12.07.2015 Views

Degravação na íntegra das falas da Audiência Pública em Marabá

Degravação na íntegra das falas da Audiência Pública em Marabá

Degravação na íntegra das falas da Audiência Pública em Marabá

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Reunião do Conselho Curador <strong>da</strong> EBC – Marabá – 14.09.2012ter uma ante<strong>na</strong> parabólica ou uma TV a cabo, para ter acesso a isso. Eisso t<strong>em</strong> um custo, que muita... A grande parte <strong>da</strong> nossa população nãot<strong>em</strong> esse acesso, pelas dificul<strong>da</strong>des fi<strong>na</strong>nceiras e, também, de distância.Quantas vezes a gente chega numa região que, como foi falado, que nãot<strong>em</strong> si<strong>na</strong>l de televisão e a rádio é aquela forma de comunicação?Eu também me l<strong>em</strong>bro, de uma forma só, um pouco saudoso,quando eu viajava mais pela zo<strong>na</strong> rural, quando era menor, criança, euvia as telenovelas, as informações <strong><strong>da</strong>s</strong> on<strong><strong>da</strong>s</strong> curtas <strong>da</strong> Rádio Nacio<strong>na</strong>l. Eaquilo realmente seduzia. E, hoje, se perdeu esse encanto <strong>da</strong> rádio,<strong>da</strong>quela coisa de se ouvir a rádio. Hoje, para b<strong>em</strong> falar a ver<strong>da</strong>de,quantos de nós não estamos nos nossos carros, até mesmo <strong>na</strong>s rádioscomerciais FM, e a gente, quando entra <strong>na</strong> parte comercial, a gente jámu<strong>da</strong> para ouvir a outra música. E, às vezes, t<strong>em</strong> alguma informação e agente não t<strong>em</strong> mais aquele t<strong>em</strong>po para parar e ouvir.A gente precisa, assim, porque a comunicação, ela t<strong>em</strong> que ter ot<strong>em</strong>po para a gente ouvir, para a gente interagir com ela e para a gentepoder man<strong>da</strong>r cartas, sugestões, orientações e sugerir que também seja...Tragam formações para a Amazônia, que a gente sabe <strong><strong>da</strong>s</strong> dificul<strong>da</strong>des,pela grande extensão do nosso território amazônico, não só do Pará, masde todo o território amazônico.Então, essa é a minha fala. Eu deixo que essa preocupação <strong>da</strong> coisacomercial, se trocando a cultural, social pela parte comercial, que terámais lucro e é mais visível para as grandes corporações que se preocupamcom a parte fi<strong>na</strong>nceira. Obrigado e bom dia.SRA. BETH BEGONHA: Agradec<strong>em</strong>os a participação do professorAlysson Vieira de Oliveira e chamamos Evandro Medeiros, para a suaparticipação, ele que também é <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de Federal do Pará, porcinco minutos.SR. EVANDRO MEDEIROS: Bom dia. Em 1996, ocorreu, nesseestado, nessa região, um massacre de trabalhadores rurais que só foiconhecido pelo mundo porque havia uma câmera de TV liga<strong>da</strong>, no lugar. Eque, talvez, a <strong>em</strong>issora <strong><strong>da</strong>s</strong> redes de comunicação, como Maiora<strong>na</strong>, nãotivesse a sacação do que ia acontecer, depois, porque mesmo assim,sendo as imagens de proprie<strong>da</strong>de deles, eles poderiam não veicular.Depois de 1996, um líder sindicalista, chamado ‘Dezinho’, <strong>em</strong>Rondon do Pará, começou a an<strong>da</strong>r com uma câmera de vídeo para cima epara baixo, filmando tudo o que era do seu cotidiano, porque ele estavaameaçado de morte. Mesmo assim, ele foi assassi<strong>na</strong>do.Nesse estado, aquilo que as pessoas viv<strong>em</strong> e enfrentam comoconflitos – que foi relatado <strong>na</strong> fala do professor Fer<strong>na</strong>ndo – não é deconhecimento público, porque a comunicação, ela é manipula<strong>da</strong>, ela t<strong>em</strong>dono.SA/ehc 16

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!