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Marcio Rodrigo Penna Borges Nunes Cambraia.pdf - Universidade ...

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4. Atitude brasileira perante a criseOs formuladores da política externa brasileira durante o governo de FernandoCollor de Mello (1990-1992) buscavam, com a criação do Mercosul, a melhor inserçãointernacional do Brasil, no marco da liberalização econômica que estava sendo levada acabo no país. O governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) deu continuidade àpolítica de projeção internacional, buscando posicionar o Brasil como potência regional.Sua preponderância no Cone Sul propiciaria prestígio e poder, e permitiria ao país fazerfrente aos Estados Unidos e a suas iniciativas hemisféricas, como a Área de LivreComércio das Américas (ALCA). Por último, a política externa de Luiz Inácio Lula daSilva (2003-2010) procurou, de forma pragmática, ascender a posição brasileira nahierarquia de poder mundial, o que dependia, também, de plataforma regional quesustentasse essa projeção (BERNAL-MEZA, 2008: 160).O Brasil demonstrou, desde os primórdios do Mercosul, preocupação em não perdersoberania durante o processo de aproximação com seus vizinhos sul-americanos. O paísdeu impulso à criação do Mercosul, nos anos 1990, porém sem esforço em criar instituiçõescomunitárias que significassem perda de autonomia decisória. Nesse sentido, afima Bernal-Meza (2008:157) que(...) la enorme diferencia en las dimensiones geográficas, demográficas y delPBI, puso de relevancia el peso relevante de Brasil, respecto de sus socios, y susesfuerzos por mantener la autonomia de la decisión de políticas nacionalessobre la creación de instituciones comunitárias.O esforço do Brasil em projetar poder internacionalmente e, ao mesmo temporepresenta limite às possibilidades de aprofundamento da integração. Conquanto potênciaregional, não emite sinais de que esteja disposto a abrir mão de parte de seu poder em favorde instituições regionais comunitárias. A atitude brasileira contemporânea tem sido,portanto, pragmática e realista.No caso da desavença diplomática entre Argentina e Uruguai, por ocasião daspapeleras, o distanciamento brasileiro pode ser explicado, em parte, pelo pragmatismo. Opaís não deseja se indispor com seu maior parceiro comercial na região, a Argentina.Benral-Meza (2004, p. 170) afirma que boa parte da academia brasileira em relaçõesinternacionais coincide com setor majoritário do Itamaraty no sentido de que a Argentina é,15

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