrada, a América deu para o povo negro um cheque<br />

sem fun<strong>do</strong>, um cheque que voltou marca<strong>do</strong> com ‘’fun<strong>do</strong>s insuficientes’’. Mas nós<br />

nos recusamos a acreditar que o banco da justiça é falível. Nós nos recusamos a<br />

acreditar que há capitais insuficientes de oportunidade nesta nação. Assim nós<br />

viemos trocar este cheque, um cheque que nos dará o direito de reclamar as<br />

riquezas de liberdade e a segurança da justiça.<br />

Nós também viemos para recordar à América dessa cruel urgência. Este não é o<br />

momento para descansar no luxo refrescante ou tomar o remédio tranqüilizante<br />

<strong>do</strong> gradualismo. Agora é o tempo para transformar em realidade as promessas<br />

de democracia. Agora é o tempo para subir <strong>do</strong> vale das trevas da segregação ao<br />

caminho ilumina<strong>do</strong> pelo sol da justiça racial. Agora é o tempo para erguer nossa<br />

nação das areias movediças da injustiça racial para a pedra sólida da fraternidade.<br />

Agora é o tempo para fazer da justiça uma realidade para to<strong>do</strong>s os filhos de Deus.<br />

Seria fatal para a nação negligenciar a urgência desse momento. Este verão<br />

sufocante <strong>do</strong> legítimo descontentamento <strong>do</strong>s Negros não passará até termos um<br />

renova<strong>do</strong>r outono de liberdade e igualdade. Este ano de 1963 não é um fim, mas<br />

um começo. Esses que esperam que o Negro agora estará contente, terão um<br />

violento despertar se a nação voltar aos negócios de sempre.Mas há algo que eu<br />

tenho que dizer ao meu povo que se dirige ao portal que conduz ao palácio da<br />

justiça. No processo de conquistar nosso legítimo direito, nós não devemos ser<br />

culpa<strong>do</strong>s de ações de injustiças. Não vamos satisfazer nossa sede de liberdade<br />

beben<strong>do</strong> da xícara da amargura e <strong>do</strong> ódio. Nós sempre temos que conduzir<br />

nossa luta num alto nível de dignidade e disciplina. Nós não devemos permitir<br />

que nosso criativo protesto se degenere em violência física.


Novamente e novamente nós temos que subir às majestosas alturas da reunião<br />

da força física com a força de alma. Nossa nova e maravilhosa combatividade<br />

mostrou à comunidade negra que não devemos ter uma desconfiança para com<br />

todas as pessoas brancas, para muitos de nossos irmãos brancos, como comprovamos<br />

pela presença deles aqui hoje, vieram entender que o destino deles é<br />

amarra<strong>do</strong> ao nosso destino. Eles vieram perceber que a liberdade deles é ligada<br />

indissoluvelmente a nossa liberdade. Nós não podemos caminhar só. E como nós<br />

caminhamos, nós temos que fazer a promessa que nós sempre marcharemos à<br />

frente. Nós não podemos retroceder.<br />

Há esses que estão perguntan<strong>do</strong> para os devotos <strong>do</strong>s direitos civis, ‘’Quan<strong>do</strong><br />

vocês estarão satisfeitos?’’ Nós nunca estaremos satisfeitos enquanto o Negro for<br />

vítima <strong>do</strong>s horrores indizíveis da brutalidade policial. Nós nunca estaremos<br />

satisfeitos enquanto nossos corpos, pesa<strong>do</strong>s com a fadiga da viagem, não puderem<br />

ter hospedagem nos motéis das estradas e nos hotéis das cidades. Nós não<br />

estaremos satisfeitos enquanto um Negro não puder votar no Mississipi e um<br />

Negro em Nova Iorque acreditar que ele não tem motivo para votar. Não, não,<br />

nós não estamos satisfeitos e nós não estaremos satisfeitos até que a justiça e a<br />

retidão rolem abaixo como águas de uma poderosa correnteza. Eu não esqueci<br />

que alguns de você vieram até aqui após grandes testes e sofrimentos. Alguns de<br />

você vieram recentemente de celas estreitas das prisões. Alguns de vocês vieram de<br />

áreas onde sua busca pela liberdade lhe deixaram marcas pelas tempestades das<br />

perseguições e pelos ventos de brutalidade policial. Você são os veteranos <strong>do</strong><br />

sofrimento. Continuem trabalhan<strong>do</strong> com a fé que sofrimento imereci<strong>do</strong> é redentor.<br />

Voltem para o Mississippi, voltem para o Alabama, voltem para a Carolina <strong>do</strong><br />

Sul, voltem para a Geórgia, voltem para Louisiana, voltem para as ruas sujas e<br />

guetos de nossas cidades <strong>do</strong> norte, saben<strong>do</strong> que de alguma maneira esta situação pode<br />

e será mudada. Não se deixe cair no vale de desespero. Eu digo a você hoje, meus<br />

amigos, que embora nós enfrentemos as dificuldades de hoje e amanhã. eu ainda<br />

tenho um sonho. É um sonho profundamente enraiza<strong>do</strong> no sonho americano. Eu<br />

tenho um sonho que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significa<strong>do</strong><br />

de sua crença - nós celebraremos estas verdades e elas serão claras para<br />

to<strong>do</strong>s, que os homens são cria<strong>do</strong>s iguais. Eu tenho um sonho que um dia nas<br />

colinas vermelhas da Geórgia os filhos <strong>do</strong>s descendentes de escravos e os filhos <strong>do</strong>s<br />

descendentes <strong>do</strong>s <strong>do</strong>nos de escravos poderão se sentar junto à mesa da fraternidade.<br />

Eu tenho um sonho que um dia, até mesmo no esta<strong>do</strong> de Mississippi, um esta<strong>do</strong><br />

que transpira com o calor da injustiça, que transpira com o calor de opressão,<br />

será transforma<strong>do</strong> em um oásis de liberdade e justiça. Eu tenho um sonho que<br />

minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não<br />

serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteú<strong>do</strong> de seu caráter. Eu tenho um<br />

sonho hoje! Eu tenho um sonho que um dia, no Alabama, com seus racistas<br />

5<br />

DJ / MC<br />

111


5<br />

112<br />

ARTE E CULTURA I<br />

malignos, com seu governa<strong>do</strong>r que tem os lábios gotejan<strong>do</strong> palavras de intervenção<br />

e negação; nesse justo dia no Alabama meninos negros e meninas negras<br />

poderão unir as mãos com meninos brancos e meninas brancas como irmãs e<br />

irmãos. Eu tenho um sonho hoje! Eu tenho um sonho que um dia to<strong>do</strong> vale será<br />

exalta<strong>do</strong>, e todas as colinas e montanhas virão abaixo, os lugares ásperos serão<br />

aplaina<strong>do</strong>s e os lugares tortuosos serão endireita<strong>do</strong>s e a glória <strong>do</strong> Senhor será<br />

revelada e toda a carne estará junta.<br />

Esta é nossa esperança. Esta é a fé com que regressarei para o Sul. Com<br />

esta fé nós poderemos cortar da montanha <strong>do</strong> desespero uma pedra de esperança.<br />

Com esta fé nós poderemos transformar as discórdias estridentes de<br />

nossa nação em uma bela sinfonia de fraternidade. Com esta fé nós poderemos<br />

trabalhar juntos, rezar juntos, lutar juntos, para ir encarcerar juntos,<br />

defender liberdade juntos, e quem sabe nós seremos um dia livres. Este será<br />

o dia, este será o dia quan<strong>do</strong> todas as crianças de Deus poderão cantar com<br />

um novo significa<strong>do</strong>. ‘’Meu país, <strong>do</strong>ce terra de liberdade, eu te canto. Terra<br />

onde meus pais morreram, terra <strong>do</strong> orgulho <strong>do</strong>s peregrinos. De qualquer<br />

la<strong>do</strong> da montanha, ouço o sino da liberdade!’’ E se a América é uma grande<br />

nação, isto tem que se tornar verdadeiro. E assim ouvirei o sino da liberdade<br />

no extraordinário topo da montanha de New Hampshire. Ouvirei o sino<br />

da liberdade nas poderosas montanhas de Nova York. Ouvirei o sino da<br />

liberdade nos engrandeci<strong>do</strong>s Alleghenies da Pennsylvania. Ouvirei o sino da<br />

liberdade nas montanhas cobertas de neve Rockies <strong>do</strong> Colora<strong>do</strong>. Ouvirei o<br />

sino da liberdade nas ladeiras curvas da Califórnia. Mas não é só isso.<br />

Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Pedra da Geórgia. Ouvirei o<br />

sino da liberdade na Montanha de Vigilância <strong>do</strong> Tennessee. Ouvirei o sino<br />

da liberdade em todas as colinas <strong>do</strong> Mississipi. Em todas as montanhas,<br />

ouvirei o sino da liberdade. E quan<strong>do</strong> isto acontecer, quan<strong>do</strong> nós permitirmos<br />

ao sino da liberdade soar, quan<strong>do</strong> nós deixarmos ele soar em toda<br />

moradia e to<strong>do</strong> vilarejo, em to<strong>do</strong> esta<strong>do</strong> e em toda cidade, nós poderemos<br />

acelerar aquele dia quan<strong>do</strong> todas as crianças de Deus, homens pretos e<br />

homens brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão unir mãos<br />

e cantar nas palavras <strong>do</strong> velho spiritual negro:’’Livre afinal, livre afinal.<br />

Agradeço ao Deus to<strong>do</strong>-poderoso, nós somos livres afinal”.<br />

ATIVIDADE 216 – Esta atividade objetiva situar o movimento Hip-Hop no Brasil,<br />

enfatizan<strong>do</strong> o seu caráter de expressão <strong>do</strong>s marginaliza<strong>do</strong>s frente a uma sociedade<br />

que os discrimina por sua condição social.<br />

Inicie a atividade com a leitura <strong>do</strong> texto introdutório seguida <strong>do</strong> rap Contraste Social<br />

que deve ser li<strong>do</strong> e canta<strong>do</strong> pelo grupo. O rap de MV Bill comunica a insatisfação<br />

de um segmento que hoje, graças ao exercício democrático, pode se expressar sem


censura nem julgamento de valor. Enfatize para os alunos essa condição, fazen<strong>do</strong><br />

analogia com as músicas censuradas nos anos 60/70.<br />

Após a conversa com o grupo, solicite que sugiram 5 temas, expressan<strong>do</strong> situações<br />

características de suas comunidades. Registre os temas no quadro. Escolha 5 alunos<br />

que, de acor<strong>do</strong> com a sua observação, tenham facilidade com a expressão<br />

escrita. Coloque-os como representantes de subgrupo. Cada um deles, então, escolhe<br />

os componentes da sua equipe em rodízio. Forma<strong>do</strong>s os subgrupos, distribua<br />

os temas, por sorteio ou afinidade, e solicite que construam um texto sob a forma<br />

de rap (poesia ritmada). Peça que registrem sua produção no Guia de Estu<strong>do</strong>.<br />

ATIVIDADE 217 – Esta atividade visa a pôr em prática a comunicação característica<br />

<strong>do</strong> MC.<br />

Leia para os alunos o texto introdutório da atividade. Retome os subgrupos da<br />

atividade anterior, estabelecen<strong>do</strong> um tempo para criação da forma como o grupo<br />

apresentará o seu rap (atividade 216). Dirija os ensaios, reportan<strong>do</strong>-se aos conteú<strong>do</strong>s<br />

<strong>do</strong>s Elementos <strong>do</strong> Teatro, como projeção e intenção da voz, articulação das<br />

palavras, respiração , movimentos corporais e interpretação <strong>do</strong> texto. Depois das<br />

apresentações, comente o conteú<strong>do</strong> das letras.<br />

ATIVIDADE 218 – Trata-se de uma atividade reflexiva, que levanta a discussão<br />

sobre a força da palavra dita.<br />

Leia o texto e dê início ao papo-cabeça, solicitan<strong>do</strong> que o grupo se manifeste,<br />

dizen<strong>do</strong> o que compreendeu da leitura feita. Ressalte a responsabilidade de cada<br />

um de nós com a palavra que dizemos. Chame a atenção para o fato de que o<br />

microfone na mão <strong>do</strong> MC tem poder de transformação e nenhuma palavra é vã,<br />

todas têm conseqüências. Fique atento para não ocupar a posição de censor, mas<br />

não fuja da sua responsabilidade como educa<strong>do</strong>r, frisan<strong>do</strong> a necessidade de se<br />

analisar as intenções e o objetivo <strong>do</strong> que se diz.<br />

ATIVIDADE 219 – Esta atividade tem como finalidade estabelecer um paralelo<br />

entre a <strong>cultura</strong> <strong>do</strong> repente e a <strong>do</strong> rap, mostran<strong>do</strong> as semelhanças entre ambos.<br />

Leia com os alunos a letra de Patativa <strong>do</strong> Assaré, dan<strong>do</strong> ritmo às palavras. Forme<br />

subgrupos e divida o texto para que cada subgrupo fale um trecho, inicialmente<br />

declaman<strong>do</strong>. Depois, peça que coloquem o poema nas batidas <strong>do</strong> rap. Cada<br />

subgrupo vai buscar num CD de batidas a que quer experimentar com o texto.<br />

Marque tempo para que ensaiem e dirija a apresentação. Após as exibições, solicite<br />

aos alunos que registrem em seus Guias de Estu<strong>do</strong> as suas observações, elencan<strong>do</strong><br />

as semelhanças entre o rap e o repente, a saber: ritmo, improviso, poesia, rimas<br />

brancas (rimas sem métrica), relato de uma história, contexto de narrativa.<br />

ATIVIDADE 220 – Trata-se de uma atividade que enfoca a improvisação, característica<br />

comum ao repente e ao rap.<br />

Forme 2 subgrupos. Um deles fica responsável por estabelecer uma batida como<br />

fun<strong>do</strong> musical para a improvisação <strong>do</strong> outro grupo, que tem como tarefa fazer um<br />

rap na hora, a partir de tema da<strong>do</strong> por você. A um sinal seu, o aluno que improvisa<br />

é substituí<strong>do</strong> por outro e a cada 5 alunos você deve mudar o tema. Sugestão de<br />

5<br />

DJ / MC<br />

113


5<br />

114<br />

ARTE E CULTURA I<br />

temas: água; quilombo;natureza; <strong>arte</strong>; <strong>cultura</strong>; discriminação. Faça o rodízio <strong>do</strong>s<br />

subgrupos. A própria turma avalia o desempenho <strong>do</strong> grupo.<br />

ATIVIDADES 221 E 222<br />

Estas atividades têm como objetivo inserir a ocupação <strong>do</strong> DJ/MC na produção<br />

<strong>do</strong> espetáculo construí<strong>do</strong> nos tópicos anteriores.<br />

ATIVIDADE 221 – Retome as equipes formadas durante a atividade 97 em Elementos<br />

<strong>do</strong> Teatro. Cada equipe deve criar um rap e uma base para introduzir a<br />

cena <strong>do</strong> grupo que a sucede, funcionan<strong>do</strong> como um narra<strong>do</strong>r que costura as cenas.<br />

Um grupo fará a introdução para o outro, de mo<strong>do</strong> a não gerar confusão entre o<br />

ato de encenar e o de cantar. O grupo que representa a última cena fica responsável<br />

pelo rap de abertura <strong>do</strong> espetáculo.<br />

Para possibilitar esta atividade, é preciso que os grupos relembrem suas cenas.<br />

Para isto, organize a leitura das mesmas antes da criação <strong>do</strong>s rap. Lembre-se de<br />

solicitar aos alunos que gravem as mídias com as bases, para facilitar o desempenho<br />

<strong>do</strong>s grupos na apresentação <strong>do</strong> espetáculo.<br />

ATIVIDADE 222 – Organize mais um ensaio, retoman<strong>do</strong> as produções de to<strong>do</strong><br />

o processo. Faça a leitura das cenas para que cada aluno retome seu personagem,<br />

suas características, sua atmosfera. Faça as pontuações que se fizerem necessárias,<br />

já com a inclusão da trilha sonora e das narrativas <strong>do</strong> MC. Confira se a trilha sonora<br />

foi gravada adequadamente, para acompanhar a declamação <strong>do</strong> MC e certifique-se de<br />

que os alunos responsáveis por operar o equipamento estão realizan<strong>do</strong> a tarefa com<br />

precisão, para não haver atropelo nos tempos de passagem de uma cena a outra.<br />

ATIVIDADE 223<br />

Trata-se da atividade final antes da apresentação <strong>do</strong> espetáculo. É hora de avaliar o<br />

conteú<strong>do</strong> aborda<strong>do</strong> neste tópico.<br />

Distribua papel ofício e solicite que cada aluno se expresse livremente com palavras,<br />

frases, trechos de poemas, músicas, etc, consideran<strong>do</strong> os pontos levanta<strong>do</strong>s<br />

no Guia de Estu<strong>do</strong>: participação, dificuldades, aprendizagem e expectativas. A seguir,<br />

peça que destaquem as palavras chaves e as expressões que consideram mais<br />

fortes e significativas para, então, construir o rap avaliativo como é pedi<strong>do</strong> no<br />

Guia de Estu<strong>do</strong>.


ESPETÁCULO FINAL<br />

O espetáculo final representa a culminância <strong>do</strong> processo vivencia<strong>do</strong>. É uma forma<br />

de avaliação e de retorno da aprendizagem para os próprios alunos. Também significa<br />

a celebração de um processo de criação coletiva. Sua importância ultrapassa<br />

os limites pré-estabeleci<strong>do</strong>s e você não terá como avaliar a repercussão interna <strong>do</strong><br />

que foi vivi<strong>do</strong>, se ao “artista” não for permiti<strong>do</strong> o contato com a platéia. Esta não<br />

é uma tarefa fácil, você vai encontrar obstáculos, mas o resulta<strong>do</strong> trará sabor e<br />

satisfação ao seu trabalho. Você é o(a) responsável, nesse momento, pela aglutinação<br />

<strong>do</strong> desejo grupal, convocan<strong>do</strong> de forma convincente o imaginário de seus alunos<br />

no senti<strong>do</strong> de unir esforços para que a apresentação aconteça com sucesso.<br />

Algumas etapas devem ser cumpridas por você. A primeira delas diz respeito<br />

ao tempo que você objetivamente tem para organizar, produzir, ensaiar e apresentar<br />

o espetáculo. Planeje o tempo disponível para não se perder. Evite demorar<br />

demais numa etapa, prejudican<strong>do</strong> as seguintes. Sugerimos um roteiro<br />

para ajudar você nessa organização. Forme equipes compostas pelos alunos<br />

para que, sob a sua supervisão, possam realizar as tarefas que possibilitarão a<br />

culminância <strong>do</strong> Arco.<br />

1º Etapa: PRODUÇÃO<br />

O grupo possui um espetáculo concebi<strong>do</strong> com roteiro, trilha sonora, elementos <strong>do</strong><br />

cenário confecciona<strong>do</strong>s e figurinos defini<strong>do</strong>s. Ou seja, o grupo já tem um produto.<br />

É preciso informar a comunidade sobre a apresentação e buscar parceria no espaço<br />

em que as aulas estão sen<strong>do</strong> dadas, pois isto garante o evento.<br />

Redija um ofício com a equipe responsável pela produção, solicitan<strong>do</strong> a liberação<br />

<strong>do</strong> espaço em data e horário determina<strong>do</strong>s. Solicite esse mesmo espaço para, no<br />

mínimo, <strong>do</strong>is ensaios gerais antes da apresentação final.<br />

Com o espaço e a data garanti<strong>do</strong>s, organize as parcerias necessárias para que o<br />

evento aconteça com sucesso. Isto diz respeito à limpeza e arrumação <strong>do</strong> local,<br />

portaria e controle <strong>do</strong>s convida<strong>do</strong>s, transporte de material, etc. Se essas parcerias<br />

não forem conseguidas, é preciso dividir as tarefas correspondentes pelo grupo.<br />

A divulgação <strong>do</strong> espetáculo depende das condições de apresentação <strong>do</strong> mesmo,<br />

por exemplo, o número de convida<strong>do</strong>s depende <strong>do</strong> espaço ser amplo, de haver ou<br />

não patrocina<strong>do</strong>res, de parcerias terem si<strong>do</strong> estabelecidas, etc. Porém, é imprescindível<br />

a confecção de convites, mesmo que <strong>arte</strong>sanais, para controle <strong>do</strong> número<br />

de pessoas, garantin<strong>do</strong> o bem estar <strong>do</strong> público.<br />

Se for possível a confecção de um cartaz, isto deve ser feito, pois valoriza o projeto<br />

junto à comunidade. O cartaz precisa contemplar o nome <strong>do</strong> projeto, quem apóia<br />

e financia, dia, hora e local <strong>do</strong> espetáculo.<br />

115


116<br />

O programa <strong>do</strong> espetáculo pode ser realiza<strong>do</strong> de mo<strong>do</strong> simples, mas precisa conter<br />

os da<strong>do</strong>s essenciais: nome <strong>do</strong> espetáculo, enumeração das cenas, nomes <strong>do</strong>s<br />

atores e de toda a equipe, incluin<strong>do</strong> os professores, agradecimentos e créditos especiais<br />

como o nome <strong>do</strong> projeto e <strong>do</strong>s órgãos governamentais que o apóiam.<br />

Verifique se o equipamento de filmagem e fotografia está prepara<strong>do</strong> para registrar<br />

o evento. O registro filma<strong>do</strong> e as fotos são instrumentos preciosos de avaliação e<br />

divulgação posterior <strong>do</strong> trabalho realiza<strong>do</strong>.<br />

2º Etapa: ENSAIOS<br />

Faça uma leitura <strong>do</strong> texto, sem a encenação, para que o grupo relembre falas, entradas,<br />

saídas, trocas de cenário e figurino, se houver.<br />

Repita o processo de leitura, introduzin<strong>do</strong> a entonação e a movimentação no espaço.<br />

Dê um tempo para que os grupos de cada cena ensaiem, memorizan<strong>do</strong> suas falas<br />

até não precisar mais <strong>do</strong> texto escrito.<br />

Monte o cenário e certifique-se de que o figurino está to<strong>do</strong> arruma<strong>do</strong>. Dirija a<br />

marcação das cenas no espaço.<br />

Realize o ensaio geral com figurinos, trilha sonora e iluminação, se houver. E bom<br />

espetáculo!!!<br />

3º Etapa: PAPO-CABEÇA<br />

Depois <strong>do</strong> espetáculo, reúna o grupo, de preferência num clima de celebração, e<br />

avalie o produto, ressaltan<strong>do</strong> os aspectos positivos e apontan<strong>do</strong> o que pode ser melhora<strong>do</strong>.<br />

Em seguida, peça que respondam à Avaliação Final <strong>do</strong> Guia de Estu<strong>do</strong>.<br />

Para encerrar, coloque uma música animada e promova uma despedida festiva.


RELAÇÃO DE MATERIAIS<br />

UTILIZADOS NAS ATIVIDADES<br />

1. PRODUÇÃO CULTURAL<br />

ATIVIDADE 02 :<br />

❚ 05 folhas de papel flipshart<br />

❚ lápis cera<br />

❚ pincéis atômicos de cores variadas<br />

ATIVIDADE 04:<br />

❚ CD Canções Curiosas, de Paulo Tatit., da coleção Palavra Cantada,<br />

com a música “EU”,<br />

ATIVIDADE 06:<br />

❚ jornais<br />

ATIVIDADE 09:<br />

❚ 06 dicionários de língua portuguesa<br />

ATIVIDADE 11 E 12:<br />

❚ papel ofício<br />

❚ lápis grafite<br />

ATIVIDADE 14:<br />

❚ caderno individual<br />

ATIVIDADE 16:<br />

❚ CD Velô, de Caetano Veloso, com a música “Língua”<br />

ATIVIDADE 18:<br />

❚ 30 tarjetas (fichas retangulares de cartolina tamanho 10 x 22 cm)<br />

❚ pincéis atômicos nas cores preta e/ou azul<br />

❚ fita crepe (fita de papel marrom, com mais ou menos 3 cm de<br />

largura)<br />

ATIVIDADE 19:<br />

❚ 30 quadra<strong>do</strong>s pequenos de papel colori<strong>do</strong> (06 papéis de cada cor –<br />

vermelho, azul, amarelo, verde, laranja, preto)<br />

ATIVIDADE 21:<br />

❚ 01 corda de varal ou barbante grosso<br />

❚ prega<strong>do</strong>res de roupa<br />

❚ revistas para recorte e colagem<br />

❚ canetas<br />

❚ pincéis atômicos de cores variadas<br />

❚ tesouras<br />

❚ 01 litro de cola rótulo azul (verificar a data de validade)<br />

117


118<br />

❚ copinhos de café<br />

❚ 30 folhas de cartolina<br />

ATIVIDADE 23:<br />

❚ figuras de profissionais realizan<strong>do</strong> atividades<br />

ATIVIDADE 25:<br />

❚ dicionário <strong>do</strong> Aurélio<br />

ATIVIDADE 27:<br />

❚ CD de Gonzaguinha, da Coleção Dois Cd’s BIS, com a música “E<br />

vamos à luta”<br />

ATIVIDADE 29:<br />

❚ papel ofício (2 folhas para cada aluno)<br />

❚ 30 lápis grafite<br />

❚ 30 canetas<br />

ATIVIDADE 31:<br />

❚ 30 tarjetas nas cores vermelho, amarelo, azul, verde , laranja e preto<br />

(06 de cada cor)<br />

ATIVIDADE 35:<br />

❚ CD de música dançante que não seja muito rápida, mas que tenha<br />

rítmo.<br />

ATIVIDADE 39:<br />

❚ CD <strong>do</strong> grupo SKANK, com a música “Pacato cidadão”.<br />

ATIVIDADE 41:<br />

❚ fita crepe<br />

❚ papel ofício<br />

❚ lápis cera<br />

❚ pincéis atômicos de cores variadas;<br />

❚ revistas para colagem<br />

❚ cola rótulo azul<br />

❚ tesouras<br />

ATIVIDADE 42:<br />

❚ papel ofício<br />

❚ lápis grafite<br />

ATIVIDADE 43:<br />

❚ corda de varal ou barbante grosso<br />

❚ prega<strong>do</strong>res<br />

ATIVIDADE 44:<br />

❚ papel ofício<br />

❚ lápis grafite<br />

❚ canetas


ATIVIDADE 48:<br />

❚ papel ofício<br />

❚ lápis grafite<br />

2. ELEMENTOS DO TEATRO<br />

ATIVIDADE 51:<br />

❚ papel metro<br />

❚ pincel atômico<br />

ATIVIDADE 52:<br />

❚ CD Baioque, de Elba Ramalho, com a música “Ciranda da Rosa Vermelha”<br />

ou CD de Elis Regina, com a música “Redescobrir”<br />

ATIVIDADE 53:<br />

❚ Jogo <strong>do</strong> assassino: cartões com os papéis a serem desempenha<strong>do</strong>s<br />

pelos alunos (instruções no Manual <strong>do</strong> Educa<strong>do</strong>r).<br />

ATIVIDADE 54:<br />

❚ 06 pedaços de papel par<strong>do</strong> com 2 metros cada<br />

❚ pincéis atômicos<br />

❚ lápis cera<br />

ATIVIDADE 60:<br />

❚ caixa de prendas (ver Manual <strong>do</strong> educa<strong>do</strong>r).<br />

ATIVIDADE 61:<br />

❚ CD de Lulu Santos com a música “Assim caminha a humanidade”.<br />

ATIVIDADE 65:<br />

❚ CD de Chico Buarque com a música “A voz <strong>do</strong> <strong>do</strong>no e o <strong>do</strong>no da voz”<br />

ATIVIDADE 70:<br />

❚ CD Acústico, de Jorge Benjor com a música “Fio Maravilha”<br />

ATIVIDADE 73:<br />

❚ CD de Toquinho, com a música “Aquarela”<br />

ATIVIDADE75:<br />

❚ CD Drama, de Maria Betânia com a música “Drama”<br />

ATIVIDADE 78:<br />

❚ CD “Saltimbancos Trapalhões”, com a música “Piruetas”<br />

ATIVIDADE 86:<br />

❚ DVD “Shakespeare Apaixona<strong>do</strong>”<br />

ATIVIDADE 89:<br />

❚ CD MInha voz, Minha vida, de Gal Costa, com a música de Caetano<br />

Veloso “Minha voz, minha vida” 119


120<br />

ATIVIDADE 99:<br />

❚ papel ofício<br />

❚ lápis grafite<br />

ATIVIDADE 100:<br />

❚ CD “O grande circo místico”, de Chico Buarque, com a música “Na<br />

carreira”<br />

3. AUXILIAR DE CENOTECNIA<br />

TEXTO DE APRESENTAÇÃO:<br />

❚ figuras e fotos de maquetes, croquis de espaços e plantas baixas.<br />

ATIVIDADE 109:<br />

❚ CD com música cadenciada, de preferência sem letra.<br />

ATIVIDADE 112:<br />

❚ reprodução ampliada em papel metro <strong>do</strong>s palcos elizabetano e italiano,<br />

representa<strong>do</strong>s no Guia de Estu<strong>do</strong>.<br />

❚ CD de Gilberto Gil, com a música “Palco”<br />

ATIVIDADE 115:<br />

❚ papel ofício<br />

❚ lápis grafite<br />

❚ borrachas<br />

ATIVIDADE 117:<br />

❚ CD <strong>do</strong> grupo Cidade Negra, com a música “Onde você mora?”<br />

❚ prendas<br />

ATIVIDADES 118:<br />

❚ trenas<br />

❚ papel metro<br />

❚ pincel atômico<br />

❚ quadro negro e giz<br />

ATIVIDADE 120:<br />

❚ 30 lápis grafite<br />

❚ 30 borrachas<br />

❚ 30 réguas<br />

ATIVIDADE 122:<br />

❚ trenas<br />

❚ papel ofício<br />

❚ lápis grafite<br />

❚ borrachas<br />

❚ réguas


ATIVIDADE 124:<br />

❚ papel ofício<br />

❚ lápis grafite<br />

❚ borrachas<br />

❚ réguas<br />

❚ folhas de flip chart<br />

❚ pincéis atômicos de cores variadas<br />

ATIVIDADE 126:<br />

❚ estiletes<br />

❚ cola rótulo azul<br />

❚ tesouras<br />

❚ lápis grafite<br />

❚ papelão de sapateiro<br />

❚ pincéis<br />

❚ réguas<br />

ATIVIDADE 129:<br />

❚ fotos de objetos cênicos que possam exemplificar as técnicas utilizads<br />

para a construção de cenários.(Ver Guia de Estu<strong>do</strong>)<br />

ATIVIDADE 131:<br />

❚ ripas com 5 ou 7 cm de largura<br />

❚ folhas de compensa<strong>do</strong> de 15 mm<br />

❚ cola rótulo azul<br />

❚ serrote ou serra<br />

❚ m<strong>arte</strong>lo<br />

❚ pregos<br />

❚ lápis de carpinteiro<br />

❚ esquadro<br />

❚ lixas<br />

❚ tinta látex<br />

❚ trincha<br />

❚ 10 óculos protetores<br />

❚ máscaras protetoras.<br />

ATIVIDADE 132:<br />

❚ ripas de 5 ou 7 cm<br />

❚ cola rótulo azul<br />

❚ m<strong>arte</strong>lo<br />

❚ pregos<br />

❚ teci<strong>do</strong> (algodão cru, etc)<br />

❚ grampea<strong>do</strong>r para madeira<br />

❚ grampos para fixação em madeira<br />

❚ tinta látex<br />

❚ pincéis<br />

❚ trinchas<br />

❚ rodízios 121


122<br />

ATIVIDADE 133:<br />

❚ ripas de 5 ou 7 cm<br />

❚ folha de compensa<strong>do</strong> de 15 ou 12 mm<br />

❚ folha de compensa<strong>do</strong> de 4 mm<br />

❚ cola rótulo azul<br />

❚ serrote ou serra<br />

❚ m<strong>arte</strong>lo<br />

❚ pregos<br />

❚ lápis de carpinteiro<br />

❚ esquadro<br />

❚ lixas<br />

❚ tinta látex<br />

❚ pincéis<br />

❚ trinchas<br />

ATIVIDADE 134:<br />

❚ cola rótulo azul diluída<br />

❚ papel metro<br />

❚ jornais<br />

❚ material de sucata.<br />

ATIVIDADE 135:<br />

❚ ripas de 5 ou 7 cm<br />

❚ folha de compensa<strong>do</strong> de 10, 12 ou 15mm<br />

❚ m<strong>arte</strong>lo<br />

❚ pregos<br />

❚ cola rótulo azul diluída<br />

❚ grampea<strong>do</strong>ra de madeira e grampos<br />

❚ serrote<br />

❚ serra tico-tico<br />

❚ tela aramada (viveiro)<br />

❚ papel metro ou jornais<br />

❚ teci<strong>do</strong> (algodão)<br />

❚ tinta látex<br />

❚ pincéis<br />

❚ esponjas<br />

ATIVIDADE 136:<br />

❚ fotos ilustrativas das diferentes técnicas de textura (ver Guia de Estu<strong>do</strong>)<br />

ATIVIDADE 141:<br />

❚ folhas de flip chart<br />

❚ pincéis atômicos de cores variadas<br />

ATIVIDADE 143:<br />

❚ máquina fotográfica


4. AJUDANTE DE FIGURINO<br />

ATIVIDADE 147:<br />

❚ caderno individual<br />

❚ lápis grafite<br />

❚ borrachas<br />

ATIVIDADE 152:<br />

❚ papel ofício<br />

❚ lápis grafite<br />

❚ borrachas<br />

❚ lápis cera<br />

❚ revistas<br />

❚ tesouras<br />

❚ cola rótulo azul<br />

ATIVIDADE 153:<br />

❚ CD de Chico Buarque com a música “Minha História”<br />

ATIVIDADE 154:<br />

❚ papel ofício<br />

❚ lápis grafite<br />

❚ borracha<br />

❚ lápis cera<br />

❚ canetas hidrocor de cores variadas<br />

❚ corda de varal ou barbante<br />

❚ prega<strong>do</strong>res<br />

ATIVIDADE 155:<br />

❚ CD de Elis regina, com a música “Atrás da porta”<br />

❚ papel ofício<br />

❚ lápis grafite<br />

❚ borrachas<br />

❚ hidrocores varia<strong>do</strong>s<br />

❚ fita crepe<br />

ATIVIDADE 156:<br />

❚ revistas antigas e atuais<br />

❚ revistas de moda<br />

❚ revistas de época<br />

❚ figuras antigas<br />

❚ envelopes par<strong>do</strong>s ou sacos de papel<br />

❚ hidrocores varia<strong>do</strong>s<br />

ATIVIDADE 160:<br />

❚ caderno individual<br />

❚ papel ofício<br />

❚ lápis grafite<br />

❚ borracha 123


124<br />

❚ hidrocores varia<strong>do</strong>s<br />

❚ lápis cera<br />

ATIVIDADE 162:<br />

❚ papel ofício<br />

❚ lápis grafite<br />

❚ borracha<br />

❚ hidrocores varia<strong>do</strong>s<br />

❚ retalhos diversos<br />

ATIVIDADE 165:<br />

❚ revistas<br />

❚ papel ofício<br />

❚ lápis grafite<br />

❚ cola rótulo azul<br />

❚ tesouras<br />

❚ canetas<br />

ATIVIDADE 166:<br />

❚ papel ofício<br />

❚ lápis grafite<br />

❚ borracha<br />

❚ hidrocores varia<strong>do</strong>s<br />

❚ lápis cera<br />

ATIVIDADE 167:<br />

❚ peças de roupa trazidas pelos alunos<br />

❚ sapatos<br />

❚ a<strong>do</strong>rnos de cabeça e mão<br />

❚ gravatas, laços<br />

❚ bijouterias variadas<br />

❚ fita crepe<br />

❚ canetas<br />

❚ sacos plásticos<br />

❚ etiquetas<br />

❚ o que mais você e sua turma conseguirem<br />

ATIVIDADE 169:<br />

❚ camisetas de cor clara<br />

❚ cordão (no mínimo 5 metros)<br />

❚ sacos plásticos<br />

❚ corantes<br />

❚ fixa<strong>do</strong>r de cor<br />

❚ panela grande com tampa ou caldeirão<br />

❚ baldes plásticos<br />

❚ bastões de madeira (ou cabos de vassoura)


ATIVIDADE 170:<br />

❚ peças de roupa<br />

❚ agulha e linha<br />

❚ tesouras<br />

❚ miçangas<br />

❚ bicos de renda<br />

5. DJ/MC<br />

ATIVIDADE 176<br />

❚ CD de música eletrônica<br />

ATIVIDADE 179<br />

❚ DVD ou VHS com o filme “My Fair Lady”<br />

ATIVIDADE 180<br />

❚ CD Quanta vol I, de Gilberto Gil, , conten<strong>do</strong> a música Pela Internet<br />

ATIVIDADE 182<br />

❚ 10 caixas de fósforo com palitos<br />

❚ 10 pentes<br />

❚ 6 folhas de papel de seda<br />

❚ 10 tesouras<br />

❚ 30 latinhas de refrigerantes vazias ( trazidas pelos alunos )<br />

❚ 1 novelo de cordão fino<br />

❚ 1 fura<strong>do</strong>r ou chave de fenda<br />

❚ Fita crepe<br />

ATIVIDADE 183<br />

❚ 6 copos de vidro<br />

❚ água para encher os copos<br />

❚ 1 baqueta (ou varinha fina de madeira)<br />

❚ 1 garrafa Pet com pedrinhas<br />

❚ 5 bolas de soprar<br />

❚ 2 tampas de panela<br />

❚ 1 bacia de plástico ou metal<br />

❚ 1 canu<strong>do</strong> grosso de bambu<br />

❚ 1 tubo de plástico sanfona<strong>do</strong><br />

❚ 1 jornal velho<br />

❚ 6 vendas para olhos (teci<strong>do</strong> macio)<br />

ATIVIDADE 184<br />

❚ DVD ou VHS com o filme Embalos de Sába<strong>do</strong> à Noite<br />

❚ 1 CD de discoteca anos 70<br />

ATIVIDADE 186<br />

❚ 1 CD de chorinho 125


126<br />

❚ 1 CD de forró<br />

❚ 1 Cd de relaxamento<br />

❚ 1 CD de música eletrônica<br />

ATIVIDADE 187<br />

❚ Uma gravação (CD ou Vinil) com o estilo Drum<br />

❚ Uma gravação (CD ou Vinil) com o estilo Techno<br />

❚ Uma gravação (CD ou Vinil) com o estilo House<br />

❚ 1 CD de reggae<br />

❚ 1 CD de forró (Luiz Gonzaga)<br />

❚ 1 CD de funk<br />

ATIVIDADAE 189<br />

❚ 6 pedaços de papel metro de 2 metros cada<br />

❚ pedaços de chitão (teci<strong>do</strong>)<br />

❚ cola rótulo azul<br />

❚ 10 tesouras<br />

❚ 6 caixas de lápis cera<br />

❚ pilots de diversas cores (30 unidades)<br />

ATIVIDADE 191<br />

❚ CD de Jackson <strong>do</strong> Pandeiro, conten<strong>do</strong> a música Chiclete com Banana ou<br />

❚ de Gilberto Gil, Coleção Millenium, 20 músicas <strong>do</strong> século XX, conten<strong>do</strong><br />

a mesma música<br />

ATIVIDADE 193<br />

❚ 5 cartões com a função “controlar progressivamente a velocidade da<br />

música”<br />

❚ 5 com a função “ contrabalançar o peso da agulha”<br />

❚ 5 com a função “ aplicar força horizontal ao braço <strong>do</strong> toca-discos”<br />

❚ 5 com a função “ substituir o sistema de catracas no giro <strong>do</strong> prato”<br />

❚ 5 com a função “ler o som <strong>do</strong> vinil”<br />

❚ ampliação da imagem <strong>do</strong> toca-discos apresentada no Guia de Estu<strong>do</strong><br />

ATIVIDADE 194<br />

❚ ampliação da imagem <strong>do</strong> CDJ apresentada no Guia de Estu<strong>do</strong><br />

ATIVIDADE 195<br />

❚ ampliação da imagem <strong>do</strong> Mixer apresentada no Guia de Estu<strong>do</strong><br />

ATIVIDADE 197<br />

❚ 1 vinil e 1 CD que contenham a mesma gravação de uma música<br />

ATIVIDADE 200<br />

❚ 1 CD de marchinhas<br />

❚ 1 CD de valsas<br />

❚ 1 CD de cirandas<br />

ATIVIDADE 201<br />

❚ diversos CDs ou vinis com músicas variadas, inclusive eletrônica.


ATIVIDADE 203<br />

Laboratório de som com os equipamentos:<br />

❚ 2 CDJ<br />

❚ 2 toca-discos profissionais para DJ (com pitch)<br />

❚ 2 mixer com equalização por canal e ganho<br />

❚ 2 fones profissionais de ouvi<strong>do</strong> para DJ<br />

❚ 2 caixas de retorno (potência 500 watts rms)<br />

❚ 2 amplifica<strong>do</strong>res (caso as caixas não sejam amplificadas)<br />

❚ 5 cabos de áudio RCA<br />

❚ 3 extensões elétricas (10 metros)<br />

❚ 2 plugs de áudio (P10/RCA) mono<br />

❚ 2 plugs de áudio (P10/RCA) stéreo<br />

❚ 5 cabos de áudio P10<br />

❚ 2 microfones<br />

❚ 1 groove box<br />

❚ 3 vinis de efeito para DJ<br />

❚ 3 vinis de base para DJ<br />

Laboratório de pesquisa<br />

❚ 4 PC Pentium 4, HD 80 com grava<strong>do</strong>r de CD, 256 de memória com<br />

internet e Win<strong>do</strong>ws XP<br />

❚ 1 impressora<br />

❚ 4 fones de ouvi<strong>do</strong> (1 jogo para cada computa<strong>do</strong>r)<br />

❚ 3 software ( sound forge; flstudio fruityloops; acidpro )<br />

❚ 10 CDs regraváveis<br />

Sala de aula<br />

❚ 3 micro system<br />

ATIVIDADE 203<br />

❚ laboratório de pesquisa<br />

❚ laboratório de som<br />

❚ sala de aula com aparelhos de DVD e TV<br />

❚ DVD de um show ou entrevista com um DJ<br />

❚ vinis de efeito e de base<br />

ATIVIDADE 206<br />

❚ laboratório de som<br />

❚ vinis e CDs de música brasileira<br />

❚ laboratório de pesquisa<br />

❚ sala de aula com 3 micro system<br />

ATIVIDADE 208<br />

❚ 15 folhas de cartolina branca (dividir cada folha em 6 cartões de<br />

tamanho igual )<br />

❚ 30 pincéis atômicos pretos<br />

❚ 5 folhas de flip chart<br />

❚ fita crepe 127


128<br />

ATIVIDADE 209<br />

❚ laboratório de pesquisa<br />

❚ 6 CDs regraváveis<br />

❚ CDs com diferentes estilos musicais e de épocas diversas<br />

❚ 3 micro system<br />

❚ laboratório de som<br />

ATIVIDADE 210<br />

❚ 5 catálogos de telefone<br />

❚ laboratório de pesquisa<br />

❚ linha telefônica<br />

ATIVIDADE 211<br />

❚ laboratório de som<br />

❚ laboratório de pesquisa<br />

❚ 6 CDs regraváveis<br />

ATIVIDADE 212<br />

❚ revistas<br />

❚ papéis colori<strong>do</strong>s<br />

❚ 10 caixas de lápis cera<br />

❚ 6 caixas de hidrocor<br />

❚ cola rótulo azul<br />

❚ cartolina branca (15 folhas )<br />

❚ 6 copinhos de café de plástico<br />

ATIVIDADE 215<br />

❚ laboratório de pesquisa<br />

❚ 4 computa<strong>do</strong>res<br />

❚ 1 impressora<br />

❚ papel ofício (60 folhas )<br />

ATIVIDADE 219<br />

❚ laborataório de som<br />

❚ vinis de base para DJ<br />

❚ vinis de efeito para DJ<br />

❚ laboratório de pesquisa<br />

❚ CD de batidas<br />

❚ 3 micro system<br />

ATIVIDADE 221<br />

❚ laboratório de som<br />

❚ 10 mídias regraváveis<br />

ATIVIDADE 223<br />

❚ papel ofício (30 folhas)


GLOSSÁRIO<br />

Acabamento - Arremates finais feitos num<br />

traje ou numa obra<br />

Acessório - Peça complementar ao traje,<br />

como chapéu, cinto, bolsa, etc.<br />

Adereço - Enfeite ou a<strong>do</strong>rno utiliza<strong>do</strong> geralmente<br />

no teatro ou dança para complementar<br />

o traje. Ex: broche, fita, guirlanda<br />

de flores, etc.<br />

After-hours - Programação de clubes que<br />

tem início normalmente às quatro, cinco<br />

da manhã e se estende até o final da<br />

manhã.<br />

Ambient Music - Seu crescimento acontece<br />

no inícios <strong>do</strong>s anos 90, mas suas origens<br />

remetem a Brian Eno, no ano 70,<br />

com sua música minimalista. Música basicamente<br />

de texturas, sem batidas, com<br />

notas longas e etéreas e melodia lenta<br />

(quan<strong>do</strong> aparece algum ritmo está desaceleradíssimo),<br />

não voltada para as pistas.<br />

Uma das característica desse estilo<br />

é, às vezes, a citação de sons <strong>do</strong> ambiente<br />

(vento, mar, barulhos caseiros, vozes...).<br />

Há o Illbient que é a versão dark,<br />

negra, sombria, da Ambient Music. O Illbient<br />

tem como local de referência Nova York e<br />

como principal expoente o DJ Spo<strong>ok</strong>y.<br />

Ambientação - Preparação <strong>do</strong> espaço em<br />

que um evento vai ocorrer de mo<strong>do</strong> a<br />

torná-lo representativo de uma idéia ou de<br />

uma atmosfera que se deseja transmitir<br />

Arara - Estrutura de madeira ou metal utilizada<br />

para pendurar cabides com roupas.<br />

Arte - Representação simbólica da <strong>cultura</strong> em<br />

suas diversas expressões: na dança, na pintura,<br />

no teatro, na música, na literatura.<br />

Articulação - Pronúncia das palavras<br />

Back spin - Técnica <strong>do</strong> dj em voltar rapidamente<br />

o disco.<br />

Back to back - Técnica <strong>do</strong> dj em voltar <strong>do</strong>is<br />

discos em diferentes “pratos”<strong>do</strong>s toca-discos,<br />

buscan<strong>do</strong> a fusão de batidas ou texturas<br />

<strong>do</strong>s <strong>do</strong>is discos de forma sincronizada.<br />

O back to back pode ser entendi<strong>do</strong><br />

também como a apresentação conjunta<br />

de <strong>do</strong>is djs em revezamento de uma a<br />

duas música para cada um.<br />

Basti<strong>do</strong>res - Espaços intermediários entre um<br />

basti<strong>do</strong>r e outro; corre<strong>do</strong>res que contornam<br />

a cena, no palco <strong>do</strong> teatro; coxia.<br />

Beat - Batida, a junção <strong>do</strong> bumbo e caixa<br />

(pedal), a base <strong>do</strong> ritmo.<br />

Bebop - Representa uma das correntes mais<br />

influentes <strong>do</strong> Jazz. O frasea<strong>do</strong> é flexível,<br />

nervoso, cheio de saltos que exigem uma<br />

técnica instrumental muito desenvolvida.<br />

Big Beat - Aceleran<strong>do</strong> as batidas quebradas<br />

<strong>do</strong> hip hop e, às vezes, fundin<strong>do</strong> com as<br />

<strong>do</strong> funk, esse estilo pode incluir distorções<br />

de riffs de guitarras. É o som mais acessível<br />

da eletrônica e se assemelha ao rock.<br />

Em torno de 120 bpm.<br />

Boogie-woogie - É um estilo de Blues. Tocava-se<br />

geralmente em pianos, por negros,<br />

nos anos 40 e 50 nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s.<br />

A bandas em geral tinham 3 pianos,<br />

guitarras e tocavam música country e<br />

western em um estilo de guitarra próprio.<br />

BPM - Batidas por minuto, a velocidade <strong>do</strong><br />

ritmo.<br />

Buffer - Área de armazenamento de da<strong>do</strong>s.<br />

Caráter - Traços de personalidade distintos<br />

que caracterizam um personagem.<br />

Cenário - Local decora<strong>do</strong> onde ocorre uma<br />

apresentação artística.<br />

Cenotecnia - Estu<strong>do</strong> da técnica de executar<br />

cenários.<br />

Chart (top ten) - Parada de sucesso <strong>do</strong>s djs<br />

(as 10 mais...)<br />

Chats - Sala virtual de bate-papo.<br />

Chill In - Aquecimento. Uma reunião de<br />

clubbers, um bar, um encontro para ouvir<br />

música eletrônica antes das festas ou saída<br />

para os clubes. Pode ser na casa de<br />

amigos.<br />

Chill Out - Relaxamento. Ambiente com<br />

música menos acelerada, um pós-agitação<br />

das pistas de dança. Pode ser na casa<br />

de amigos.<br />

Clubber - Freqüenta<strong>do</strong>r de clubes<br />

Combinação - Conjunto de cores só quentes<br />

ou só frias.<br />

129


Comédia - Peça teatral que provoca o riso.<br />

Conceito - Conjunto de idéias que norteiam<br />

a concepção de um evento.<br />

Conceito - Noção, idéias central, definição<br />

de algo.<br />

Concepção - Idéia central de um to<strong>do</strong>.<br />

Confecção - Preparação ou fabricação de<br />

algo em especial de roupas.<br />

Constância - Perseverança, persistência, permanência<br />

no tempo.<br />

Contexto - Situação na qual algo ocorre ou<br />

se insere.<br />

Contraste - Conjunto de cores misturan<strong>do</strong><br />

cores frias e quentes.<br />

Cores frias - Cores que produzem calma e<br />

dão a sensação de distanciamento e sossego.<br />

Cores primárias - Azul, vermelho e amarelo;<br />

cores conhecidas como básicas que dão<br />

origem a todas as outras.<br />

Cores quentes - Cores que produzem calor<br />

e dão a sensação de aconchego e proximidade.<br />

Cores secundárias - Laranja, verde e roxo;<br />

cores formadas pela combinação de duas<br />

cores primárias.<br />

Cores terciárias - Todas as cores formadas<br />

pela combinação de uma cor primária com<br />

outra secundária.<br />

Costumes - Comportamentos habituais característicos<br />

de uma <strong>cultura</strong>.<br />

Crackea<strong>do</strong>s - Programas pagos que tiveram<br />

seu código de controle de uso limita<strong>do</strong><br />

quebra<strong>do</strong>s, tornan<strong>do</strong>-se freeware<br />

circunstancial.<br />

Crença - Aquilo em que se acredita, seja de<br />

natureza religiosa, valorativa, etc.<br />

Criar - dar existência, criar <strong>do</strong> nada.<br />

Cronograma - Representação gráfica da previsão<br />

da execução de um trabalho, na qual<br />

se indicam os prazos em que se deverão<br />

executar as suas diversas fases.<br />

Croquis - Esboço feito à mão de desenho ou<br />

pintura.<br />

Cultura - Mo<strong>do</strong> de ser e viver <strong>do</strong>s grupos<br />

sociais incluin<strong>do</strong> a língua, as regras de<br />

convivência, os hábitos alimentares, as<br />

vestimentas e as crenças.<br />

Cultura Clubber - Conjunto de manifestações<br />

associadas à <strong>cultura</strong> nos clubes noturno<br />

de dança (moda; djs, disco e house<br />

music, principalmente). Não faz necessariamente<br />

conexão com a Ciber<strong>cultura</strong>.<br />

Faz-se uma associação da Cultura<br />

Clubber, em suas origens, com a época<br />

Disco, nos anos 70.<br />

Customização - Processo de transformação<br />

de um figurino em outro através de pintura,<br />

borda<strong>do</strong>s, aplicações de teci<strong>do</strong>, pedras,<br />

miçangas, etc.<br />

Debate - Discussão, troca de pontos de vista.<br />

Degradê - Passagem gradativa de uma cor<br />

mais clara para a mais escura, ou viceversa.<br />

Desbotamento - Processo de descolorir, tirar<br />

a cor.<br />

Designer - Artista que trabalha com imagem,<br />

na concepção de flyers, sites ou mesmo<br />

na ambientação de festas<br />

Desprodução - Devolução <strong>do</strong>s objetos toma<strong>do</strong>s<br />

empresta<strong>do</strong>s, arrumação <strong>do</strong>s objetos<br />

utiliza<strong>do</strong>s no espetáculo, limpeza <strong>do</strong><br />

local onde a produção ocorreu e todas as<br />

demais providências que precisam ser tomadas<br />

ao término de um evento.<br />

Diafragma - Músculo entre o tórax e o abdômen<br />

que tem um importante papel na<br />

respiração e na emissão <strong>do</strong>s sons.<br />

Difundir - Espalhar, irradiar, disseminar.<br />

Difusão <strong>cultura</strong>l - Divulgação, propagação<br />

de aspectos da <strong>cultura</strong> de um lugar para<br />

o outro, geralmente através <strong>do</strong>s meios de<br />

comunicação de massa: tv, jornal, cinema,<br />

etc.<br />

Dissertação - Exposição escrita sobre um determina<strong>do</strong><br />

assunto ou tema.<br />

Diversidade - Variedade.<br />

Divulgação - Difundir, propagar, fazer a propaganda<br />

de evento artístico.<br />

Dj - Disc Jockey - Artista-técnico que mistura<br />

músicas diferentes ou iguais para ser ouvida<br />

e/ou dançada, usan<strong>do</strong> suportes como vinil, cd<br />

ou arquivos digitais sonoros.<br />

Djing - A ação ou conjunto de técnicas <strong>do</strong> dj<br />

(scratch, mixar, remixar, back-to-back,<br />

back-spin etc).<br />

Download - Designa o “baixamento”de arquivos<br />

na internet.


Downtempo - Música desacelerada, não voltada<br />

para as pistas, mas com ritmo.<br />

Drama - Peça teatral que encena conflitos<br />

da vida.<br />

Drum and Bass - Saí<strong>do</strong> <strong>do</strong>s guetos negros<br />

de Londres (1991/92) esse estilo, antes<br />

chama<strong>do</strong> de Hardcore quan<strong>do</strong> saí<strong>do</strong> da<br />

cena Hip Hop, associa os baixos potentes<br />

com batidas sincopadas. Pode se associar<br />

a outras estéticas, como o Jazz, fazen<strong>do</strong><br />

surgir o jazzy drum and bass, ou no<br />

caso brasileiro à MPB, com os djs e produtores<br />

Marky, Xerxes e Patife. 160 bpm.<br />

Drum machine - Caixa de geração de beats.<br />

Dub - Origina<strong>do</strong> das experiências <strong>do</strong>s negros<br />

da Jamaica, ainda nos anos 60, ten<strong>do</strong> à<br />

frente o produtor Lee Perry, que destaca<br />

a montagem e a técnica como fundamentais<br />

para o resulta<strong>do</strong> da música. É a tecnologia<br />

definin<strong>do</strong> a estética. O dub eletrônico<br />

utiliza timbres <strong>do</strong> reggae, com<br />

batidas lentas, reverberadas e efeitos<br />

etéreos. O efeito delay (distorção que faz<br />

com que o som ganhe uma textura de<br />

espacialidade, de tridimensionalidade) é<br />

um elemento importante <strong>do</strong> dub eletrônico.<br />

Pode ter vocal.<br />

Elaborar - Preparar gradualmente e com trabalho.<br />

Electronica - Estilo gera<strong>do</strong> pela eletrônica,<br />

mas sem uma definição específica. Normalmente<br />

se refere a toda uma produção<br />

de um grupo que prefere não se definir<br />

por alguma vertente em particular.<br />

Eletro - Estilo musical origina<strong>do</strong> a partir de<br />

experiência <strong>do</strong> Krafwerk e difundi<strong>do</strong> por<br />

Afrika Bambaataa. Em Detroit, sede e<br />

origem <strong>do</strong> Techno, o Eletro passou também<br />

a ser intensamente produzi<strong>do</strong> forman<strong>do</strong><br />

uma outra comunidade de produtores<br />

e djs. O estilo quebra<strong>do</strong> da batida é<br />

a versão eletrônica <strong>do</strong> funk (eletrofunk).<br />

Embalagem - Caixa, papel ou outro tipo de<br />

recipiente que envolve o produto que será<br />

vendi<strong>do</strong> e que melhora a sua aparência<br />

ou o protege.<br />

Emissão de sons - Ação de fazer ouvir a<br />

própria voz.<br />

Especto solar - Conjunto de todas as cores<br />

visíveis.<br />

Ética - Princípios de conduta.<br />

Expressão - manifestação por meio de palavra,<br />

gesto, fisionomia, exprimin<strong>do</strong> emoção,<br />

atitude, intenção, dentro de um contexto<br />

artístico.<br />

Extênsil - Molde vaza<strong>do</strong>.<br />

Fanzines - Revista de fãs; edição impressa<br />

de informativo, normalmente reproduzi<strong>do</strong><br />

em fotocopia<strong>do</strong>ra, com conteú<strong>do</strong> de<br />

<strong>arte</strong> e comportamento, e com tiragem limitada<br />

e distribuição direcionada.<br />

Financia<strong>do</strong>r - Agente que custeia as despesas<br />

de um espetáculo. Pode ser uma pessoa<br />

física ou jurídica.<br />

Flames - Debates acalora<strong>do</strong>s nas listas de<br />

discussão.<br />

Flyers - Filipetas, panfletos “voa<strong>do</strong>res”, repassa<strong>do</strong>s<br />

de mão em mão. A produção <strong>do</strong>s<br />

flyers representa uma atividade séria dentro<br />

da Cena da Música Eletrônica, pois repassa<br />

o conceito da festa, da rave, através<br />

da imagem, cores e programação visual.<br />

Foco - Ponto de concentração <strong>do</strong> intérprete.<br />

Folder - Folheto informativo impresso em folha<br />

sanfonada, geralmente utiliza<strong>do</strong> para<br />

divulgação de um produto <strong>cultura</strong>l.<br />

Freebies - “Presentinhos-surpresa” da<strong>do</strong>s ao<br />

público de um evento.<br />

Freewares - Programas gratuitos de computa<strong>do</strong>r.<br />

FTP - Serviço de transferência de arquivos na<br />

internet, para upload e <strong>do</strong>wnload<br />

Gabba - É o estilo mais hardcore (pesa<strong>do</strong> e<br />

rápi<strong>do</strong>) da eletrônica. Basea<strong>do</strong> na batida<br />

house e techno, o gabba chega a até mais<br />

de 200 bpm´s.<br />

Garage band - Banda de garagem (normalmente<br />

de rock), alternativa, underground.<br />

- movimento musical liga<strong>do</strong> à <strong>cultura</strong> rock<br />

e caracteriza<strong>do</strong> pelo lema “faça você<br />

mesmo”<br />

Gerar - Dar o ser, dar existência.<br />

Globalização - Processo de internacionalização<br />

econômica, ou seja, articulação entre<br />

as economias de to<strong>do</strong>s os países <strong>do</strong><br />

planeta.<br />

Groove - A “levada” na música é o encontro<br />

de sons percussivos em contra-tempo<br />

(baixo, atabaques, percussão, etc.), com<br />

as batidas, os beats.


Groove Box - Caixa de ritmo, máquina que<br />

produz beats, texturas e linhas de baixo.<br />

Habilidade - facilidade na prática de alguma<br />

atividade.<br />

Hard Disk (HD) - Disco rígi<strong>do</strong>.<br />

Homestudio - Estúdio de som monta<strong>do</strong> em<br />

residência.<br />

Hostess - Pessoa que fica na entrada de um<br />

evento, recepcionan<strong>do</strong> os especta<strong>do</strong>res e<br />

apresentan<strong>do</strong> estes a proposta <strong>do</strong> evento.<br />

Em geral apresenta figurino compatível<br />

com o conceito <strong>do</strong> evento.<br />

House - Nascida em Chicago (EUA), em<br />

1986, esse estilo saiu da fusão, por p<strong>arte</strong><br />

<strong>do</strong> dj Frankie Knuckles, de elementos da<br />

soul music com a disco e batidas das baterias<br />

eletrônicas. Daí, surgem sub-gêneros<br />

como o garage (com bastante vocal<br />

gospel), e o deep house (o sub-gênero<br />

mais elegante <strong>do</strong> House, com linhas melódicas,<br />

melancólicas e minimalistas acima<br />

das batidas), o jazzy house (batidas<br />

com um instrumento solo - quase sempre<br />

um sax virtuoso -), dentre outros (acid<br />

house, disco house, tribal house, french<br />

house). 110 a 128 bpm. Hoje fala-se em<br />

até 133 bpm. O tech house é a<br />

sobreposição da batida techno sobre ao<br />

groove da house. 133-137 bpm.<br />

IDM (Intelligent Dance Music) - Música cerebral.<br />

Texturas experimentais. Conceito<br />

que pode abarcar as vertentes da ambient<br />

e illbient music. Em geral.<br />

Improviso - Sem preparação prévia, sem ensaio.<br />

Insumo - Matéria prima.<br />

Laptop DJs - DJs que “tocam” com computa<strong>do</strong>res<br />

com softwares que simulam mixer,<br />

misturan<strong>do</strong> arquivos mp3 ou wav.<br />

Live Act (ou live pa) - É a performance, a<br />

apresentação ao vivo, <strong>do</strong> grupo ou <strong>do</strong><br />

músico eletrônico em clubes, festas e<br />

raves.<br />

LJ - Light Jockey - O dj da luz. Muito mais q<br />

um ilumina<strong>do</strong>r de pista, o lj entende a luz<br />

como forma de gerar novas sensações na<br />

pista de dança.<br />

Loop - Repetição infinita de um sample sonoro,<br />

de um trecho sonoro.<br />

Low technology - Instrumentos de produção<br />

não de “ponta”. Flyer produzi<strong>do</strong> em<br />

fotocopia<strong>do</strong>ra é produto low technology.<br />

Mailings Lists - Listas de endereços de email<br />

Mainstream - O oposto de Underground.<br />

Manufatura - Fabricação<br />

Maquete - Miniatura tridimensional de um<br />

cenário.<br />

Marketing - Atividade da comunicação e<br />

da publicidade que explora os merca<strong>do</strong>s<br />

para dar visibiliade a produtos, pessoas<br />

ou instituições a partir da realização<br />

de eventos.<br />

Marketing - Série de medidas para melhorar<br />

a difusão de produtos no merca<strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r.<br />

Enquanto recurso liga<strong>do</strong> à produção<br />

<strong>cultura</strong>l inclui a pesquisa de merca<strong>do</strong>,<br />

a divulgação <strong>do</strong> produto e a comercialização<br />

propriamente dita.<br />

Matéria prima - Matéria primeira a partir<br />

da qual se elabora algo.<br />

Mesclar - Misturar, combinar.<br />

Miçanga - Conta de vidro ou de plástico<br />

miúda.<br />

Mixar - Misturar. Na técnica <strong>do</strong> dj, significa<br />

juntar as batidas de duas ou mais músicas<br />

na mesma velocidade, nas mesmas<br />

bpm, buscan<strong>do</strong> uma fusão ou uma passagem<br />

de uma música para a outra.<br />

Mp3 - Tipo de arquivo sonoro compacta<strong>do</strong><br />

com qualidade de wav (cd).<br />

Objetivo - Alvo, aquilo que se quer alcançar.<br />

Off-Topics - Assuntos fora <strong>do</strong>s temas de uma<br />

lista de discussão.<br />

Ofício - Trabalho, ocupação, emprego, <strong>arte</strong>,<br />

função.<br />

Orçamento - Cálculo <strong>do</strong>s gastos para a realização<br />

de um evento, espetáculo ou obra.<br />

Overground - A chegada <strong>do</strong> underground<br />

no mainstream sem abrir mão <strong>do</strong>s conceitos<br />

underground.<br />

Paleta de cores - Seqüência ilustrativa das<br />

cores que serão utilizadas no cenário e<br />

no figurino.<br />

Peer-to-peer (p2p) - Tecnologia de transferência<br />

de informação ponta-ponto, computa<strong>do</strong>r<br />

a computa<strong>do</strong>r, sem passar por sob<br />

controle de servi<strong>do</strong>res.<br />

Personalidade - Conjunto de traços distintivos<br />

de alguém; caráter; identidade.<br />

Pessoa física - Indivíduo perante a lei.


Pessoa jurídica - Instituição ou associação<br />

legalizada.<br />

Pitch - Recurso (botão) para acelerar/<br />

desacelerar a velocidade da execução da<br />

música.<br />

Planta baixa - Desenho em tamanho reduzi<strong>do</strong><br />

de um ambiente, visto de cima para<br />

baixo, retratan<strong>do</strong> fielmente a dimensão<br />

<strong>do</strong>s objetos e as distâncias entre eles.<br />

Plur - Iniciais em inglês das palavras Paz,<br />

Amor, União e Respeito, trata-se de uma<br />

expressão criada pelo DJ inglês Frankie<br />

Bones em 1992 e que sintetiza to<strong>do</strong>s os conceitos<br />

da <strong>cultura</strong> da música eletrônica.<br />

Produção - Ato ou efeito de produzir, criar,<br />

elaborar, realizar.<br />

Produzir - Dar nascimento, origem, fazer<br />

existir.<br />

Profissão - Atividade ou ocupação especializada<br />

da qual se podem tirar os meios de<br />

subsistência.<br />

Projeção de voz - Lançar a voz para ser ouvida<br />

à distância sem gritar.<br />

Promoter - Responsável pela concepção, promoção,<br />

divulgação e organização de uma<br />

festa.<br />

Propagar - Multiplicar, dilatar, estender.<br />

Proporção - Relação das p<strong>arte</strong>s de um to<strong>do</strong>,<br />

comparadas entre si ou cada uma com o<br />

to<strong>do</strong>.<br />

Prove<strong>do</strong>r - Central de informática (poden<strong>do</strong><br />

ser um computa<strong>do</strong>r) que facilita o acesso<br />

à rede mundial de computa<strong>do</strong>res, mesmo<br />

comercialmente<br />

Rave - Festas em ambientes abertos (praias,<br />

sítios, fazendas) ou em galpões sempre<br />

fora <strong>do</strong> perímetro urbano.<br />

Raver - Freqüenta<strong>do</strong>r de raves.<br />

Realizar - Tornar real, efeetivo, existente.<br />

Recursos financeiros - Dinheiro de que se<br />

precisa para adquirir os demais recursos.<br />

Recursos humanos - Pessoas das quais se<br />

necessita para realizar a atividade pretendida.<br />

Recursos materiais - Conjunto de materiais<br />

necessários para a atividade que se pretende<br />

produzir.<br />

Recursos tecnológicos - Conhecimentos e<br />

técnicas necessárias para a realização da<br />

atividade pretendida.<br />

Religião - Crença e culto à alguma divindade.<br />

Remixar - Reeditar uma música em novo<br />

estilo, em nova tipo de batida. Fazer<br />

nova versão.<br />

Reprodução - Réplica, cópia <strong>do</strong> original.<br />

Revestimento - Cobertura, acabamento<br />

da<strong>do</strong> a uma peça <strong>arte</strong>sanal ou industrializada,<br />

ou também a uma parede.<br />

Sample - Trecho retira<strong>do</strong> (recorta<strong>do</strong>) para<br />

posterior colagem a outros trechos (poden<strong>do</strong><br />

ser voz, música, imagem...)<br />

Sampler - Máquina de retirar, recortar trechos<br />

das músicas ou vídeo (sample).<br />

Sarrafo - Ripa de madeira.<br />

Scratch - Técnica <strong>do</strong> dj em “arranhar”o disco,<br />

voltan<strong>do</strong>-o e adiantan<strong>do</strong>-o rapidamente<br />

com a mão e fazen<strong>do</strong> ruí<strong>do</strong>s com intuitos<br />

percussivos.<br />

Sequencer - Seqüencia<strong>do</strong>r. Programa ou<br />

máquina que seqüência sons obedecen<strong>do</strong><br />

uma programação.<br />

Sets mixa<strong>do</strong>s - Uma seqüência gravada de<br />

música com mixagem <strong>do</strong> dj, normalmente<br />

em torno de 50 minutos, para demonstração<br />

<strong>do</strong> estilo <strong>do</strong> dj.<br />

Show - Espetáculo, apresentação, evento<br />

que envolve platéia e palco, geralmente<br />

musical.<br />

Site - Conjunto de páginas na internet, normalmente<br />

incorporan<strong>do</strong> imagens, sons<br />

e texto.<br />

Software - Programa de computa<strong>do</strong>r.<br />

Teaser - Uma espécie de pré-flyer, fazen<strong>do</strong> a<br />

divulgação inicial de um evento futuro sem<br />

oferecer maiores detalhes, buscan<strong>do</strong> criar<br />

uma expectativa no público-alvo.<br />

Techno - Origina<strong>do</strong> em Detroit (EUA), no início<br />

<strong>do</strong>s anos 80. Derrick May, Kevin<br />

Saunderson e Juan Atkins fazem uma fusão<br />

entre o som de Kraftwerk e batidas<br />

funks de George Clinton. O resulta<strong>do</strong> é uma<br />

batida seca, repetitiva, 4 por 4, sem vocais.<br />

O Kraftwerk é considera<strong>do</strong> um grupo<br />

Prototechno, por ser referência para a produção<br />

da Techno Music. 130 a 140 bpm.<br />

Technoparty - É a festa com música eletrônica<br />

em clubes e/ou em área mais urbanas<br />

da cidade, em ambientes fecha<strong>do</strong>s,<br />

principalmente.<br />

Tecnologia - Técnica ou conjunto de técnicas<br />

de um <strong>do</strong>mínio particular.


Tintura por imersão - Tintura feita mergulhan<strong>do</strong>-se<br />

as peças de roupa em água<br />

fervente com corante.<br />

Trackers - Software para montagem/<br />

remontagem de trilhas musicais.<br />

Tradição - Herança <strong>cultura</strong>l passada oralmente<br />

de geração a geração.<br />

Tragédia - Peça dramática com desfecho fatal.<br />

Traje - Conjunto de peças de vestuário que<br />

compõe a roupa de alguém.<br />

Trance - Cria<strong>do</strong> na Alemanha, já é uma derivação<br />

<strong>do</strong> techno. Texturas se sobrepõem<br />

às batidas. Som viajante. Menos groove.<br />

O hard trance acelera as batidas para até<br />

150 bpm e o psy trance (em torno de 138/<br />

150 bpm) aumenta as camadas de texturas<br />

e efeitos sonoros e mistura com trechos<br />

de sons étnicos indianos (goa trance).<br />

O trance usa a estrutura e bpm da<br />

house ou <strong>do</strong> techno.<br />

Trena - Fita métrica feita de material resistente,<br />

geralmente aço.<br />

Underground - Aquilo que está escondi<strong>do</strong>,<br />

submerso, à margem. Mas no campo da<br />

<strong>arte</strong>,essa palavra assume outra conotação.<br />

É o que não está vincula<strong>do</strong> aos interesses<br />

<strong>do</strong> merca<strong>do</strong> de consumo tradicional,<br />

“mainstream”, meramente comercial,<br />

sem preocupação com a experimentação<br />

artística ou com as <strong>cultura</strong>s “alternativas”.<br />

Upload - Designa o envio de arquivos, também<br />

na internet<br />

Velcro - Teci<strong>do</strong> fabrica<strong>do</strong> em tiras duplas aderentes<br />

usa<strong>do</strong> como fecho.<br />

VJ - Video Jockey - O mixa<strong>do</strong>r de imagens<br />

em tempo real, pessoa que utiliza um<br />

banco de da<strong>do</strong>s de imagens sampleadas<br />

de filmes, clips, fotos etc ou imagens geradas<br />

ao vivo e mistura essas imagens<br />

durante a exibição em telão ou monitores,<br />

como forma de conectar a visualidade<br />

com o trabalho <strong>do</strong> dj. O dj das imagens.<br />

Vulgarizar - Tornar comum, trivial, usual.<br />

Wav - Tipo de arquivo sonoro com qualidade<br />

máxima digital (padrão cd).<br />

Webzines - Revistas de fãs na www, normalmente<br />

com conteú<strong>do</strong> liga<strong>do</strong> à <strong>arte</strong> e<br />

comportamento.<br />

World Wide Web - Ambiente multimídia da<br />

internet. Também cita<strong>do</strong> como www, web,<br />

ou w3.


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LAROQUE, François.Shakespeare Court,<br />

Crowd and Playhouse. Lon<strong>do</strong>n: Thames<br />

and Hudson Ltd, 1993.<br />

LAVADO, Joaquim Salva<strong>do</strong>r. MAFALDA.1ª Ed.<br />

São Paulo: Martins Fontes, 1991.<br />

LEHNERT, Gertrud. História da Moda <strong>do</strong> Século<br />

XX. Edição Portuguesa. Könemann, 2001.<br />

LURIE, Alison. A Linguagem das Roupas. Rio<br />

de Janeiro: Rocco, 1997.<br />

MOUTINHO, Maria Rita. A Moda no Século<br />

XX. Rio de Janeiro: Ed. Senac Nacional,<br />

2000.<br />

NIKI DE SAINT PHALLE: Es<strong>cultura</strong>s /<br />

cura<strong>do</strong>ria: Jean Gabriel MIterrand; Textos:<br />

Pontos Hulten e Magali Arreola. São<br />

Paulo: Edição Pinacoteca <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, 1997.<br />

OECH, Roger Von. Um Toc na Cuca. Tradução<br />

Virgílio Freire,15ª ed. São Paulo: Cultura<br />

Editores Associa<strong>do</strong>s Ltda, 1990.<br />

PRADO, Luís André. Cacilda Becker: Fúria<br />

Santa. São Paulo: Geração Editorial,<br />

2002.<br />

REPERTÓRIO. Revista da Escola de Teatro da<br />

UFBA. Ano 3, Nº4. Salva<strong>do</strong>r, 2000.<br />

– Ano 4, Nº5. Salva<strong>do</strong>r, 2001.<br />

– Ano 4, Nº6. Salva<strong>do</strong>r, 2002.<br />

– Ano 7, Nº7. Salva<strong>do</strong>r, 2004.<br />

ROSA, Nereide Schilaro Santa. Brinque<strong>do</strong>s e<br />

Brincadeiras. São Paulo: Moderna, 2001.<br />

STRZELECKI, Zenobiusz. Contemporary Polish<br />

Stage Design. Arkady, 1983.


SITES DE PESQUISA DO TÓPICO 5<br />

Informações<br />

www.rraurl.com<br />

www.realhiphop.com.br<br />

www.mun<strong>do</strong>darua.org<br />

www.di.fm/edmguide/edguide.html<br />

www.pragatecno.com.br<br />

www.cenaceara.com.br<br />

www.enemy.drop.to<br />

Festivais<br />

www.sonar.es<br />

www.loveparade.net<br />

www.ilovetechno.be<br />

www.nature-one.de<br />

www.skolbeats.com.br<br />

Festas<br />

www.circuitotechno.net<br />

www.spgroove.com<br />

www.technopride.net<br />

www.theinfluence.com.br<br />

www.xxxperience.com.br<br />

Clubs<br />

www.ministryofsound.com (Londres)<br />

www.cafedelmarmusic.com (Lounge em<br />

Ibiza)<br />

www.loveclub.com.br (SP)<br />

www.aloca.com.br (SP)<br />

www.clubekraft.com (Campinas/SP)<br />

Sites de DJS:<br />

www.carlcox.com<br />

www.davethedrummer.net<br />

www.petduo.com<br />

www.djmurphy.net<br />

Agências<br />

www.smartbiz.com.br<br />

www.hypno.com.br<br />

www.clunkdjs.net<br />

Produção Musical<br />

www.computermusic.co.uk<br />

www.futuremusic.co.uk<br />

www.synthzone.com<br />

Moda X Música Eletrônica<br />

www.slam.com.br<br />

www.glow.com.br<br />

www.amulher<strong>do</strong>padre.com<br />

www.erikapalomino.com.br<br />

Equipamentos e discos<br />

www.hard-to-find.co.uk<br />

www.juno.co.uk<br />

www.bangingtunes.com<br />

www.discogs.com (Catálogo)<br />

www.rhythmrecords.com.br<br />

www.worldmusic.com.br<br />

www.fastcommerce.com.br/bside<br />

www.juno.co.uk<br />

www.satelliterecords.com/live<br />

www.primalrecords.com

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