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Um Navio no Amazonas - Lume Arquitetura

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c a s e<strong>Um</strong> <strong>Navio</strong> <strong>no</strong> <strong>Amazonas</strong>Por Raquel LimaOs ambientes de um hotel sobre as águasHÁ MAIS A SE FAZER EM UMA VISITA AO AMAZONASdo que simplesmente desfrutar das belezas paradisíacas dolugar. A exploração turística na região é cada dia mais intensae um empreendimento está a ponto de colocar o estado do<strong>no</strong>rte definitivamente <strong>no</strong> roteiro turístico internacional. Oousado projeto de um hotel cinco estrelas flutuante está sendolançado com um objetivo definido: conquistar os europeus.O projeto lumi<strong>no</strong>técnico do navio Iberostar GrandAmazon tem a assinatura de Nils Ericson que, com cerca de30 a<strong>no</strong>s de experiência, viu-se diante do desafio de ajudar atransformar um passeio por um rio em momentosglamourosos de uma viagem inesquecível. Isso tudo com umtoque de brasilidade e charme que raramente é visto emprojetos fora do País.Fotos: Divulgação▼50L U M EA R Q U I T E T U R A


As limitações e exigênciasforam inúmeras, principalmentequanto às questões de consumode energia e segurança.Segurança, eco<strong>no</strong>mia e estéticaO Iberostar Grand Amazon, primeiro debandeira brasileira deste porte, foi construído paraque o visitante possa conhecer o <strong>Amazonas</strong> commuito luxo e conforto. São 75 cabines com capacidadepara 150 passageiros <strong>no</strong> total, com cadapacote custando, em média, mil dólares. Todos osdetalhes foram pensados lembrando-se que,durante a viagem, as dependências serão osúnicos lugares por onde o passageiro poderátransitar. Para isso, Ericson não eco<strong>no</strong>mizou <strong>no</strong>aconchego e na iluminação acolhedora: “A iluminaçãode um navio como esse tem que serenvolvente, sem agredir ao passageiro. Parece algosimples de se fazer, mas as limitações e exigênciassão inúmeras, principalmente quanto às questõesde consumo de energia e segurança”, comenta.Os cuidados com eventuais acidentes<strong>no</strong>rtearam o projeto tanto quanto os aspectosestéticos. As luminárias são leves, mas resistentes,por causa do balanço do navio. A energia égarantida por geradores, o que também obrigouEricson a calcular de forma criteriosa o consumode cada ponto de luz dentro da embarcação.“Tínhamos que utilizar fontes eco<strong>no</strong>mizadoras,mas, ao mesmo tempo, não havia como colocarfluorescentes em todos os lugares porque, assim,perderíamos o ambiente acolhedor que pretendíamos”,pondera.“O Iberostar é um hotel cinco estrelasflutuante, com 75 cabinese capacidade para 150 passageiros”.convenções. Ali, Ericson combi<strong>no</strong>u o uso desancas e lâmpadas PAR54. “As lâmpadas PAR têmfiltros de cor e posicionamento que podem seralterados de acordo com a vontade do artista”,detalha. O navio, que tem 82 metros de comprimento(quase o equivalente a um campo deÁreas de lazerOs espaços de lazer foram projetados paraserem versáteis e oferecerem sensação deamplitude, tornando agradável o trajeto daembarcação ao longo do leito dos rios Negro e<strong>Amazonas</strong>. A boate é e<strong>no</strong>rme e multiuso, comcondições até para a realização de shows ouNa boate, preparada tambémpara shows e convenções,sancas para iluminação gerale lâmpadas PAR54 para cênica.L U M EA R Q U I T E T U R A51▼


No teto do bar, sancas com fluorescentes e filtros de corpara equilibrar baixo consumo e temperatura de cor adequada.<strong>Um</strong>a biblioteca e um salão de jogos contribuem para compor o navio,que tem 82m de comprimento por 15m de largura.A piscina é iluminadacom bastões de fibraótica subaquáticos.futebol) por 15m de largura, ainda está equipadocom um salão de jogos, hidromassagem ebiblioteca.Na área do deck, foram adotados “step-lights”,iluminação de segurança / balisamento e naspiscinas, bastões de fibra ótica subaquáticos.RestauranteNo restaurante, o mesmo cuidado em seproporcionar sensação de leveza. “O espaço nãoé a céu aberto, o que <strong>no</strong>s levou a ter o cuidado denão criarmos um ambiente claustrofóbico. Ospassageiros fazem ali cinco refeições por dia.Criamos um céu de estrelas, todo dimerizado,usando halógenas bipi<strong>no</strong>”, resume o designer.Incidindo diretamente sobre as mesas há fachosNo restaurante,um céu de estrelasfeito com halógenas bipi<strong>no</strong>.▼52L U M EA R Q U I T E T U R A


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O buffet tem formatode uma ferradurae recebeu luz pontual.da tem formato de uma ferradura. Coloquei luzpontuada só <strong>no</strong> serviço para não interferir demasiadamente<strong>no</strong> céu de estrelas”.ClarabóiaNa convés do navio há uma grande clarabóiafalsa. A iluminação é bem escondida de forma queas fontes de luz não são percebidas e procuramanter semelhança ao efeito natural da luz do dia.“As pessoas têm que se sentir como se estivessemem casa”, define, acrescentando que a área éainda decorada com borboletas e desenhostipicamente tropicais.Ficha TécnicaProjeto de Interiores:es:Fernanda Salles e GillesJacquardLuminárias:Allight (RJ)Iluminação Piscinas:ReichenbachLâmpadas: OsramReatores es eletrônicos: Intralde lâmpadas AR 70 com focos fechados. Duranteo dia, a intensidade das luzes <strong>no</strong> ambiente érealçada e tudo fica em tom claro, vibrante.“Precisávamos trabalhar bem a dinâmica dailuminação, até para não criar um céu de estrelasde dia, o que causaria estranheza. Assim, quandoa <strong>no</strong>ite começa a cair, a intensidade da iluminaçãoé reduzida, para dar a sensação de um jantar à luzde velas”, detalha.O buffet onde são colocados os pratos paraself-service recebeu tratamento próprio. “A banca-Peso é fator decisivoEm outros pontos do navio foram usadaslâmpadas PAR30 fluorescentes e dicróicas devários graus, com equipamento auxiliar (transformadorese reatores) especiais e leves. Tudoporque o peso, <strong>no</strong> navio, é um fator fundamental.“Usei mais de um fornecedor e tive de solicitar odesenvolvimento de peças especiais, sem arestas,para as pessoas não se machucarem. Em umnavio, você também não pode ter uma grandediversificação de lâmpadas, porque isso implicariaem se manter um grande estoque para eventuaistrocas”, revela o lighting designer.O Iberostar Grand Amazon não é um hotellocalizado em uma rua badalada do Rio deJaneiro ou até de Nova Iorque. Mas, definitivamente,não deixa o visitante desapontado. Pelocontrário, o projeto lumi<strong>no</strong>técnico deixa opassageiro ainda mais à vontade para seencantar com as belezas naturais do Brasil. “Oque mais se vende <strong>no</strong> mundo, além de porca eparafuso, é lâmpada. Existem milhares deNa convés do naviohá uma grande clarabóiafalsa, criando “efeitode luz do dia”.▼54L U M EA R Q U I T E T U R A

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