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Teoria dos Lugares Centrais - Agência Júnior de Comunicação ...

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Hierarquias<strong>Lugares</strong> são concentrações <strong>de</strong> oferta<strong>de</strong> bens e serviços.A hierarquia <strong>dos</strong> lugares <strong>de</strong>ve sebasear na hierarquia <strong>dos</strong> bens eserviços.Domínio <strong>de</strong> um produto => domínio <strong>de</strong>um lugar (área atendida pela suaoferta <strong>de</strong> bens e serviços, i.e. regiãocomplementar).


Exemplo <strong>de</strong> Hierarquia eFunçõesCentrosFunções <strong>Centrais</strong>MetrópoleRegionalMestrado eDoutoradoGraduaçãoAgência <strong>de</strong>Publicida<strong>de</strong>Produtos<strong>de</strong>InformáticaHospitalGeralCapitalRegionalGraduaçãoAgência <strong>de</strong>Publicida<strong>de</strong>Produtos<strong>de</strong>InformáticaHospitalGeralCentro subregionalAgência <strong>de</strong>Publicida<strong>de</strong>Produtos<strong>de</strong>InformáticaHospitalGeralCentro <strong>de</strong>zonaProdutos<strong>de</strong>InformáticaHospitalGeralCentro localHospitalGeral


Construção <strong>de</strong> Re<strong>de</strong>sFuncionaisTrês critérios:Consi<strong>de</strong>ra-se para cada lugar apenas ofluxo ou ligação mais forte;Um lugar é consi<strong>de</strong>rado in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte seo fluxo mais forte ocorrer com outro local<strong>de</strong> menor expressivida<strong>de</strong>;Se um lugar A estiver subordinado a umlugar B e este estiver subordinado a umlugar C, então A estará tambémsubordinado ao lugar C.


A paisagem <strong>dos</strong> lugares centraisFonte: Lopes, 2001, p. 224


Exemplo <strong>de</strong> Hierarquia <strong>de</strong> <strong>Lugares</strong> e <strong>de</strong> Re<strong>de</strong>Funcional: re<strong>de</strong> urbana <strong>de</strong> localida<strong>de</strong>sselecionadas do Espírito SantoSão PauloRio <strong>de</strong> JaneiroBelo HorizonteVitóriaAlegreGuaçuíCasteloCachoeiro <strong>de</strong>ItapemirimIconhaItapemirimRio Novo do SulAtílio VivacquaMimoso do SulMuquiVila VelhaGuarapariAnchietaPiúmaVargem AltaPresi<strong>de</strong>nte KennedyAlfredo ChavesCariacicaVianaLeopoldinaMarechal FlorianoDomingos MartinsColatinaTeixeira <strong>de</strong> FreitasLinharesEunápolisSerraNanuqueLegenda: Níveis <strong>de</strong> centralida<strong>de</strong> - padrão <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>Máximo - Metrópole Nacional / GlobalMuito forte - Centro RegionalForte para médio - Centro Sub-regionalMédio - Ten<strong>de</strong>ndo a Centro Sub-Médio para fraco - Centro localMuito fraco - Municípios subordina<strong>dos</strong>


Desafio: a regionalizaçãoA regionalização é o ato <strong>de</strong> dividir oterritório em regiões (ou funcionais ousemelhantes ou heterogêneas).Do ponto <strong>de</strong> vista das técnicasexistentes, Hilhorst (1975) afirma queos tipos <strong>de</strong> regionalização e asescolhas <strong>de</strong> técnicas <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rão <strong>dos</strong>objetivos e <strong>dos</strong> critérios <strong>de</strong> análise.


Objetivos e CritériosObjetivoAnálisePlanejamentoCritérioInter<strong>de</strong>pendênciaRegiãoPolarizadaRegião <strong>de</strong>PlanejamentoSemelhançaÁreaHomogêneaÁrea-programa


RegionalizaçãoA <strong>de</strong>limitação <strong>de</strong> regiões econômicasse dá por meio <strong>dos</strong> seguintesenfoques:Homogeneida<strong>de</strong> regional;Heteregoneida<strong>de</strong> regional (pólosregionais e atratores).


Regionalização por RegiõesHomogêneasProcura-se avaliar as regiões, parafins <strong>de</strong> política pública, por exemplo,por meio <strong>de</strong> critérios <strong>de</strong> agrupamento<strong>de</strong> regiões por critérios <strong>de</strong> semelhança(homogeneida<strong>de</strong> <strong>de</strong> parâmetros).Os critérios utiliza<strong>dos</strong> para classificaras regiões po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong> apenas umavariável ou um conjunto <strong>de</strong> atributos.


Exemplo 1: Regionalização doEstado <strong>de</strong> São PauloPerfil da Ativida<strong>de</strong> Econômica <strong>dos</strong>Municípios do Estado <strong>de</strong> São PauloEsboço das ativida<strong>de</strong>s produtivas pararegionalização:Similarida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estrutura produtiva entre osmunicípios;Proximida<strong>de</strong> geográfica (fronteiras comuns);Parâmetros das regiões administrativas doEstado <strong>de</strong> São Paulo.


Fase 1Diagnóstico das Aglomerações.Critérios:Concentração relativa <strong>de</strong> empregosetorial acima da média nacional (medidapor HC – horizontal cluster).44 Setores CNAE (ClassificaçãoNacional <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong> Econômica doIBGE).


Fase 2Esboço <strong>de</strong> Espacialização da Ca<strong>de</strong>iamesclado com RegiõesAdministrativas. Critérios: Agrupamentos das ativida<strong>de</strong>s CNAE 44setores por meio <strong>de</strong> um esboço dasca<strong>de</strong>ias produtivas e por afinida<strong>de</strong> entreprodutos ou entre insumos e produtos.Conformação das fronteiras regionaistendo por base as regiõesadministrativas do estado.


Exemplo 2: Homogeneida<strong>de</strong><strong>de</strong> condições habitacionaisÍndice <strong>de</strong> Vulnerabilida<strong>de</strong> Habitacional,construído a partir <strong>dos</strong> microda<strong>dos</strong> dapesquisa amostral do Censo 2000,buscando captar:Condições da construção;Condições do terreno;Densida<strong>de</strong> da ocupação.


Regionalização por RegiõesHeterogêneasDe acordo com esta metodologia, as cida<strong>de</strong>s queapresentam características <strong>de</strong> centralida<strong>de</strong>, afirmaHilhorst (1975), funcionam espacialmente como pólos<strong>de</strong> atração magnéticos, trazendo para si as ativida<strong>de</strong>seconômicas <strong>de</strong>senraizadas (foot-loose) ou influenciandoativida<strong>de</strong>s que <strong>de</strong>pendam das <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong> taismunicípios.As áreas <strong>de</strong> influência, ou os campos <strong>de</strong> atração,<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rão da influência do tempo (os limites oufronteiras ten<strong>de</strong>m a se modificar), serão imprecisamente<strong>de</strong>finida nas regiões mais periféricas (on<strong>de</strong> a “força <strong>de</strong>atração” for mais fraca) e seus limites mudam quan<strong>dos</strong>e muda <strong>de</strong> aspecto referencial (ativida<strong>de</strong>s econômicas<strong>de</strong>limitam certas zonas <strong>de</strong> polarização que nãonecessariamente coincidirão com as zonas <strong>de</strong> influênciapolítica etc.).


Regionalização por RegiõesHeterogêneasHá dois méto<strong>dos</strong> possíveis <strong>de</strong> medir ainfluência <strong>de</strong> um pólo <strong>de</strong> atração:Fluxos Hipotéticos => mo<strong>de</strong>losgravitacionais e <strong>de</strong> potencial.Fluxos Reais.


Fluxos HipotéticosO primeiro método se refere ao estudo das forças <strong>de</strong> atraçãoentre os centrói<strong>de</strong>s das localida<strong>de</strong>s e baseia-se no mo<strong>de</strong>logravitacional, que po<strong>de</strong> ser calculado em termos do potencial<strong>de</strong>mográfico ou econômico <strong>dos</strong> municípios.Clemente e Higashi (2000) apresentam a seguinte formulaçãopara estimar a força entre duas localida<strong>de</strong>s:Fij=KTaiijOn<strong>de</strong>: T são medidas <strong>de</strong> massa, como PIB ou população, e D adistância entre as localida<strong>de</strong>s.DA atração <strong>de</strong> um centro, portanto, limita-se pelo “atrito dadistância”, isto é, por custos <strong>de</strong> transportes crescentes com adistância, <strong>de</strong> modo a gerar <strong>de</strong>seconomias (Ferreira, 1989).. Tcbj


Fluxos HipotéticosConseqüentemente, temos que opotencial <strong>de</strong> uma dada localida<strong>de</strong> i, <strong>de</strong>acordo com Clemente & Higashi(2000), é dado por:b b⎛ T1T2Pi K⎜ + . + ... +c c⎝ Di1Di2Tbn=cDin⎞⎟⎠


Regionalização por mo<strong>de</strong>losgravitacionaisA construção <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong> influência se dá por meiodas curvas <strong>de</strong> isopotenciais (que segundo Ferreira(1989), os seus traça<strong>dos</strong> se assemelham aos dascurvas <strong>de</strong> nível) e que expressam os lugaresgeométricos <strong>dos</strong> pontos (municípios) com mesmovalor numérico <strong>de</strong> potencial <strong>de</strong> atração.As curvas <strong>de</strong> isopotenciais são traçadas em torno<strong>de</strong> um pólo (centro) e <strong>de</strong>crescem <strong>de</strong> valor à medidaque se afastam do mesmo.Dessa forma, e por meio <strong>de</strong>ssas curvas <strong>de</strong>isopotenciais, são <strong>de</strong>senhadas as áreas <strong>de</strong>influência <strong>de</strong> cada pólo regional, permitindo aregionalização do espaço.


Fluxos ReaisO segundo método refere-se à análise <strong>dos</strong>fluxos <strong>de</strong> transporte (cargas e/ou pessoas)e <strong>de</strong> comunicações entre os municípios emtermos <strong>de</strong> direção e intensida<strong>de</strong>.Hilhorst (1975, p. 89) afirma que “essemétodo empreen<strong>de</strong> a coleta <strong>de</strong> informaçõessobre tantos fluxos quanto possível”.O “Estudo sobre Caracterização etendências da Re<strong>de</strong> Urbana no Brasil” doIPEA/IBGE/Unicamp segue estametodologia.


Exemplo 3Hilhorst (1975) citaestudo realizadopelo CEDEPLAR em1970 para o Estado<strong>de</strong> Minas Gerais,foram classifica<strong>dos</strong>os fluxos para todasas cida<strong>de</strong>s doestado compopulação acima<strong>dos</strong> 15.000habitantes, sendoesses:Fluxos econômicos <strong>de</strong> acordo com origem e<strong>de</strong>stino: Transporte <strong>de</strong> carga por rodovia; Transporte <strong>de</strong> carga por ferrovia; Fluxos <strong>de</strong> mercadoria <strong>dos</strong> atacadistaspara os varejistas.Fluxos indicadores <strong>de</strong> polarização política: O total <strong>de</strong> investimento fe<strong>de</strong>ral eestadual por habitante; Aumento <strong>dos</strong> números <strong>de</strong> funcionáriosfe<strong>de</strong>rais e estaduais, por habitante, nomesmo período.Fluxos indicadores da extensão da influência<strong>dos</strong> serviços sociais <strong>de</strong> acordo com aorigem: Número <strong>de</strong> estudantes secundários; Números <strong>de</strong> pessoas hospitalizadas.Outros fluxos <strong>de</strong> acordo com origem e<strong>de</strong>stino: Transporte <strong>de</strong> passageiros por ônibus; Chamadas telefônicas; Telegramas.


Exemplo 4 Regionalização do Estado <strong>de</strong> SãoPaulo por fluxo <strong>de</strong> idas e vindas entremunicípios <strong>de</strong> residência e município<strong>de</strong> trabalho (“comutação”). Base <strong>de</strong> da<strong>dos</strong>: Censo <strong>de</strong> 2000. Construção do fluxo <strong>de</strong> pessoas queresi<strong>de</strong>m no município i e trabalham nomunicípio j.


Exemplo 4 Primeiramente i<strong>de</strong>ntificamos os centros regionais segundo ograu <strong>de</strong> atrativida<strong>de</strong> do município, conceito semelhante àauto-suficiência utilizado em Karlsson e Olsson (2000). O grau <strong>de</strong> atrativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um município (A) é <strong>de</strong>finido como aporcentagem <strong>de</strong> indivíduos que trabalham em (A), mas queresi<strong>de</strong>m em outro município. Um município que exerça um elevado grau <strong>de</strong> atração sobre amão <strong>de</strong> obra <strong>dos</strong> municípios vizinhos será <strong>de</strong>finido como umcentro regional.Atrativida<strong>de</strong> (A) = 1 – TTR / TTMTTR = nº <strong>de</strong> indivíduos que trabalham e resi<strong>de</strong>m no município (A)TTM = nº total <strong>de</strong> indivíduos que trabalham no município (A) Se o grau <strong>de</strong> atrativida<strong>de</strong> do município for maior que 0,25 (ouseja, mais <strong>de</strong> 25% <strong>dos</strong> trabalhadores do município resi<strong>de</strong>mfora <strong>de</strong>le); o município é consi<strong>de</strong>rado um centro regional. Onúmero <strong>de</strong> centros obtido por este critério <strong>de</strong>finirá o número<strong>de</strong> regionais funcionais.


Exemplo 2Uma vez i<strong>de</strong>ntifica<strong>dos</strong> os centros regionais,o próximo passo é vincular cada municípionão <strong>de</strong>finido como centro aos centros <strong>de</strong>acordo com critério abaixo.Cada município não centro (B) foi vinculadoao município (C) que possua a maior razão:nº <strong>de</strong> trabalhadores que resi<strong>de</strong>m em (B) etrabalham em (C) / nº total <strong>de</strong> trabalhadoresem (C).Posteriormente, ajustes eventuais sãorealiza<strong>dos</strong> com o objetivo <strong>de</strong> garantircontigüida<strong>de</strong>.

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