12.07.2015 Views

Fiscalladas: a promete - SINDAFEP

Fiscalladas: a promete - SINDAFEP

Fiscalladas: a promete - SINDAFEP

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Para abordar o tema sindicalismointernacional é necessárioestabelecer urna analogia entre ahistória desse sindicalismo com osindicalismo brasileiro para se terurna idéia do momento históricoque vivemos.Na primeira parte abordaremosa historia do sindicalismo internacionaltomando como referenciala revolução industrial ocorrida nainglaterra, cujo início tem comodata o ano de 1769, quando JamesWaytt inventa a máquina avapor.A primeira relação do sindicalismonacional com o sindicalismointernacional é sem dúvida a história.A história do sindicalismoda América Latina, vem do sindicalismoeuropeu, das duas últimasdécadas do século passado.Assim sendo a realidade do sindicalismode cada um os paísesda América Latina é a herançahistórica do sindicalismo europeu.Darcy Ribeiro, professor de váriasuniversidades da AméricaLatina, diz que o modelo de sindicalismodesse continente foitransplantado da Europa da mesmaforma como hoje, na maioriados nossos países, a revoluçãotecnológica é também uma realidadetransplantada aos nossospaíses.Esse sindicalismo teve tambémuma origem aqui em nossos paísesdo tipo ideológico, ou seja,das ideologias surgidas na Europacom a revolução industrial, trazidasque foram pelos imigrantesque aqui passaram a desenvolversuas idéias, a desenvolver suapercepção da realidade da classetrabalhadora no novo continente.Nosso sindicalismo tem portantosuas raízes nessa cultura européiadas últimas décadas do séculopassado e princípio deste,pois a classe trabalhadora urbanado Brasil era de origem européia.Isso criou um problema naAmérica Latina: a diversidadeideológica entre as classes trabalhadoraseuropéias e as classestrabalhadoras da América Latinase explica porque na transformaçãodessa classe trabalhadora urbanaindustrial, na Europa, a origemfoi o artesanato e no nossocontinente foi o camponês quechegou à cidade em grande número,tornando-se em pouco tempo,numericamente superior aoseuropeus aqui radicados.Por tais motivos, revolução industrial,artesanato, cultura como surgimento de novas idéias,Marx, Engels, Hegel, é determinantea tendência das velhasclasses trabalhadoras da Europapelo socialismo como ideologiaque expressa a vontade dessac lasse.Na América Latina essa classetrabalhadora de origem camponesa,mesclada com imigrantes cujabase cultural era o artesanato,mostra uma tendência para o populismoque surgiu com força significativanos vários movimenosaqui, tais como o Aprismo no Perú,Peronismo na Argentina, Varguismono Brasil, Bolivarismo na AméricaCentral e países andinos.ASPECTO CULTURALA outra relação do sindicalismointernacional com o nacional é acultural. Ou seja, qual foi a respostados trabahadores em nossocontinente ao modelo e às ideologiastrazidas pelos imigrantes: a)anarquismo, b) socialismo, c) comunismo,d) luta armada, e) novaesquerda.Em 1945, quando termina aSindicalismo Internacionalsegunda guerra munóal e começaa guerra fria, apenas 14% dostrabalhadores latinoamericanoseram sindicalizados. Em estudosfeitos para saber o porquê de tãobaixa sindicalização constatouseque o problema era cultural.A nova cultura, a cultura camponesada América Latina era umaconsequência, ou a realidade quese vivia era uma síntese da misturade valores do homem europeucom o latino.Esse modelo sindical e até os objetivosde luta propostos por essesindicalismo de origem européianão satisfaziam os valores culturaisdas novas classes trabalhadoras.Essa classe não percebia,não via nesse sindicalismo uminstrumento válido de luta e confiavamais nos partidos políticos,confiava muito mais nos líderescarismáticos da América Latinado que na própria natureza sindical.ASPECTO IDEOLÓGICOA terceira relação entre o sindicalismointernacional e o nacionalé muito recente. A partir de1960 se passa a executar a políticade segurança nacional, um dosconceitos surgidos na Escola dasAméricas no Panamá, em quasetodos os países da América Latina,que levou ao estabelecimentode várias ditaduras militares, forçandoao exílio um número muitogrande de lideranças sindicais.Essas lideranças no exílio entramem contacto e passam a conhecermelhor a realidade do sindicalismoeuropeu- também de formamenos intensa com o sindicalismoamericano -, ambos numa etapasuperior de organização que lhespermite fazer negociação coletivavantajosa para os trabalhadores,numa etapa superior até mesmoao próprio capitalismo internacional.Também lá se faz reflexãosobre os direitos dos trabalhadores,os direitos sindicais, osdireitos por melhores condiçõesde vida e de trabalho, direitos essesque para serem detendidosaqui deveriam contar com a fraternidadee a solidariedade dasclasses trabalhadoras melhor organizadase do respeito com queconta esse sindicalismo. E queessa solidariedade e essa fraternidadepara o sindicalismo brasileirosob pressão, ilegalizado, semliberdade constitua uma formapolítica importante e podia seruma força atuante.Isto foi constatado durante omilagre econômico, no governoMédici, quando várias feiras industriaisforam promovidas peloBrasil para mostrar o "milagre".Em vários países, como a Bélgica,foi impossível a embaixada brasileirainaugurar essa feira em virtudedos movimenos feitos porsindicalistas daquele país que, emsolidariedade ao nosso, decreta=ram boicote a essa feira, por faltade democracia e liberdade sindicalno Brasil.Nossas lideranças começarama compreender que a classe trabalhadorano Brasil, na Argentina,no Chile, no Uruguai, por cima dassuas divergências tinham uma solidariedade,uma fraternidade querepresentava uma força políticade peso e atuante.Também a presença do sindicalismona Organização Internacionaldo Trabalho - O.I.T. - paracondenar o Brasil pela falta deliberdade sindical, pela cassaçãodas lideranças sindicais, aproximouo sindicalismo dos nossospaíses com o sindicalismo internacional.Mas há também umaconsciência de que os direitossindicais, os direitos humanos dostrabalhadores e a autonomia sindicalencontram na solidariedadeinternacional uma força políticaatuante e que nossos governosse mostram sensíveis a essaspressões internacionais e a essasolidariedade dos trabalhadoresdos países desenvolvidos. Na Argentina,no Chile, no Uruguai, noBrasil, essas ações internacionaisaté salvaram vidas de sindicalistaspresos que provavelmenteseriam eliminados fisicamente pelasforças de repressão. A capacidadede pressão política que tema solidariedade do sindicalismointernacional é uma lição queaprendemos.Comércio de Calcário LtdaCalcárioConetivos agrícolas16NOT !FISCOCUT/90Morro do Ferro stn: - Fone: (0422) *32-1311 — Telex422-323 -CIOC — Castro — Paraná

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!