636. DiscussãoAnalisan<strong>do</strong> a amostra estu<strong>da</strong><strong>da</strong> em relação ao gênero (Tabela 1), o sexofeminino representou a maioria (82%) <strong>do</strong>s pesquisa<strong>do</strong>s. Em outros trabalhosrealiza<strong>do</strong>s em populações que procuraram atendimento o<strong>do</strong>ntológico em clínicas deinstituições de ensino, esta mesma característica prevaleceu, com a pre<strong>do</strong>minância<strong>do</strong> sexo feminino em relação ao masculino (CHAVEZ, 1998; GIL et al.,1999).Segun<strong>do</strong> explicação feita pela literatura este fato se justifica, pelos hábitospreventivos que são mais efetua<strong>do</strong>s pelas mulheres <strong>do</strong> que pelos homens. Acreditasetambém que a socie<strong>da</strong>de exerça maior pressão sobre as mulheres, fazen<strong>do</strong> comque se preocupem mais com a sua aparência e com os hábitos de higiene bucalquan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong> com os homens (ABEGG, 1997; BRASIL, 2004; LISBOA,ABEGG, 2006).Em relação à i<strong>da</strong>de (Tabela 2) foram avalia<strong>do</strong>s pacientes entre 18 e 71 anos,sen<strong>do</strong> que 18 anos foi a i<strong>da</strong>de mais frequente. A grande procura destes pacientespor <strong>tratamento</strong>, justifica-se pelo fato <strong>da</strong> cárie dentária ain<strong>da</strong> ser muito atuante nestafaixa de i<strong>da</strong>de, tenden<strong>do</strong> a diminuir à medi<strong>da</strong> que a i<strong>da</strong>de avança. Esta correlação éexplica<strong>da</strong> pelo aumento <strong>da</strong> responsabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s pessoas, melhoran<strong>do</strong>proporcionalmente os cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s dispensa<strong>do</strong>s com a saúde bucal (MJOR; DAHL,2000; BURKE et al., 2001).A análise <strong>do</strong>s <strong>da</strong><strong>do</strong>s referentes aos hábitos de higiene bucal (Tabela 3) revelouuma amostra bastante consciente quanto aos hábitos a serem cultiva<strong>do</strong>s, visto que58% <strong>do</strong>s pacientes afirmaram escovar os dentes três vezes ao dia. Outros estu<strong>do</strong>srealiza<strong>do</strong>s também revelam que a categoria “Três vezes ao dia” foi a mais comumcom: 53,9% (ABEGG, 2006) e 77,7% (FREIRE, et al., 2007), o que veio a corroborarcom o presente estu<strong>do</strong>. Trabalhos desenvolvi<strong>do</strong>s por Pinto et al (2008) e Abegg(1997) demonstraram a associação significativa <strong>da</strong> freqüência de escovação diáriacom o gênero, observan<strong>do</strong> que <strong>do</strong> total de entrevista<strong>do</strong>s 30% <strong>da</strong>s mulheresrelataram escovar os dentes três vezes ao dia. A alta freqüência de escovação diáriarelata<strong>da</strong> pelos pesquisa<strong>do</strong>s permite direcionar as estratégias para a forma como aescovação é realiza<strong>da</strong> e para a utilização de outros recursos de higiene além <strong>da</strong>escova, como o fio dental.
64Embora o uso <strong>do</strong> fio dental (Tabela 4) seja uma prática de higiene bucal maisrecente <strong>do</strong> que a escovação, 56% responderam que usavam este instrumentodiariamente, resulta<strong>do</strong> semelhante ao encontra<strong>do</strong> por Abegg (1997). Outrosmunicípios brasileiros revelaram freqüências mais baixas <strong>do</strong> que as <strong>do</strong> presenteestu<strong>do</strong>: 46,7% em São Paulo - SP (SANTOS et al., 1992), 36,3% em Porto Alegre -RS (TRENTIN e OPPERMANN, 2001) e 34,1% em Canoas - RS (LISBOA e ABEGG,2006). Em outros <strong>do</strong>is estu<strong>do</strong>s foi demonstra<strong>do</strong> que a dificul<strong>da</strong>de na utilização <strong>do</strong> fiodental é decorrente <strong>da</strong> habili<strong>da</strong>de requeri<strong>da</strong> pelo seu uso (SILVA, 1997; FLORES,DREHMER, 2003).Com relação ao flúor (Tabela 5), 80% <strong>do</strong>s avalia<strong>do</strong>s já fizeram aplicaçãodurante consultas o<strong>do</strong>ntológicas, enquanto que apenas 20% relataram ter feito usodesta substância apenas através <strong>do</strong> creme dental. Em estu<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong> porCangussu e Costa (1996), 65,5% <strong>do</strong>s pesquisa<strong>do</strong>s afirmaram já terem si<strong>do</strong>submeti<strong>do</strong>s ao uso tópico de flúor nos últimos 2 anos, sen<strong>do</strong> que 5,3% participaramde programas preventivos e 60,2% fizeram uso clínico em consultório o<strong>do</strong>ntológico.Estes valores mostram que os dentistas estão mais cui<strong>da</strong><strong>do</strong>sos quantos a instituiçãode medi<strong>da</strong>s preventivas para seus pacientes.Ao investigar os hábitos alimentares (Tabela 6), os pacientes relataram valoresiguais para o consumo de dieta muito cariogênica e de cariogenici<strong>da</strong>de regular(40%), enquanto que apenas (20%) apresentavam dieta pouco cariogênica. Apesar<strong>da</strong> maioria <strong>do</strong>s trabalhos cita<strong>do</strong>s na literatura relatarem correlação direta entre cáriedentária e dieta, Santoro, 2004, não evidenciou este fato. Sabe-se também que opotencial cariogênico <strong>do</strong>s carboidratos está diretamente relaciona<strong>do</strong> com suafreqüência de consumo, a quanti<strong>da</strong>de ingeri<strong>da</strong> e o seu grau de aderência nasestruturas dentais (PINTO, 2000; THYLSTRUP; FEJERSKOV, 1995).A associação <strong>da</strong> cárie dentária com a quanti<strong>da</strong>de de placa bacteriana (Tabela7) também é conheci<strong>da</strong> como intrinsecamente relaciona<strong>da</strong>s. Foi observa<strong>do</strong> quemesmo apresentan<strong>do</strong> uma freqüência de escovação satisfatória, 54% <strong>do</strong>spesquisa<strong>do</strong>s (n=27), apresentaram quanti<strong>da</strong>de regular de placa bacteriana. Esteresulta<strong>do</strong> alerta sobre a necessi<strong>da</strong>de de remoção correta <strong>do</strong> biofilme, pois aelevação <strong>do</strong> índice de placa bacteriana está diretamente liga<strong>da</strong> à escovaçãodeficiente, sen<strong>do</strong> a motivação e a orientação <strong>da</strong> técnica adequa<strong>da</strong> por parte <strong>do</strong>profissional e a conscientização <strong>do</strong> paciente, de fun<strong>da</strong>mental importância para a
- Page 1 and 2:
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBACEN
- Page 3 and 4:
HELGA BEZERRA DANTASAVALIAÇÃO CL
- Page 5 and 6:
À Profª. Drª. Maria Germana Galv
- Page 7 and 8:
RESUMOApesar de nos últimos tempos
- Page 9 and 10:
LISTA DE ILUSTRAÇÕESFigura 1 - Re
- Page 11 and 12:
SUMÁRIO1. INTRODUÇÃO............
- Page 13 and 14: 121. INTRODUÇÃOApesar de nos últ
- Page 15 and 16: REVISÃO DE LITERATURA
- Page 17 and 18: 16Ferreira (2004) avaliaram um prog
- Page 19 and 20: 18Streptococcus mutans e Streptococ
- Page 21 and 22: 20local sobre o metabolismo das bac
- Page 23 and 24: 22da população estudada tenham se
- Page 25 and 26: 24para a restauração inicial e a
- Page 27 and 28: 26Observou que os preparos cavitár
- Page 29 and 30: 28extensão (10.02%). As cavidades
- Page 31 and 32: 30avaliadas 352 restaurações subs
- Page 33 and 34: 32margens, e presença de brilho da
- Page 35 and 36: 34periodontal ou que concluíram em
- Page 37 and 38: 36restaurações não divergem da l
- Page 39 and 40: 38Mahler e Marantz (1980) avaliaram
- Page 41 and 42: 40A substituição de restauraçõe
- Page 43 and 44: PROPOSIÇÃO
- Page 45 and 46: MATERIAIS E MÉTODOS
- Page 47 and 48: 464.3.1. Exame Clínico dos dentes
- Page 49 and 50: 48o Critério 3: Contato Interproxi
- Page 51 and 52: 50Figura 6 - Restauração classe I
- Page 53 and 54: 52Figura 9 - Restaurações de amá
- Page 55 and 56: 545. RESULTADOS5.1 Caracterização
- Page 57 and 58: 565.1.4. DietaAo investigar os háb
- Page 59 and 60: 5821939,97%32960,03%N° TOTAL DE RE
- Page 61 and 62: 60Associando a cárie secundária e
- Page 63: 62DISCUSSÃO
- Page 67 and 68: 66superficial, cor, ponto de contat
- Page 69 and 70: 68polimerização (CONCEIÇÃO et a
- Page 71 and 72: 70que possam ser reduzidas ou preve
- Page 73 and 74: 727. CONCLUSÃOAtravés da análise
- Page 75 and 76: 74REFERÊNCIASABBOUD, N. S.; COELHO
- Page 77 and 78: 76CHAVES, S. C. L.; VIEIRA-DA-SILVA
- Page 79 and 80: 78HAMADA, S.; SLADE, D. Biology, im
- Page 81 and 82: 80MONDELLI, J.; FRANCISCHONE, C. E.
- Page 83 and 84: 82SANTOS, N. C. N.; ALVES, T. D. B.
- Page 85 and 86: 84TRENTIN, M. S.; OPPERMANN, R. V.
- Page 87 and 88: 86APÊNDICE A - TERMO DE CONSENTIME
- Page 89 and 90: 887. Análise das RestauraçõesCRI
- Page 91 and 92: ANEXO A - TERMO PARA CONSENTIMENTO