Degravação na íntegra das falas da Audiência Pública em Marabá

Reunião do Conselho Curador da EBC – Marabá – 14.09.2012mesmas lideranças que são reproduzidas ou a formação da mesma elitedo país, do ponto de vista cultural e educacional brasileiro, e de exercícioda cidadania.Eu, recentemente, tive um dado que eu tenho, estou há dez mesesna presidência em busca dele, e o Eduardo me trouxe, essa semana.É, para a gente saber, em quantas capitais tinham, ali? Nem dez.Sete. Além daquelas que nós medimos no Ibope, o Distrito Federal, SãoPaulo e Rio de Janeiro, outras mais, inclusive, aqui. Aí, a gente soma tudoà audiência da TV Brasil, com todas essas parceiras nossas – nas nossastrês, mais quatro outras parceiras – e a gente não chega num traçosomando tudo, entendeu?É traço. Agora, é traço por quê? Estamos 60 anos atrasados.Sessenta anos. Como é que eu consigo disputar audiência, assim,amarrado pelas amarras do regime estatal, porque eu sou uma empresaestatal, e, ao mesmo tempo, tendo que disputar audiência, tendo que tera flexibilidade, tendo que ter o regime para disputar a audiência com asprivadas. Como é que se faz isso?A gente está buscando caminhos. Nós estamos negociandointernamente, dentro do governo, estamos negociando com quem precisanegociar, o Tribunal de Contas da União. Eu estive com o presidente doTribunal, essa semana. Estamos negociando com o Ministério Público dotrabalho. Estamos negociando com os representantes dos funcionários. Agente tem que encontrar uma solução, no nosso modelo organizacional, etemos que convencer as pessoas que nós somos importantes eprecisamos ter apoio financeiro. Sem recursos, não faz.Tem gente que não gosta que eu diga isso, mas televisão é cara.Rádio é cara. Você tem que manter transmissor, e numa região, não é,grande e de difícil acesso é mais caro, ainda. Eu não quero fugir àresponsabilidade. Eu quero dizer: nós estamos batalhando. Nós estamosbuscando o como é possível.Agora, não é fácil, e sem a ajuda de vocês, de vocês mobilizarem assuas correntes sociais, de vocês mobilizarem as pessoas que precisam econvencê-las de que elas precisam, porque é isso mesmo. Bota lá a FM,no assentamento, e o pessoal fica feliz. Se a FM não fala dos conflitos, nãofala dos direitos, não fala daquilo que as pessoas têm que buscar, essaspessoas vão... Eu tenho certeza que consumidoras, elas serão. Porque,hoje, nós temos uma nova classe média que está podendo consumir eestá aprendendo a ser consumidor, não é?O direito do consumidor está prevalecendo, na maior capital do país,na eleição, não é? É o direito ao consumidor que está prevalecendo lá. Odireito do consumidor. Não o crédito do cidadão, não é? O direito docidadão é... Nós, que estamos aqui, porque entendemos a importância dacomunicação pública, é que temos que ensiná-lo que ele tem o direito dedizer e o direito de saber, o direito do cidadão.SA/ehc 24