DegravaÃ§Ã£o na Ãntegra das falas da AudiÃªncia PÃºblica em MarabÃ¡

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Reunião do Conselho Curador da EBC – Marabá – 14.09.2012SRA. AGDA CAMPOS: Bom dia a todos. Eu sou da Fetagri, sudeste,aqui, do Pará. Eu gostaria de parabenizar pelo debate, pela qualidade dodebate.Esse debate, ele poderia ser muito bem mais potencializado com aparticipação do nosso campo, das pessoas que, realmente, ouvem a rádio,ouvem os conteúdos que são repassados por essa programação. Que penaque, hoje, esse período que a gente está vivendo... Agora, a gente temestratégias políticas de como fazer política um pouco descontextualizadas,porque separa de vários acontecimentos da sociedade. É um períodoeleitoral, em que estão prefeito e vereadores, e muitas pessoas seafastam para dizerem que estão fazendo a dita política.Eu sinto falta desse público, porque eles são uns dos sujeitos quetêm uma voz fundamental nesse debate. Eles poderiam relatar com maispropriedade, sugerir propostas mais concretas.Parabenizo a UFPA pelas pesquisas e estudos que tem feito arespeito da comunicação, acompanhado os projetos de assentamentos eacampamentos, e conhecem bastante a realidade, aqui, da região.E dizer, também, que a maioria dos sujeitos que moram no campo,hoje, não estão presentes, não tão pelo fato de não ser interessante essemomento, mas porque nós precisamos... Eu acho que é uma coisaimportante falar: precisamos criar estratégias de como esse público podeparticipar desses momentos.A gente sabe que, aqui, a locomoção, as estradas são ruins. Eu vejodesde o início, quando eu entrei, aqui, o pessoal fala: “Está sendotransmitido via internet”. Só que o sinal de internet, aqui, na nossa regiãopraticamente não é tão bom, não é? Sinal de celular, no campo, às vezes,você tem que subir ou em cima de uma... Não vou dizer uma castanheira,para não exagerar tanto, mas você tem que andar quilômetros, você temque pegar um ponto e, assim mesmo, a voz fica falhando, não é?Mas falar dessas dificuldades para vocês, para que possam entendertanto as pessoas que estejam nos ouvindo, por outros meios decomunicação, de que esses sujeitos que estão aqui e que precisam falar,potencializar esse debate, que talvez não vão ter essa oportunidade, nãoé? Pedir, já de início, que a gente repense até o final dessa plenária apossibilidade, porque eu acredito que essa aproximação é um ensaio deuma longa conversa, que a gente possa pensar em um outro momento,em uma outra plenária, em que essas discussões possam ser feitas maisclaramente.Eu parabenizo o movimento que vocês estão fazendo nos estados.Eu acho que já é um engatinhar desse projeto. Vocês vão ter sugestões,creio que muito ricas, se esse for, realmente, o objetivo da EBC, não é?Vocês vão ter muitos conteúdos a serem repassados, muitas informaçõesdo nosso Brasil, que a gente conhece pouco, ainda, pela dimensão que é,SA/ehc 38
Reunião do Conselho Curador da EBC – Marabá – 14.09.2012mas também pela falta de oportunidade que é se dar a esses sujeitos avoz, o falar.Eu ouvi, em outros momentos, que os conteúdos que sãorepassados têm algumas dificuldades não só de chegar até a essaspessoas, mas de conhecer, realmente, a realidade deles, não é? Mas nãoé pelo fato de que essas pessoas não queiram. A gente sabe que a gentequer. Mas como chegar lá, como viabilizar, como a gente ter um contatomais próximo, tanto de Brasília como das outras regiões?E o Estado do Pará, creio que a Amazônia, são vários estados, umadiversidade muito grande, muito rica. E que a comunicação, ela meio quepadrão, o que você houve falar no sudeste do Pará, você ouve falar no suldo Pará, você, talvez, pode ouvir falar até em Manaus, não é? É umacoisa, assim, muito... É muito padrão, ainda.Eu acho que, além disso... Eu tinha uma outra pergunta a fazer,mas... Se eu conseguir pegar até lá, eu me reinscrevo, mas para falar éisso, não é? Como a gente pode viabilizar? Como a gente pode viabilizaresses sujeitos a estarem participando?Uma das coisas que foram colocadas, também, a questão dapolítica, porque disse que o radio, esse rádio de ondas curtas, ele está umpouco escasso, quase... São pessoas já bem antigas, com bastante idade,que conservam o seu, ainda, porque também não têm acesso.Então, acho, assim, um pouco complicado falar de uma coisa quevocê, talvez, nem conheça muito bem. Então, esse ensaio, aqui, ele é ricopor isso. E é lamentável, porque a gente não tenha a participação dessepúblico, que são essenciais, a voz deles, para esse momento.É só isso. Talvez, eu retorno para me inscrever, só para... Obrigada.[palmas]SRA. BETH BEGONHA: Caminhamos para as últimas participações.Eu queria convidar a Francisca Oliveira, para estar, aqui, ocupando atribuna, e fazendo parte dessa nossa audiência pública. Ela que é da RádioBerokan FM.SRA. FRANCISCA OLIVEIRA: O meu bom dia a todos. Eu querodizer que é uma honra estar participando dessa plenária com a RádioNacional da Amazônia.Eu gostaria de perguntar quantos representantes de rádioscomunitárias estão presentes, representando suas rádios, nessa plenária?Então, eu não me apresentei. Eu sou a Francisca Oliveira. Soudiretora presidente de uma rádio comunitária que se chama Berokan FM,que leva o nome do rio, que é o Rio Maria.E quero dizer que, desde criança, eu já acompanhava a RádioBerokan. Aliás, a Rádio Nacional da Amazônia. Me sinto, assim, muito felizem conhecer o diretor, em conhecer o pessoal que organiza aSA/ehc 39
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