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Marcio Rodrigo Penna Borges Nunes Cambraia.pdf - Universidade ...

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POLÍTICA DE PODER NO CONE SUL: A CRISE DAS PAPELERAS ENTREARGENTINA E URUGUAI (2005-2010)“Quando indivíduos têm aversão a Bismarck por causa de seurealismo, o que realmente lhes desagrada é a realidade”.– Martin Wight, A Política do Poder.IntroduçãoO objetivo do presente artigo é analisar a tensão política entre Argentina e Uruguaisurgida em 2005 por ocasião do anúncio, pelo governo uruguaio, da instalação de fábricasde celulose estrangeiras em seu território. A construção de usinas nas margens do rioUruguai levou a reações por parte de sociedade e governo argentinos e a uma escalada detensão entre os dois Estados-parte do Mercado Comum do Sul (Mercosul). O caso ficouconhecido como a crise das papeleras.O trabalho divide-se em cinco partes, além da introdução e da conclusão. Naprimeira, far-se-á breve referencial teórico, que irá permear o restante do trabalho. Asegunda parte contém esboço da história do Mercado Comum do Sul (Mercosul), principalmecanismo de integração regional no seio do qual surge a desavença diplomática. Oterceiro item explica o motivo pelo qual o maior investimento privado da história doUruguai torna-se crise sem precedentes e aborda a escalada de tensão entre Argentina eUruguai explicada em termos de política de poder. A quarta parte trata da omissão do Brasildurante a crise e das implicações dessa atitude para seu papel como potência regional. Aquinta destina-se ao estudo do impacto de um conflito dessa magnitude no processo deintegração regional sul-americano, com especial ênfase nas limitações do Mercosul.Trata-se de estudo de caso (case study) em que utilizamos o método indutivo 1 elançamos mão de autores da escola realista de relações internacionais, como Hans J.Morgenthau e Martin Wight, para embasar as afirmações e conclusões alcançadas. Aanálise dos fatos apóia-se, ainda, em matérias de jornais e revistas.1 Segundo Othon M. Garcia (1998, p. 296), “Pela indução, partimos da observação e análise dos fatos,concretos, específicos, para chegarmos à conclusão, i.e. à norma, regra, lei, princípio, quer dizer, àgeneralização.”3

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