cuidado de enfermagem ao recém-nascido pré-termo e de baixo peso

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Trabalho 248Cuidado de enfermagem ao recém-nascido pré-termo e de baixo peso: um olharfenomenológico em HeideggerNursing care for newborn preterm and low birth weight in the light of phenomenologyCuidados de enfermería del recién nacido parto prematuro y bajo peso la luz de lafenomenologíaSilvana Santiago da Rocha - Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora do Programade Pós-Graduação Mestrado em Enfermagem da Universidade Federal do Piauí –UFPI.Tersina-PI. silvanasantiago27@hotmail.comAmanda Lúcia Barreto Dantas - Enfermeira. Especialista em Saúde da Família. Mestrandado Programa de Pós-Graduação Mestrado em Enfermagem da Universidade Federal do Piauí– UFPI.Teresina-PI. amanda.lbd@hotmail.com. Endereço: Rua Desembargador João Pereira,120, Bloco Violeta, Apto 403, Bairro Santa Isabel, Teresina – PI. CEP: 64055-100.Juliana Vieira Figueiredo - Enfermeira. Mestranda do Programa de Pós-GraduaçãoMestrado em Enfermagem da Universidade Federal do Piauí – UFPI. Teresina-PI.ju_vfigueiredo@hotmail.comTaiane Soares Vieira - Enfermeira. Mestranda do Programa de Pós-Graduação Mestrado emEnfermagem da Universidade Federal do Piauí – UFPI. Teresina-PI. supertai18@hotmail.comLuciana Fonseca do Nascimento - Acadêmica de Enfermagem da Faculdade SantoAgostinho-FSA. Teresina-PI. lucianafonseca21@hotmail.comCategoria do artigo: artigo reflexivo2491

Trabalho 248Cuidado <strong>de</strong> <strong>enfermagem</strong> <strong>ao</strong> recém-<strong>nascido</strong> pré-<strong>termo</strong> e <strong>de</strong> <strong>baixo</strong> <strong>peso</strong>: um olharfenomenológico em Hei<strong>de</strong>ggerNursing care for newborn preterm and low birth weight in the light of phenomenologyCuidados <strong>de</strong> enfermería <strong>de</strong>l recién nacido parto prematuro y bajo <strong>peso</strong> la luz <strong>de</strong> lafenomenologíaSilvana Santiago da Rocha - Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora do Programa<strong>de</strong> Pós-Graduação Mestrado em Enfermagem da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Piauí –UFPI.Tersina-PI. silvanasantiago27@hotmail.comAmanda Lúcia Barreto Dantas - Enfermeira. Especialista em Saú<strong>de</strong> da Família. Mestrandado Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação Mestrado em Enfermagem da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Piauí– UFPI.Teresina-PI. amanda.lbd@hotmail.com. En<strong>de</strong>reço: Rua Desembargador João Pereira,120, Bloco Violeta, Apto 403, Bairro Santa Isabel, Teresina – PI. CEP: 64055-100.Juliana Vieira Figueiredo - Enfermeira. Mestranda do Programa <strong>de</strong> Pós-GraduaçãoMestrado em Enfermagem da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Piauí – UFPI. Teresina-PI.ju_vfigueiredo@hotmail.comTaiane Soares Vieira - Enfermeira. Mestranda do Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação Mestrado emEnfermagem da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Piauí – UFPI. Teresina-PI. supertai18@hotmail.comLuciana Fonseca do Nascimento - Acadêmica <strong>de</strong> Enfermagem da Faculda<strong>de</strong> SantoAgostinho-FSA. Teresina-PI. lucianafonseca21@hotmail.comCategoria do artigo: artigo reflexivo2491


Trabalho 248Cuidado <strong>de</strong> <strong>enfermagem</strong> <strong>ao</strong> recém-<strong>nascido</strong> pré-<strong>termo</strong> e <strong>de</strong> <strong>baixo</strong> <strong>peso</strong>: um olharfenomenológico em Hei<strong>de</strong>ggerRESUMOO recém-<strong>nascido</strong> pré-<strong>termo</strong> e <strong>de</strong> <strong>baixo</strong> <strong>peso</strong> é separado abruptamente <strong>de</strong> sua mãe, <strong>de</strong>vido seu estado que requertratamento diferenciado. Ele é privado <strong>de</strong> <strong>cuidado</strong>s por parte <strong>de</strong> seus pais, passando estes a ser <strong>de</strong>responsabilida<strong>de</strong> da equipe <strong>de</strong> <strong>enfermagem</strong> que ficará em contato direto com o recém-<strong>nascido</strong>. Este artigoobjetiva a reflexão sobre esse <strong>cuidado</strong> <strong>de</strong> <strong>enfermagem</strong> <strong>ao</strong> recém-<strong>nascido</strong> e a utilização do referencial teóricometodológicoHei<strong>de</strong>ggeriano para embasar tal temática. Hei<strong>de</strong>gger utilizou a fenomenologia para <strong>de</strong>svelar osentido do ser, pois este permeia toda a existência humana. Ela merece <strong>de</strong>staque neste artigo e se mostraimportante à medida que se faz presente em diversos estudos na <strong>enfermagem</strong>, servindo <strong>de</strong> método <strong>de</strong>investigação e constituindo importante instrumento filosófico.Palavras-chave: Enfermagem; Recém-<strong>nascido</strong>; Cuidado.ABSTRACTThe newborn preterm and low birth weight is abruptly separated from his mother, because her condition thatrequires different treatment. He is <strong>de</strong>prived of care from their parents, passing these to be the responsibility ofthe nursing staff who will be in direct contact with the newborn. This article aims to reflect on the nursing careof the newborn and the use of theoretical and methodological framework to justify such Hei<strong>de</strong>ggerian theme.Hei<strong>de</strong>gger used phenomenology to uncover the meaning of being, because it permeates all of human existence.She <strong>de</strong>serves and this article proves important as it is present in several studies in nursing, serving as a researchmethod and instrument constituting an important philosophical.Keywords: Nursing; Newborn; Care.RESUMENRecién nacidos prematuros y <strong>de</strong> bajo es abruptamente separado <strong>de</strong> su madre, <strong>de</strong>bido a su condición que requiereun tratamiento diferente. Se le priva <strong>de</strong> la atención <strong>de</strong> sus padres, pasando éstos a ser responsabilidad <strong>de</strong>lpersonal <strong>de</strong> enfermería que estará en contacto directo con el recién nacido. En este artículo se preten<strong>de</strong>reflexionar sobre los <strong>cuidado</strong>s <strong>de</strong> enfermería <strong>de</strong>l recién nacido y el uso <strong>de</strong>l marco teórico y metodológico parajustificar el tema hei<strong>de</strong>ggeriano tales. Hei<strong>de</strong>gger utiliza la fenomenología para <strong>de</strong>scubrir el sentido <strong>de</strong> ser, ya queimpregna toda la existencia humana. Ella se merece y este artículo resulta importante, ya que está presente envarios estudios en enfermería, que actúa como un método <strong>de</strong> investigación y que constituyen un importanteinstrumento filosófico.Palabras clave: Enfermería; recién nacido; <strong>cuidado</strong>.2492


Trabalho 248Cuidado <strong>de</strong> <strong>enfermagem</strong> <strong>ao</strong> recém-<strong>nascido</strong> pré-<strong>termo</strong> e <strong>de</strong> <strong>baixo</strong> <strong>peso</strong>: um olharfenomenológico em Hei<strong>de</strong>ggerIntroduçãoO recém-<strong>nascido</strong> pré-<strong>termo</strong> e <strong>de</strong> <strong>baixo</strong> <strong>peso</strong> necessita receber este <strong>cuidado</strong>, que éofertado pelos pais do mesmo e/ou <strong>de</strong>mais familiares, bem como pelos profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>,<strong>de</strong>ntre estes o enfermeiro que se <strong>de</strong>dica <strong>ao</strong> <strong>cuidado</strong> do mesmo na busca por sua adaptação àvida extra-uterina e manutenção <strong>de</strong> suas funções fisiológicas.O <strong>cuidado</strong> envolve auxiliar as pessoas a buscarem um caminho que lhes dêem osentido do <strong>cuidado</strong> <strong>de</strong> si através da compreensão <strong>de</strong> que a vida é repleta <strong>de</strong> sentidos, e que, apartir <strong>de</strong>ssa compreensão, possam transcen<strong>de</strong>r <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma concepção holística <strong>de</strong> ser-nomundo-com-o-mundo,cuidando e se cuidando (1) .Este estudo caracteriza-se por uma reflexão teórica sobre o <strong>cuidado</strong> <strong>ao</strong> recém-<strong>nascido</strong>pré-<strong>termo</strong> e <strong>de</strong> <strong>baixo</strong> <strong>peso</strong>, consi<strong>de</strong>rando o referencial teórico-metodológico da fenomenologia<strong>de</strong> Martin Hei<strong>de</strong>gger. Hei<strong>de</strong>gger compreen<strong>de</strong> o significado da existência do ser humano e apartir <strong>de</strong>la <strong>de</strong>svela o sentido <strong>de</strong>sse ser. Utiliza a fenomenologia como teoria e método já queesta significa <strong>de</strong>ixar e fazer ver aquilo que se mostra tal como se mostra em si mesmo.Esta reflexão, a partir <strong>de</strong>stes conceitos e da relevância do uso da fenomenologia para acompreensão <strong>de</strong>sta temática, busca trazer contribuições para o <strong>cuidado</strong> realizado peloenfermeiro, sensibilizando-o para a compreensão do significado do ser-<strong>cuidado</strong> que vai alémdaquilo que aparenta, mas que se percebe em sua essência.Recém <strong>nascido</strong> pré-<strong>termo</strong> e <strong>de</strong> <strong>baixo</strong> <strong>peso</strong>O ser humano é um ser que estabelece relações <strong>de</strong> troca com meio, o recém-<strong>nascido</strong>(RN) nasce com alguns mecanismos prontos para funcionar conforme a sua maturaçãoorgânica, a sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adaptação e estimulação <strong>ao</strong> meio que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá dos <strong>cuidado</strong>srecebidos.O recém <strong>nascido</strong> pré-<strong>termo</strong> não é um organismo a <strong>termo</strong> ina<strong>de</strong>quado e sim, umorganismo normal vivendo em um ambiente para o qual ele não está <strong>de</strong>senvolvido. Seuprograma biológico foi requisitado antecipadamente, assim a seqüência normal <strong>de</strong>diferenciação e integração dos subsistemas ainda não foi atingida. O parto pré-<strong>termo</strong> é aqueleque ocorre antes das 37 semanas <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> gestacional, incluindo 36 semanas e 6 dias, no qual2493


Trabalho 248po<strong>de</strong>m ocorrer inúmeras complicações nos diferentes sistemas, como cardiovascular,endócrino, urinário, muscular, nervoso, respiratório e sensorial (2) .Os recém-<strong>nascido</strong>s pré-<strong>termo</strong> estão predispostos a várias patologias que complicamseu período neonatal, envolvendo ainda uma gran<strong>de</strong> incidência <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> nos centros <strong>de</strong>neonatologia. Em todo o mundo nascem, anualmente, 20 milhões <strong>de</strong> recém-<strong>nascido</strong>s pré<strong>termo</strong>e com <strong>baixo</strong> <strong>peso</strong>. Dentre estes, aproximadamente um terço morre antes <strong>de</strong> completarum ano <strong>de</strong> vida. No Brasil, nove em cada <strong>de</strong>z recém-<strong>nascido</strong>s possuem <strong>peso</strong> inferior a 1 kg <strong>ao</strong>nascer (3) .De acordo com dados do Ministério da Saú<strong>de</strong>, a proporção <strong>de</strong> <strong>nascido</strong>s vivos <strong>de</strong> <strong>baixo</strong><strong>peso</strong> aumentou em todas as regiões do Brasil no período <strong>de</strong> 1996 a 2004. Houve aumento<strong>de</strong>sta proporção <strong>de</strong> nascimentos pré-<strong>termo</strong> em todas as regiões, com exceção da região centrooeste.Este aumento foi significativamente maior nas regiões norte e nor<strong>de</strong>ste (4) .Para se ter uma boa assistência e conseqüentemente uma queda <strong>de</strong>sses indicadores,associado <strong>ao</strong> número crescente <strong>de</strong> recém-<strong>nascido</strong>s pré-<strong>termo</strong> e <strong>de</strong> <strong>baixo</strong> <strong>peso</strong> <strong>de</strong>ve existir umnúmero suficiente <strong>de</strong> instituições que atendam a estas crianças. Além disso, é mister que<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>stas instituições existam profissionais capacitados tecnicamente, cientificamente ehumanamente para aten<strong>de</strong>r com qualida<strong>de</strong> estas crianças.Uma das formas <strong>de</strong> assistir o RN <strong>de</strong> <strong>baixo</strong> <strong>peso</strong> é o tratamento em uma UTI neonatal(Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Terapia Intensiva Neonatal). Esta é local on<strong>de</strong> os recém-<strong>nascido</strong>s pré-<strong>termo</strong> e <strong>de</strong><strong>baixo</strong> <strong>peso</strong> permanecem por <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>de</strong> <strong>cuidado</strong>s intensivos para sua sobrevivência (2) .Porém os vários procedimentos realizados no ambiente da Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Terapia Intensivatornam-se um gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio para os pais e principalmente para o recém-<strong>nascido</strong>, pois estãoexpostos a procedimentos dolorosos e que po<strong>de</strong>m vir a perturbar o organismo tão frágil e<strong>de</strong>bilitado. Essas interferências nos sistemas <strong>de</strong> autorregulação dos mesmos po<strong>de</strong>m atéacarretar <strong>de</strong>sequilíbrio nos mecanismo <strong>de</strong> homeostase e no <strong>de</strong>senvolvimento cognitivo e daaprendizagem da criança futuramente.Normalmente, os recém-<strong>nascido</strong>s pré-<strong>termo</strong> apresentam alterações em suas funçõesfisiológicas, <strong>de</strong>vido <strong>ao</strong> não amadurecimento <strong>de</strong>stas. Quanto menor for a ida<strong>de</strong> gestacional,maior a mortalida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>vido à dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> adaptação <strong>de</strong>ste recém-<strong>nascido</strong> à vida extrauterinae pela imaturida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus sistemas orgânicos. Entre as principais alteraçõesencontram-se a sucção e <strong>de</strong>glutição débeis, insuficiência respiratória, distúrbios metabólicos,imaturida<strong>de</strong> neurológica, incapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>termo</strong>rregulação, problemas hematológicos,nutricionais e imunológicos (5) .2494


Trabalho 248Com a separação abrupta <strong>de</strong> sua mãe, <strong>de</strong>vido a seu estado que inspira <strong>cuidado</strong>s, orecém-<strong>nascido</strong> será privado <strong>de</strong> tudo aquilo que um bebê <strong>nascido</strong> a <strong>termo</strong> recebe <strong>ao</strong> nascer noque se refere <strong>ao</strong>s <strong>cuidado</strong>s parentais. Ao invés <strong>de</strong> receber <strong>cuidado</strong>s dos pais, precisa <strong>de</strong>procedimentos invasivos; ele sente o odor dos tecidos da incubadora, que é diferente do corpo<strong>de</strong> sua mãe; não sente calor nesses tecidos; inala o cheiro forte das substâncias usadas nosprocedimentos indispensáveis. O recém-<strong>nascido</strong> pré-<strong>termo</strong> <strong>de</strong>mora mais tempo para sentir ocheiro <strong>de</strong> seus pais e escutar novamente a voz <strong>de</strong>les. Fica, também, mais tempo que o bebê a<strong>termo</strong> privado do contato pele-a-pele, <strong>de</strong> carinhos e afagos vindos <strong>de</strong> seus genitores (6) .Embora haja o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> tecnologias que visam a melhora da sobrevida<strong>de</strong>stes recém-<strong>nascido</strong>s, muitas vezes esta po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rada uma barreira para a qualida<strong>de</strong>do <strong>cuidado</strong>, quando os instrumentos se transformam no foco do <strong>cuidado</strong> em saú<strong>de</strong>, quando oprofissional está mais preocupado em checar as aparelhagens do que manter um contato como paciente. Dessa forma o <strong>cuidado</strong> po<strong>de</strong> sofrer fragmentação e se tornar <strong>de</strong>sumanizado (7) .Além da UTIN, o recém-<strong>nascido</strong> também recebe <strong>cuidado</strong>s <strong>de</strong> profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>em outros locais inseridos na instituição hospitalar, como o berçário <strong>de</strong> <strong>cuidado</strong>sintermediários e a enfermaria canguru nos hospitais que já adotaram o Método Canguru namesma. O Método Canguru foi <strong>de</strong>senvolvido pela primeira vez, na Colômbia e consiste nocontato pele a pele <strong>de</strong> mãe e filho, favorecendo a melhores respostas tanto da mãe quanto dorecém-<strong>nascido</strong>, por favorecer o estreitamento dos laços entre estes, bem como proporcionarcondições para esta mãe se sentir valorizada por estar neste método, cuidando <strong>de</strong> seu filho,agindo para melhorar suas condições <strong>de</strong> vida e saú<strong>de</strong> e <strong>de</strong>sfrutar <strong>de</strong> uma assistência maishumanizada (5) .A humanização representa um conjunto <strong>de</strong> iniciativas que visa à produção <strong>de</strong> <strong>cuidado</strong>sem saú<strong>de</strong> capaz <strong>de</strong> conciliar a melhor tecnologia disponível com promoção <strong>de</strong> acolhimento erespeito ético e cultural <strong>ao</strong> paciente, <strong>de</strong> espaços <strong>de</strong> trabalhos favoráveis <strong>ao</strong> bom exercíciotécnico e à satisfação dos profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e usuários. A humanização do <strong>cuidado</strong>neonatal preconiza várias ações propostas pelo Ministério da Saú<strong>de</strong>, baseando-se nasadaptações brasileiras <strong>ao</strong> Método Canguru, para recém-<strong>nascido</strong>s <strong>de</strong> <strong>baixo</strong> <strong>peso</strong>. Estas sãovoltadas para o respeito às individualida<strong>de</strong>s, à garantia <strong>de</strong> tecnologia que permita a segurançado recém-<strong>nascido</strong> e seu acolhimento e <strong>de</strong> sua família, com ênfase no <strong>cuidado</strong> voltado para o<strong>de</strong>senvolvimento e psiquismo, buscando facilitar o vínculo mãe-bebê durante a suapermanência no hospital e após a alta (8) .Neste processo <strong>de</strong> interação e vinculação, o enfermeiro exerce papel fundamental, poisse encontra diretamente em contato com o recém-<strong>nascido</strong> e seus pais, informando sobre os2495


Trabalho 248procedimentos a serem realizados e esclarecendo dúvidas e proporcionando a aproximaçãodos mesmos, facilitando a criação dos laços afetivos.Cuidado <strong>de</strong> <strong>enfermagem</strong> <strong>ao</strong> recém-<strong>nascido</strong> pré-<strong>termo</strong> e <strong>de</strong> <strong>baixo</strong> <strong>peso</strong>Ao falar <strong>de</strong> <strong>cuidado</strong>, é preciso compreen<strong>de</strong>r que ser é <strong>cuidado</strong> e as diversas maneiras<strong>de</strong> estar-no-mundo envolvem diferentes maneiras <strong>de</strong> <strong>cuidado</strong>. Para se tornar um ser <strong>de</strong><strong>cuidado</strong>, um <strong>cuidado</strong>r, é preciso, inicialmente, ter experienciado o <strong>cuidado</strong>, ou seja, ter sido<strong>cuidado</strong>. A capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>cuidado</strong> está, portanto, ligada <strong>ao</strong> quanto e como o ser foi <strong>cuidado</strong>.Por meio do <strong>cuidado</strong>, percebe-se a existência <strong>de</strong> outros além do que se é; o outro dá o sentidodo eu (9) .O ser que é <strong>cuidado</strong>, além <strong>de</strong> receber as atenções <strong>de</strong> nível terapêutico, recebe um<strong>cuidado</strong> que vai além das técnicas e dos procedimentos. É um <strong>cuidado</strong> feito com compaixão,com interesse e com carinho. O ser humano, ou seja, o ser <strong>cuidado</strong> é olhado, ouvido, sentido.Por outro lado, o ser que cuida encontra caminho para a integralização <strong>de</strong> suas ações. O serque cuida também passa a perceber que necessita cuidar <strong>de</strong> si (10) .A arte <strong>de</strong> cuidar evi<strong>de</strong>ncia-se como parte importante no <strong>de</strong>senvolvimento humano,para processo <strong>de</strong> evolução este assegurou a manutenção <strong>de</strong> sua existência e garantiu asobrevivência da espécie. O <strong>cuidado</strong> <strong>de</strong> fato <strong>de</strong>termina a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> um ser, poispossibilitar <strong>ao</strong> individuo a manutenção <strong>de</strong> sua integrida<strong>de</strong> e evolução é a forma <strong>de</strong> garantirque a intervenção sobre alguns males ou riscos à saú<strong>de</strong> proporcionem mudanças <strong>ao</strong> longo <strong>de</strong>sua vida. A <strong>enfermagem</strong> tem no <strong>cuidado</strong> o seu foco central <strong>de</strong> ação. A <strong>enfermagem</strong> éentendida como um método através do qual as pessoas prolonguem ou renovem as formas <strong>de</strong>ser e sentir-se saudável, através do <strong>cuidado</strong> <strong>de</strong> si (1) .Des<strong>de</strong> o nascimento, a criança <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> das ligações familiares para crescer. Ela carece<strong>de</strong> <strong>cuidado</strong>s com o corpo, alimentação e aprendizagem. No entanto, nada disso é possível seela não encontrar um ambiente <strong>de</strong> acolhimento e afeto. A ligação afetiva entre a criança e suafamília, especialmente com a mãe é imprescindível para assegurar que as bases <strong>de</strong> formaçãopsicológica do futuro adulto sejam mantidas intactas. Alem disso, a existência <strong>de</strong> uma equipemultiprofissional que proporcione este <strong>cuidado</strong> se faz fundamental para a manutenção da vidado recém-<strong>nascido</strong> (11) .O autêntico <strong>cuidado</strong> apresenta-se associado <strong>ao</strong>s <strong>termo</strong>s <strong>de</strong> preocupação,responsabilida<strong>de</strong>, afeto, simpatia, entre outras ações que estão relacionadas com ascaracterísticas individuais <strong>de</strong> cada ser, as ações <strong>de</strong> cuidar tornam-se in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes do tipo <strong>de</strong>2496


Trabalho 248interação com os <strong>cuidado</strong>res e os seres <strong>cuidado</strong>s, isso se torna cada vez mais impessoal, brevee formal (12) . Dessa forma, é possível promover o bem estar, suprir as necessida<strong>de</strong>s do outro <strong>de</strong>acordo com sua situação, agindo <strong>de</strong> forma a auxiliar o recém-<strong>nascido</strong> a superar suasdificulda<strong>de</strong>s, tendo como resultado a sua recuperação <strong>de</strong> sua sau<strong>de</strong> e utilizando <strong>de</strong> todos osrecursos disponíveis para suprir as necessida<strong>de</strong>s biopsicossociais.Cuidado <strong>de</strong> <strong>enfermagem</strong> <strong>ao</strong> recém-<strong>nascido</strong> pré-<strong>termo</strong> e <strong>de</strong> <strong>baixo</strong> <strong>peso</strong> à luz dafenomenologiaA palavra fenomenologia é inspiração <strong>de</strong> filósofos gregos, na palavra gregaphaenomenon que se refere àquilo que se mostra, é a relação humana com aquilo que aparece,<strong>de</strong> modo que a palavra grega quer evi<strong>de</strong>nciar nossa relação com o mundo, a relação eumundo,consi<strong>de</strong>rando a manifestação do mundo por meio dos sentidos e suas estruturas. Phadiz respeito à luz, portanto é aquilo aparece a nós e a forma inicial <strong>de</strong> algo nos aparecer éatravés dos sentidos (13) .A fenomenologia possui a tarefa <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r o significado das vivências daconsciência, consistindo no retorno às coisas próprias sendo, portanto uma possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>evi<strong>de</strong>nciar as coisas, o que se mostra por meio da experiência humana, a <strong>de</strong>scrição daquiloque é vivenciado, vivido (14) .Em outra <strong>de</strong>finição fenomenologia assume o significado <strong>de</strong> “ciência do fenômeno”,ciência esta capaz <strong>de</strong> “<strong>de</strong>ixar e fazer ver por si mesmo aquilo que se mostra, tal como semostra a partir <strong>de</strong> si mesmo”, permitindo a apreensão dos objetos “<strong>de</strong> tal maneira que se <strong>de</strong>vetratar <strong>de</strong> tudo que está em discussão numa <strong>de</strong>monstração e procedimentos diretos” (15) .Na concepção <strong>de</strong> Hei<strong>de</strong>gger a fenomenologia nos remete à busca do sentido do ser, ea essência do ser resi<strong>de</strong>, na sua própria existência. O homem é a possibilida<strong>de</strong> concreta daexistência, é contemporâneo do mundo. Não há possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se compreen<strong>de</strong>r o que émundo, sem <strong>ao</strong> mesmo tempo compreen<strong>de</strong>r o que é a existência do homem, ser e mundo sãoligados (15) .Martin Hei<strong>de</strong>gger trouxe gran<strong>de</strong>s contribuições para a fenomenologia <strong>ao</strong> consi<strong>de</strong>rá-laciência da consciência, porém dissociada do i<strong>de</strong>alismo das idéias e caracterizada por intençõestranscen<strong>de</strong>ntais da vida pratica. Para este filosofo ainda era vista como um permitir ver ofenômeno, que se mostra por si mesmo, liberado <strong>de</strong> seus encobrimentos. Através <strong>de</strong> sua obra,Ser e Tempo <strong>de</strong> 1927, por meio da fenomenologia conduz o estudo a respeito da problemáticado ser, no intuito <strong>de</strong> <strong>de</strong>svelar o seu sentido (16) .2497


Trabalho 248Hei<strong>de</strong>gger percebeu na fenomenologia a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>screver os muitos aspectosda existência humana. Para ele o único ente capaz <strong>de</strong> que questionar sua própria existência er<strong>ao</strong> homem, pois ele tem consciência do ser. Nesse questionar-se estava em jogo a questão doser. Heid<strong>de</strong>ger afirmou que este ente que nós somos em nós mesmos e questionamos,chamado Daisen, é aquele que, em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> seu próprio ser, existe e o seu modo <strong>de</strong> ser é aexistência. A partir da existência humana, que é sua essência, o homem tem um conjunto <strong>de</strong>possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> vir a ser (17) .Dasein ou ser-aí ou ser no mundo para Hei<strong>de</strong>gger é a maneira como algo se tornamanifesto, compreendido e conhecido para o ser humano no mundo, com característicasontológicas ou existenciais peculiares que o permite manifestar-se, <strong>de</strong>svelar-se. Assim,Dasein é o ente que compreen<strong>de</strong> o ser, tendo a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> colocar questões, enten<strong>de</strong>ndosua existência como possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ser ou <strong>de</strong> não ser si mesmo (15) .Enten<strong>de</strong>-se então, que <strong>ao</strong> proporcionar as ações <strong>de</strong> <strong>cuidado</strong> a qualquer ser, é precisocompreen<strong>de</strong>r este ser em sua essência <strong>de</strong> acordo com as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> sua existência.Devem-se levar em consi<strong>de</strong>ração os aspectos vividos por ele, buscando-se o ser que se mostraem seu mundo-vida.No que concerne <strong>ao</strong> <strong>cuidado</strong>, para Hei<strong>de</strong>gger, o homem é um ser <strong>de</strong> <strong>cuidado</strong> que é ummodo-<strong>de</strong>-ser essencial do ser humano. Dessa forma, o <strong>cuidado</strong> está no ser humano e estesempre que fizer algo, este algo estará sempre imbuído <strong>de</strong> <strong>cuidado</strong>, uma vez que a volição ofundamenta. Este <strong>cuidado</strong> não está limitado às ativida<strong>de</strong>s práticas, consistido ainda emocupação e preocupação baseada na tolerância e consi<strong>de</strong>ração (15) .Quando se trata <strong>de</strong> recém-<strong>nascido</strong> pré-<strong>termo</strong> e <strong>de</strong> <strong>baixo</strong> <strong>peso</strong>, um universo <strong>de</strong>contextos estão inseridos, pois o mesmo provém <strong>de</strong> uma realida<strong>de</strong>, com famílias que possuemvivências diferentes e que acabam unindo-se na promoção <strong>de</strong>ste <strong>cuidado</strong> <strong>ao</strong> recém-<strong>nascido</strong> nabusca pela melhoria das suas condições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Desta forma, a utilização do métodofenomenológico se faz imprescindível por permitir o a<strong>de</strong>ntrar neste universo na busca pelaessência <strong>de</strong>ste ser, manifesto aqui em diferentes vertentes, po<strong>de</strong>ndo-se compreen<strong>de</strong>r este sercomo a mãe, pai ou <strong>de</strong>mais familiares do recém-<strong>nascido</strong>, bem como a equipemultiprofissional que presta <strong>cuidado</strong>s <strong>ao</strong> mesmo.Por meio <strong>de</strong>sta compreensão <strong>de</strong> <strong>de</strong>svelar <strong>de</strong>ste ser é que o enfermeiro possui maiorescondições <strong>de</strong> perceber quais os pontos cruciais <strong>de</strong> uma compreensão acerca do universo quepermeia o recém-<strong>nascido</strong> pré-<strong>termo</strong> e <strong>de</strong> <strong>baixo</strong> <strong>peso</strong>, utilizando estes significados para melhorproporcionar o <strong>cuidado</strong> <strong>ao</strong> mesmo.2498


Trabalho 248Se o <strong>cuidado</strong> é inerente <strong>ao</strong> ser humano, sempre que estiver voltado a prestar auxílio,ser solícito a outrem, este ser humano estará praticando o <strong>cuidado</strong>. Como, no universo <strong>de</strong>vivência do recém-<strong>nascido</strong> estão presentes inúmeras ativida<strong>de</strong>s diárias que envolvem este<strong>de</strong>svelo, <strong>de</strong>dicação e esta solicitu<strong>de</strong>, todos aqueles que interagirem com o mesmo estarãopraticando o <strong>cuidado</strong>. Desta forma, o <strong>cuidado</strong> à luz da fenomenologia perpassa o ambientein<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> se estar ou não pensando em realizar este <strong>cuidado</strong>, pois omesmo é inerente <strong>ao</strong> ser humano.Ao prestar ações <strong>de</strong> <strong>cuidado</strong> a outro e tomar-lhe o lugar das ocupações, o <strong>cuidado</strong>assume possibilida<strong>de</strong>s diferenciadas <strong>de</strong> autenticida<strong>de</strong>, substituindo-os ou <strong>de</strong>volvendo este<strong>cuidado</strong> <strong>ao</strong> ser humano (15) . O enfermeiro utiliza o <strong>cuidado</strong> no seu dia-a-dia, no seu cotidiano,compreen<strong>de</strong>ndo melhor como ocorrem as interações entre o recém-<strong>nascido</strong> e familiares,prevenindo agravos e promovendo a sau<strong>de</strong> do recém-<strong>nascido</strong>.ConclusãoO <strong>cuidado</strong> realizado pelo enfermeiro é imprescindível para a saú<strong>de</strong> do recém-<strong>nascido</strong>,por este motivo a importância do mesmo compreen<strong>de</strong>r o universo que permeia as relações<strong>de</strong>ste ser com sua família, estruturando suas ações <strong>de</strong> <strong>cuidado</strong> com base neste significado,traduzindo este <strong>cuidado</strong> na essência do ser enfermeiro, uma vez que o <strong>cuidado</strong> não <strong>de</strong>ve serentendido como a prática <strong>de</strong> procedimentos e sim como um ato <strong>de</strong> doação, <strong>de</strong> solicitu<strong>de</strong> parae pelo outro.A fenomenologia hei<strong>de</strong>ggeriana se mostra ferramenta fundamental neste processo, porpermitir a compreensão <strong>de</strong>ste <strong>de</strong>svelar do ser, uma vez que a <strong>enfermagem</strong> é a ciência quebusca conhecer e proporcionar <strong>cuidado</strong> <strong>ao</strong> ser humano, e para realizar suas ações po<strong>de</strong> contarcom as contribuições <strong>de</strong> estudos fenomenológicos que buscam apreen<strong>de</strong>r o significado do serenvolvidos no universo que permeia a vida do recém-<strong>nascido</strong>.REFERÊNCIAS1. Silva LWS, Francioni FF, Sena ELS, Carraro TE, Randunz V. O <strong>cuidado</strong> na perspectiva <strong>de</strong>Leonardo Boff, uma personalida<strong>de</strong> a ser (re) <strong>de</strong>scoberta na <strong>enfermagem</strong>. Rev. Brasileira <strong>de</strong>Enfermagem. 2005; 58 (4): 471-5.2499


Trabalho 2482. Pra<strong>de</strong> L. Recém <strong>nascido</strong> pré-<strong>termo</strong>: critérios para introdução da alimentação por via oral[dissertação] Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Maria, Rio Gran<strong>de</strong> do Sul; 2006.3. Ministério da Sau<strong>de</strong> (BR). Pacto pela redução da mortalida<strong>de</strong> infantil Nor<strong>de</strong>ste-AmazôniaLegal. Brasília: Ministério da Saú<strong>de</strong>; 2009.4. Ministério da Sau<strong>de</strong> (BR). DATASUS. Proporção <strong>de</strong> <strong>nascido</strong>s vivos <strong>de</strong> <strong>baixo</strong> <strong>peso</strong> <strong>ao</strong>nascer. Brasília: Ministério da Saú<strong>de</strong>; 2008.5. Escobar AMU, Valente ME, Grisi SJF. A promoção da saú<strong>de</strong> na infância. Barueri, SP:Manole, 2009.6. Ministério da Saú<strong>de</strong> (BR). Método Canguru. Brasília: Ministério da Saú<strong>de</strong>, 2009.7. Oliveira BRG, Lopes TA, Vieira CS, Collet N. O processo <strong>de</strong> trabalho da equipe <strong>de</strong><strong>enfermagem</strong> na UTI neonatal e o cuidar humanizado. Texto & Contexto –<strong>enfermagem</strong>. Florianópolis, 2006; 15 (Esp): 105-13.8. Ministério da Saú<strong>de</strong> (BR). Secretaria <strong>de</strong> Atenção à Saú<strong>de</strong>. Área <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Criança.Atenção humanizada <strong>ao</strong> recém-<strong>nascido</strong> <strong>de</strong> <strong>baixo</strong> <strong>peso</strong>: Método Canguru/ Ministério da Saú<strong>de</strong>,Secretaria <strong>de</strong> Atenção à Saú<strong>de</strong>, Área Técnica da Saú<strong>de</strong> da Criança. Brasília: Ministério daSaú<strong>de</strong>; 2009.9. SBP-Socieda<strong>de</strong> Brasileira <strong>de</strong> Pediatria. Os 10 passos para a atenção hospitalar humanizadaà criança e <strong>ao</strong> adolescente. SBP, Rio <strong>de</strong> Janeiro. 2003. Disponível em:10. Waldow VR. O <strong>cuidado</strong> na saú<strong>de</strong>: as relações entre o eu, o outro e o cosmos. 2 ed.Petrópolis-Rio <strong>de</strong> Janeiro: Vozes; 2004.11. Oliveira BRG, Collet N. Criança hospitalizada: percepção das mães sobre o vínculoafetivo criança-família. Rev. Latino-Am. Enfermagem. Ribeirão Preto, 1999; 7(5): 143-51.12. Baggio MA. O significado <strong>de</strong> <strong>cuidado</strong> para profissionais da equipe <strong>de</strong> <strong>enfermagem</strong>. Rev.Eletr. Enf. 2006. 8(1):9-16.2500


Trabalho 24813. Pokla<strong>de</strong>k DD. A fenomenologia do cuidar. São Paulo: Vetor; 2004.14. Capalbo C. Fenomenologia e ciências humanas. Aparecida-São Paulo: I<strong>de</strong>ias & Letras;2008.15. Hei<strong>de</strong>gger M. Ser e tempo. 4 ed. Petrópolis: Vozes; 2009.16. Nunes B. Hei<strong>de</strong>gger & Ser e Tempo. 2 ed. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Jorge Zahar; 2004.17. Santos LG. O homem na filosofia <strong>de</strong> Martin Hei<strong>de</strong>gger. Ciência & Vida Filosofia. 2008.2501

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