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Folha de sala - Culturgest

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MÚSICA24 FEVEREIRO ‘08CLÁSSICOSDO SÉCULO XXConcerto comentado por Ana Telles


Orquestra Metropolitana <strong>de</strong> LisboaDOM 24 fevereiro 2008 · gran<strong>de</strong> auditório · 11h00 · Duração 1h00 · m/6Clássicos do Século XXana tellesORQUESTRA METROPOLITANA DE LISBOANuno Silva, clarineteCoro <strong>de</strong> Câmara da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> LisboaAna Telles, pianoJean-Sébastien Béreau, maestroConcerto comentado por Ana TellesProgramaClau<strong>de</strong> DEBUSSY (1862-1918)Rapsódia para Clarinete e OrquestraBéla BARTÓK (1881-1945)Dois Retratos, Op. 5(l’un i<strong>de</strong>al – l’autre grotesque)I. AndanteII. PrestoOlivier MESSIAEN (1908-1992)Três Pequenas LiturgiasI. Antienne <strong>de</strong> la Conversation intérieure (Dieu présent en nous...)II. Séquence du Verbe, Cantique Divin (Dieu présent en lui-même...)III. Psalmodie <strong>de</strong> l’Ubiquité par amour (Dieu présent en toutes choses...)O programa que hoje se apresenta prestahomenagem a Olivier Messiaen, compositorfrancês nascido em 1908 e falecidoem 1992, cujo lugar cimeiro na históriada música do século xx é hoje unanimementereconhecido.Espírito multifacetado cuja influêncianas gerações <strong>de</strong> compositores que se lheseguiram <strong>de</strong>terminou em gran<strong>de</strong> medidao <strong>de</strong>senvolvimento musical europeuno período após a 2.ª Guerra Mundial,nomeadamente através da notávelactivida<strong>de</strong> pedagógica que <strong>de</strong>senvolveuno Conservatório <strong>de</strong> Paris entre 1941 e1978, Messiaen estabeleceu em quatrodomínios específicos – a cor, o ritmo, odo canto das aves e a inspiração religiosa<strong>de</strong> matriz católica – a base da sua linguagemmusical.No âmbito do primeiro, e partindo dainfluência <strong>de</strong>bussysta, <strong>de</strong>senvolveu umsistema harmónico próprio baseado numconjunto <strong>de</strong> modos e <strong>de</strong> combinaçõessonoras a que associava espontaneamentecores específicas, num processoque comparava ao que caracteriza ofenómeno neurológico <strong>de</strong>signado porsinestesia som-cor que se manifestaem certos indivíduos (o pintor CharlesBlanc-Gatti, <strong>de</strong> quem Messiaen possuíavárias telas, constitui disso um exemploconhecido).No que diz respeito ao ritmo, OlivierMessiaen consi<strong>de</strong>rava situar-se nessedomínio a sua mais importante contribuiçãopara a evolução da música europeia.Seguindo o exemplo <strong>de</strong> MauriceEmmanuel, o compositor interessou-seespecialmente pela métrica grega, tendoigualmente estudado em profundida<strong>de</strong>os padrões rítmicos hindus conhecidoscomo <strong>de</strong>çi-tâlas; não lhe foram


How YOU Can HonourThe Fraser InstituteTalented peopleExceptional and rigorous researchWi<strong>de</strong>spread impactThis is what you support when you make a gift to the Fraser Institute.The Fraser Institute does not accept grants from government orcontracts for research but instead, to protect its in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nce, theInstitute relies on support from thousands of individuals, corporationsand foundations.For 35 years the Fraser Institute has initiated and supported i<strong>de</strong>as that lead to greater freedom forindividuals and that lighten the heavy hand of government.Thanks in part to the efforts of the Fraser institute, i<strong>de</strong>as that were at one time consi<strong>de</strong>red marginal havenow become mainstream.Our mission is by no means accomplished. Sound policies based on facts and individual freedom arealways un<strong>de</strong>r attack. We appreciate your sustained, active support, which will enable us to continue tofulfill our mission in the years ahead.Best regards,If you would like to make a special contribution in honour of theInstitute’s 35th Anniversary please contact us at:604.688.0221 Ext. 537 or by e-mail at: kathryn.mitrow@fraserinstitute.orgor visit our website: www.fraserinstitute.orgor mail in your contribution with the completed form below. Allcontributions will be put towards 2009 research activities and will betax-<strong>de</strong>ductible.YES! I would like to make a special 35th Anniversary Donationto the work of the Fraser Institute in the amount of $______□ Enclosed is my cheque ma<strong>de</strong> out to the Fraser Institute, or□ I would prefer to pay with □ VISA □ MasterCard □ American ExpressCardhol<strong>de</strong>r Name:_______________________________Cardhol<strong>de</strong>r Signature: ____________________________Card Number:____________________Expiry Date:_____________________THE FRASER INSTITUTE 4th Floor, 1770 Burrard StreetVancouver, B.C. Canada V6J 3G7Fax: 604.688.8539Tax FactsHow much taxdo you really pay?1 5(Cut out and mail in, or fax with your contribution)FRASERINSTITUTEby Milagros PalaciosNiels VeldhuisMichael WalkerThank YouHassan KhosrowshahiChairman of theFraser Institute Board of TrusteesThe Fraser Institute has created and communicated great policy i<strong>de</strong>as to Canadians and other peoplearound the world for thirty-five years. We began with a pioneering study on rent control in 1974,with contributions from four subsequent Nobel laureates.That research capacity has blossomed over the years into a collection of several thousand articles andpublications on markets, economics and public policy. These i<strong>de</strong>as have been presented before liveaudiences—numbering in the hundreds of thousands—and we regularly reach millions of people overthe internet.One of those important recipients of our i<strong>de</strong>as is now you. We hope that you enjoy, and are educated by,this compendium of thirty-five big i<strong>de</strong>as—those that matter most and have ma<strong>de</strong> a significant impact inCanada and around the world.At this momentous time in our history, it is important to acknowledge our terrific supporters who havema<strong>de</strong> all of this possible. Without you there would be no Fraser Institute. Thank you.Dr. Mark MullinsExecutive Director


A estreia (que teve lugar a 21 <strong>de</strong>Abril <strong>de</strong> 1945 com Yvonne Loriod aopiano, Ginette Martenot no ondasMartenot, o Coro Yvonne Gouverné e aOrquestra da Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Concertos doConservatório sob a direcção <strong>de</strong> RogerDésormière) tem <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então sido qualificadacomo um verda<strong>de</strong>iro escândalo,talvez o maior da carreira do seu autorno que diz respeito à reacção da críticamusical; no entanto, Serge Nigg (um dosdiscípulos do compositor presentes nessaocasião) recorda um triunfo retumbante,referindo que a obra foi acolhida comosímbolo <strong>de</strong> renovação espiritual paraum país que tinha sofrido recentementesituações <strong>de</strong> <strong>de</strong>rrota e invasão.O título (“Três pequenas liturgias dapresença divina”) refere-se à naturezaespiritualmente <strong>de</strong>spretensiosa da obrae não tanto à sua duração. Na realida<strong>de</strong>,antecipando as reformas do ConcílioVaticano II, Messiaen enveredou por umcaminho visando a renovação da músicalitúrgica (neste caso <strong>de</strong>stinada à <strong>sala</strong><strong>de</strong> concertos), tornando-a acessível aopúblico sem no entanto sacrificar a suaqualida<strong>de</strong> intrínseca. Não tendo optadopor soluções características <strong>de</strong> umneo-classicismo fácil vigente à época emcertos círculos, Messiaen soube criar umidioma próprio que o público acolheusem reservas, a ponto <strong>de</strong> a obra ser aindahoje uma das mais populares <strong>de</strong> entrea sua vasta produção.O texto, da sua autoria, cita passagens<strong>de</strong> livros bíblicos como o Cântico dosCânticos, O apocalipse segundo S. João, osEvangelhos e as Epístolas, assim como Aimitação <strong>de</strong> Jesus Cristo e ainda S. Tomás<strong>de</strong> Aquino. O universo surrealista dosescritores Paul Eluard e Pierre Reverdyé igualmente invocado.Quanto à estrutura da obra, importareferir que o número bíblico trêsé invocado a vários níveis, como porexemplo na sucessão dos seus trêsandamentos: Antienne <strong>de</strong> la conversationintérieure (“Antífona da conversaçãointerior”, que invoca Deus presente noser humano), Séquence du Verbe, Cantiquedivin (“Sequência do Verbo, Cânticodivino”, que faz alusão a Deus presentenele próprio) e Psalmodie <strong>de</strong> l’Ubiquité parl’Amour (“Salmodia da Ubiquida<strong>de</strong> peloAmor”, que assinala a presença <strong>de</strong> Deusem todas as coisas).A orquestração da obra é profundamenteoriginal, inaugurando procedimentosutilizados pelo compositor emtrabalhos subsequentes. Pela primeiravez, Messiaen abandona por completoa nomenclatura e o equilíbrio típicos daorquestra sinfónica, prescindindo dossopros e atribuindo uma nova importânciaàs cordas; por outro lado, esta obraé a primeira <strong>de</strong> uma série em que o pianoocupa um lugar prepon<strong>de</strong>rante, o que se<strong>de</strong>ve em gran<strong>de</strong> medida ao papel inspiradorque Yvonne Loriod, sua discípulae ulteriormente segunda esposa (a partir<strong>de</strong> 1961), assumiu a partir <strong>de</strong>ssa época.Importa ainda referir a utilização doOndas Martenot, instrumento <strong>de</strong>senvolvidopouco tempo antes por MauriceMartenot cujas potencialida<strong>de</strong>s antecipama música electroacústica. Por outrolado, convém salientar que a versão daobra que hoje vamos ouvir empregameta<strong>de</strong> do número <strong>de</strong> coralistas e <strong>de</strong>instrumentistas <strong>de</strong> corda que a 2.ª versão<strong>de</strong>finitiva, correspon<strong>de</strong>ndo à concepçãoprimitiva do autor e à forma sob a qualJean-Sébastien Béreau a dirigiu na suapresença.A originalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trois petites liturgies<strong>de</strong> la présence divine manifesta-setambém no seu universo harmónicoe rítmico, típico da maturida<strong>de</strong> composicionaldo autor e <strong>de</strong>finido na obrateórica Tratado da minha linguagemmusical que Messiaen escrevera poucotempo antes, bem como na utilização <strong>de</strong>cantos <strong>de</strong> aves confiados ao piano e aosinstrumentos <strong>de</strong> percussão.Do ponto <strong>de</strong> vista da inspiraçãoreligiosa, esta obra foi <strong>de</strong>finida por JeanBoivin como uma “curiosa amálgama<strong>de</strong> visão extática, oração fervorosa e<strong>de</strong>claração <strong>de</strong> amor sensual <strong>de</strong>stinadaa…Deus”. O compositor, por seu turno,<strong>de</strong>finia a obra em termos particularmenteeloquentes que citaremos à laia<strong>de</strong> conclusão:“Parece-me que é preciso ouvir aminha música esquecendo o seu sucesso(bem como as polémicas que o envolveram),e esquecendo a própria música.Que faz uma rosácea <strong>de</strong> catedral? Ensinapela imagem, pelo símbolo, através <strong>de</strong>todas as personagens que a compõem– mas sobretudo impressiona o olharpelos milhares <strong>de</strong> manchas <strong>de</strong> cor quea constituem, que finalmente se resumema uma só cor, muito simples, atal ponto que aquele que a contemplaexclama somente: esta rosácea é azul– ou: esta rosácea é violeta…Eu não quis fazer senão isso…”BiografiasAna TellesA pianista portuguesa Ana Telles fez osseus estudos musicais em Lisboa e NovaIorque, tendo concluído o Bacharelatoem Piano na Escola Superior <strong>de</strong> Música<strong>de</strong> Lisboa, a Licenciatura na ManhattanSchool of Music e o Mestrado na NewYork University. Estudou com SaraD. Buechner, Nina Svetlanova, DmitryPaperno, Sequeira Costa e Alicia <strong>de</strong>Larrocha (Piano), bem como IsidoreCohen e Sylvia Rosenberg (Música <strong>de</strong>Câmara), entre outros. Em Junho <strong>de</strong>2003, Ana Telles obteve o Diploma<strong>de</strong> estudos aprofundados (DEA) emHistória da Música e Musicologia naUniversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Paris IV – Sorbonne(França) com a mais elevada classificação.Presentemente, prepara umatese <strong>de</strong> Doutoramento sobre a Músicaportuguesa para piano do século xx namesma universida<strong>de</strong>, em co-tutela coma Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Évora, sob a orientaçãodos Profs. Danièle Pistone e RuiNery, e integra a classe <strong>de</strong> Direcção <strong>de</strong>Orquestra do Maestro Jean-SébastienBéreau no Conservatório Nacional <strong>de</strong>Lille, França.Ana Telles trabalhou com YvonneLoriod-Messiaen, uma figura lendáriaentre os pianistas do século xx, viúvado compositor francês Olivier Messiaene intérprete privilegiada da sua músicapara piano. Ana Telles <strong>de</strong>dica especialatenção à obra <strong>de</strong>ste músico, tendointerpretado a integral das suas peçaspara piano e pequena orquestra (e ainda


Le réveil <strong>de</strong>s oiseaux) com a OrquestraMetropolitana <strong>de</strong> Lisboa e coma National Taiwan Symphony Orchestrasob a direcção <strong>de</strong> Jean-Sébastien Béreaunuma série <strong>de</strong> 16 concertos (2000-2003).Ana Telles <strong>de</strong>dica-se também aoestudo, interpretação e divulgação danova música para piano, incluindoobras para piano e electrónica. Nestecontexto, tem estreado várias peças etrabalhado directamente com compositorestais como Phillippe Hurel,Aaron Jay Kernis, Emmanuel Nunes,João Pedro Oliveira, João Rafael,Carlos Caires, Alexandre Delgado,Christopher Bochmann, Pedro Amaral,Joaquim Santos, Thomas Bloch e LucyaDugloszewski.Ana Telles tem tocado como solistae integrada em grupos <strong>de</strong> música <strong>de</strong>câmara em Portugal, Alemanha, França,Itália, Irlanda, Cuba, Brasil e EUA.Tocou em <strong>sala</strong>s prestigiadas tais como aSalle Cortot (Paris), o Gran<strong>de</strong> Auditório<strong>de</strong> Dijon (França), o Bor<strong>de</strong>n Auditorium(Nova Iorque, EUA), o Gran<strong>de</strong> Auditórioda Fundação Calouste Gulbenkian,o Gran<strong>de</strong> Auditório da <strong>Culturgest</strong> e oPequeno Auditório do Centro Cultural<strong>de</strong> Belém, entre outras.Tem também participado em festivaistais como International ComputerMusic Conference (2001), JornadasNova Música (Aveiro, 2001), MúsicaViva (Lisboa, 2002), I Festival <strong>de</strong>Alcácer (2003), Festival Internacional <strong>de</strong>Música <strong>de</strong> Aveiro (2004), Festival «CollaVoce» (Poitiers, França, 2004), CicloJovens Intérpretes (Fundação CalousteGulbenkian, Lisboa, 2006).Em Agosto <strong>de</strong> 2002 foi solista coma Orquestra Sinfónica Nacional <strong>de</strong>Taiwan numa digressão realizadanesse país. Foi também solista com asorquestras Gulbenkian, Metropolitana<strong>de</strong> Lisboa, Clássica da Ma<strong>de</strong>ira, Tutti <strong>de</strong>Levallois (Paris, França), dos estudantesdo Conservatório <strong>de</strong> Dijon (França)e Nuova Ama<strong>de</strong>us (Roma, Itália).Actualmente exerce funções docentese <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nação na Licenciatura emMúsica e na Pós-Graduação em Direcção<strong>de</strong> Orquestra <strong>de</strong> Sopros do InstitutoPiaget (Campus <strong>de</strong> Almada).Jean Sébastien BéreauJean-Sébastien Béreau ingressou aosnove anos no Conservatório <strong>de</strong> Paris,on<strong>de</strong> teve como professores DariusMilhaud, Olivier Messiaen, LouisFourestier e Maurice Martenot, entreoutros. Com apenas vinte e sete anosfoi nomeado director do Conservatório<strong>de</strong> Metz e maestro titular da OrquestraSinfónica da mesma cida<strong>de</strong>; maistar<strong>de</strong>, veio a dirigir igualmente osConservatórios <strong>de</strong> Rouen e Estrasburgo.Durante cerca <strong>de</strong> 15 anos foi professor<strong>de</strong> Direcção <strong>de</strong> Orquestra e responsávelpelas três orquestras do ConservatórioNacional Superior <strong>de</strong> Música <strong>de</strong> Paris;colaborou com Pierre Boulez e LeonardBernstein.A par da sua activida<strong>de</strong> docente,Jean-Sébastien Béreau tem <strong>de</strong>senvolvidouma intensa carreira internacional comomaestro. Foi titular das Orquestras <strong>de</strong>Metz e Rouen, bem como dos Cantores<strong>de</strong> Sto. Eustáquio, em Paris, e da ChoraleStrasbourgeoise, em Estrasburgo.Dirigiu algumas das mais prestigiosasorquestras em Paris, Moscovo, Bruxelas,Luxemburgo, Lisboa, Roma, Manila,Taipé, entre outras. Dirigiu a Orquestrados Mil, composta <strong>de</strong> mil músicosescolhidos entre os solistas <strong>de</strong> todasas principais orquestras francesas.Colaborou com solistas como AldoCiccolini, Samson François, PierreBarbizet, Robert Casa<strong>de</strong>sus, PaulBadura-Skoda, Philippe Entremont,Tatiana Nicolaevna, Yvonne Loriod,Roger Muraro, Maria João Pires,Pierre-Laurent Aimard, Jean Guillou,Yuri Bashmet, Jean-Pierre Rampal,Pierre-Yves Artaud, Pascal Moraguès,Maurice Allard, Maurice André, TierryCaens, Bernard Soustrot, RégineCrespin, Nicolai Gedda, entre muitosoutros. Entre os seus numerosos alunos<strong>de</strong> Direcção <strong>de</strong> Orquestra figuram maestroscomo Pascal Verrot, Pascal Rophé,Vincent Barthe e Martin Lebel.Além <strong>de</strong> várias con<strong>de</strong>coraçõesfrancesas, entre as quais a Ordre duMérite, foi-lhe atribuído o Prémio <strong>de</strong>Composição da fundação americanaW. and N. Copley.Actualmente, ensina direcção <strong>de</strong>orquestra no Conservatório Nacional<strong>de</strong> Região <strong>de</strong> Lille.José RobertDes<strong>de</strong> muito cedo a activida<strong>de</strong> musical<strong>de</strong> José Robert incidiu no estudo eprática da música coral, pois, simultaneamentecom os seus estudos musicais,fez parte activa e regular <strong>de</strong> váriosagrupamentos corais, infantis e juvenis,com especial incidência na polifonia.Foi co-fundador do Coro da FundaçãoGulbenkian, on<strong>de</strong> permaneceu oitoanos. Posteriormente, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> dirigiro Orfeão Scalabitano, assumiu adirecção artística do Choral Phi<strong>de</strong>llius,cargo que ocupa <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1971, dirigindotambém, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1974 como adjunto <strong>de</strong>Fernando Lopes-Graça, e a partir <strong>de</strong>1988 como titular, o Coro da Aca<strong>de</strong>mia<strong>de</strong> Amadores <strong>de</strong> Música <strong>de</strong> Lisboa.Frequentou diversos cursos e seminários<strong>de</strong> direcção coral e orquestral nopaís e no estrangeiro. Nomeadamentetrabalhou com Pierre Kaelin, HeinzHenning, Arnaudaf, da Bulgária,Herbert Joris e, em Berlim, frequentouo curso internacional para directores<strong>de</strong> coros mistos, sob a orientação <strong>de</strong>Getrichmuth, <strong>de</strong> Leipzig.Des<strong>de</strong> 1979, e com regularida<strong>de</strong>,<strong>de</strong>dica parte da sua activida<strong>de</strong> à formaçãotécnica e artística <strong>de</strong> directorescorais, orientando, a convite daSecretaria <strong>de</strong> Estado da Cultura e <strong>de</strong>outros organismos oficiais e particulares,diversos cursos <strong>de</strong> direcção coral emvárias zonas do país.Diplomado com o Curso Superior <strong>de</strong>Educação pela Arte do ConservatórioNacional <strong>de</strong> Lisboa, é, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1981,o director artístico do Coro daUniversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa e, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1986,do Coro da ATLNEC. Des<strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong>1991 <strong>de</strong>sempenha o cargo <strong>de</strong> professor <strong>de</strong>direcção coral na Aca<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> Amadores<strong>de</strong> Música, e <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 1997 (data dasua fundação) dirige o Coro <strong>de</strong> Câmarada Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa.Nuno SilvaFoi vencedor dos concursos nacionais<strong>de</strong> maior importância, tendosido também distinguido em concursosinternacionais: semifinalista doConcurso Internacional Valentino


<strong>de</strong> Dvórak, os Catulli Carmina <strong>de</strong> CarlOrff (gravados e transmitidos pelaRTP),a cantata ecológica Summer Sunday,O Pequeno Cancioneiro do Menino Jesus, <strong>de</strong>Lopes-Graça e sob a direcção do maestroJean-Sébastien Béreau. Com o grupoGaiteiros <strong>de</strong> Lisboa foi responsável peloConcerto <strong>de</strong> Abertura Solene do anoLectivo <strong>de</strong> 2000/2001.Em Novembro <strong>de</strong> 2004, juntamentecom a Orquestra Nacional do Porto,o Coro da UL e o Coral da Faculda<strong>de</strong><strong>de</strong> Letras da Universida<strong>de</strong> do Portoapresentou, na Aula Magna da Reitoriada Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa e noEuroparque, o Requiem pelas vítimas dofascismo em Portugal <strong>de</strong> Fernando Lopes-Graça, do qual foi produtor, e que recebeuas mais entusiásticas críticas porparte do público e da crítica. A gravaçãodo concerto foi, posteriormente, editadaem CD pela RDP, no âmbito das comemoraçõesdo centenário <strong>de</strong> FernandoLopes-Graça, merecendo, pela parte doJornal <strong>de</strong> Letras, a crítica <strong>de</strong> “uma dasmelhores interpretações <strong>de</strong> sempre”.O Coro <strong>de</strong> Câmara é dirigido, <strong>de</strong>s<strong>de</strong>a sua fundação, pelo maestro JoséRobert e, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2007, por Luís Almeida,como maestro assistente.Elementos do CoroÂngela Canas, Carla Aires, CaterinaVaz, Cátia Men<strong>de</strong>s, Célia Sales,Cláudia Santos, Dalila Branco, ElsaMontoya, Érica Guimarães, Inês Vaz,Joana Marques, Leonor Cardoso, LuísAlmeida, Manon Marques, MargaridaRobert, Maria João Fernan<strong>de</strong>s, MariaRobert, Patrícia Ávila, Patrícia Sá,Sandra Almeida, Sara Marques.Orquestra Metropolitana<strong>de</strong> LisboaTutelada pela Associação Música– Educação e Cultura, a OrquestraMetropolitana <strong>de</strong> Lisboa estreou-seno dia 10 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 1992, tendocomo solista a pianista Maria JoãoPires. Des<strong>de</strong> então, os seus músicosasseguram uma extensa activida<strong>de</strong> quecompreen<strong>de</strong> os repertórios barroco,clássico e sinfónico – integrando, nesteúltimo caso, os jovens intérpretes daOrquestra Académica Metropolitana.Paralelamente, apresenta uma amplaprogramação <strong>de</strong> música câmara.Esta versatilida<strong>de</strong>, com que abrangetambém o jazz e o fado, a ópera e anova música contemporânea, tem-lhepermitido contribuir para a criação <strong>de</strong>novos públicos e consolidar o carácterinovador do seu projecto, on<strong>de</strong> alia àdimensão artística a prática pedagógicadas suas escolas – a Aca<strong>de</strong>mia NacionalSuperior <strong>de</strong> Orquestra e o ConservatórioMetropolitano <strong>de</strong> Música <strong>de</strong> Lisboa.Cabe-lhe, ainda, a responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>assegurar uma programação regular emvárias autarquias da região centro e sul,para além <strong>de</strong>, em colaboração com oInatel, promover uma efectiva <strong>de</strong>scentralizaçãocultural do norte ao sul do país.Logo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o seu início, afirmou-secomo uma referência incontornável dopanorama orquestral nacional. Um anoapós a sua criação e sob a direcção domaestro Miguel Graça Moura, a OMLapresentou-se em Estrasburgo e Bruxelasa convite da Comissão e do ParlamentoEuropeus, seguindo-se em 1997 umadigressão por Itália, Índia, Coreia doSul, Macau e Tailândia e, em 1999, umaoutra pelo Japão. Em Setembro <strong>de</strong> 2001regressou à Tailândia como convidadado III Festival Internacional <strong>de</strong> Músicae Dança <strong>de</strong> Bangkok.A OML, que conta com a DirecçãoMusical do maestro Augustin Dumay<strong>de</strong>s<strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2008, tem ao longodos anos sido dirigida por importantesnomes da direcção orquestral portuguesa,como Joana Carneiro, ÁlvaroCassuto, Cesário Costa e ManuelIvo Cruz, e por inúmeros maestrosestrangeiros <strong>de</strong> elevada reputação, on<strong>de</strong>se incluem Jean-Sébastien Béreau,José Collado, Olivier Cuen<strong>de</strong>t, DavidGimenez, Nicholas Kraemer, LucasPfaff, Arild Remmereit, Brian Schembri,Marc Tardue, Victor Yampolsky eMichael Zilm. Entre os inúmerossolistas que têm colaborado com aOML <strong>de</strong>stacam-se, Pedro Burmester,Monserrat Caballé, José Carreras,Ana Bela Chaves, José Cura, AugustinDumay, Irene Lima, Paulo Gaio Lima,Tatiana Nikolayeva, Maria João Pires,Artur Pizarro, Elisabete Matos, AnneQueffélec, Gerardo Ribeiro, AntónioRosado e Eric Stern, entre tantos outros.Mais recentemente juntaram-se-lhesos nomes <strong>de</strong> Leon Fleisher, NataliaGutman, Raphaël Oleg, Oleg Marshev ePascal Rogé e novamente em 2007 MariaJoão Pires.A OML já gravou nove CDs para diferenteeditoras, incluindo a EMI Classicse a RCA Classics. Em 1996 foi-lheatribuído um Disco <strong>de</strong> Platina pelavenda <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 24.000 exemplares doseu segundo disco. A última gravaçãoregista três sinfonias <strong>de</strong> Carl Ditters vonDittersdorf e foi recentemente editadapela NAXOS.A Direcção da AMEC é presidida porGabriela Canavilhas e tem como vogaisIsabel Ban<strong>de</strong>ira e João Villa-Lobos.ORQUESTRA METROPOLITANADE LISBOADirector Musical Augustin DumayPrimeiros ViolinosChristian Scholl Concertino*Adrian Florescu Solista BCarlos DamasLiviu ScripcaruDiana TzonkovaAna Pereira ConvidadaLuciana Cruz Convidada ANSOPaula Carneiro Convidada ANSOSegundos ViolinosAgnes Flanagan Chefe <strong>de</strong> Naipe / Solista AJosé TeixeiraDaniela RaduElena DimitrievaAngela Nersesova *Ana Filipa Serrão ConvidadaRafael Moreira Convidado ANSOViolasValentin Petrov Chefe <strong>de</strong> Naipe/Solista AIrma Sken<strong>de</strong>ri Solista BAndrei RatnikovGerardo GramajoSandra Martins ConvidadaVioloncelosFranz Ortner Chefe <strong>de</strong> Naipe / Solista APeter Flanagan Solista B *Jian HongAna Cláudia SerrãoSofia Gomes Convidada ANSO


ContrabaixosVladimir Kouznetsov Chefe <strong>de</strong> Naipe/Solista AErcole <strong>de</strong> Conca Solista BFlautasNuno Inácio Solista AJanete Santos Solista BCatarina Santos Convidada ANSOOboésSally Dean Chefe <strong>de</strong> Naipe/Solista ABryony Middleton Solista BAndreia Pereira ConvidadoClarinetesNuno Silva Solista A *Jorge Camacho Solista BRui Rosa ConvidadoFagotesFranz Dörsam Solista ABertrand Raoulx Solista BÉlio Araújo Convidado ANSOTrompasNuno Vaz Chefe <strong>de</strong> Naipe / Solista AJerôme Arnouf Solista B*Tiago Matos Convidad0 ANSORodrigo Carreira Convidado ANSOThomas Gomes Convidado ANSOTrompetesSérgio Charrinho Solista ARui Mirra Solista BTrombonesPaulo Alves Convidado ANSOPedro Miguel Santos Convidado ANSOTiago Noites Convidado ANSOTímpanos e PercussãoFernando Llopis Chefe <strong>de</strong> Naipe/Solista ABruno André Silva Convidado ANSOCarlos Henriques Convidado ANSOLídio Correia ConvidadoMarco Fernan<strong>de</strong>s ConvidadoHarpaStéphanie Manzo Chefe <strong>de</strong> Naipe/Solista ACelestaJoana Gama ConvidadaOn<strong>de</strong>s MartenotClau<strong>de</strong>-Samuel LevineCravoMarcos Magalhães Músico Associado *PRODUÇÃOJoão Pires Coor<strong>de</strong>nadorJoão Barradas Secretário <strong>de</strong> OrquestraArtur Raimundo Chefe <strong>de</strong> PalcoTécnicos <strong>de</strong> PalcoAlberto Correia, Ama<strong>de</strong>u Mineiro e MárioSousa* Não participa neste programaPRÓXIMO espectáculoteatro ter 26 <strong>de</strong> fevereiro a 1 <strong>de</strong> marçoEngland InglaterraUma peça para galerias <strong>de</strong> Tim Crouch (news from nowhere)GALERIA 2 · 21h30 · DUR 1h00 · M/12Dois guias numa exposição. Doisamantes com um estilo <strong>de</strong> vida a manter.Dois corações que batem a doze milquilómetros <strong>de</strong> distância. Traduções.Transacções. Um transplante.ENGLAND é a história da busca porum novo coração. É sobre uma vida quese salva e uma doença que se ultrapassaa qualquer custo. É uma visita guiadaque atravessa espaços e fronteiras: <strong>de</strong>uma galeria <strong>de</strong> arte a uma fábrica <strong>de</strong>compota, <strong>de</strong> Lisboa a Osaka, da cama <strong>de</strong>um hospital a um quarto <strong>de</strong> hotel.É uma visita guiada ao fim do mundo.“Os pacientes gostam <strong>de</strong> olhar para osquadros. Ajuda-os a sentirem-se melhorcom as suas doenças.”Decorrendo na Galeria 2 da <strong>Culturgest</strong>,durante uma exposição da artistaFrances Stark, a peça dá continuida<strong>de</strong> aofascínio <strong>de</strong> Tim Crouch pela naturezada experiência teatral, pela comunicação<strong>de</strong> uma i<strong>de</strong>ia do actor ao público– e reciprocamente. Co-produzido pela<strong>Culturgest</strong>, este é o terceiro espectáculo<strong>de</strong> Tim Crouch para adultos, <strong>de</strong>pois dosmulti‐premiados my arm e an oak tree,ambos aqui apresentados (em 2004 e2006, respectivamente).O espectáculo estreou em Agosto <strong>de</strong>2007 no Fringe Festival <strong>de</strong> Edimburgo,on<strong>de</strong> recebeu três prémios. O texto serápublicado nos Livrinhos <strong>de</strong> Teatro dosArtistas Unidos, em conjunto com atradução <strong>de</strong> an oak tree, numa co-ediçãocom a <strong>Culturgest</strong>.Os portadores <strong>de</strong> bilhete para o espectáculo têm acesso ao parque <strong>de</strong> estacionamento da Caixa Geral <strong>de</strong> Depósitos.


CULTURGEST, UMA CASA DO MUNDOInformações 21 790 51 55www.culturgest.ptEdifício Se<strong>de</strong> da CGDRua Arco do Cego1000-300 LisboaConselho <strong>de</strong> Administraçãopresi<strong>de</strong>nteManuel José VazVice-presi<strong>de</strong>nteMiguel Lobo AntunesVogalLuís dos Santos FerroAssessoresDançaGil MendoTeatroFrancisco FrazãoArte ContemporâneaMiguel Wandschnei<strong>de</strong>rServiço EducativoRaquel Ribeiro dos SantosCarmo Rolo EstagiáriaDirecção <strong>de</strong> ProduçãoMargarida MotaProdução e SecretariadoPatrícia BlázquezMariana Cardoso <strong>de</strong> LemosJorge EpifânioJudite JóiaexposiçõesProdução e MontagemAntónio Sequeira LopesProduçãoPaula Tavares dos SantosMontagemFernando Teixeira<strong>Culturgest</strong> PortoSusana SameiroComunicaçãoFilipe <strong>Folha</strong><strong>de</strong>la MoreiraMarta Fernan<strong>de</strong>s EstagiáriaSara Nogueira EstagiáriaPublicaçõesMarta CardosoRosário Sousa MachadoActivida<strong>de</strong>s ComerciaisCatarina CarmonaServiços Administrativose FinanceirosCristina RibeiroPaulo SilvaDirecção TécnicaEugénio SenaDirecção <strong>de</strong> Cena e LuzesHorácio Fernan<strong>de</strong>sassistente <strong>de</strong> direcção cenotécnicaJosé Manuel RodriguesAudiovisuaisAmérico Firmino Chefe <strong>de</strong> ImagemPaulo Abrantes Chefe <strong>de</strong> AudioTiago BernardoIluminação <strong>de</strong> CenaFernando Ricardo ChefeNuno AlvesMaquinaria <strong>de</strong> CenaJosé Luís Pereira ChefeAlcino FerreiraTécnico AuxiliarÁlvaro CoelhoFrente <strong>de</strong> CasaRute Moraes BastosBilheteiraManuela FialhoEdgar Andra<strong>de</strong>RecepçãoTeresa FigueiredoSofia Fernan<strong>de</strong>sAuxiliar AdministrativoNuno Cunha

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