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Gengibre de Ubatuba expõe na maior feira do Brasil - Jornal ...

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Maranduba, 1º <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2010 - Disponível <strong>na</strong> Internet no site www.jor<strong>na</strong>lmaranduba.com.br - Ano I - Edição 08Destaque:Escolas da região plantam mudas no Dia da Mata AtlânticaObra da Sabesp não prejudicará acesso à cachoeira pg 03Notícias:Arte marcial em <strong>de</strong>staque no PEF <strong>do</strong> Áurea<strong>Gengibre</strong> <strong>de</strong> <strong>Ubatuba</strong> expõe <strong>na</strong> <strong>maior</strong> <strong>feira</strong> <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong> pg 04Universitários aprovam roteiro <strong>de</strong> Turismo Rural <strong>na</strong> RegiãoArtesã da Cassan<strong>do</strong>ca expõe no sul <strong>do</strong> país pg 05Dica <strong>de</strong> Turismo:Praias da Tabatinga e das Galhetas: cenários atrativos pg 08Passa<strong>do</strong> e futuro convivem em harmonia <strong>na</strong> divisa pg 09Gente da Nossa História:Antonio Amorim: o homem da memória fotográfica pg 10Curiosida<strong>de</strong>:Versões sobre a origem <strong>do</strong> Dia <strong>do</strong>s Namora<strong>do</strong>s pg 11Cultura:A primeira impressão <strong>do</strong>s índios Tupi<strong>na</strong>mbás pg 13Comportamento:A História <strong>do</strong> “NEOQUETA pg 15


Pági<strong>na</strong> 4 Jor<strong>na</strong>l MARANDUBA News 1º Junho 2010Artes marciais em <strong>de</strong>staque no PEF <strong>do</strong> ÁureaGLAUCIA CAVALCANTENos dias 15 e 16 <strong>de</strong> maio,atletas <strong>do</strong> Kung-Fu e representantesda associação Longtehparticiparam da última seletivapara o campeo<strong>na</strong>to paulista2010 <strong>na</strong> cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Barueri conquistan<strong>do</strong>o título <strong>de</strong> melhorequipe. O <strong>de</strong>staque foi paraos atletas da Maranduba, quejuntos somaram 14 medalhas.O atleta Paulo Ricar<strong>do</strong> (Pajé)venceu todas as suas lutas pornocaute, sem falar no professorValdir (Xiaulong) que conquistoucinco medalhas.O atleta Mathews, mesmodiante <strong>de</strong> tanta gente experiente<strong>na</strong> sua categoria, pulou<strong>do</strong> vigésimo quinto lugar e ficouem terceiro, conquistan<strong>do</strong>assim sua classificação.A atleta Lara Lucas, já classificada,participou como basepara o estadual e acabou comduas medalhas <strong>de</strong> ouro e duas<strong>de</strong> pratas. A atleta A<strong>na</strong>shelytambém conseguiu sua tãosonhada classificação. Nossoatleta Carlinhos <strong>do</strong> Sanshoutambém se classificou em terceiro.Agora estamos <strong>de</strong> malasprontas rumo ao paulistão.Vamos com a equipe Xiaulongem busca <strong>de</strong> uma vaga no<strong>Brasil</strong>eirão.Para <strong>maior</strong>es esclarecimentosentre em conta<strong>do</strong> com anossa equipe <strong>na</strong> Rua <strong>do</strong> Eixo,segunda travessa, nº07. Tel.:(12) 3849-5611 ou 9769-3538com a Taty ou Professor Valdir(xiaulong@hotmail.com)Profº Valdir é voluntário noPrograma Escola da Família<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2004 <strong>de</strong>senvolven<strong>do</strong>arte marcial aos fi<strong>na</strong>is <strong>de</strong> sema<strong>na</strong>das 9:00 ás 13:00.Agra<strong>de</strong>cimentos: Ubaclin,Casa <strong>de</strong> Carnes Camar e DrogariaRe<strong>na</strong>scer Maranduba.“Tar<strong>de</strong> da Saú<strong>de</strong>” movimenta Posto <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>EZEQUIEL DOS SANTOSNo ultimo dia 19, a equipe dasaú<strong>de</strong> da família da Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong>Saú<strong>de</strong> Izabel Félix <strong>do</strong>s Santos,promoveu uma tar<strong>de</strong> diferentecom palestras, ofici<strong>na</strong>s e ativida<strong>de</strong>sfísicas. O evento contoucom cerca <strong>de</strong> 100 pessoas e foichama<strong>do</strong> <strong>de</strong> “Tar<strong>de</strong> da Saú<strong>de</strong>”.Importante foram as presençasda escritora Silmara Retti, autora<strong>do</strong> livro “Flash, você sabe o queeu tenho?”; da nutricionista daSecretaria Municipal da Saú<strong>de</strong>,Dra. Cláudia Rafaelli e <strong>do</strong>s educa<strong>do</strong>resfísicos Cristiano Ely eCarla <strong>do</strong> Pra<strong>do</strong>. Participaram aindaa Dra. Sheila da Silveira Barbosa,Superinten<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> AtençãoBásica e o Sr. Jorge Otávio,membro <strong>do</strong> Núcleo <strong>de</strong> EducaçãoPermanente, ambos da SecretariaMunicipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>.Os participantes tiveram informaçõessobre alimentaçãosaudável, orientação sobre DST/AIDS e ativida<strong>de</strong>s físicas. A comunida<strong>de</strong>e os pacientes ficaramsatisfeitos com o evento e aguardammais outras ativida<strong>de</strong>s, quefazem à diferença <strong>na</strong> busca <strong>de</strong>uma melhor qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida esaú<strong>de</strong> no dia-a-dia <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s.<strong>Gengibre</strong> <strong>de</strong> <strong>Ubatuba</strong> expõe<strong>na</strong> <strong>maior</strong> <strong>feira</strong> <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong>EZEQUIEL DOS SANTOSAconteceu no Salão da Bie<strong>na</strong>lem São Paulo, entre os dias 20e 23/05, a Bio Brazil Fair – NaturalTech 2010, o <strong>maior</strong> eventoprofissio<strong>na</strong>l <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> orgânico<strong>do</strong> país.Com um reconhecimento inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l,o evento foi realiza<strong>do</strong>durante a Sema<strong>na</strong> Nacio<strong>na</strong>l<strong>do</strong> Alimento Orgânico, on<strong>de</strong>ofereceu amplo espaço paraoportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> negócios àuma <strong>de</strong>manda que vem crescen<strong>do</strong>consi<strong>de</strong>ravelmente, além<strong>de</strong> palestras e orientações sobreo tema.A Secretaria Municipal Agricultura,Pesca e Abastecimento,Valéria Cress Gelli, participou <strong>do</strong>evento em busca <strong>de</strong> novos contatose tecnologias. O eventoque foi patroci<strong>na</strong><strong>do</strong> pelo Ministérioda Ciência e Tecnologia,teve número recor<strong>de</strong> <strong>de</strong> visitantes,um sucesso <strong>de</strong> público enegócios. Da região, participouo <strong>Gengibre</strong> <strong>de</strong> <strong>Ubatuba</strong>, <strong>do</strong> Sí-tio Recanto da Paz <strong>do</strong> Araribá,on<strong>de</strong> apresentou os produtose os subprodutos <strong>de</strong>riva<strong>do</strong>s <strong>do</strong>gengibre.O sitio Recanto da Paz é o percussordas ativida<strong>de</strong>s em gengibreno município e por décadasfoi à vitrine <strong>na</strong> exportação <strong>de</strong>seu produto e aproveita os eventose <strong>feira</strong>s <strong>na</strong> baixa temporada.Este ano ainda recebeu alunos<strong>de</strong> Turismo ao qual buscavaminformações sobre o TurismoRural <strong>na</strong> região. Anie Kamiyama,proprietária <strong>do</strong> Sitio Recanto daPaz, lembra que os produtos <strong>de</strong><strong>Ubatuba</strong> ajudam a divulgar omunicípio buscan<strong>do</strong> mais informaçõessobre a cida<strong>de</strong>.Sucesso também foi a participação<strong>do</strong> Sitio no Art Vale-FeiraInter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l e Nacio<strong>na</strong>l <strong>de</strong> Culturae Artesa<strong>na</strong>to, realiza<strong>do</strong> <strong>na</strong>cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São José <strong>do</strong>s Campos--SP, evento que reuniu 18 paísese teve como tema a mostra<strong>de</strong> vários produtos exóticos <strong>do</strong>spaíses participantes da <strong>feira</strong>.


1º Junho 2010 Jor<strong>na</strong>l MARANDUBA News Pági<strong>na</strong> 5Universitários aprovam roteiro<strong>de</strong> Turismo Rural <strong>na</strong> RegiãoEZEQUIEL DOS SANTOSAlunos <strong>de</strong> EngenhariaAmbiental e Elétrica da Universida<strong>de</strong>São Francisco, <strong>de</strong> Campi<strong>na</strong>s-SP,trazi<strong>do</strong>s pela Educa<strong>do</strong>raAmbiental, Professora CândidaMaria Baptista, participaram<strong>do</strong> 1° roteiro oficial <strong>de</strong> TurismoRural da Região da Marandubanos dias 22 e 23/05. As ativida<strong>de</strong>sforam parte <strong>do</strong> aprendiza<strong>do</strong><strong>do</strong> Curso <strong>de</strong> Técnico emTurismo Rural que aconteceramem duas localida<strong>de</strong>s. Com umacaminhada <strong>de</strong>ntro da mata atéo mirante <strong>do</strong> Araribá, foramapresentadas as fases <strong>de</strong> transição<strong>de</strong> floresta, passan<strong>do</strong> porcaxetal até o mangue. Tambémforam mostradas as variantes<strong>de</strong> consorciamento entre história,cultura, tradições e uso emanejo das roças.O plantio direto, sistemaagroflorestal, sistema rotacio<strong>na</strong><strong>do</strong>,o <strong>de</strong>scanso da terra eos perío<strong>do</strong>s <strong>de</strong> colheitas e usoda matéria prima através <strong>do</strong>scalendários <strong>na</strong>turais e religiosos,o mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> seusmora<strong>do</strong>res também foram ospontos chave <strong>do</strong>s assuntos.O almoço foi um típico frangocom mandioca, acompanha<strong>do</strong><strong>de</strong> salada e suco <strong>de</strong> maracujá,colhi<strong>do</strong>s <strong>na</strong> proprieda<strong>de</strong>. Interessanteainda foi a atenção<strong>do</strong>s alunos dada as explicações<strong>do</strong>s guias, que tiveram o <strong>maior</strong>prazer em atendê-los.A tar<strong>de</strong> estiveram no Sertãoda Qui<strong>na</strong>, on<strong>de</strong> pu<strong>de</strong>ramenten<strong>de</strong>r parte da orientaçãoespacial e geográfica <strong>de</strong> quealguns mora<strong>do</strong>res <strong>de</strong>tém ealgumas formas <strong>de</strong> se localizar<strong>na</strong> mata. Viram ainda umespécime raro <strong>de</strong> árvore, queaos mora<strong>do</strong>res tem muito valorfi<strong>na</strong>nceiro, religioso e afetivo,a Qui<strong>na</strong> Vermelha. Umbom banho <strong>de</strong> água fria não<strong>de</strong>sanimou a turma que se encantaramcom a Cachoeira daCapelinha.No <strong>do</strong>mingo, <strong>de</strong> caiaque partiramda Praia da Maranduba eforam até a Ilha <strong>do</strong> Tamerão,on<strong>de</strong> receberam informações<strong>do</strong> geólogo Nilson Ber<strong>na</strong>rdi. NaPraia da Caçan<strong>do</strong>ca, experimentaramo peixe com ba<strong>na</strong><strong>na</strong>ver<strong>de</strong>, prato típico da região.O turismo rural é a ferramentamais eficaz <strong>na</strong> geração <strong>de</strong>renda, emprego, manutençãoda cultura e preservação <strong>do</strong>meio ambiente.O Turismo Rural foi apresenta<strong>do</strong>aos mora<strong>do</strong>res peloSindicato <strong>do</strong>s Trabalha<strong>do</strong>rese Trabalha<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> <strong>Ubatuba</strong>para este propósito e que através<strong>de</strong> um convênio ente a Fe<strong>de</strong>ração<strong>do</strong>s Trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong>Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São Paulo, através<strong>de</strong> um instrutor <strong>do</strong> Serviço Nacio<strong>na</strong>l<strong>de</strong> Aprendizagem Ruraltrouxe <strong>maior</strong> qualificação aosmora<strong>do</strong>res <strong>de</strong> nossa região.Artesã da Caçan<strong>do</strong>ca expõe no sul <strong>do</strong> paísEZEQUIEL DOS SANTOSDepois <strong>do</strong>m sucesso da participação<strong>de</strong> produtores da região<strong>na</strong> Feira Inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l <strong>de</strong>São José <strong>do</strong>s campos, a regiãose faz representar <strong>na</strong> VII FeiraNacio<strong>na</strong>l da Agricultura Familiare Reforma Agrária –“<strong>Brasil</strong>Rural Contemporâneo”, queaconteceu a beira <strong>do</strong> Rio Guaíba,no cais <strong>do</strong> Porto <strong>na</strong> cida<strong>de</strong><strong>de</strong> Porto Alegre, entre osdias 13 a 16 <strong>de</strong>ste mês. Passarampelo evento 160 mil visitantese as vendas nos 350estan<strong>de</strong>s passaram <strong>de</strong> R$ 11milhões. <strong>Ubatuba</strong> apresentoupeças em fibra <strong>de</strong> ba<strong>na</strong>neira,taboa, junco, concha, cipó efibra <strong>de</strong> coco. A artesã Nei<strong>de</strong>Antunes <strong>de</strong> Sá, 53, foi a únicarepresentante quilombola<strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São Paulo e ficouimpressio<strong>na</strong>da com a varieda<strong>de</strong><strong>de</strong> técnicas e trabalhosapresenta<strong>do</strong>s <strong>na</strong> <strong>feira</strong> ecom o grau <strong>de</strong> organização <strong>do</strong>evento. “Os índios <strong>do</strong> Amazo<strong>na</strong>sapresentaram cada peça,cada trabalho, eram entalhes<strong>do</strong>s animais da floresta, coisamais linda! É nessa época queo movimento em nossa cida<strong>de</strong>diminui, por isso, <strong>de</strong>vemos nosorganizar para buscar alter<strong>na</strong>tivas”comenta a artesã. Nei<strong>de</strong>recebeu propostas <strong>de</strong> várioslocais <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong> e <strong>do</strong> exterior,uma <strong>de</strong>las da Itália, outro foia <strong>de</strong> ministrar cursos sobre astécnicas <strong>de</strong> utilização da fibra<strong>de</strong> ba<strong>na</strong>neira aos quilombos<strong>do</strong> Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul. Para aartesã foi uma oportunida<strong>de</strong>rica e muito produtiva. Na <strong>feira</strong>Integração <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>s quilombolas <strong>na</strong> exposição em Porto Alegreforam vendi<strong>do</strong>s 80% <strong>de</strong> seusprodutos, o que para Nei<strong>de</strong> foium bom negócio em se tratan<strong>do</strong><strong>de</strong> baixa temporada. To<strong>do</strong> oesforço é parte <strong>de</strong> um trabalhoentre a Cati - <strong>Ubatuba</strong>, o Sindicato<strong>do</strong>s Trabalha<strong>do</strong>res e Trabalha<strong>do</strong>ras<strong>de</strong> <strong>Ubatuba</strong>-STTRe a Associação Pólo Produtiva,também <strong>de</strong> <strong>Ubatuba</strong>. Para oengenheiro da Cati <strong>de</strong> <strong>Ubatuba</strong>,Dr. Antonio Marchiori, “trata--se <strong>de</strong> uma oportunida<strong>de</strong> paraconhecer experiências <strong>de</strong> sucessoda agricultura familiar <strong>de</strong>to<strong>do</strong> o <strong>Brasil</strong>”, comenta. A Cati,no ano passa<strong>do</strong>, viabilizou aparticipação <strong>de</strong> Quilombolas eindíge<strong>na</strong>s <strong>de</strong> <strong>Ubatuba</strong> <strong>na</strong> <strong>feira</strong>regio<strong>na</strong>l <strong>de</strong> Economia Solidáriaem Campi<strong>na</strong>s. Para ele o intercâmbiocom outras vivencias éimportante para o crescimentoe formação <strong>de</strong> li<strong>de</strong>ranças.As meto<strong>do</strong>logias <strong>de</strong> venda econhecimento <strong>de</strong> clientes éparte <strong>do</strong> aprendiza<strong>do</strong> <strong>do</strong> Cur-so Técnico <strong>de</strong> Turismo Rural,que é um convênio entre oSTTR <strong>de</strong> <strong>Ubatuba</strong> com a Fe<strong>de</strong>ração<strong>do</strong>s Trabalha<strong>do</strong>res <strong>de</strong>São Paulo-Fetaesp e a fe<strong>de</strong>raçãocom o Serviço Nacio<strong>na</strong>l <strong>de</strong>Aprendiza<strong>do</strong> Rural-SENAR. Avantagem, segun<strong>do</strong> Nei<strong>de</strong>, foia quase ausência <strong>de</strong> burocraciapara participar <strong>do</strong> evento,bastou se inscrever, prepararas pecas e esperar. As peçasforam levadas <strong>de</strong> caminhão atéo evento e o artesão <strong>de</strong> avião,tu<strong>do</strong> custea<strong>do</strong> pelo governo fe<strong>de</strong>ral.O Sindicato, junto comseus parceiros, preten<strong>de</strong> fazerum levantamento <strong>do</strong>s artesãos<strong>na</strong> região a fim <strong>de</strong> estudar apossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> participar emoutras <strong>feira</strong>s, o que será muitoimportante para a geração <strong>de</strong>emprego e renda e a manutenção<strong>do</strong> oficio <strong>de</strong> artesão, quealém <strong>de</strong> bonito é importanteferramenta da mostra da culturalocal e regio<strong>na</strong>l.


1º Junho 2010 Jor<strong>na</strong>l MARANDUBA News Pági<strong>na</strong> 7Delegação <strong>de</strong> <strong>Ubatuba</strong>no Salão <strong>de</strong> Turismo 2010Com a assi<strong>na</strong>tura <strong>de</strong> “talentos, arte, cultura, temperos econhecimento”, o Ministério <strong>do</strong> Turismo atinge a maturida<strong>de</strong><strong>na</strong> 5ª edição da <strong>feira</strong>Delegação <strong>de</strong> <strong>Ubatuba</strong> no 5º Salão Nacio<strong>na</strong>l <strong>de</strong> Turismo em SPA cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Ubatuba</strong> se fezrepresentar uma vez mais <strong>na</strong>queleque já é consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> oevento mais significativo <strong>do</strong>turismo <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l. Contan<strong>do</strong>com a união <strong>de</strong> esforços entreSebrae, Prefeitura Municipale Associação Comercial<strong>de</strong> <strong>Ubatuba</strong> (ACIU), mais <strong>de</strong>40 pessoas integrantes <strong>do</strong>Projeto Circuito Turístico LitoralNorte foram convidadas aparticipar da <strong>feira</strong>. Empresários,artesãos e funcionários<strong>de</strong> empresas presta<strong>do</strong>ras <strong>de</strong>serviços turísticos pu<strong>de</strong>ramaproveitar da 5ª edição <strong>do</strong>Salão Nacio<strong>na</strong>l <strong>de</strong> Turismoque está sen<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong> <strong>do</strong>sdias 26 à 30 <strong>de</strong> maio no Pavilhão<strong>do</strong> Anhembi em SãoPaulo.Segun<strong>do</strong> os participantes“é um evento <strong>de</strong> proporçõesnunca vistas”.As primeiras edições da <strong>feira</strong>foram realizadas no pavi-lhão <strong>do</strong> “Expo Center Norte”,mas com o crescimento <strong>do</strong>evento, o local foi altera<strong>do</strong>para o Pavilhão <strong>do</strong> Anhembi,o <strong>maior</strong> <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong>.O presi<strong>de</strong>nte da AssociaçãoComercial, Alfre<strong>do</strong> CorreaFilho, comemorou os resulta<strong>do</strong>spositivos <strong>do</strong> Salão:“Esta iniciativa <strong>do</strong> SEBRAE,em conjunto com a ACIU ea Prefeitura <strong>de</strong> <strong>Ubatuba</strong>, foiemblemática. To<strong>do</strong>s os participantesda <strong>de</strong>legação <strong>de</strong><strong>Ubatuba</strong> ficaram realmentemuito bem impressio<strong>na</strong><strong>do</strong>scom a viagem, o que ampliouos horizontes e renovou a esperança<strong>de</strong> to<strong>do</strong>s. Além disso,fizemos contatos que nosserão muito valiosos em umfuturo próximo. E isto é só ocomeço <strong>do</strong> extenso trabalhoque a ACIU, em conjunto comseus associa<strong>do</strong>s e parceiros,irá conduzir nos próximosmeses”, avaliou Correa.YES WE CANFERNANDO PEDREIRAParticipamos da Excursãopatroci<strong>na</strong>da pelo Sebrae <strong>de</strong><strong>Ubatuba</strong> ao 5ª Salão <strong>de</strong> Turismo– Roteiros <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong> <strong>de</strong>stavez no Anhembi – São Paulo.Estavam presentes os SenhoresLuiz Felipe, Secretário<strong>de</strong> Turismo; Alfredinho, jovemempresário e Presi<strong>de</strong>nte da AssociaçãoComercial <strong>de</strong> <strong>Ubatuba</strong>e Pedro Paulo, Presi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong>Conselho Municipal <strong>de</strong> Turismo.Estes sensibilizaram os participantespara a importância daFeira e <strong>do</strong> Turismo em nossaCida<strong>de</strong>, além <strong>de</strong> procuraremparcerias para o nosso turismo,o que nos <strong>de</strong>ixa pouco a vonta<strong>de</strong>para exter<strong>na</strong>r nosso, diríamos,<strong>de</strong>sapontamento <strong>na</strong>quelaque é a <strong>maior</strong> <strong>feira</strong> <strong>de</strong> Turismo<strong>do</strong> <strong>Brasil</strong>.Porém precisamos dividircom os leitores essa frustração,esse sentimento <strong>de</strong> incapacida<strong>de</strong>,esse sentimento <strong>de</strong> culpa,esse sentimento <strong>de</strong> inferiorida<strong>de</strong>,não consigo carregar sozinhoesse far<strong>do</strong>.Inicialmente fomos leva<strong>do</strong>spela simpática monitora <strong>do</strong> Sebraea visitar o Stand on<strong>de</strong> estavamos roteiros <strong>de</strong> nosso Esta<strong>do</strong>,e lamentavelmente nós, o CircuitoLitoral Norte, estava ausente.E o pior, agora <strong>na</strong> notíciadivulgada pela Associação Comercialque <strong>de</strong>ve estar estampadanos jor<strong>na</strong>is conheci<strong>do</strong>s,aparece a Foto <strong>do</strong> Stand <strong>do</strong>Sebrae com a Legenda STANDLITORAL NORTE.Assim a gente que recomeçavaa acreditar, percebe o porquênão estamos lá.Lá estavam os boxes <strong>do</strong>s seguintesRoteiros:CIRCUITO TURÍSTICO DAMANTIQUEIRACIRCUITO TURISTICO COSTADA MATA ATLANTICACIRCUITO TURISTICO RELI-GIOSOROTEIROS TURISTICOS DAREGIÃO SUL DA CIDADE DESÃO PAULOCIRCUITO TURISTICO DASÁGUAS PAULISTACIRCUITO TURÍSTICO DOVALE HISTÓRICOCIRCUITO TURISTICO CA-MINHOS DO CENTRO OESTEPAULISTAE Circuito Litoral Norte nãoestava, a alegação <strong>do</strong>s monitores<strong>do</strong> Sebrae é que faltavaformatar o Roteiro.Os que estavam presentescontavam com rico material inclusiveum DVD, fantástico.Segun<strong>do</strong> alguns integrantes<strong>do</strong> nosso grupo, havia sim umstand <strong>do</strong> Litoral Norte, porémmuitos também não o encontraram.A julgar pela históriada foto, acho que <strong>na</strong> verda<strong>de</strong>ninguém viu esse “tal stand”.Vi notícia no Jor<strong>na</strong>l ImprensaLivre que Ilhabela está presente,porém também não vimos.Em contrapartida vimos Paraty,Angra e Búzios.Participamos <strong>de</strong> várias <strong>feira</strong>santeriores a essa e também algumaspromovidas por outrosórgãos como a Adventury SportFair, e Jor<strong>na</strong>das <strong>do</strong> TurismoPaulista e sempre lá estava oCircuito ou a Vertente OceânicaNorte, <strong>na</strong> <strong>maior</strong>ia <strong>de</strong>las estavasim ausente a nossa <strong>Ubatuba</strong>, elutamos muito para que isso nãoacontecesse, como ConselheiroRegio<strong>na</strong>l e Vice Presi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong>Conselho Municipal <strong>de</strong> Turismo,infelizmente por esse e outrosmotivos <strong>de</strong>ixamos <strong>de</strong> participar.Consultamos então o GuiaRoteiros <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong> 2010 e <strong>de</strong>ntreos 94 motivos para viajarpelo <strong>Brasil</strong> encontramos nossaCida<strong>de</strong>, juntamente com as outrastrês, no Roteiro da “Cida<strong>de</strong><strong>de</strong> São Paulo”, ape<strong>na</strong>s umamenção diríamos honrosa.No Guia <strong>de</strong> Pacotes Turísticos2010 da BRAZTOA Associação<strong>Brasil</strong>eira <strong>de</strong> Agências <strong>de</strong> Viagensnenhuma das quatro.Por que me pergunto, resulta<strong>do</strong>da falta <strong>de</strong> entrosamentopolítico? Resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong> políticaspúblicas equivocadas? Ou falta<strong>de</strong> interesse no <strong>de</strong>senvolvimentoSócio Econômico da nossaCida<strong>de</strong>, pois as outras contamcom outros meios <strong>de</strong> sobrevivência.Alguns po<strong>de</strong>riam dizerque estamos para<strong>do</strong>s, Nós diríamosque cavalgamos paratrás muitos anos.Ao ver tantos investimentosnessa área presumimos queexistem resulta<strong>do</strong>s e retornocerto, ao vermos as Cida<strong>de</strong>scomo Paraty, Angra e Búziospensamos YES WE CAN, mas épreciso lembrar também <strong>de</strong> queQUEM SABE FAZ A HORA, e divi<strong>do</strong>com to<strong>do</strong>s essa responsabilida<strong>de</strong>que me tira o sono.


Pági<strong>na</strong> 8 Jor<strong>na</strong>l MARANDUBA News 1º Junho 2010Praias da Tabatinga e das Galhetas: cenários atrativos e diferentesEZEQUIEL DOS SANTOSAmada por mora<strong>do</strong>res tradicio<strong>na</strong>ise visitantes, o bairroda Tabatinga e a praia dasGalhetas se formaram atravésdas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesca,<strong>do</strong> cultivo <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong>s, mandiocas,ma<strong>de</strong>iras e ca<strong>na</strong>s queabasteciam as fazendas daregião, tanto da Tabatinga,quanto da Lagoa e por vezesa da Caçan<strong>do</strong>ca. Suas ruí<strong>na</strong>ssão a provas <strong>de</strong>ste épico perío<strong>do</strong>.No cruzamento das estradasdas Galhetas e da PontaAguda existem, <strong>do</strong>s <strong>do</strong>isla<strong>do</strong>s, vestígios <strong>do</strong> que seriaum armazém ainda <strong>do</strong> séculoXIV, é possível ver as pilastrasque tinham uma particularida<strong>de</strong>,eram rebocadas, novida<strong>de</strong>spara a época, existem aindao que sobrou <strong>de</strong> um dutoe uma caixa para captação <strong>de</strong>água. Infelizmente quan<strong>do</strong>começou o “boom” da construção,muitas <strong>de</strong>stas ruí<strong>na</strong>sforam <strong>de</strong>struídas ou suas basesestão sobre casas, que autilizaram como plataforma.Os primeiros mora<strong>do</strong>res <strong>de</strong>que se têm notícias são os“Barra Seca”. Estu<strong>do</strong>s apontamque eles vieram provavelmenteda região da Vila <strong>de</strong>Santo Antonio (Fazenda <strong>do</strong>sIngleses) pela trilha que la<strong>de</strong>avaas praias. Junto a elesvieram outros mora<strong>do</strong>res. Algunspararam no Sertão daMaranduba, Praia Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong>Bonete e Corcova<strong>do</strong>.Em 1967, pesca<strong>do</strong>res daTabatinga e re<strong>do</strong>n<strong>de</strong>zas colaboraramcom as autorida<strong>de</strong>sno resgate <strong>de</strong> pessoas que sofreramcom a Catástrofe daépoca. Muitos lembram que atar<strong>de</strong> se transformou em noitee uma nuvem negra haviapassa<strong>do</strong> pela Tabatinga rumoa Caraguatatuba. Saben<strong>do</strong> <strong>do</strong>que po<strong>de</strong>ria acontecer, se prepararame <strong>na</strong> ida a Caraguá,já no Massaguaçu viam corposmistura<strong>do</strong>s a galhos e paus erestos <strong>de</strong> casas boian<strong>do</strong> no mar.A ce<strong>na</strong> chocou os pesca<strong>do</strong>res,mas graças a eles e <strong>de</strong> outrosheróis tu<strong>do</strong> foi restabeleci<strong>do</strong>.Tu<strong>do</strong> <strong>do</strong>cumenta<strong>do</strong> no DVDCaraguá – Da Catástrofe ao Progresso(Litoral Virtual – 2009).Por não haver estradas, oscaminhos a beira mar e osque a<strong>de</strong>ntram os sertões eramconstantemente utiliza<strong>do</strong>s, alguns<strong>de</strong>stes hoje viraram ruasou avenidas. Uns acham quea Tabatinga é <strong>do</strong>is bairros ouum bairro divi<strong>do</strong> em <strong>do</strong>is, nãoimporta. O que sabemos é quepor muito tempo os <strong>do</strong>is la<strong>do</strong>s(o <strong>de</strong> <strong>Ubatuba</strong>, quanto o <strong>de</strong>Caraguatatuba) formavam umúnico território e que o rio nãofazia distinção geográfica oupolítica, ao contrario, era o rioe a praia quem mantinha oslaços familiares uni<strong>do</strong>s, já quetoda ativida<strong>de</strong> exercida passavapelos <strong>do</strong>is. O rio no passa<strong>do</strong>já se chamou Rio Paraguai,hoje Tabatinga.Os mora<strong>do</strong>resviviam dasubsistência,tiran<strong>do</strong> da terrae <strong>do</strong> mar seusalimentos.A colonização <strong>do</strong> lugar foiacelerada pelo aterro <strong>do</strong> manguee <strong>do</strong>s caxetais ainda noperío<strong>do</strong> da construção da ro<strong>do</strong>viafe<strong>de</strong>ral. Antes não passava<strong>de</strong> um lugar muito pacato,com meia dúzias <strong>de</strong> peque<strong>na</strong>sTexto: Ezequiel <strong>do</strong>s Santos - Fotos: Emilio CampiPraia da Tabatinga e Galhetas, a sua frente a Ilha <strong>do</strong> Tamanduá e ao fun<strong>do</strong> a ponta norte <strong>de</strong> Ilhabelacasas <strong>de</strong> pau-a-pique. Os mora<strong>do</strong>resviviam da subsistência,tiran<strong>do</strong> da terra e <strong>do</strong> marseus alimentos. A colonizaçãotrata-se <strong>do</strong> Projeto Turis, quecomeçou no governo CasteloBranco. Negociações <strong>de</strong> projetosque pretendia povoaro litoral paulista construin<strong>do</strong>uma ro<strong>do</strong>via que fosse <strong>de</strong>Santos ao Rio <strong>de</strong> Janeiro comnúcleos <strong>de</strong> habitantes comoos bulevares franceses. Sónão perceberam o numero <strong>de</strong>mora<strong>do</strong>res <strong>na</strong>tivos no local, oque causou conflitos, disputas<strong>de</strong> terras e perda <strong>de</strong> parte dacultura caiçara.Dos projetos origi<strong>na</strong>is, algunsprosperaram, muitos sofrerammudanças, e um <strong>de</strong>les foi o<strong>do</strong> con<strong>do</strong>mínio <strong>de</strong> alto padrãoque se encontra a beira mar<strong>na</strong> Praia da Tabatinga. De característicastotalmente diferentes,a praia da Tabatingae das Galhetas formam umúnico complexo, a primeirapara acomodar os ranchos <strong>de</strong>pesca, os quiosques, as conversasa beira mar, a pesca<strong>de</strong> arrasto, as festivida<strong>de</strong>s, as<strong>de</strong>scidas e subidas <strong>de</strong> barcos elanchas, os banhos <strong>de</strong> água esol. A outra como serve comoabrigo, pesca <strong>de</strong> vara, <strong>de</strong>scanso,relax, banhos calmos,contemplação, observação eaté um cochilo. Serviu comoembarque e <strong>de</strong>sembarque <strong>de</strong>merca<strong>do</strong>rias e escravos. Hojeas Galhetas, primeira praia <strong>de</strong><strong>Ubatuba</strong> e a Tabatinga, primeira<strong>de</strong> Caraguatatuba, sãoas divisas geográficas e políticas<strong>do</strong>s <strong>do</strong>is municípios. Osacessos são geralmente porestradas. (continua...)


1º Junho 2010 Jor<strong>na</strong>l MARANDUBA News Pági<strong>na</strong> 9Passa<strong>do</strong> e futuro convivem em harmonia <strong>na</strong> divisa <strong>do</strong> municípioAs Galhetas, uma peque<strong>na</strong>praia <strong>de</strong> areias fi<strong>na</strong>s e brancasmisturam-se às mo<strong>na</strong>zíticas,porém, a praia, que por vezessome com a maré alta, é compostaem toda sua extensãopor peque<strong>na</strong>s rochas e conchas.Nela po<strong>de</strong>mos observarainda resquícios <strong>do</strong> cais que nopassa<strong>do</strong> comercializada os produtosda região. Os locais po<strong>de</strong>mser alcança<strong>do</strong>s por barcos.A área é <strong>de</strong>nsamente ocupada<strong>na</strong>s praias e <strong>na</strong> beirada estrada, e vai se tor<strong>na</strong>n<strong>do</strong>mais rústica e selvagem norumo da serra <strong>do</strong> Mar. O locallocaliza<strong>do</strong> <strong>na</strong> divisa <strong>do</strong>s municípios<strong>de</strong> <strong>Ubatuba</strong> (21 km.)e Caraguatatuba (18 km) émuito aprecia<strong>do</strong> por turistas,veranistas e mora<strong>do</strong>res. Dola<strong>do</strong> <strong>do</strong> rio, a praia é i<strong>de</strong>al paracrianças e para quem não sabe<strong>na</strong>dar, ou está começan<strong>do</strong>. Deboa balneabilida<strong>de</strong> e águasrasas, normalmente calmasé mais freqüentada por famílias,casais, grupos <strong>de</strong> amigos,amantes <strong>de</strong> esportes náuticose até mesmo por observa<strong>do</strong>res<strong>de</strong> lanchas e fotógrafos.Do la<strong>do</strong> <strong>do</strong> con<strong>do</strong>mínio, apraia tem a areia mais grossae sua baía fica mais movimentadacom intenso tráfego<strong>de</strong> lanchas, jet-skis, caiaques,esqui-aquáticos, windsurfese parasails. Em perío<strong>do</strong>s <strong>de</strong>férias e temporada é comumo tráfego <strong>de</strong> helicópteros <strong>na</strong>região, são os meios <strong>de</strong> transportesmais utiliza<strong>do</strong>s pelosproprietários <strong>do</strong> con<strong>do</strong>mínio.A meta<strong>de</strong> da praia está cercada<strong>de</strong> seguranças e coqueirosque a<strong>do</strong>r<strong>na</strong>m o con<strong>do</strong>mínioCosta Ver<strong>de</strong>. Muitos dizem queo nome origi<strong>na</strong>-se das areiasbrancas, origem esta contestadapor <strong>do</strong>cumentos antigosque <strong>de</strong>screvem Tabatingacomo “Barro branco”, vinda dalíngua Tupi. Difícil mesmo é darO Rio Tabatinga é a divisa entre <strong>Ubatuba</strong> e Caraguatatuba. A Praia das Galhetas fica no fi<strong>na</strong>l da estrada.uma nota para estas belezas,mas está entre as mais belas<strong>do</strong> litoral paulista. A sua frenteé possível avistar Ilhabela,e mais próxima, a Ilha <strong>do</strong>Tamanduá, que por vezes épossível observar algum pesca<strong>do</strong>rartesa<strong>na</strong>l movimentar--se com seus apetrechos <strong>de</strong>trabalho em sua canoa.Cercada pela mata atlântica ero<strong>de</strong>adas por empreendimentosnáuticos e <strong>de</strong> turismo, asduas praias oferecem experiênciasúnicas e privilegiadas. Umleque <strong>de</strong> opções para to<strong>do</strong>s osgostos. Existem ainda opções<strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Ecoturismo noentorno das duas praias, tantoem área <strong>de</strong> mata quanto <strong>de</strong>mergulho.Os serviços da localida<strong>de</strong> sãomais que satisfatórios. Existeuma boa re<strong>de</strong> <strong>de</strong> hotéis epousadas, merca<strong>do</strong>s, mari<strong>na</strong>s,mecânicas, aluguéis, quiosques,tu<strong>do</strong> para agradar <strong>do</strong>mais luxuoso cliente aos maissimples.O pesca<strong>do</strong>r,senta<strong>do</strong> à beiramar, observa asnuvens, o mar erecorda seusáureos tempos.Olhan<strong>do</strong> para o la<strong>do</strong> dasGalhetas é possível observaruma costeira formadapor uma única rocha e or<strong>na</strong>mentadapor um gran<strong>de</strong> número<strong>de</strong> caraguatás, plantaque <strong>de</strong>u origem ao nome <strong>de</strong>Caraguatatuba. É possível observarainda vários pássaros.Na Tabatinga ainda é possívelavistar os ubás (flechas, ca<strong>na</strong>ssilvestres que <strong>de</strong>ram origemao nome <strong>de</strong> <strong>Ubatuba</strong>). Quemvem <strong>do</strong> mar percebe que asduas parias se unem <strong>de</strong> mãosdadas e a noite parecem <strong>na</strong>morar.Tabatinga e Galhetas são <strong>na</strong>atualida<strong>de</strong> os <strong>maior</strong>es emprega<strong>do</strong>resda região. Toda estaestrutura oferece uma gama<strong>de</strong> emprego e renda, principalmenteno ramo náutico.As duas praias servem comoum gran<strong>de</strong> cal<strong>de</strong>irão com suasmisturas: <strong>de</strong> um la<strong>do</strong> um ritmofrenético <strong>do</strong> vai-e-vemrealiza<strong>do</strong> pelo homem comseus tratores, lanchas, carrose a pressa <strong>de</strong> fazer tu<strong>do</strong>ao mesmo tempo. De outrola<strong>do</strong> o silencio e observaçãoda fau<strong>na</strong> e da flora em meioàs mudanças realizadas pelohomem. O pesca<strong>do</strong>r senta<strong>do</strong> àbeira mar observan<strong>do</strong> as nuvens,o mar e recordan<strong>do</strong> seusáureos tempos. Por vezes os<strong>do</strong>is se cruzam e se misturamsem perceber, dan<strong>do</strong> exemplo<strong>de</strong> boa convivência e respeitoentre as partes. Isto é, <strong>de</strong> umla<strong>do</strong> o pesca<strong>do</strong>r tranqüilo quevai sair <strong>de</strong> canoa e espera otempo <strong>na</strong>tural para realizara sua tarefa; <strong>de</strong> outro la<strong>do</strong> ohomem urbano que espera notempo <strong>do</strong> relógio para realizara sua ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> lazer.Isto sim é um espetáculo quenão combi<strong>na</strong> com sujeira, lixoe <strong>de</strong>struição da fau<strong>na</strong> e flora.Parece que com esta misturaas duas praias dizem a to<strong>do</strong>s:“Sejam bem vin<strong>do</strong>s. É um prazerrecebê-los!”.


Pági<strong>na</strong> 10 Jor<strong>na</strong>l MARANDUBA News 1º Junho 2010Antonio Cruz <strong>de</strong> Amorim: o homem da memória fotográficaEZEQUIEL DOS SANTOS- Seu Antonio será que agente po<strong>de</strong> conversar?- Entrais filho, sentais aí, vô<strong>de</strong>sligá a televisão... Do quea gente vai falar? Era assimque seu Antonio começava osassuntos. Foi um <strong>do</strong>s homensmais atualiza<strong>do</strong>s da sua geração.Seus amigos dizem que<strong>na</strong> falta <strong>de</strong> coisas para ler, liaaté bula <strong>de</strong> remédios.Homem <strong>de</strong> presença, tantopela estatura quanto pelamemória fotográfica <strong>de</strong> tu<strong>do</strong>ele “assuntava”. Política, gastronomia,geografia, história,futebol, atualida<strong>de</strong>s... Tu<strong>do</strong>podia ser discuti<strong>do</strong> <strong>de</strong> formasere<strong>na</strong>, calma e produtiva.De voz calma, lia <strong>de</strong> tu<strong>do</strong>, etu<strong>do</strong> discutia. Gostava <strong>de</strong> estarinforma<strong>do</strong>. Suas observaçõeseram sempre atualizadas. Tinhaopinião sobre vários temas.Dono <strong>de</strong> uma caligrafiainvejável, só comparada a <strong>de</strong>seu amigo Benedito Gil <strong>do</strong>Araribá.Em seus últimos dias ficava<strong>na</strong> varanda <strong>de</strong> casa observan<strong>do</strong>o vai e vem <strong>de</strong> mora<strong>do</strong>rese crianças que iam paraa escola. Quem passava nãotinha a menor idéia <strong>de</strong> quemfoi este homem. Por vezesparecia que as lembranças <strong>do</strong>passa<strong>do</strong> o <strong>de</strong>ixavam imóvel <strong>na</strong>sua poltro<strong>na</strong>. Que será que elerecordava?Antonio Cruz <strong>de</strong> Amorim<strong>na</strong>sceu no antigo sertão da FazendaMaranduba, no terceirodia <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1919. Umacriança branca e forte, filhocaçula <strong>de</strong> oito irmãos, fruto <strong>do</strong>matrimônio <strong>de</strong> Joaquim Antonio<strong>de</strong> Amorim e Francisca Eufrosi<strong>na</strong><strong>de</strong> Jesus, proprietários<strong>do</strong>s Sitio das Piabas, no bairro<strong>do</strong> Araribá, as margens <strong>do</strong> rio<strong>de</strong> mesmo nome.Como todas as famílias daregião, viviam da agricultura,da pesca, da caça e da coleta<strong>de</strong> frutos e ervas da mata. Ositio possuía uma gran<strong>de</strong> produção<strong>de</strong> ca<strong>na</strong>, que abasteciaa alambique tocada a água.Possuía animais <strong>de</strong> criação,mandioca, batata <strong>do</strong>ce, café,laranja, ba<strong>na</strong><strong>na</strong> e milho emquantida<strong>de</strong>. Gran<strong>de</strong> parte erapara o sustento da família,<strong>de</strong> seus emprega<strong>do</strong>s e para avenda <strong>na</strong>s cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>Ubatuba</strong>e Caraguatatuba.Seu pai possuía a <strong>maior</strong>re<strong>de</strong> <strong>de</strong> tainhas e <strong>de</strong> fun<strong>do</strong>da região. Não erararo a captura <strong>de</strong> 800a 1000 tainhas com are<strong>de</strong>. Mesmo quemnão tinha dinheirolevava tainhas paracasa. Até os “rosários”<strong>de</strong> cabeças <strong>de</strong>tainhas eram aproveita<strong>do</strong>s.Mulhereseram contratadasou se faziam <strong>de</strong>meeiros para a seca<strong>de</strong> tainhas, erampilhas enormes <strong>de</strong>peixes. Havia farturae não tinha“ridiqueza” (mesquinhez).Antonio tu<strong>do</strong> aprendiae acompanhava. Tinhauma facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> absorvero que acontecia em seuentorno. Ainda jovem,casou-se com Virgili<strong>na</strong>Izaias <strong>de</strong> Amorime <strong>de</strong>ste matrimônio<strong>na</strong>sceram onze filhos:A<strong>de</strong>lson, MariaAparecida, Jacira, Ber<strong>na</strong><strong>de</strong>te,Ivanil, Marlene,Antonio, Maria <strong>de</strong> Fátima eRizete, ainda vivos e os faleci<strong>do</strong>s:Expedito e Vicente.Com o intuito <strong>de</strong> buscarmelhorias a sua família, mu<strong>do</strong>use para o Monte Cabrão eItapema, <strong>na</strong> região <strong>de</strong> Santos.Lá não se adaptou, mas Antonioteve <strong>maior</strong> contato comos homens <strong>do</strong> mar, conheceuoutras estruturas e coisas quenão havia chega<strong>do</strong> a <strong>Ubatuba</strong>.Antonio foi o único a <strong>na</strong>vegarpara Santos nos barcosque faziam o transportemotoriza<strong>do</strong> <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>rias epessoal. Eram os barcos: Astúrias,Valencia (Cia. Inglesa),São Paulo e Ubatubinha.Eram viagens <strong>de</strong> quatro dias.O trajeto era: Maranduba-SãoSebastião–Maresias-Bertioga--Santos. Levavam 400 dúzias<strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong>s e 200 pessoas porvez. Os passageiros <strong>do</strong>rmiamno barco ou em ilhas. O mesmotrajeto a pé <strong>de</strong>morava seisdias. Na vinda enfrentou dificulda<strong>de</strong>s,mas venceu.Foi por curto perío<strong>do</strong> Inspetor<strong>de</strong> Quarteirão da região.Antonio era primo <strong>do</strong> Sr.Manoel Ber<strong>na</strong>r<strong>do</strong> <strong>de</strong> Amorim,prefeito <strong>de</strong> <strong>Ubatuba</strong> até 1922,<strong>do</strong>no da Fazenda da Ressacaaté 1932. Muitos ainda viramas acaloradas conversascom Washington <strong>de</strong> Oliveira,”Seu Filhinho” (ex-prefeito,ex-presi<strong>de</strong>nte da Câmara,farmacêutico e escritor), comquem mantinha laços estreitos,principalmente por contadas discussões políticas, locais,regio<strong>na</strong>is e <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l.Porta<strong>do</strong>r <strong>de</strong> uma fé verda<strong>de</strong>ira<strong>de</strong>dicou parte <strong>de</strong> suavida ao Lar Vicentino e aoCongrega<strong>do</strong> Mariano, on<strong>de</strong>escreveu as primeiras atasexistentes no bairro. Foicolunista e consultor <strong>do</strong> Jor<strong>na</strong>lMaranduba (1993/1996) escreven<strong>do</strong>sobre história, culturae a formação genealógicada população da região. Trabalhoupara o Sr. Joaquim daSilva Magalhães por 10 anos.Morou em área da ImobiliáriaJequitibá.Homem tranqüilo,amigo <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s,bom pai, bom filho,bom avô,bom companheiroe bom amigo.Sua partida<strong>de</strong>ixoumuitagentetriste. Suaclareza <strong>de</strong>pensamentoe informaçãoera suamarca registrada.Seusensi<strong>na</strong>mentostranscen<strong>de</strong>ramos valores<strong>do</strong>s ensi<strong>na</strong>mentosda época. Seuetnoconhecimento tinhaum valor inestimável.Sua vida não foi só trabalho,havia muitos momentos<strong>de</strong> <strong>de</strong>scontração.Antonio ainda participava<strong>de</strong> festas, comos amigos roubavampatos <strong>na</strong> sexta-<strong>feira</strong> dapaixão e convidavam o<strong>do</strong>no <strong>do</strong> pato para comer,<strong>de</strong>pois eles pagavam o pato.Gostava <strong>de</strong> piadas, participava<strong>de</strong> mutirões, tirava sarro <strong>do</strong>samigos.Em mea<strong>do</strong>s <strong>de</strong> 1940, com avinda <strong>de</strong> muitos religiosos, elee João Rosa receberam a mensagem<strong>do</strong> Padre Alemão JoãoBail, que teriam <strong>de</strong> buscar <strong>na</strong>Praia da Maranduba uma encomenda.Lá viram uma caixaaberta <strong>na</strong>s laterais <strong>de</strong>scer dacanoa <strong>de</strong> voga que vinha <strong>de</strong>São Sebastião. Como haviamuitos homens, fizeram umaespécie <strong>de</strong> “an<strong>do</strong>r” e levarama caixa pela trilha da praia atéa casa <strong>de</strong> João Rosa. Haviaum envelope e a única pessoaque sabia ler era AntonioAmorim. Tinha um <strong>de</strong>senho <strong>de</strong>como colocar a peça no chão.Só que o papel <strong>do</strong> <strong>de</strong>senhonão mostrava os la<strong>do</strong>s, cimaou baixo, ou ainda as laterais.Bom! Preparam o local e instalarama peça. Na carta diziacomo utilizar a peça instalada.Alguns se arriscaram, porém,reclamaram muito. Outros <strong>de</strong>saprovaramtotalmente. Antonioentão escreveu ao padrepara que viesse logo e explicassea to<strong>do</strong>s que “troço” eraaquele, que machucava quemusava e que <strong>na</strong> realida<strong>de</strong> nãotinha serventia para <strong>na</strong>da. Opadre chegou e ao ver a peçainstalada riu muito. A peça eraa primeira bacia <strong>de</strong> privada daregião e o <strong>de</strong>senho não informavaque la<strong>do</strong> era para cima,então quem sentava <strong>na</strong> baciareclamava, já que ela estavacolocada <strong>de</strong> cabeça para baixo.Sorte que Antonio resolveuescrever ao padre, senãoo que ia ser da bacia? Depois<strong>de</strong> reinstalada, agora corretamente,to<strong>do</strong>s se puseram a rire por muito tempo virou motivo<strong>de</strong> risos e piadas.Antonio tinha alguns amigoscatarinenses: Ta<strong>de</strong>u, Atílio,Toninho, Agostinho e Pascoal.Certa vez compravam uma novilha<strong>do</strong> Zé Antunes e fizeram,<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> muito trabalho, umcerca<strong>do</strong> to<strong>do</strong> capricha<strong>do</strong> paratirar leite. Perceberam que<strong>de</strong>pois da or<strong>de</strong>nha, a vacaseguia em direção ao morroe entreva <strong>na</strong> mata. Lá viramduas crianças, que com umapenca <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong>s, conseguiamtirar leite da vaca semproblemas, o que oito homenssuavam para realizar com sucesso.Um olhou para a cara<strong>do</strong> outro e começaram a rir,<strong>do</strong> tipo: Que vergonha! Muitasoutras situações engraçadasvivenciou.Antonio consi<strong>de</strong>rava muitoos seus amigos. Nos últimostempos <strong>de</strong> vida falava muito<strong>de</strong> Manoel Hilário <strong>do</strong> Pra<strong>do</strong>,<strong>do</strong> Sertão <strong>do</strong> Ingá. AntonioAmorim, como carinhosamenteera chama<strong>do</strong>, nos <strong>de</strong>ixouno primeiro dia <strong>de</strong> julho <strong>de</strong>2006.Em sua home<strong>na</strong>gem, a estradaque leva mora<strong>do</strong>rese amigos <strong>do</strong> Sertão até aMaranduba, começan<strong>do</strong> próximoao Morro <strong>do</strong> Foge, levao seu nome. Nome este sinônimo<strong>de</strong> tanta coisa, mas quepo<strong>de</strong> ser resumi<strong>do</strong> em algumaspalavras: amor, carinho e<strong>de</strong>dicação, Assim é o protagonista<strong>de</strong>sta real história. Muitoobriga<strong>do</strong> Tio Antonio.


1º Junho 2010 Jor<strong>na</strong>l MARANDUBA News Pági<strong>na</strong> 11A Samambaia e o BambuCerto dia <strong>de</strong>cidi dar-me por venci<strong>do</strong>.Renunciei ao meu trabalho, às minhas relações, e à minha fé.Resolvi <strong>de</strong>sistir até da minha vida.Dirigi-me ao bosque para ter uma última conversa com Deus.Deus, eu disse: Po<strong>de</strong>rias dar-me uma boa razão para eu nãoentregar os pontos?Sua resposta me surpreen<strong>de</strong>u:Olha em re<strong>do</strong>r Estás ven<strong>do</strong> a samambaia e o bambu?Sim, estou ven<strong>do</strong>, respondi.Pois bem. Quan<strong>do</strong> eu semeei as samambaias e o bambu, cui<strong>de</strong>i<strong>de</strong>les muito bem. Não lhes <strong>de</strong>ixei faltar luz e água.A samambaia cresceu rapidamente.Seu ver<strong>de</strong> brilhante cobria o solo.Porém, da semente <strong>do</strong> bambu <strong>na</strong>da saía.Apesar disso, eu não <strong>de</strong>sisti <strong>do</strong> bambu.No segun<strong>do</strong> ano, a samambaia cresceu ainda mais brilhante e viçosa.E, novamente, da semente <strong>do</strong> bambu, <strong>na</strong>da apareceu.Mas, eu não <strong>de</strong>sisti <strong>do</strong> bambu.No terceiro ano, no quarto, a mesma coisa.Mas, eu não <strong>de</strong>sisti.Mas… no quinto ano, um pequeno broto saiu da terra.Aparentemente, em comparação com a samambaia, era muitopequeno, até insignificante.Seis meses <strong>de</strong>pois, o bambu cresceu mais <strong>de</strong> 50 metros <strong>de</strong> altura.Ele ficara cinco anos afundan<strong>do</strong> raizes. Aquelas raízes otor<strong>na</strong>ram forte e lhe <strong>de</strong>ram o necessário para sobreviver. A nenhuma<strong>de</strong> minhas criaturas eu faria um <strong>de</strong>safio que elas nãopu<strong>de</strong>ssem superarE olhan<strong>do</strong> bem no meu íntimo, disse:Sabes que durante to<strong>do</strong> esse tempo em que vens lutan<strong>do</strong>, <strong>na</strong>verda<strong>de</strong> estavas crian<strong>do</strong> raízes?Eu jamais <strong>de</strong>sistiria <strong>do</strong> bambu.Nunca <strong>de</strong>sistiria <strong>de</strong> ti.Não te compares com outros.O bambu foi cria<strong>do</strong> com uma fi<strong>na</strong>lida<strong>de</strong> diferente da samambaia,mas ambos eram necessários para fazer <strong>do</strong> bosque um lugarbonito.Teu tempo vai chegar, disse-me Deus.Crescerás muito!Quanto tenho <strong>de</strong> crescer? perguntei.Tão alto como o bambu? foi a resposta.E eu <strong>de</strong>duzi: Tão alto quanto pu<strong>de</strong>r!Espero que estas palavras possam ajudar-te a enten<strong>de</strong>r queDeus nunca <strong>de</strong>sistirá <strong>de</strong> ti.Nunca te arrependas <strong>de</strong> um dia <strong>de</strong> tua vida.Os bons dias te dão felicida<strong>de</strong>.Os maus te dão experiência.Ambos são essenciais para a vida.A felicida<strong>de</strong> te faz <strong>do</strong>ce.Os problemas te mantêm forte.As pe<strong>na</strong>s te mantêm humano.As quedas te mantêm humil<strong>de</strong>.O bom êxito te mantém brilhante.Mas, só Deus te mantém caminhan<strong>do</strong>...Dia <strong>do</strong>s Namora<strong>do</strong>sExistem diferentes versões sobre a origem <strong>do</strong> dia <strong>do</strong>s <strong>na</strong>mora<strong>do</strong>sÉ bem provável que a festa<strong>do</strong>s <strong>na</strong>mora<strong>do</strong>s tenha sua origemem um festejo romano:a Lupercália. Em Roma, lobosvagavam próximos às casase um <strong>do</strong>s <strong>de</strong>uses <strong>do</strong> povo romano,Lupercus, era invoca<strong>do</strong>para manter os lobos distantes.Por essa razão, era ofereci<strong>do</strong>um festival em honra aLupercus, no dia 15 <strong>de</strong> fevereiro.Nesse festival, era costumecolocar os nomes das meni<strong>na</strong>sroma<strong>na</strong>s escritos em pedaços<strong>de</strong> papel, que eram coloca<strong>do</strong>sem frascos. Cada rapaz escolhiao seu papel e a meni<strong>na</strong>escolhida <strong>de</strong>veria ser sua <strong>na</strong>morada<strong>na</strong>quele ano to<strong>do</strong>.O dia da festa se transformouno dia <strong>do</strong>s <strong>na</strong>mora<strong>do</strong>s,nos EUA e <strong>na</strong> Europa, oValentine’s Day, 14 <strong>de</strong> fevereiro,em home<strong>na</strong>gem ao PadreValentine. Em 270 a.C., obispo romano Valentino <strong>de</strong>safiouo impera<strong>do</strong>r Claudius IIque proibia que se realizasseo matrimônio e continuou apromover casamentos. ParaClaudius, um novo mari<strong>do</strong> significavaum solda<strong>do</strong> a menos.Preso, enquanto esperava suaexecução, o bispo Valentinese apaixonou pela filha cega<strong>de</strong> seu carcereiro, Asterius. E,com um milagre, recuperousua visão. Para se <strong>de</strong>spedir,Valentine escreveu uma carta<strong>de</strong> amor para ela. Foi assimque surgiu a expressão eminglês “From your Valentine”.Mesmo ti<strong>do</strong> como santo pelosuposto milagre, ele foi executa<strong>do</strong>em 14 <strong>de</strong> fevereiro.O feria<strong>do</strong> romântico ou o dia<strong>do</strong>s <strong>na</strong>mora<strong>do</strong>s judaico: <strong>de</strong>s<strong>de</strong>tempos bíblicos, o 15º dia <strong>do</strong>mês hebreu <strong>de</strong> Av tem si<strong>do</strong>celebra<strong>do</strong> como o Feria<strong>do</strong> <strong>do</strong>Amor e <strong>do</strong> Afeto. Em Israel,tornou-se o feria<strong>do</strong> das flores,porque neste dia é costumedar flores <strong>de</strong> presente a quemse ama. Previamente, era permiti<strong>do</strong>às pessoas só se casarcom pessoas da sua própriatribo. De certo mo<strong>do</strong>, era umpouco semelhante ao velhosistema <strong>de</strong> castas <strong>na</strong> Índia. O15 <strong>de</strong> Av se tornou o Feria<strong>do</strong><strong>de</strong> Amor, um feria<strong>do</strong> ju<strong>de</strong>u reconheci<strong>do</strong>durante os dias <strong>do</strong>Segun<strong>do</strong> Templo. Em temposbíblicos, o Feria<strong>do</strong> <strong>do</strong> Amorera celebra<strong>do</strong> com tochas efogueiras.Hoje em dia, em Israel, écostume enviar flores a quemse ama ou para os parentesmais íntimos. A significação ea importância <strong>do</strong> feria<strong>do</strong> aumentaramem anos recentes.Canções românticas são tocadasno rádio e festas ‘Feria<strong>do</strong><strong>do</strong> Amor’ são celebra<strong>do</strong>s à noite,em to<strong>do</strong> o país. (Jane Bichmacher<strong>de</strong> Glasman, autora <strong>do</strong>livro “À Luz da Menorá”).No <strong>Brasil</strong>, a gênese da dataé menos romântica. Algunsa atribuem a uma promoçãopioneira da loja Clipper, realizadaem São Paulo em 1948.Outros dizem que o Dia <strong>do</strong>sNamora<strong>do</strong>s foi introduzi<strong>do</strong> no<strong>Brasil</strong>, em 1950, pelo publicitárioJoão Dória, que criou umslogan <strong>de</strong> apelo comercial quedizia “não é só com beijos quese prova o amor”. A intenção<strong>de</strong> Dória era criar o equivalentebrasileiro ao Valentine’sDay - o Dia <strong>do</strong>s Namora<strong>do</strong>s realiza<strong>do</strong>nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s. Éprovável que o dia 12 <strong>de</strong> junhotenha si<strong>do</strong> a data escolhidaporque representa uma épocaem que o comércio <strong>de</strong> presentesnão fica tão intenso. Aidéia funcionou tão bem paraos comerciantes, que <strong>de</strong>s<strong>de</strong>aquela época, o <strong>Brasil</strong> inteirocomemora anualmente a data.Outra versão reverencia a véspera<strong>do</strong> dia <strong>de</strong> Santo Antônio,o santo casamenteiro.


Pági<strong>na</strong> 12 Jor<strong>na</strong>l MARANDUBA News 1º Junho 2010Em 1956 juiz manda <strong>de</strong>volver a fazenda Poço <strong>do</strong>s BagresJor<strong>na</strong>l da época apresenta sentença favorável a família Pra<strong>do</strong>EZEQUIEL DOS SANTOSA fazenda Poço <strong>do</strong>s Bagrescompreendia um consi<strong>de</strong>ráveltanto <strong>de</strong> terras. Deste tanto,a família <strong>do</strong>ou 300 braças (<strong>do</strong>poço Bagre ao rio das Piabas)a Santa (Nossa senhora dasGraças) por volta <strong>de</strong> 1916.Num processo <strong>de</strong> Ação <strong>de</strong>Anulação <strong>de</strong> Escrituras RespectivaTranscrição contraCornélio Schmitd, o CônegoPrimo Maria Vieira e MabelHime Masset, seus sucessores,<strong>de</strong>scobriu-se muitas coisas.Na sentença, foram colhidasprovas testemunhais, <strong>do</strong>cumentais,periciais e vistoriassobre a forma em que houvea compra da fazenda. Descobriramque em maio <strong>de</strong> 1905,os irmãos Roberto Antonio <strong>do</strong>Pra<strong>do</strong> e Antonio Honorato <strong>do</strong>Pra<strong>do</strong> eram titulares da fazenda,<strong>do</strong>cumentos <strong>de</strong>vidamentematricula<strong>do</strong>s e registra<strong>do</strong>s noRegistro Geral <strong>de</strong> Imóveis <strong>de</strong><strong>Ubatuba</strong>, conforme anexo <strong>do</strong>referi<strong>do</strong> processo, compra<strong>do</strong>sem 15 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1891.No dia 5 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong>1911 falece Roberto Antonio<strong>do</strong> Pra<strong>do</strong>, <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong> como únicoher<strong>de</strong>iro Antonio Rosa <strong>de</strong>Oliveira, que se casou com BeneditaMaria <strong>do</strong> Pra<strong>do</strong>, <strong>de</strong>stematrimônio <strong>na</strong>sceu: BeneditoAntonio <strong>do</strong> Pra<strong>do</strong>, Pedro Antonio<strong>do</strong> Pra<strong>do</strong> e Jose Antonio<strong>do</strong> Pra<strong>do</strong>, que <strong>na</strong> ocasião <strong>do</strong>falecimento <strong>do</strong> avo (RobertoAntonio <strong>do</strong> Pra<strong>do</strong>) e <strong>do</strong> pai(Antonio Rosa <strong>de</strong> Oliveira),eram menores e não conheciamtoda a fazenda. Em 25<strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1925, a mãe (BeneditaMaria <strong>do</strong> Pra<strong>do</strong>) ven<strong>de</strong>ua Cornélio Schmitd e aoCônego Primo Maria Vieirapara promoverem a venda <strong>de</strong>terras. Para isto, criaram umaCompanhia Imobiliária pra arruamentoe venda <strong>de</strong> lotes.Em face ao acontecimento, asautorida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sconfiaram, jáque nos autos constava a assi<strong>na</strong>turada mãe nos contratos<strong>de</strong> compra e venda.Descobriu-se então <strong>de</strong> queBenedita era a<strong>na</strong>lfabeta e nãoconhecia sequer um papel <strong>de</strong>pão, verificaram também apressão exercida por capangas,<strong>na</strong> subida, próximo a unspés <strong>de</strong> mexirica, hoje Rua daLaje, sobre miras <strong>de</strong> espingardasque forçaram a viúva aven<strong>de</strong>r a proprieda<strong>de</strong>.Os meninos viviam exclusivamenteda agricultura, dacaça e da pesca. Em face asprovas colhidas, o juiz man<strong>do</strong>u<strong>de</strong>volver as terras, livres e<strong>de</strong>sembaraçadas <strong>de</strong> quaisquerresponsabilida<strong>de</strong>s pessoais oureais, con<strong>de</strong><strong>na</strong>n<strong>do</strong> ainda osréus a pagarem in<strong>de</strong>nizaçãoaos meninos e as custas <strong>do</strong>processo <strong>de</strong> CR$ 100.000,00.Esta foi à sentença <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>dapelo Dr. Alpheu Gue<strong>de</strong>sNogueira, Juiz <strong>de</strong> Direito daComarca <strong>de</strong> <strong>Ubatuba</strong> em 25<strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1955. Tu<strong>do</strong>publica<strong>do</strong> no Jor<strong>na</strong>l Tribu<strong>na</strong>Caiçara, <strong>de</strong> 1 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong>1956, Ano V, pági<strong>na</strong> 7, número225. Edição esta que não circulouno litoral norte, só <strong>na</strong> região<strong>de</strong> Santos. Estranhamente,poucos anos <strong>de</strong>pois, algunslivros <strong>do</strong> Cartório sofreram danosque causariam a perda <strong>do</strong>s<strong>do</strong>cumentos das terras <strong>de</strong> mora<strong>do</strong>res,tanto da região sul,quanto da região norte. O livro,como falam, não pegou fogo,ele foi coloca<strong>do</strong> em um lugarúmi<strong>do</strong> e foi alvo <strong>de</strong> gotejamento<strong>de</strong> chuva, o que causou umdano irreparável a história, acultura e principalmente a dignida<strong>de</strong>e ao patrimônio <strong>de</strong>stapopulação.Após o episódio o juiz foitransferi<strong>do</strong> e a <strong>de</strong>manda para<strong>de</strong>volver as terras sofreu gran<strong>de</strong>pressão e os her<strong>de</strong>iros nãotiveram acesso à justiça.O Ministério da Educaçãoinstitui Exame Nacio<strong>na</strong>l <strong>de</strong>Ingresso <strong>na</strong> Carreira DocenteALESSANDRA REISO Ministério da Educaçãovem a<strong>do</strong>tan<strong>do</strong> há algumtempo, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1996 com anova Lei <strong>de</strong> Diretrizes e Basesda Educação Nacio<strong>na</strong>l.Lei nº 9.394/96 medidasque avaliam e mensuram o<strong>de</strong>senvolvimento educacio<strong>na</strong>ldas re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong>to<strong>do</strong> o país utilizan<strong>do</strong> comoferramenta provas periódicase <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>das por grau <strong>de</strong>conhecimento on<strong>de</strong> serãoavalia<strong>do</strong>s as habilida<strong>de</strong>s ecompetências <strong>do</strong>s alunos <strong>do</strong>ensino Fundamental, Médioe Superior. Tais medidas servemcomo baliza<strong>do</strong>res importantese nortea<strong>do</strong>res <strong>de</strong> umareforma educacio<strong>na</strong>l, além<strong>de</strong> <strong>de</strong>mocratizar o acesso asUniversida<strong>de</strong>s Fe<strong>de</strong>rais.Esses avalia<strong>do</strong>res da educaçãosão conheci<strong>do</strong>s comoProva <strong>Brasil</strong> e o SistemaNacio<strong>na</strong>l <strong>de</strong> Avaliação <strong>de</strong>Educação Básica, aplica<strong>do</strong>periodicamente <strong>na</strong> educaçãobásica. Enem - exame <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l<strong>do</strong> ensino médio e nãopo<strong>de</strong>ríamos <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> fora aavaliação <strong>do</strong> ensino superiorque é mensura<strong>do</strong> através <strong>do</strong>E<strong>na</strong><strong>de</strong> - exame <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l <strong>de</strong>estudantes.Na ultima segunda-<strong>feira</strong>24 <strong>de</strong> maio o MinistérioEducação instituiu o ExameNacio<strong>na</strong>l <strong>de</strong> Ingresso <strong>na</strong> CarreiraDocente, on<strong>de</strong> o alvo aser avalia<strong>do</strong> é o professor eos seus conhecimentos, habilida<strong>de</strong>se competências. Aproposta é que cada Municípioe Esta<strong>do</strong> utilize os resulta<strong>do</strong>scomo provável forma<strong>de</strong> ingresso <strong>na</strong>s re<strong>de</strong>s Municipaise Estaduais <strong>de</strong> Educação,além <strong>de</strong> subsidiar políticaspublicas <strong>de</strong> capacitaçãocontinuada <strong>de</strong>sses profissio<strong>na</strong>is,diagnostican<strong>do</strong> possíveislacu<strong>na</strong>s <strong>na</strong> formação<strong>do</strong>s professores.O ministério preten<strong>de</strong> realizara primeira prova em2011. Na primeira edição,po<strong>de</strong>rão participar educa<strong>do</strong>res<strong>do</strong>s primeiros anos<strong>do</strong> ensino fundamental (1ºao 5º ano) e da educaçãoinfantil. Fica facultativo acada Secretaria Municipal aa<strong>de</strong>são junto a Inep (InstitutoNacio<strong>na</strong>l <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong>s ePesquisas Educacio<strong>na</strong>is AnísioTeixeira) <strong>na</strong> utilização<strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s e a forma <strong>de</strong>contratação <strong>de</strong> seus profissio<strong>na</strong>is.Segun<strong>do</strong> a noticiapublicada no G1 O exameserá realiza<strong>do</strong> anualmente,com aplicação <strong>de</strong>scentralizadadas provas. A participação<strong>do</strong>s professores serávoluntária, mediante inscrição.Assim, como no Enem,o <strong>do</strong>cente terá um boletim<strong>de</strong> resulta<strong>do</strong>s após fazer aprova.Está sen<strong>do</strong> realizada umaconsulta publica entre osdias 19 <strong>de</strong> maio a 06 <strong>de</strong> julhono site http://www.inep.gov.br on<strong>de</strong> os profissio<strong>na</strong>isda educação, após realizarum cadastro, po<strong>de</strong>rão opi<strong>na</strong>rcolaborativamente nos processos<strong>de</strong> seleção e aprimoramento<strong>do</strong> Exame Nacio<strong>na</strong>l<strong>de</strong> Ingresso <strong>na</strong> Carreira Docente.Faça a sua parte, visite osite e dê sua opinião sobreessa avaliação, antes <strong>de</strong> criticarmosuma ação precisamosconstruir uma idéia eessa é a sua oportunida<strong>de</strong>!Alessandra ReisInsight Digital


1º Junho 2010 Jor<strong>na</strong>l MARANDUBA News Pági<strong>na</strong> 13Tupi<strong>na</strong>mbás: a primeira impressão <strong>do</strong>s índios <strong>do</strong> litoral paulistaSabemos que o <strong>Brasil</strong> nãofoi “<strong>de</strong>scoberto”. Segun<strong>do</strong> ossambaquis encontra<strong>do</strong>s emnosso litoral, por aqui já viviamhomens no ano 75 daera cristã. Foi por conta daganância e da ignorância <strong>do</strong>scoloniza<strong>do</strong>res que nossa <strong>de</strong>scendênciaindíge<strong>na</strong> acabou.Não existiu em nenhum processo<strong>de</strong> colonização um povoque não fosse dizima<strong>do</strong> pelocoloniza<strong>do</strong>r como foram comos nossos silvícolas. Até hojeé assim.Em 1553, o beato José <strong>de</strong>Anchieta nos dá uma visãomais <strong>de</strong>talhada <strong>do</strong> que eramos índios que aqui habitavam.O que parece estranho paranós agora, <strong>na</strong> época tambémera estranho para os coloniza<strong>do</strong>rese os índios. Foi semdúvida um choque a tentativa<strong>de</strong> implantação uma culturanova, uma cultura invasora,assim como é a <strong>do</strong> meio ambienteelitiza<strong>do</strong>.Os Tupi<strong>na</strong>mbás tinham língua<strong>de</strong> tronco Tupi e assimAnchieta os <strong>de</strong>screve: “Diante<strong>de</strong>le, estava o Tupi<strong>na</strong>mbá silvícola.Feliz, <strong>na</strong> sombra <strong>de</strong> seulabirinto – a flora, nos elos <strong>de</strong>seu cativeiro – a fau<strong>na</strong>. Canibalda era neolítica, em pleno<strong>de</strong>lírio cromático, em um país<strong>de</strong> fogo e <strong>de</strong> sangue. O índiotrazia o sexo ape<strong>na</strong>s vela<strong>do</strong>pela tanga, pe<strong>na</strong>s amarelas,gri<strong>na</strong>ldas ao cocoruto, manilhas<strong>de</strong> outras, policromadas,nos pulso e tornozelos, ramos<strong>de</strong> búzios ao pescoço, tambetas<strong>de</strong> osso, <strong>de</strong> âmbar ou <strong>de</strong>quarto <strong>na</strong> beiçola, pingentes<strong>na</strong>s orelhas, a<strong>do</strong>rnos <strong>de</strong> barrocosi<strong>do</strong> <strong>na</strong> face esburacada.Abaixo <strong>do</strong>s joelhos, comofranjas, pendiam os taparucásvermelhantes e por to<strong>do</strong> ocorpo <strong>de</strong>pila<strong>do</strong>, sinuosamente,on<strong>de</strong>avam lavores negrosou rubros, feitos à tinta <strong>de</strong>Não existiu em nenhum processo<strong>de</strong> colonização um povo que não fossedizima<strong>do</strong> pelo coloniza<strong>do</strong>r como foramcom os nossos silvícolas.Até hoje é assim.genipapo ou <strong>de</strong> urucum. Outrasvezes, sob a plumagem<strong>do</strong>s cocares, prendia às <strong>na</strong>cas<strong>de</strong> uma roda <strong>de</strong> pe<strong>na</strong>scinzentas, longas pe<strong>na</strong>s <strong>de</strong>ema. Vagava por brechas, al<strong>de</strong>iase rios, ä mão esquerda,o arco <strong>de</strong>rruba<strong>do</strong>r <strong>de</strong> feras, ädireita, o maracá, evoca<strong>do</strong>r <strong>de</strong>mortos, sepulta<strong>do</strong>s <strong>na</strong>s igaçavascom seus instrumentos<strong>de</strong> trabalho. Os mais belicososexibiam a tangape<strong>na</strong> <strong>do</strong>s sacrifícios,pen<strong>de</strong>ntes <strong>na</strong> nuca,ou infindáveis colares <strong>de</strong> 3000<strong>de</strong>ntes-os <strong>de</strong>ntes <strong>do</strong>s inimigos<strong>de</strong>vora<strong>do</strong>s, onças ou homens.Impulsivo e rancoroso viviao selvagem para <strong>na</strong>dar comoos peixes no abismo, giramcomo os pássaros sobre rochase boqueirões, lutar comojaguares no <strong>de</strong>serto. Nôma<strong>de</strong>,corre; homem-marinhoflutua; homem-felino retalha.São livres to<strong>do</strong>s os apetites,comuns todas as coisas no regimeda tribo. O canibal tema pele rija <strong>do</strong> tapir, a dissimulação<strong>do</strong> tatu, rastejante nosubsolo, ou da cobra ver<strong>de</strong>,enroscada <strong>na</strong> folhas, o grito<strong>de</strong> araponga e o salto <strong>do</strong>bugio. Instintivamente respiraa distancia o cheiro da caça,<strong>do</strong> fogo e <strong>do</strong> mel. E sua fomenão espera, o seu ódio nãoper<strong>do</strong>a.” (SOARES, 158 apudVIEIRA, 1929:33-34)


Pági<strong>na</strong> 14 Jor<strong>na</strong>l MARANDUBA News 1º Junho 2010Classifica<strong>do</strong>sTABATINGA - Casa térrea/edícula (4 anos) ( c/escriturae registro) c/ 3 <strong>do</strong>rms. suítes,sala, cozinha, varanda comtol<strong>do</strong> <strong>de</strong> 15m, churrasqueira,estacio<strong>na</strong>mento amplo paramuitos carros, fechada commureta <strong>de</strong> 60cm + tela galvanizada,portão <strong>de</strong> 4m, terrenoplano <strong>de</strong> 600m, há 900mda praia Tabatinga. Principalrua <strong>de</strong> acesso ao bairro comágua, esgoto, fiação subterrânea,voltagem 110 e 220,com gra<strong>de</strong>s (portas e janelas)em ferro grosso para segurança+ projeto completo jáaprova<strong>do</strong> para construção <strong>de</strong>Pousada (pavimentos térreo esuperior c/ 8 suítes + cozinha+ sala p/ café manhã + recepção+ escritório. Localização:passan<strong>do</strong> o Posto Policial e aola<strong>do</strong> <strong>do</strong> Con<strong>do</strong>mínio Costa Ver<strong>de</strong>Tabatinga, antes <strong>do</strong> Portal<strong>de</strong> <strong>Ubatuba</strong> / divisa. Contatose <strong>maior</strong>es informações através<strong>do</strong> e-mail : taniabaptistabap@terra.com.br ou 19- 93456210.-------------------------------------MARANDUBA - Ven<strong>do</strong> 2 terrenoscom 4130m2 e 5500m2 c/ 2chalés alpinos, to<strong>do</strong> mura<strong>do</strong>, ótimalocalização. Chalé alpino emma<strong>de</strong>ira. Tratar c/ Manolo (19)3842.4535 ou (19) 9612.1351-------------------------------------CENTRO - Ven<strong>do</strong> casa 1 <strong>do</strong>rm,sala,coz, <strong>na</strong> Thomas Galhar<strong>do</strong>,terreno <strong>de</strong> 187m2, esqui<strong>na</strong>, a duasquadras da praia (i<strong>de</strong>al p/ prediocomercial) R$220 mil. 9766.1980-------------------------------------CARAGUA/INDAIÁ - Ven<strong>do</strong>casa com 3 <strong>do</strong>rm (1 suíte), sala2 ambientes, cozinha planejada,garagem coberta para 3 carros,edícula. Terreno <strong>de</strong> esqui<strong>na</strong>. Ótimalocalização. (12) 3843.1262-----------------------------------SERTÃO DA QUINA - Casa térreac/ 3 <strong>do</strong>rmitórios, sen<strong>do</strong> umasuíte, sala, cozinha e lavan<strong>de</strong>ria.Escritura <strong>de</strong>finitiva. 150 metrosda praia. Valor R$ 115.000,00Tratar (12) 3849.8393--------------------------------------TABATINGA - Casa térrea,3 <strong>do</strong>rms (uma suíte), terrenogran<strong>de</strong> c/ grama<strong>do</strong>, pisci<strong>na</strong>, churrasqueiracoberta. R$.170.000,00Tratar (12) 3849.8393jor<strong>na</strong>l@maranduba.com.brCONDOMÍNIO SAPÊ - Casatérrea, 2 suítes, 2 <strong>do</strong>rms, 2banheiros, sala, cozinha, lavan<strong>de</strong>ria,varanda e churrasqueira,50 metros da Praia <strong>do</strong> Sapé. R$200.000,00 - (12) 3849.8393-------------------------------------MARANDUBA - Casa térrea, 3<strong>do</strong>rms, 1 suíte, banheiro, sala,churrasqueira, cozinha e garagemcoberta. Localizada á 50metros da praia, <strong>de</strong> frente pararo<strong>do</strong>via. Valor R$ 300.000,00 -Tratar (12) 3849.8393BUGGY - motor novo, pneuse freios novos. Doc. OK. Ótimaoportunida<strong>de</strong>. R$10.000,00.Tratar: (12) 8126-8052 ou8186-8005.BARCO INFLAVEL FrexBoat1997 SR-12 LX 3,5m casco rígi<strong>do</strong>em fibra, banco baú, motorYamaha 25 HP 1997 revisa<strong>do</strong>partida manual; acompanha:carreta <strong>de</strong> encalhe em alumínio,capa protetora, cabo e par <strong>de</strong>esqui, âncora, bomba e tanque.R$ 8.000,00 (11) 9107-9612 ouedson.fer@uol.com.br--------------------------------------ESCUNA 30 passageiros, DocOK. Completa, motor Yanmarnovo. Tr. (12) 3832.4192 ou9601.5472 c/ Eduar<strong>do</strong>------------------------------------BARCO casco <strong>de</strong> aluminio5,80m c/ carreta <strong>de</strong> encalher$1.600,00 tel 9766.1980------------------------------------MOTOR Johnson 25cv ano 93R$3.500,00 tel 9766.1980VENDO Maq. <strong>de</strong> assar frangoPROGAS p/ 20 frangos, BalcãoVitrine refrigera<strong>do</strong> 1,20 m, Gela<strong>de</strong>iraExpositora Vertical c/ 5prateleiras, Frita<strong>de</strong>ira a gás c/2 cubas marca CROYDON. Tratarc/ Wilson (12) 9150.1819.-------------------------------------TENDA - Tam. 3 x 3m. marcaFast Camp, <strong>de</strong> cor Azul, fácil <strong>de</strong>montar, bom esta<strong>do</strong>. R$ 300,00.Tel (11) 9107-9612 Edson


1º Junho 2010 Jor<strong>na</strong>l MARANDUBA News Pági<strong>na</strong> 15História <strong>do</strong> “NEOQUETA” Túnel <strong>do</strong> TempoRegistro <strong>de</strong> fatos <strong>do</strong> século passa<strong>do</strong> em nossa regiãoADELINA CAMPIOs meus avós já estavam casa<strong>do</strong>s há mais <strong>de</strong> 50 anos e continuavama jogar um jogo que haviam inicia<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> começarama <strong>na</strong>morar. A regra <strong>do</strong> jogo era: que um tinha que escrevera palavra “NEOQETA” em qualquer lugar inespera<strong>do</strong>, para ooutro encontrar, e assim que a encontrasse, <strong>de</strong>veria escrevê-lanoutro lugar, e assim sucessivamente.Eles ficavam felizes <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong> “NEOQETA” por toda a casa, eassim que um a encontrava, era a sua vez <strong>de</strong> a escon<strong>de</strong>r noutrolocal, para o outro encontrar.Eles escreviam “NEOQETA” com os <strong>de</strong><strong>do</strong>s no açúcar, <strong>de</strong>ntro<strong>do</strong> açucareiro, ou no pote <strong>de</strong> farinha, para que o próximo quefosse cozinhar a encontrasse. “NEOQETA” era escrita no vapor<strong>de</strong>ixa<strong>do</strong> no espelho, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> um banho quente, on<strong>de</strong> a palavrairia reaparecer <strong>de</strong>pois <strong>do</strong> próximo banho. Uma vez, a minha avóaté <strong>de</strong>senrolou um rolo <strong>de</strong> papel higiênico para <strong>de</strong>ixar “NEOQE-TA” escrito <strong>na</strong> última folha e enrolou tu<strong>do</strong> <strong>de</strong> novo. Não havialimites <strong>de</strong> on<strong>de</strong> “NEOQETA” pu<strong>de</strong>sse surgir.Pedacinhos <strong>de</strong> papel com “NEOQETA” no pára-brisa <strong>do</strong> carro,bilhetes eram enfia<strong>do</strong>s <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong>s sapatos e <strong>de</strong>ixa<strong>do</strong>s <strong>de</strong>baixo daalmofada. “NEOQETA” era escrita com os <strong>de</strong><strong>do</strong>s <strong>na</strong> poeira sobreas prateleiras e <strong>na</strong>s cinzas da lareira. Esta misteriosa palavra faziatanta parte da casa <strong>do</strong>s meus avós como a mobília...Levou bastante tempo para eu enten<strong>de</strong>r completamente estejogo e gostar <strong>de</strong>le. O Amor <strong>do</strong>s meus avós era profun<strong>do</strong> e nuncaduvi<strong>de</strong>i <strong>de</strong>le, porém “NEOQETA” era mais que um jogo <strong>de</strong> diversão,era um mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> vida! O relacio<strong>na</strong>mento <strong>de</strong>les era basea<strong>do</strong><strong>na</strong> <strong>de</strong>voção e numa afeição apaixo<strong>na</strong>da, daquelas que nem to<strong>do</strong>stêm a sorte <strong>de</strong> experimentar. Eles ficavam <strong>de</strong> mãos dadassempre que podiam, roubavam beijos um <strong>do</strong> outro e conseguiamtermi<strong>na</strong>r a frase incompleta <strong>do</strong> outro. Porém uma nuvemescura surgiu <strong>na</strong> vida <strong>do</strong>s meus avós. O meu avô a<strong>do</strong>eceu... E,como sempre, a minha avó esteve com ele a cada momento. Rezavano quarto pedin<strong>do</strong> a Deus para zelar pelo seu companheiro.Mas, aconteceu o que to<strong>do</strong>s temíamos: o meu avô partiu... apalavra “NEOQETA” foi gravada <strong>na</strong> sua campa!1950 1956Momento <strong>de</strong> lazer <strong>na</strong> barra <strong>do</strong> Rio Maranduba Primeira linha <strong>de</strong> ônibus Caraguá-<strong>Ubatuba</strong> no Picaré19632003Garotas alu<strong>na</strong>s da Assistência Litoral Anchieta - ALA Após 40 anos... como os vesti<strong>do</strong>s encurtaram!20022002Infância Missionária em ence<strong>na</strong>ção <strong>na</strong> Caçan<strong>do</strong>ca I<strong>na</strong>uguração da Escola Tia<strong>na</strong> Luiza, no AraribáAposto que a esta altura estarás a questio<strong>na</strong>r-te: O que significa“NEOQETA”? Essa linda palavra quer dizer... “NEOQETA”– Nunca Esqueças O Quanto Eu Te Amo!(Compila<strong>do</strong> da Internet)1960 19541994Família Cabral em romaria aAparecida <strong>do</strong> Norte: água <strong>de</strong>cheiro, roupa nova e ansieda<strong>de</strong>para fotoEm tempos <strong>de</strong> vacas gordas, o ga<strong>do</strong> curtiao sol <strong>na</strong> praia da Lagoinha sem ser incomoda<strong>do</strong>.O duro era esperar sair a porção <strong>de</strong>capim gordura à <strong>do</strong>rêEm tempos <strong>de</strong> vacas magras,ficavam ilhadas <strong>na</strong> ponte <strong>do</strong>Araribá após a queda dasduas cabeceiras

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