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6 - avaliação clínica da indicação do tratamento restaurador - CCS ...

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBACENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDECURSO DE GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIAHELGA BEZERRA DANTASAVALIAÇÃO CLÍNICA DA INDICAÇÃO DO TRATAMENTORESTAURADORJoão Pessoa2010


HELGA BEZERRA DANTASAVALIAÇÃO CLÍNICA DA INDICAÇÃO DO TRATAMENTORESTAURADORTrabalho de Conclusão de Cursoapresenta<strong>do</strong> ao Curso de Graduação emO<strong>do</strong>ntologia <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de Federal <strong>da</strong>Paraíba em cumprimento às exigênciaspara conclusão.Orienta<strong>do</strong>ra: Maria Germana Galvão Correia Lima, Doutora em DentísticaCo-orienta<strong>do</strong>ra: Luciane de Queiroz Mota, Doutora em DentísticaJoão Pessoa2010


HELGA BEZERRA DANTASAVALIAÇÃO CLÍNICA DA INDICAÇÃO DO TRATAMENTORESTAURADORTrabalho de Conclusão de Cursoapresenta<strong>do</strong> ao Curso deGraduação em O<strong>do</strong>ntologia, <strong>da</strong>Universi<strong>da</strong>de Federal <strong>da</strong> Paraíbaem cumprimento às exigênciaspara conclusão.Trabalho de Conclusão de Curso aprova<strong>do</strong> em 25 / 08 / 2009_____________________________________Maria Germana Galvão Correia Lima, DoutoraOrienta<strong>do</strong>ra – UFPB_____________________________________Rosenês Lima <strong>do</strong>s Santos, DoutoraExamina<strong>do</strong>ra– UFPB_____________________________________Hugo Lemes Carlo, DoutorExamina<strong>do</strong>r – UFPB_____________________________________Luciane de Queiroz Mota, DoutoraMembro Suplente – UFPB


DEDICATÓRIAA Deus,Pelas imensas bênçãos derrama<strong>da</strong>s em minha vi<strong>da</strong>, por sua presença constante, sempreguian<strong>do</strong> os meus passos e preenchen<strong>do</strong> de senti<strong>do</strong> a minha existência.Aos meus pais, Gutemberg e Margari<strong>da</strong>Pelo apoio incondicional, por to<strong>da</strong>s as palavras de coragem nos momentos mais difíceis, eprincipalmente por me ensinarem a valorizar o bem mais precioso que puderam me oferecer:o estu<strong>do</strong>.Aos meus irmãos, Segun<strong>do</strong> e CatherinePor encherem de amor e alegria to<strong>do</strong>s os meus dias.Ao meu namora<strong>do</strong>, DaniloPor seu amor sem limites e por sua compreensão durante as minhas ausências, sem nuncadesistir <strong>do</strong> que sonhamos pra nós.A to<strong>do</strong>s os meus familiares,Que sempre acreditaram no meu potencial e foram fun<strong>da</strong>mentais para a realização destaconquista.AGRADECIMENTOS


À Profª. Drª. Maria Germana Galvão Correia Lima, orienta<strong>do</strong>ra deste trabalho, por suapaciência e orientação valiosa, indispensáveis a realização deste estu<strong>do</strong>. Muito obriga<strong>da</strong> porto<strong>do</strong> o aprendiza<strong>do</strong> e dedicação.À Profª. Drª. Luciane de Queiroz Mota, co-orienta<strong>do</strong>ra desta pesquisa, por sua disponibili<strong>da</strong>dee atenção que tornaram possível o seu desenvolvimento.À Profª. Drª. Rosenês Lima <strong>do</strong>s Santos, exemplo de dedicação ao ensino, por to<strong>da</strong>s asorientações e ensinamentos transmiti<strong>do</strong>s durante a minha experiência como monitora <strong>da</strong>disciplina de Dentística Clínica II, os quais contribuíram de forma única para a minhaformação.Aos Professores Doutores Hugo Lemes Carlo e Robinsom Viegas Montenegro, por to<strong>do</strong>s osensinamentos transmiti<strong>do</strong>s durante a minha experiência como monitora <strong>da</strong> disciplina deDentística Pré-Clínica.Ao queri<strong>do</strong> amigo Profº. Dr. Ricar<strong>do</strong> Lombardi de Farias, pelos conselhos e experiências devi<strong>da</strong> repassa<strong>do</strong>s em to<strong>do</strong>s os momentos de trabalho e descontração. Obriga<strong>da</strong> por to<strong>do</strong> oincentivo e principalmente pelas palavras de confiança quan<strong>do</strong> conversávamos.Às minhas queri<strong>da</strong>s amigas, Fernan<strong>da</strong> e Aline, que desde o início desta batalha estiveram aomeu la<strong>do</strong>, nas vitórias e nos momentos difíceis. Agradeço pela presença constante em minhavi<strong>da</strong> e por to<strong>da</strong> força e incentivo. Sem vocês não teria si<strong>do</strong> tão especial. Amo vocês.Ao meu amigo Victor Eric Nóbrega de Oliveira, por sua aju<strong>da</strong> inestimável durante arealização e análise <strong>da</strong> estatística deste estu<strong>do</strong>.Ao casal mais ama<strong>do</strong> <strong>da</strong> turma, Hugo e Raquel, amigos fiéis que conquistei ao longo destescinco anos. Obriga<strong>da</strong> pela amizade ver<strong>da</strong>deira que construímos.Ao meu amigo Marcos Alexandre, imita<strong>do</strong>r fiel <strong>da</strong>s minhas mil e uma faces. Obriga<strong>da</strong> por seucarinho e dedicação.Às minha amigas Larissa e Thaiane, por to<strong>da</strong> a amizade e confiança durante esta jorna<strong>da</strong>.À D. Maria José, funcionária <strong>da</strong> Clínica de Dentística, que por muitos momentos meacompanhou durante a coleta de <strong>da</strong><strong>do</strong>s desta pesquisa. Agradeço por sua companhia semprepreciosa e por sua constante preocupação.À D. Rita, funcionária <strong>da</strong> UFPB, por me contemplar to<strong>da</strong>s as manhãs com seus sorrisos eafagos, por to<strong>do</strong> carinho e dedicação dispensa<strong>do</strong>s a to<strong>do</strong>s. Muito obriga<strong>da</strong> por ter feito <strong>do</strong>smeus dias difíceis nesta universi<strong>da</strong>de, dias mais amenos.Aos pacientes, pela confiança, paciência e boa vontade, que tornaram possível a realizaçãodeste trabalho.À minha turma de O<strong>do</strong>ntologia, por to<strong>do</strong>s os momentos compartilha<strong>do</strong>s, pelas experiênciasinesquecíveis, pela oportuni<strong>da</strong>de de viver tu<strong>do</strong> tão intensamente. Obriga<strong>da</strong> por tu<strong>do</strong> isso.


Sonho Impossível(Maria Bethânia)SonharMais um sonho impossívelLutarQuan<strong>do</strong> é fácil cederVencerO inimigo invencívelNegarQuan<strong>do</strong> a regra é venderSofrerA tortura implacávelRomperA incabível prisãoVoarNum limite improvávelTocarO inacessível chãoÉ minha lei, é minha questãoVirar esse mun<strong>do</strong>Cravar esse chãoNão me importa saberSe é terrível demaisQuantas guerras terei que vencerPor um pouco de pazE amanhã, se esse chão que eu beijeiFor meu leito e perdãoVou saber que valeu delirarE morrer de paixãoE assim, seja lá como forVai ter fim a infinita afliçãoE o mun<strong>do</strong> vai ver uma florBrotar <strong>do</strong> impossível chão.


RESUMOApesar de nos últimos tempos ter havi<strong>do</strong> uma melhora significativa <strong>da</strong> O<strong>do</strong>ntologia,ain<strong>da</strong> continua sen<strong>do</strong> grande o número de procedimentos restaura<strong>do</strong>res realiza<strong>do</strong>s.O objetivo deste estu<strong>do</strong> foi identificar os motivos <strong>da</strong> indicação <strong>do</strong> <strong>tratamento</strong>restaura<strong>do</strong>r e as falhas <strong>da</strong>s restaurações insatisfatórias. A amostra foi constituí<strong>da</strong>por 50 pacientes com i<strong>da</strong>de igual ou maior a 18 anos, seleciona<strong>do</strong>s porconveniência, atendi<strong>do</strong>s nas clínicas de Dentística <strong>da</strong> UFPB, que tinham pelo menosum elemento dental presente com indicação de <strong>tratamento</strong> restaura<strong>do</strong>r. Foi realiza<strong>da</strong>a anamnese e exame clínico <strong>do</strong>s pacientes por um único pesquisa<strong>do</strong>r treina<strong>do</strong> comos critérios clínicos utiliza<strong>do</strong>s, fazen<strong>do</strong> o diagnóstico pela inspeção visual detalha<strong>da</strong>,com auxílio de um espelho bucal e son<strong>da</strong> explora<strong>do</strong>ra. As restaurações foramavalia<strong>da</strong>s, consideran<strong>do</strong> os critérios preconiza<strong>do</strong>s pelo USPHS. Foi feita análiseestatística através <strong>do</strong> Programa SPSS versão 17.0. As variáveis foramcaracteriza<strong>da</strong>s por medi<strong>da</strong>s descritivas e a associação entre as mesmas foi avalia<strong>da</strong>pela utilização <strong>do</strong> teste qui-quadra<strong>do</strong>. Foram avalia<strong>da</strong>s clinicamente 548restaurações, sen<strong>do</strong> 329 de amálgama e 219 de resina composta. Das restauraçõesde amálgama analisa<strong>da</strong>s, 85 (25,83%) foram classifica<strong>da</strong>s como ideais; 200(60,80%) como aceitáveis e 44 (13,37%) como inaceitáveis. Das resinas, 73(33,33%) foram considera<strong>da</strong>s ideais, 105 (47,95%) como aceitáveis e 41 (18,72%)como inaceitáveis. O principal defeito responsável pela substituição <strong>da</strong>srestaurações de amálgama foi a textura superficial deficiente (6,7%), segui<strong>do</strong> <strong>da</strong>alteração de contorno e a<strong>da</strong>ptação marginal com valores iguais (5,2%); enquantopara as resinas compostas foi a alteração de contorno (10%), segui<strong>do</strong> <strong>da</strong> texturasuperficial inaceitável (7,8%). Das indicações <strong>do</strong> <strong>tratamento</strong> restaura<strong>do</strong>r, observouseque (2,71%) foram devi<strong>do</strong> a presença de cárie primária, (2,74%) devi<strong>do</strong> apresença de cárie secundária, (15,51%) pela presença de restaurações insatisfatóriae (0,68%) pela presença de fratura dentária. Com base nos resulta<strong>do</strong>s foi possívelconcluir, que a maior indicação <strong>do</strong> <strong>tratamento</strong> restaura<strong>do</strong>r foi motiva<strong>da</strong> pela troca derestaurações, sen<strong>do</strong> importante que os dentistas se esmerem nos procedimentosreconstrutivos e escolha adequa<strong>da</strong>mente o material restaura<strong>do</strong>r. A maioria <strong>da</strong>sfalhas encontra<strong>da</strong>s nas restaurações são passíveis de reparo, evitan<strong>do</strong> a suasubstituição desnecessária.Palavras-Chave: Restauração, Cárie, Amálgama dentário, Avaliação clínica, ResinaComposta.


ABSTRACTAlthough it has recently been a significant improvement in dentistry, the restorativeprocedures are still being carried out in large numbers. The objective of this studywas to identify the reasons for the indication of restorative treatment and the failuresof the restorations unsatisfactory. The sample consisted of 50 patients aged morethan 18 years, selected for convenience, seen at the clinics of Dentistry, FederalUniversity of Paraíba, which had at least one element present in dental restorativetreatment indication. It was performed history and clinical examination of patients bya single trained researcher with clinical criteria, making the diagnosis by detailedvisual inspection with the aid of a mouth mirror and explorer. The restorations wereevaluated considering the criteria recommended by the USPHS . Statistical analysiswas performed using the SPSS version 17.0. The variables was characterized bydescriptive and association between them was assessed by using chi-quadra<strong>do</strong>. Itwas clinical evaluated 548 restorations, 329 amalgam restorations and 219composite. Of amalgam fillings 85 (25,83%) was classified as ideal, 200 (60.80%) asacceptable and 44 (13,37%) as unacceptable. Of resins, 73 (33,33%) was classifie<strong>da</strong>s ideal, 105 (47,95%) as acceptable and 41 (18,72%) as unacceptable. The maindefect responsible for the replacement of amalgam fillings was poor surface texture(6,7%), followed by change in contour and marginal a<strong>da</strong>ptation with equal values(5,2%), while for the composites was the change in contour (10%), followed byunacceptable surface texture (7,8%). The particulars of restorative treatment, weobserved that (2,71%) were due to caries primary (2,74%) due to the presence ofcaries (15,51%) by the presence of restorations and poor (0,68%) by the presence oftooth fracture. Based on the results it was concluded that the major indication forrestorative treatment was motivated by the exchange of restorations, it is importantthat dentists excel in reconstructive procedures and select the appropriate restorativematerial. Most of the flaws found in the restorations are subject to repair, to preventthe unnecessary replacement.Key-words: Restoration, Caries, Dental amalgam, Clinical evaluated, Compositeresin.


LISTA DE ILUSTRAÇÕESFigura 1 - Restauração em amálgama exibin<strong>do</strong> textura superficial inadequa<strong>da</strong>com a presença de crateras no centro <strong>da</strong> restauração........................................... 48Figura 2 - Anatomia <strong>do</strong> dente não reconstruí<strong>da</strong> de forma correta pelarestauração de resina composta............................................................................. 48Figura 3 - Ausência de contato interproximal causan<strong>do</strong> impacção alimentar....... 49Figura 4 - Restauração em amálgama apresentan<strong>do</strong> a<strong>da</strong>ptação deficiente.Pode-se observar excesso de material na face vestibular...................................... 50Figura 5 - Restauração classe II de amálgama em pré-molar exibin<strong>do</strong> fratura <strong>da</strong>sua porção proximal................................................................................................ 50Figura 6 - Restauração classe II de resina composta em pré-molar exibin<strong>do</strong>fratura <strong>da</strong> sua porção proximal............................................................................... 51Figura 7 - Restauração em resina composta apresentan<strong>do</strong> recidiva de cárie...... 51Figura 8 - Restauração de resina composta em incisivo lateral superior,apresentan<strong>do</strong> alteração de coloração em desarmonia com a estruturaremanescente.......................................................................................................... 52Figura 9 – Restaurações de amálgama apresentan<strong>do</strong> per<strong>da</strong> de brilho econsequente escurecimento...................................................................................Figura 10- Distribuição <strong>do</strong>s principais motivos apresenta<strong>do</strong>s para a indicação <strong>do</strong><strong>tratamento</strong> restaura<strong>do</strong>r............................................................................................Figura 11 - Número total de restaurações avalia<strong>da</strong>s clinicamente segun<strong>do</strong> omaterial restaura<strong>do</strong>r................................................................................................Figura 12 - Restaurações de amálgama e resina composta classifica<strong>da</strong>ssegun<strong>do</strong> os escores ideal, aceitável e inaceitável.................................................. 59Figura 13 – Restaurações de amálgama avalia<strong>da</strong>s segun<strong>do</strong> os critérios texturasuperficial, contorno a<strong>da</strong>ptação marginal e coloração (per<strong>da</strong> de brilho)................ 60Figura 14 – Restaurações de resina composta avalia<strong>da</strong>s segun<strong>do</strong> os critériostextura superficial, contorno, a<strong>da</strong>ptação marginal e coloração............................... 60Figura 15 – Associação entre o critério fratura e o tipo de materialrestaura<strong>do</strong>r.............................................................................................................. 61Figura 16 - Avaliação <strong>da</strong>s faces proximais restaura<strong>da</strong>s........................................Figura 17 - Restaurações avalia<strong>da</strong>s segun<strong>do</strong> o critério ponto de contatointerproximal............................................................................................................5358596262


LISTA DE TABELASTabela 1 - Freqüência e porcentagem <strong>do</strong> número de pacientes segun<strong>do</strong> ogênero.....................................................................................................................54Tabela 2 - Média <strong>da</strong> i<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s pacientes............................................................... 54Tabela 3 - Freqüência de escovação diária e o respectivo número de pacientesem porcentagem.....................................................................................................55Tabela 4 – Avaliação <strong>do</strong>s pacientes que usavam o fio dental................................ 55Tabela 5 – Quanti<strong>da</strong>de de pacientes que fizeram aplicação tópica de flúor.......... 55Tabela 6 - Freqüência <strong>da</strong> dieta prevalente e o respectivo número de pacientesem porcentagem.....................................................................................................Tabela 7 - Freqüência de placa bacteriana e o respectivo número de pacientesem porcentagem.....................................................................................................Tabela 8 - Distribuição conjunta <strong>da</strong> presença ou ausência de cárie secundária,respectivo número de restaurações e tipo de material restaura<strong>do</strong>r........................565660


SUMÁRIO1. INTRODUÇÃO..................................................................................................... 132. REVISÃO DA LITERATURA............................................................................... 162.1. Critérios de avaliação clínica <strong>da</strong>s restaurações dentárias......................... 162.2. Cárie Primária.................................................................................................. 182.3. Cárie Secundária............................................................................................. 242.4. Fratura Dentária.............................................................................................. 272.5. Restauração Inaceitável................................................................................. 292.5.1. Textura Superficial....................................................................................... 322.5.2. Alteração de contorno................................................................................. 342.5.3. A<strong>da</strong>ptação Marginal..................................................................................... 352.5.4. Contato Interproximal.................................................................................. 372.5.5. Fratura <strong>da</strong> Restauração............................................................................... 392.5.6. Alteração de cor........................................................................................... 402.6. Reparo <strong>da</strong>s Restaurações.............................................................................. 413. PROPOSIÇÃO..................................................................................................... 444. MATERIAIS E MÉTODOS................................................................................... 465. RESULTADOS.................................................................................................... 546. DISCUSSÃO........................................................................................................ 637. CONCLUSÃO...................................................................................................... 72REFERÊNCIAS....................................................................................................... 74APÊNDICES............................................................................................................ 86ANEXOS.................................................................................................................. 90


INTRODUÇÃO


121. INTRODUÇÃOApesar de nos últimos tempos ter havi<strong>do</strong> uma melhora significativa na saúdebucal <strong>do</strong> Brasil, com implantação de medi<strong>da</strong>s preventivas, a cárie dentária ain<strong>da</strong>continua apresentan<strong>do</strong> uma prevalência relativamente alta, sen<strong>do</strong> por istoconsidera<strong>da</strong> a principal causa para a instituição <strong>do</strong> <strong>tratamento</strong> restaura<strong>do</strong>r ousubstituição de uma restauração já existente.Nas últimas déca<strong>da</strong>s, o <strong>tratamento</strong> <strong>da</strong>s lesões sofreu grandes modificações,pois a cárie passou a ser compreendi<strong>da</strong> como uma <strong>do</strong>ença que deve ser trata<strong>da</strong> deforma mais ampla. Houve a migração <strong>da</strong> chama<strong>da</strong> “era <strong>da</strong> o<strong>do</strong>ntologiarestaura<strong>do</strong>ra”, para uma “O<strong>do</strong>ntologia de promoção de saúde”, onde o <strong>tratamento</strong>envolve não só o reparo <strong>da</strong>s lesões já estabeleci<strong>da</strong>s, mais o emprego de méto<strong>do</strong>spreventivos, onde se faz a análise <strong>do</strong> paciente <strong>do</strong> ponto de vista biológico,psicológico e social. Hoje, sabe-se que o <strong>tratamento</strong> restaura<strong>do</strong>r por si só nãogarante o controle <strong>da</strong> <strong>do</strong>ença no indivíduo, pois quan<strong>do</strong> o paciente recebe<strong>tratamento</strong> restaura<strong>do</strong>r desvincula<strong>do</strong> de um programa de promoção de saúde, novaslesões ao re<strong>do</strong>r <strong>da</strong>s que já foram anteriormente “trata<strong>da</strong>s”, tendem a reaparecer,visto que não foram controla<strong>do</strong>s os fatores modifica<strong>do</strong>res e determinantesenvolvi<strong>do</strong>s na gênese <strong>da</strong>s lesões.Apesar <strong>do</strong> grande avanço atribuí<strong>do</strong> a O<strong>do</strong>ntologia nas áreas de prevenção,nas técnicas e <strong>do</strong>s materiais restaura<strong>do</strong>res, tem-se observa<strong>do</strong> que o número derestaurações realiza<strong>da</strong>s, bem como a quanti<strong>da</strong>de de substituição de restauraçõesclassifica<strong>da</strong>s como inaceitáveis, continua sen<strong>do</strong> percentualmente alto(ROSENSTIEL, 2001).Estu<strong>do</strong>s têm demonstra<strong>do</strong> que falhas em restaurações é um problema naprática clínica e que os profissionais usam parte de seu tempo de trabalho avalian<strong>do</strong>e substituin<strong>do</strong> restaurações já existentes. Este fato pode ter várias possibili<strong>da</strong>des,dentre elas podem ser enumera<strong>da</strong>s: a negligência no controle <strong>da</strong> <strong>do</strong>ença cárie, adivergência entre os profissionais com relação ao diagnóstico <strong>da</strong>s lesões e<strong>tratamento</strong> proposto, negligência na técnica operatória levan<strong>do</strong> a ocorrência defalhas nas restaurações ou então, os materiais atualmente utiliza<strong>do</strong>s não estãoatingin<strong>do</strong> a longevi<strong>da</strong>de a que estão propostos (JOKSTAD et. al., 2001; MANHART


13et. al.; 2004; SANTORO, 2004; CALDAS JÚNIOR, 2006; SILVA, 2006; CENCI,2008).Diante <strong>da</strong>s dificul<strong>da</strong>des na a<strong>do</strong>ção de protocolos para uma correta avaliação<strong>da</strong>s restaurações, existe a necessi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> padronização de critérios durante oexame, visan<strong>do</strong> um diagnóstico mais preciso para que seja instituí<strong>do</strong> um <strong>tratamento</strong>adequa<strong>do</strong> de acor<strong>do</strong> com as necessi<strong>da</strong>des <strong>do</strong> paciente (FERNANDES EFERREIRA; SANTORO, 2004). Sen<strong>do</strong> assim, um planejamento bem direciona<strong>do</strong>,evita a substituição desnecessária de restaurações, pois ca<strong>da</strong> vez que umarestauração é substituí<strong>da</strong>, desgasta e enfraquece o dente e não deixa o pacientelivre <strong>da</strong> possibili<strong>da</strong>de de recorrência <strong>da</strong> cárie (DUBINSKI et al., 2005).As falhas surgem à medi<strong>da</strong> que as fases <strong>do</strong> processo restaura<strong>do</strong>r sãonegligencia<strong>da</strong>s ou pela falta de colaboração <strong>do</strong> paciente na manutenção <strong>do</strong><strong>tratamento</strong>, resultan<strong>do</strong> em alterações precoces <strong>do</strong> material restaura<strong>do</strong>r econsequentemente na sua substituição (PEREIRA et al., 2007).As falhas mais encontra<strong>da</strong>s nas restaurações são: excesso ou a falta dematerial restaura<strong>do</strong>r, a<strong>da</strong>ptação marginal deficiente, cárie secundária, infiltraçãomarginal, fratura <strong>da</strong> restauração e/ou <strong>do</strong> elemento dental, ausência de ponto decontato e alteração de contorno (MARCHINI et al., 1999; TOZETTO et al., 2005;MJÕR, 2006).Nos últimos anos a O<strong>do</strong>ntologia vem buscan<strong>do</strong> novos materiais O<strong>do</strong>ntológicose novas técnicas restaura<strong>do</strong>ras, visan<strong>do</strong> uma melhoria <strong>da</strong> estética e uma maiorlongevi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s restaurações (ANUSAVICE, 1998).Diante <strong>do</strong> exposto, o propósito deste estu<strong>do</strong> foi analisar através <strong>da</strong> avaliaçãoclínica de pacientes, as principais causas <strong>da</strong>s indicações <strong>do</strong> <strong>tratamento</strong> restaura<strong>do</strong>r,o qual continua sen<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong> em número considerável diante <strong>do</strong> conhecimentoque se tem atualmente <strong>da</strong> cárie dentária. Mediante este conhecimento, pretende-sesaber onde os profissionais <strong>da</strong> O<strong>do</strong>ntologia tem mais falha<strong>do</strong>: se na instituição demedi<strong>da</strong>s preventivas, se na observação <strong>do</strong>s protocolos clínicos ou se estãoutilizan<strong>do</strong> materiais que precisam ter proprie<strong>da</strong>des melhora<strong>da</strong>s.


REVISÃO DE LITERATURA


152. REVISÃO DE LITERATURA2.1. Critérios de avaliação clínica <strong>da</strong>s restaurações dentáriasO número de restaurações realiza<strong>da</strong>s, bem como a quanti<strong>da</strong>de desubstituição de restaurações inaceitáveis vem aumentan<strong>do</strong>, portanto é necessáriomais <strong>do</strong> que habili<strong>da</strong>de para promover saúde, pois o profissional deve ser capaz dediagnosticar o risco à <strong>do</strong>ença e as lesões de cárie em estágio inicial, assim comomotivar o paciente quanto aos hábitos e atitudes em saúde bucal. To<strong>da</strong>via, durantea restauração de lesões de cárie primária ou substituição de restaurações, seja porrecorrência de cárie, infiltração ou deficiências <strong>da</strong> restauração e/ou <strong>do</strong> materialrestaura<strong>do</strong>r, ocorrem dúvi<strong>da</strong>s durante a avaliação clínica o que dificulta o diagnóstico(DUBINSKI et al., 2005; GUERRA, 2007).Chadwick et al (2001) revisan<strong>do</strong> a literatura, analisaram as dificul<strong>da</strong>des deavaliação e determinação <strong>da</strong> longevi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s restaurações dentárias. Os autorescomentaram os critérios utiliza<strong>do</strong>s para mensurar e analisar as condições de umarestauração dentária e o que significa medir as falhas <strong>da</strong>s mesmas. Concluíram queexistem problemas na a<strong>do</strong>ção de protocolos para uma correta avaliação <strong>da</strong>srestaurações, fican<strong>do</strong> evidente que muitos fatores relaciona<strong>do</strong>s à longevi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>srestaurações não poderiam ser confirma<strong>do</strong>s quan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong>s ao protocolo usa<strong>do</strong>pelos próprios pesquisa<strong>do</strong>res.Jokstad et al (2001) observaram por meio de uma extensa revisão de literaturaos critérios utiliza<strong>do</strong>s para avaliação <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s restaurações. Analisaramto<strong>do</strong>s os fatores que poderiam afetar a quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s restaurações dentárias econcluíram que uma avaliação clínica correta deve ser pauta<strong>da</strong> no diagnósticocorreto <strong>da</strong> condição de saúde dental, até a preservação <strong>do</strong>s teci<strong>do</strong>s vizinhos edentários remanescentes. Os autores sugeriram modificações no sistema deavaliação clínica de restaurações dentárias USPHS e CDA, enfatizan<strong>do</strong> queaspectos importantes durante o processo de avaliação clínica, como ativi<strong>da</strong>de decárie <strong>do</strong> paciente, tipo de dieta, entre outros não podem ser despreza<strong>do</strong>s.Consideran<strong>do</strong> que a variação no julgamento clínico de substituição <strong>da</strong>srestaurações é um problema que afeta a maioria <strong>do</strong>s profissionais, Fernandes e


16Ferreira (2004) avaliaram um programa de treinamento participativo parapadronização de critérios na avaliação de restaurações de amálgama. Cincoprofessores <strong>da</strong> Disciplina de Clínica Integra<strong>da</strong> <strong>do</strong> Curso de O<strong>do</strong>ntologia <strong>da</strong>Universi<strong>da</strong>de Vale <strong>do</strong> Rio Doce (UNIVALE) avaliaram através de exame visual eradiográfico 28 dentes permanentes extraí<strong>do</strong>s conten<strong>do</strong> restaurações de amálgama.Na 1ª fase deste estu<strong>do</strong>, os examina<strong>do</strong>res avaliaram os dentes conforme seuscritérios individuais para substituição ou permanência <strong>da</strong>s restaurações. Na 2ª fase,os examina<strong>do</strong>res participaram de um programa de treinamento objetivan<strong>do</strong>padronizar os critérios de avaliação. Na 3ª fase, logo após o treinamento,reavaliaram os dentes com critérios já padroniza<strong>do</strong>s. Na 4ª fase, cinco meses após otreinamento, repetiram-se os procedimentos <strong>da</strong> 3ª fase. Para ca<strong>da</strong> restauração, osexamina<strong>do</strong>res registravam em formulário próprio a principal razão para considerá-lasatisfatória, com necessi<strong>da</strong>de de substituição total, com necessi<strong>da</strong>de de substituiçãoparcial ou com necessi<strong>da</strong>de de acabamento/polimento. Concluíram que houve umganho no nível de concordância inter-examina<strong>do</strong>res e na vali<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s examesefetua<strong>do</strong>s, após participação no programa de treinamento, resulta<strong>do</strong> que semanteve, mesmo decorri<strong>do</strong>s cinco meses. Os autores afirmaram ser possívelorganizar e implementar um programa de treinamento participativo parapadronização de critérios na avaliação de restaurações de amálgama e obterresulta<strong>do</strong>s satisfatórios com impacto na prática clínica.Diversas pesquisas clínicas avaliaram que o desempenho <strong>da</strong> resina compostaem dentes posteriores não possui padronização, poden<strong>do</strong> muitas vezes não sercompara<strong>do</strong>s com outros estu<strong>do</strong>s clínicos, além <strong>do</strong> fato de incluírem variáveiscapazes de comprometer a avaliação final. Diante disso, Lima et al (2006) realizaramuma revisão sistemática acerca <strong>da</strong>s publicações de avaliações clínicas de resinascompostas em dentes posteriores, de forma a avaliar os critérios emprega<strong>do</strong>s paraexecução <strong>da</strong>s mesmas. A inclusão de artigos científicos neste estu<strong>do</strong> levou emconsideração os seguintes pré-requisitos: publicação em revista indexa<strong>da</strong> epublicação recente (últimos 5 anos). Concluíram que há necessi<strong>da</strong>de depadronização <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s clínicos de compósitos em dentes posteriores, parafacilitar a análise comparativa. Além disso, percebeu-se a omissão de informaçõesimportantes nos trabalhos associa<strong>da</strong>s com descrições superficiais <strong>da</strong>s meto<strong>do</strong>logiasemprega<strong>da</strong>s.


17Santos et al (2008) avaliaram o nível de aprendiza<strong>do</strong> obti<strong>do</strong> pelos estu<strong>da</strong>ntes<strong>da</strong> Disciplina de Dentística II, <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de Federal de Pernambuco para o tema“toma<strong>da</strong> de decisão terapêutica frente à substituição de restaurações”. A avaliaçãofoi feita em <strong>do</strong>is momentos: no início e no final <strong>do</strong> semestre letivo. Foramapresenta<strong>da</strong>s fotos de restaurações de amálgama e resina composta com ou semfalhas. Os 76 estu<strong>da</strong>ntes que participaram <strong>da</strong> pesquisa decidiram por apenas uma<strong>da</strong>s opções terapêuticas: substituir, reparar ou manter a restauração. A aplicação <strong>do</strong>teste Qui-quadra<strong>do</strong> não revelou diferenças significativas para um nível designificância de 5% (p=0,511), quan<strong>do</strong> compara<strong>da</strong>s a evolução <strong>do</strong> desempenhoentre as três turmas avalia<strong>da</strong>s; no entanto pôde-se observar uma tendência aa<strong>do</strong>ção de terapias mais conserva<strong>do</strong>ras em duas turmas e um comportamentooposto na terceira turma. Concluíram que houve uma grande variabili<strong>da</strong>de no padrãode conduta quanto à decisão de trocar, reparar ou substituir restaurações entre osestu<strong>da</strong>ntes. Sen<strong>do</strong> assim, é visível a necessi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> construção contínua <strong>do</strong>conhecimento sobre o tema no decorrer <strong>do</strong> curso de graduação para que osestu<strong>da</strong>ntes possam, de fato, assimilar critérios que resultem numa terapêuticarestaura<strong>do</strong>ra conservativa.2.2. Cárie PrimáriaA cárie é uma <strong>do</strong>ença infecto-contagiosa, de caráter multifatorial, causa<strong>da</strong> pelainteração de três fatores essenciais: o hospedeiro (dente), a microbiota e a dieta(ANTUNES et al., 2006; AZEVEDO, 2006; LEITES et al., 2006; LIMA, 2007).A cárie dentária resulta <strong>do</strong>s processos de desmineralização e remineralização<strong>do</strong>s teci<strong>do</strong>s calcifica<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s dentes, decorrente <strong>do</strong> metabolismo bacteriano napresença de carboidratos fermentáveis, com possibili<strong>da</strong>de de per<strong>da</strong> mineral econseqüente cavitação (THYLSTRUP; FEJESKOV, 1995; NARVAI, 2000).A cavi<strong>da</strong>de oral é coloniza<strong>da</strong> por vários tipos microbianos, que quan<strong>do</strong>organiza<strong>do</strong>s e estrutura<strong>do</strong>s compõem a microbiota oral, sen<strong>do</strong> estas as principaiscausa<strong>do</strong>ras de duas <strong>da</strong>s patologias orais mais comuns; cárie dentária e <strong>do</strong>ençaperio<strong>do</strong>ntal (THYLSTRUP, FEJERSKOV, 1995; HÖFLING et al., 1999; SEABRA etal., 2005).


18Streptococcus mutans e Streptococcus sobrinus são as espécies bacterianasmais comumente relaciona<strong>da</strong>s à iniciação e progressão <strong>da</strong> cárie dentária (HAMADA& SLADE, 1980; LOESCHE, 1986). O consumo excessivo de carboidratos propiciaum meio adequa<strong>do</strong> à proliferação desses microrganismos produtores de áci<strong>do</strong>s quelevam à desmineralização <strong>do</strong> esmalte (VAN HOUTE, 1994; THYLSTRUP,FEJERSKOV, 1995).A virulência dessas espécies está diretamente relaciona<strong>da</strong> à capaci<strong>da</strong>de demetabolização <strong>da</strong> sacarose em polissacarídeos intra e extracelulares, relaciona<strong>do</strong>scom a aderência à superfície dentária (THYLSTRUP, FEJERSKOV, 1995; HÖFLINGet al., 1999). A aderência de S. mutans à superfície dental facilita a colonização deoutros patógenos orais e assim ocorre a formação de um biofilme bacteriano varia<strong>do</strong>(DALE; SEBULSKY; HEINRICHS, 2004).A relação entre a <strong>do</strong>ença cárie e o freqüente consumo de carboidratos pelosmicroorganismos existentes na cavi<strong>da</strong>de oral está bem estabeleci<strong>da</strong>. Neste contexto,a determinação <strong>do</strong>s hábitos alimentares é crucial para compreender a situação real<strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de cariogênica (THYLSTRUP; FEJERSKOV, 1995; PINTO, 2000).Nas últimas déca<strong>da</strong>s, houve uma pequena alteração na distribuição <strong>da</strong> cáriedental, ocorren<strong>do</strong> um declínio substancial de sua prevalência. Os prováveis fatoresdesta mu<strong>da</strong>nça estão na utilização de fluoretos, que tornam as estruturas dentáriasmenos susceptíveis às lesões de cárie, e na disponibilização de informações aosindivíduos sobre a prevenção de <strong>do</strong>enças e controle de saúde bucal. No entanto,apesar deste avanço, a cárie dental continua sen<strong>do</strong> considera<strong>da</strong> uma <strong>do</strong>ençaepidêmica e de difícil controle (NADANOVSKY, 2000; PINTO, 2000; BALDANI et al.,2002; CURY et al., 2004; NARVAI et al., 2006; GUSHI et al., 2008; TAGLIAFERRO,2008). Outras possíveis razões são mu<strong>da</strong>nças nos critérios de diagnóstico, nopadrão de consumo de açúcar e amplo uso de antibióticos (NADANOVSKY, 2000).Ao longo <strong>do</strong> tempo foram realiza<strong>do</strong>s vários estu<strong>do</strong>s sobre a prevenção de<strong>do</strong>enças e controle <strong>da</strong> saúde bucal.A relação entre cárie e localização geográfica é muito difícil de ser explica<strong>da</strong>,uma vez que mais importantes são os costumes, a vi<strong>da</strong> social, a dieta e ascondições sócio-econômicas de um grupo (PEREIRA, 2003).Abegg (1997) avaliou alguns hábitos de higiene bucal (escovação dentária, uso<strong>do</strong> palito e uso <strong>do</strong> fio dental) em um grupo de adultos, em relação a fatores sóciodemográficos,e investigou o nível de placa bacteriana e sangramento gengival. A


19amostra foi constituí<strong>da</strong> por 234 mulheres e 237 homens de duas categorias sócioeconômicas,com i<strong>da</strong>de entre 24 e 44 anos. Os <strong>da</strong><strong>do</strong>s foram coleta<strong>do</strong>s através deentrevistas estrutura<strong>da</strong>s e exames clínicos. A freqüência de escovação encontra<strong>da</strong>foi alta e apresentou associação com sexo e categoria sócio-econômica. Dosentrevista<strong>do</strong>s, 67,5% declarou usar fio dental e 54,6% consideram comum o hábitode usar o palito. O nível de placa bacteriana foi modera<strong>do</strong> para a maioria <strong>da</strong>spessoas (62,6%) estan<strong>do</strong> associa<strong>do</strong> com a categoria socioeconômica. Um quarto<strong>do</strong>s participantes <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> não apresentou sangramento gengival, e este estavaassocia<strong>do</strong> com a i<strong>da</strong>de e a categoria sócio-econômica. Os hábitos de higiene bucalforam considera<strong>do</strong>s bons para a maioria <strong>do</strong>s indivíduos que participaram <strong>do</strong> estu<strong>do</strong>,haven<strong>do</strong> necessi<strong>da</strong>de de melhoria para os homens e pessoas de condiçãosocioeconômica inferior.Fred<strong>do</strong> et al (2008) realizaram um estu<strong>do</strong> transversal investigan<strong>do</strong> aassociação entre hábitos de higiene bucal e utilização <strong>do</strong>s serviços o<strong>do</strong>ntológicos,fatores sócio-demográficos e relaciona<strong>do</strong>s ao estilo de vi<strong>da</strong> em uma amostra de1.170 escolares. A associação entre os desfechos e sexo; cor <strong>da</strong> pele; inserçãosócio-econômica; estilo de vi<strong>da</strong> sedentário; uso de álcool e tabaco; consumo debalas, refrigerantes e chocolates foram investiga<strong>do</strong>s com regressão de Coxunivaria<strong>da</strong>. Entre os jovens estu<strong>da</strong><strong>do</strong>s, 77,8% escovavam os dentes ≥ 3 vezes/dia,31,9% utilizavam fio dental, 68,9% visitavam o dentista anualmente e 50%consultaram por motivo curativo. As meninas apresentaram maior freqüência deescovação <strong>do</strong> que os meninos. Os jovens com baixa inserção sócio-econômica, comestilo de vi<strong>da</strong> sedentário e os que experimentaram tabaco apresentaram menor usodiário de fio dental e consultas o<strong>do</strong>ntológicas anuais, e mais consultas curativas. Oconsumo de balas associou-se à menor utilização de serviços o<strong>do</strong>ntológicos e o derefrigerantes à maior freqüência de consultas curativas. O estilo de vi<strong>da</strong> saudávelassociou-se com melhores hábitos de higiene bucal e utilização de serviçoso<strong>do</strong>ntológicos.No tocante a dieta, é importante ressaltar que os alimentos sozinhos não têmpoder de causar cárie, a freqüência com que você come e o tempo que essealimento permanece na boca é o que vai determinar o seu poder cariogênico. Asproprie<strong>da</strong>des físicas e químicas <strong>do</strong>s alimentos juntamente com a fisiologia salivar éque determinam o início <strong>da</strong> <strong>do</strong>ença. Neste contexto, destaca-se a influência <strong>da</strong>sacarose como o componente mais agressivo aos teci<strong>do</strong>s dentais devi<strong>do</strong> a sua ação


20local sobre o metabolismo <strong>da</strong>s bactérias <strong>da</strong> placa, servin<strong>do</strong> de substrato para afermentação áci<strong>da</strong> (MOSS, 1996; BEZERRA; TOLEDO, 1999 Apud SOUZA, 2002;PINTO, 2000).Segun<strong>do</strong> Thylstrup e Fejerskov (1995) “um grande número de estu<strong>do</strong>s mostraque a dieta exerce um papel central no desenvolvimento <strong>da</strong> <strong>do</strong>ença cárie”. Umarelação causal entre a exposição a carboidratos fermentáveis e o surgimento <strong>da</strong><strong>do</strong>ença cárie foi mostra<strong>da</strong> através <strong>da</strong> observação de pacientes, de animais e deobservações laboratoriais in vitro.A literatura registra um estu<strong>do</strong> clássico, no qual a correlação entre o consumode sacarose e o incremento de lesões foi bem estabeleci<strong>da</strong>. Gustafsson (1954)desenvolveu o Estu<strong>do</strong> de Vipeholm, realiza<strong>do</strong> em uma instituição para <strong>do</strong>entesmentais <strong>da</strong> Suécia, e teve a duração de cinco anos. Participaram 436 pacientes, osquais foram expostos à sacarose de várias formas e em momentos diferentes deingestão. O grupo controle consumiu uma dieta quase livre de açúcar e apresentoubaixa incidência de cárie. Os grupos que consumiram açúcares na forma de bebi<strong>da</strong>se pães <strong>do</strong>ces às refeições, apresentaram um pequeno aumento no número delesões e, os grupos que receberam balas comuns, caramelos e balas <strong>do</strong> tipo “toffee”entre e após as refeições, apresentaram um aumento significativo no número desuperfícies caria<strong>da</strong>s. Os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s mostraram que a sacarose ingeri<strong>da</strong> entreas refeições e na forma pegajosa determina sua permanência por longo perío<strong>do</strong> nacavi<strong>da</strong>de bucal, amplian<strong>do</strong> o seu efeito cariogênico.A maior parte <strong>da</strong> população brasileira ain<strong>da</strong> vive num contexto de vi<strong>da</strong> em quesuas necessi<strong>da</strong>des básicas não são atendi<strong>da</strong>s <strong>da</strong> forma que deveriam, resultan<strong>do</strong>assim em índices de cárie altos e severos, fican<strong>do</strong> o atendimento o<strong>do</strong>ntológicorestrito a uma pequena parte <strong>da</strong> população que usufrui de serviços particulares,enquanto a outra parcela <strong>da</strong> população tem usufruí<strong>do</strong> mais <strong>do</strong>s recursos primárioscomo a fluoretação de água e programas de prevenção, onde os benefíciosespecializa<strong>do</strong>s são mais difíceis de acesso em serviço público.Bal<strong>da</strong>ni et al (2002) analisaram as relações entre cárie dentária e fatores sócioeconômicosno Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Paraná, Brasil. Foram reuni<strong>da</strong>s informações sobre aprevalência de cárie dentária (CPO-D aos 12 anos) para os municípios <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>,conforme <strong>da</strong><strong>do</strong>s oficiais disponibiliza<strong>do</strong>s pela Secretaria de Esta<strong>do</strong> <strong>da</strong> Saúde.Observaram a correlação significante entre o índice de cárie dentária nos municípiose vários indica<strong>do</strong>res de desenvolvimento social, através <strong>da</strong> análise de regressão


21linear simples. A relação visual entre as ci<strong>da</strong>des com piores índices de CPO-D eindica<strong>do</strong>res sociais, foi apresenta<strong>da</strong> em mapas através <strong>do</strong> georreferenciamento de<strong>da</strong><strong>do</strong>s. Observou-se CPO-D médio menos eleva<strong>do</strong> nos municípios cujosreservatórios de água foram fluora<strong>do</strong>s. Observou-se também, correlação negativaentre o índice de cárie dentária e a proporção de <strong>do</strong>micílios liga<strong>do</strong>s à rede deabastecimento de água, nos municípios com água fluoreta<strong>da</strong>. Concluíram que aágua fluoreta<strong>da</strong> é importante não só como recurso para a redução <strong>do</strong>s níveis decáries, como também para atenuar o impacto <strong>da</strong>s desigual<strong>da</strong>des sócio-econômicassobre a prevalência de cárie dentária.Chaves e Vieira-<strong>da</strong>-Silva (2002) realizaram uma meta-análise sobre aefetivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> escovação com dentifrício fluoreta<strong>do</strong> na redução <strong>da</strong> cárie dental paracalcular o efeito <strong>da</strong>s diferentes hipóteses testa<strong>da</strong>s. Concluíram que as maioresreduções de cárie foram encontra<strong>da</strong>s nos estu<strong>do</strong>s com escovação supervisiona<strong>da</strong>. Asíntese confirmou a importância <strong>da</strong> escovação com dentifrício fluoreta<strong>do</strong> no controle<strong>da</strong> cárie dental. Contu<strong>do</strong>, aponta para uma ênfase nos aspectos medicamentososrelaciona<strong>do</strong>s ao controle <strong>da</strong> <strong>do</strong>ença, em detrimento de ações educativas específicas.Os resulta<strong>do</strong>s indicam a necessi<strong>da</strong>de de implantação <strong>da</strong>s práticas preventivas.Peres et al (2003) investigaram os determinantes sociais e biológicos, medi<strong>do</strong>sno perío<strong>do</strong> perinatal e na infância, sobre a ocorrência de cárie dentária em criançasde 6 anos de i<strong>da</strong>de. Foram avalia<strong>da</strong>s 400 crianças pertencentes a uma coorte denasci<strong>do</strong>s vivos inicia<strong>da</strong> em 1993, em Pelotas, RS. A prevalência de cárie foi de62,5% e o índice ceo-d médio foi igual a 3, 38; sen<strong>do</strong> a maior parte <strong>do</strong> índiceconstituí<strong>do</strong> pelo componente caria<strong>do</strong> (97%). Concluíram que os fatores de riscosociais, como baixa escolari<strong>da</strong>de materna e baixa ren<strong>da</strong> familiar, não freqüentar apré-escola e dieta inadequa<strong>da</strong> são comuns à cárie dentária e outras <strong>do</strong>ençasinfantis, sugerin<strong>do</strong> que medi<strong>da</strong>s de intervenção dirigi<strong>da</strong>s a estes fatores seriam maisadequa<strong>da</strong>s à prevenção <strong>da</strong> cárie <strong>do</strong> que medi<strong>da</strong>s específicas.Santos et al (2003) avaliaram o conhecimento e as atitudes relaciona<strong>da</strong>s àcárie dental e <strong>do</strong>ença perio<strong>do</strong>ntal de professores de ensino fun<strong>da</strong>mental <strong>da</strong> redepública, <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de de Araraquara, SP - Brasil, bem como seu comportamento comrelação à higiene bucal. O instrumento de análise baseou-se em um questionáriorelativo à etiologia, prevenção e evolução <strong>da</strong> cárie dental e <strong>do</strong>ença perio<strong>do</strong>ntal,atitudes relaciona<strong>da</strong>s ao comportamento de higiene bucal e fonte de informaçõessobre saúde bucal. Concluíram que, embora as atitudes relaciona<strong>da</strong>s à saúde bucal


22<strong>da</strong> população estu<strong>da</strong><strong>da</strong> tenham se mostra<strong>do</strong> positivas, o conhecimento o<strong>do</strong>ntológicoapresentou limitações, sugerin<strong>do</strong> a necessi<strong>da</strong>de de estabelecer programaseducativos direciona<strong>do</strong>s a esta população.A elevação <strong>do</strong> índice de placa bacteriana está diretamente liga<strong>da</strong> à escovaçãodeficiente, sen<strong>do</strong> a motivação por parte <strong>do</strong> profissional e a conscientização por parte<strong>do</strong> paciente de fun<strong>da</strong>mental importância para a redução de placa e manutenção <strong>da</strong>saúde bucal. Diante desse contexto, Silva et al (2005) avaliaram a efetivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>higiene bucal em crianças, relacionan<strong>do</strong> freqüência e intervalo de tempo demotivação e ain<strong>da</strong> os hábitos de dieta. Participaram <strong>do</strong> experimento 57 crianças,pacientes <strong>da</strong> clínica de O<strong>do</strong>ntopediatria <strong>do</strong> Departamento de O<strong>do</strong>ntologia <strong>da</strong>UNITAU. Os pacientes foram dividi<strong>do</strong>s em 2 grupos, sen<strong>do</strong> que no Grupo 1, asmotivações e contagem de placa ocorreram com intervalos de 15 dias e no Grupo 2com intervalo de 7 dias. Os resulta<strong>do</strong>s demonstraram que os pacientes avalia<strong>do</strong>sapresentaram dieta com potencial cariogênico; os <strong>do</strong>is grupos apresentarammelhora na efetivi<strong>da</strong>de de higiene bucal; a análise estatística não demonstroudiferenças significantes entre os <strong>do</strong>is grupos, entretanto o grupo 2 com intervalo detempo menor entre as motivações, apresentou as maiores médias de efetivi<strong>da</strong>de dehigiene bucal.Santos et al (2007) avaliaram a saúde bucal de a<strong>do</strong>lescentes nas ci<strong>da</strong>des deRecife e Feira de Santana, pela avaliação de higiene bucal, cárie dentária e <strong>do</strong>ençaperio<strong>do</strong>ntal. Foram avalia<strong>do</strong>s 40 a<strong>do</strong>lescentes com 10 a 18 anos de i<strong>da</strong>de emRecife, em estu<strong>do</strong> exploratório, em 2005 e, em Feira de Santana, 971 a<strong>do</strong>lescentescom 12 anos i<strong>da</strong>de, num estu<strong>do</strong> de prevalência, em 2002. Avaliaram a cárie, pelonúmero de dentes caria<strong>do</strong>s, perdi<strong>do</strong>s e obtura<strong>do</strong>s; placa dentária visível,sangramento gengival e condição perio<strong>do</strong>ntal. Para análise, utilizaram-se os testesQui-quadra<strong>do</strong>, Kruskall-Wallis, Exato de Fisher, com intervalo de confiança de 95%.Observaram que a maioria <strong>do</strong>s a<strong>do</strong>lescentes realizava higiene oral três vezes ao dia.Os valores <strong>do</strong> CPO-D apresentaram média de 1,5 em Recife e médias de 1,89 nasescolas estaduais, 2,17 nas municipais e 2,39 nas particulares, em Feira deSantana. O sangramento gengival em Recife teve média de 27% e, em Feira deSantana, a média de sextantes sadios foi de 4,36, 4,08 e 5,16, nas escolasestaduais, municipais e particulares respectivamente. Concluíram que a freqüência<strong>da</strong> cárie dentária foi baixa, a maioria <strong>do</strong>s a<strong>do</strong>lescentes relatou bons hábitos dehigiene bucal e a condição perio<strong>do</strong>ntal nos a<strong>do</strong>lescentes foi favorável.


23A prevenção e controle <strong>da</strong> cárie envolvem medi<strong>da</strong>s abrangentes direciona<strong>da</strong>s àredução e/ou eliminação <strong>do</strong>s fatores etiológicos determinantes <strong>da</strong> <strong>do</strong>ença. Bonsresulta<strong>do</strong>s são encontra<strong>do</strong>s através <strong>do</strong> controle <strong>da</strong> ingestão de alimentoscariogênicos associa<strong>do</strong>s a hábitos de higiene adequa<strong>do</strong>s, fluoretação <strong>da</strong>s águas deabastecimento público, expansão de programas preventivos e principalmente o usoabrangente de dentifrícios fluoreta<strong>do</strong>s (GALINDO, 2003; CURY et al., 2004).2.3. Cárie SecundáriaEstu<strong>do</strong>s revelam que grande parte <strong>do</strong> tempo gasto pelo cirurgião dentista nasua prática clínica é utiliza<strong>do</strong> na troca de restaurações, basea<strong>da</strong> na prevenção ou no<strong>tratamento</strong> <strong>da</strong>s lesões de cárie secundária. Geralmente consiste em uma lesãoexterna na superfície de esmalte adjacente à restauração e uma lesão de parede, aqual se desenvolve ao longo de uma fen<strong>da</strong> na parede cavitária (KIDD, 2001).Mjör e Qvist (1997) avaliaram clinicamente falhas marginais em restauraçõesde amálgama de prata e resina composta. Os defeitos marginais com e semevidência clínica de cárie secundária foram avalia<strong>do</strong>s antes e após a restauração sercui<strong>da</strong><strong>do</strong>samente removi<strong>da</strong>. Observaram que nas 235 restaurações de amálgama e193 de resina composta, a cárie secundária foi o diagnóstico mais freqüente,resultan<strong>do</strong> em substituição. As observações indicaram que o diagnóstico <strong>da</strong> lesão decárie secundária exterior fornece uma boa base para o planejamento <strong>do</strong> <strong>tratamento</strong>.Burke et al (2001) analisaram as razões forneci<strong>da</strong>s por profissionais sobre aconfecção e substituição de restaurações de resina composta, amálgama de prata,ionômero de vidro e compômero e relacionaram os <strong>da</strong><strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s com fatoresrelaciona<strong>do</strong>s aos pacientes, como i<strong>da</strong>de, sexo, risco de cárie, higiene bucal elongevi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s restaurações. Ca<strong>da</strong> participante foi instruí<strong>do</strong> a registrar as razõesde substituição e confecção de restaurações, sen<strong>do</strong> anota<strong>do</strong> a i<strong>da</strong>de, o tipo derestauração, o material utiliza<strong>do</strong> para restaurar o elemento dental, bem como omaterial utiliza<strong>do</strong> para a substituição de restaurações inaceitáveis. Das restauraçõesrealiza<strong>da</strong>s 54% foram de amálgama, 32% de resina composta, 8% de compômero e7% de ionômero de vidro. A cárie secundária (29%) foi o principal motivo <strong>do</strong><strong>tratamento</strong> restaura<strong>do</strong>r, segui<strong>da</strong> <strong>da</strong> cárie primária (28%), fratura <strong>da</strong> restauração(10%) e fratura de dentes (7%). Concluíram que a cárie primária foi a principal razão


24para a restauração inicial e a cárie secundária foi o motivo mais prevalente parasubstituiçao <strong>da</strong>s restaurações de amálgama e resina composta.Cal<strong>da</strong>s Júnior et al (2006) avaliaram a prevalência de cárie secundária em umapopulação adulta e correlacionaram os resulta<strong>do</strong>s com fatores sócio-demográficos ecomportamentais. A amostra constou de 200 pessoas com i<strong>da</strong>de entre 20 a 45 anos(média de 31,07). Os participantes responderam a um questionário e foramsubmeti<strong>do</strong>s a um exame clínico no qual foi feito o diagnóstico de cárie secundáriasegun<strong>do</strong> critérios pré-estabeleci<strong>do</strong>s. A prevalência de cárie secundária foi de 62,5%verifican<strong>do</strong>-se associação significativa com a freqüência <strong>do</strong> consumo de açúcar(p=0,025). A análise multivaria<strong>da</strong> revelou que apenas as variáveis autopercepção desaúde bucal e CPO-D foram significativas para a ocorrência de cárie secundária.Concluíram que a prevalência de cárie secundária foi alta e esteve relaciona<strong>da</strong> coma autopercepção de saúde bucal e com o CPO-D.Bernar<strong>do</strong> et al (2007) avaliaram através de um estu<strong>do</strong> clínico ran<strong>do</strong>miza<strong>do</strong>, em472 crianças portuguesas, a longevi<strong>da</strong>de e as razões que levam ao fracasso <strong>da</strong>srestaurações de amálgama de prata e resina composta. To<strong>do</strong>s os participantesforam ran<strong>do</strong>miza<strong>do</strong>s para receber restaurações de amálgama ou compósito naslesões de cárie em dentes posteriores permanentes. Anualmente foram realiza<strong>do</strong>sexame oral e radiografias interproximais. Concluíram que o risco de cárie secundáriafoi 3,5 vezes maior em restaurações com resina composta quan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong> aoamálgama de prata e que não houve diferença estatisticamente significante emrelação ao risco de fratura entre os <strong>do</strong>is tipos de restaurações.A cárie secundária tem si<strong>do</strong> atribuí<strong>da</strong> à microinfiltração ao longo <strong>da</strong>s interfacesrestaura<strong>do</strong>ras. Diante disso, Cenci (2008) avaliou in situ o efeito <strong>da</strong> microinfiltraçãoem cárie adjacente a restaurações em presença de F, tanto individualmenteforneci<strong>do</strong> por material restaura<strong>do</strong>r ou dentifrício fluoreta<strong>do</strong> como associa<strong>do</strong> a partirdessas fontes. O estu<strong>do</strong> foi realiza<strong>do</strong> em 4 fases de 14 dias ca<strong>da</strong>. Os fatores emavaliação foram os materiais restaura<strong>do</strong>res em 2 níveis: RC – resina composta e CIV– cimento de ionômero de vidro modifica<strong>do</strong> por resina; condição de infiltraçãomarginal em 2 níveis: L - -sem indução de infiltração, e L + - com indução deinfiltração; e <strong>tratamento</strong> com F em 2 níveis: DNF – dentifrício não fluoreta<strong>do</strong>(placebo), e DF – dentifrício fluoreta<strong>do</strong>. Da associação destes fatores foram obti<strong>do</strong>ssubgrupos, os quais foram aleatoriamente designa<strong>do</strong>s aos voluntários (n=14).Durante to<strong>da</strong>s as fases experimentais, foi permiti<strong>do</strong> o acúmulo de biofilme sobre os


25blocos restaura<strong>do</strong>s sen<strong>do</strong> esses submeti<strong>do</strong>s a um alto desafio cariogênico pelaexposição a uma solução de sacarose 20%, 10x/dia, o que foi feito extra-oralmente.Os voluntários usaram três vezes por dia os dentifrícios DNF ou DF, dependen<strong>do</strong> <strong>da</strong>fase experimental. Não foram encontra<strong>da</strong>s diferenças entre restaurações L+ e L-,consideran<strong>do</strong> to<strong>da</strong>s as variáveis estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s (p>0.05). Maior desmineralização emesmalte e em dentina foi observa<strong>da</strong> adjacente a restaurações de RC <strong>do</strong> queadjacente a restaurações de CIV quan<strong>do</strong> DNF foi usa<strong>do</strong> (p


26Observou que os preparos cavitários reduziram significativamente a resistência <strong>do</strong>sdentes; não houve diferença significante na resistência <strong>do</strong>s dentes quan<strong>do</strong> secomparou os diferentes tipos de preparo cavitário e os materiais restaura<strong>do</strong>rescontribuíram para que esses valores aumentassem.Minto et al (2002) avaliaram in vitro a resistência à fratura de pré-molaressuperiores prepara<strong>do</strong>s com cavi<strong>da</strong>des de classe II compostas restaura<strong>da</strong>s comamálgama aderi<strong>do</strong> a <strong>do</strong>is tipos diferentes de sistemas adesivos. Setenta dentesforam dividi<strong>do</strong>s em 4 grupos: grupo 1 ou controle com 10 dentes íntegros; grupo 2com 20 dentes, sen<strong>do</strong> 10 cavi<strong>da</strong>des conserva<strong>do</strong>ras e 10 extensas restaura<strong>da</strong>s comamálgama sem qualquer tipo de forramento. O grupo 3 e o grupo 4 foram compostos<strong>da</strong> mesma forma que o grupo 2, sen<strong>do</strong> que o primeiro recebeu cimento de ionômerode vidro (Vitrebond - 3M) e o segun<strong>do</strong>, adesivo dental (Scotchbond Multi-PurposePlus - 3M), antes de serem restaura<strong>do</strong>s. Após serem restaura<strong>do</strong>s e termocicla<strong>do</strong>s,foram submeti<strong>do</strong>s à fratura por força de compressão em uma máquina universal detestes EMIC-MEM 2000. Após análise de variância e aplicação <strong>do</strong> testecomplementar de Tukey, concluíram que os sistemas adesivos utiliza<strong>do</strong>scondicionaram o aumento <strong>da</strong> resistência à fratura <strong>da</strong> estrutura dental nas cavi<strong>da</strong>desconvencionais, sen<strong>do</strong> os dentes com cavi<strong>da</strong>des conserva<strong>do</strong>ras mais resistentes emqualquer condição experimental.Allara, Diefenderfer e Molinaro (2004) compararam a resistência à fratura demolares restaura<strong>do</strong>s com resina composta condensável com aqueles restaura<strong>do</strong>scom amálgama convencional, amálgama adesivo e resina composta através <strong>da</strong>técnica incremental. Foram utiliza<strong>do</strong>s 60 terceiros molares humanos intactos. Dezamostras (n = 10) foram deixa<strong>da</strong>s intactas e serviram como controle. Nas outrascinqüenta amostras, foram prepara<strong>da</strong>s cavi<strong>da</strong>des MOD padroniza<strong>da</strong>s com largura de2/3 <strong>da</strong> dimensão vestíbulo-lingual e profundi<strong>da</strong>de de 4 mm a partir <strong>da</strong> cristamarginal. Foram separa<strong>da</strong>s ran<strong>do</strong>micamente em cinco grupos (n = 10) e restaura<strong>da</strong>scom: (1) resina condensável para posterior Prodigy Condensable; (2) resinacomposta microparticula<strong>da</strong> para posterior Heliomolar; (3) amálgama de prata compartícula esférica Tytin e verniz cavitário Copaliner; (4) amálgama adesivo com Tytine adesivo OptiBond Solo; (5) o preparo não foi restaura<strong>do</strong>. As amostras foramarmazena<strong>da</strong>s durante sete dias e, posteriormente, termocicla<strong>da</strong>s. O teste deresistência à fratura foi realiza<strong>do</strong> em uma máquina de ensaio universal com célula decarga de 10kN e veloci<strong>da</strong>de de 1,0mm/min até a fratura. Os autores concluíram que


27o preparo cavitário reduziu a resistência à fratura acima de 50%. Para os dentesintactos, a resistência à fratura foi significantemente mais alta em relação a to<strong>do</strong>s osoutros grupos (p


28extensão (10.02%). As cavi<strong>da</strong>des <strong>do</strong> tipo "1/2–inlay" apresentaram 21.34% de per<strong>da</strong>de massa, enquanto as cavi<strong>da</strong>des com extensão de 1/2 para resina compostaapresentaram uma per<strong>da</strong> de 16.19%. As médias de resistência à fratura (em kgf)foram: GI = 187.65; GII = 143.62; GIII = 74.10; GIV = 164.22; GV = 101.92; GVI =50.35. Diferenças estatisticamente significantes (p


2915 X. As medi<strong>da</strong>s iniciais <strong>da</strong>s imagens foram compara<strong>da</strong>s com as medi<strong>da</strong>s <strong>do</strong>preparo cavitário, e em ambas as situações, foi excluí<strong>do</strong> o local <strong>da</strong> falha. Foiutiliza<strong>do</strong> o coeficiente de correlação (ICR) e emprega<strong>do</strong> o t-test para a análiseestatística. Foi encontra<strong>da</strong> uma diferença significante entre as medi<strong>da</strong>s <strong>do</strong> pré e <strong>do</strong>pós-operatório para ambas as áreas (p=0.0125) e perímetro (p=0.003). Conclui quea substituição de restaurações classe V de resina composta resultou num aumento<strong>do</strong> tamanho <strong>do</strong> preparo cavitário em áreas distintas <strong>do</strong> local <strong>da</strong> falha.Manhart et al (2004) revisan<strong>do</strong> a literatura o<strong>do</strong>ntológica avaliaram alongevi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s restaurações em dentes permanentes posteriores e as possíveisrazões para suas falhas. A proporção de falhas em restaurações de amálgama foi de0 a 7,4% após um perío<strong>do</strong> de 20 anos de observação. Relataram que as principaisrazões de falhas em restaurações de amálgama foram a cárie secundária, fratura <strong>do</strong>dente e <strong>da</strong> restauração e degra<strong>da</strong>ção marginal. Já nas restaurações de resinacomposta observou-se uma razão anual de falhas de 0 a 9% sen<strong>do</strong> a baixaresistência ao desgaste, a per<strong>da</strong> <strong>da</strong> forma anatômica e a deficiência nos contatosproximais os motivos mais prevalentes de falhas nessas restaurações.Op<strong>da</strong>m et al (2004) fizeram um estu<strong>do</strong> retrospectivo para investigar alongevi<strong>da</strong>de e as razões <strong>do</strong> fracasso <strong>da</strong>s restaurações posteriores de resinacomposta confecciona<strong>da</strong>s por alunos <strong>da</strong> Facul<strong>da</strong>de de O<strong>do</strong>ntologia de Nijmegen.Esta avaliação foi feita a partir <strong>do</strong>s arquivos de pacientes atendi<strong>do</strong>s na facul<strong>da</strong>de eque faziam visitas regulares a ca<strong>da</strong> seis meses, durante um perío<strong>do</strong> de cinco anosapós a confecção <strong>da</strong> restauração. Foram avalia<strong>da</strong>s 703 restaurações posteriores deresina composta em 382 pacientes. Após o perío<strong>do</strong> de 5 anos, observaram que80% <strong>da</strong>s restaurações foram considera<strong>da</strong>s clinicamente aceitáveis, 7% foramconsidera<strong>da</strong>s como funcionalmente presentes e 13% apresentaram falhas. Asprincipais razões para o fracasso foram fratura <strong>da</strong> restauração, cárie, <strong>tratamento</strong>en<strong>do</strong>dôntico, defeitos marginais e falta de contato proximal. A longevi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>srestaurações foi de 87% em 5 anos, resultan<strong>do</strong> em uma taxa de falha anual de2,8%. Concluíram que os estu<strong>da</strong>ntes de O<strong>do</strong>ntologia são capazes de colocarrestaurações de resina composta em dentes posteriores com uma taxa de falhamédia anual aceitável.Dubinski et al (2005) avaliaram clínica e radiograficamente as causas <strong>da</strong>ssubstituições de restaurações <strong>do</strong>s pacientes atendi<strong>do</strong>s nas disciplinas de DentísticaII e Clínica Integra<strong>da</strong>, <strong>do</strong> Curso de O<strong>do</strong>ntologia <strong>da</strong> UNIPAR - Umuarama. Foram


30avalia<strong>da</strong>s 352 restaurações substituí<strong>da</strong>s, sen<strong>do</strong> 201 de amálgama de prata e 151 deresina composta. Os principais motivos que levaram à troca <strong>da</strong>s restaurações foram:reincidência de cárie (29,85%) para amálgama de prata e manchamento de interface(47,7%) para as restaurações de resina composta. O aspecto corrosão (1,5%) foi oque menos influenciou na necessi<strong>da</strong>de de substituição <strong>da</strong>s restaurações deamálgama de prata, e o contorno e a anatomia deficiente (0,66%) tornaramdesnecessária a troca de restaurações de resina composta. Com relação ao tempode vi<strong>da</strong> útil <strong>da</strong>s restaurações de amálgama substituí<strong>da</strong>s, 25% tinham menos de 5anos de uso, enquanto que 75% tinham mais que 5 anos de uso. A longevi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s151 restaurações de resina composta substituí<strong>da</strong>s se mostrou reduzi<strong>da</strong> em relação a<strong>do</strong> amálgama de prata, uma vez que 48% apresentavam menos de 5 anos de uso e58% mais de 5 anos de uso. Concluíram que o <strong>tratamento</strong> restaura<strong>do</strong>r <strong>da</strong>s lesões decárie ou substituição <strong>da</strong>s restaurações já existentes, quan<strong>do</strong> associa<strong>do</strong> às condutaspreventivas, contribui para a longevi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> restauração e <strong>do</strong> remanescente dental.Meireles et al (2006) avaliaram o desempenho clínico de uma resinacondensável, compara<strong>da</strong> com uma resina microhíbri<strong>da</strong> e amálgama emrestaurações de dentes posteriores após <strong>do</strong>is anos, com base nos critérios <strong>da</strong> UnitedStates of Public Health System (USPHS). Foram confecciona<strong>da</strong>s 33 restaurações deClasses I e II, em 6 pacientes, alunos <strong>da</strong> FOUFPel. Ca<strong>da</strong> paciente deveriaapresentar, no mínimo, uma restauração de ca<strong>da</strong> material, que seria aleatoriamentedistribuí<strong>da</strong>. As restaurações foram classifica<strong>da</strong>s como clinicamente satisfatórias (Alfa& Bravo) e insatisfatórias (Charlie & Delta). A análise estatística foi realiza<strong>da</strong> através<strong>do</strong>s testes de Friedman e de Kruskal-Wallis. Não foram encontra<strong>da</strong>s diferençassignificativas entre os tempos investiga<strong>do</strong>s nem entre os materiais testa<strong>do</strong>s (p >0,05). Concluíram que a maioria <strong>da</strong>s restaurações encontrava-se clinicamenteaceitáveis após 2 anos de avaliação clínica.2.5.1. Textura superficialA fase de acabamento e polimento é de extrema importância para o sucesso edurabili<strong>da</strong>de de uma restauração de resina composta, D‘ARCANGELO & DELLEFRATTE (1996), garantin<strong>do</strong> a lisura superficial que atua não só em suascaracterísticas estéticas, mas também na durabili<strong>da</strong>de, uma vez que os poros


31aumentam a dificul<strong>da</strong>de de higienização provocan<strong>do</strong> manchamento e eventualdiminuição <strong>da</strong>s proprie<strong>da</strong>des mecânicas REIS (2000).Porto Neto et al (1991) avaliaram o comportamento clínico de restaurações deamálgama, utilizan<strong>do</strong> ligas convencionais e com alto teor de cobre em função <strong>do</strong>sseguintes fatores: polimento mediato e polimento imediato. Foram seleciona<strong>do</strong>sonze pacientes, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> confecciona<strong>da</strong>s 35 restaurações de amálgama. Asrestaurações foram designa<strong>da</strong>s ao acaso para receber o polimento. O polimentomediato (P 1 ) foi executa<strong>do</strong> sete dias após a confecção <strong>da</strong>s restaurações e opolimento imediato (P 2 ) realiza<strong>do</strong> quinze minutos após a brunidura final <strong>da</strong>srestaurações. Avaliaram clinicamente as restaurações de amálgama, no examebásico, aos seis, <strong>do</strong>ze e dezoito meses, pelo méto<strong>do</strong> direto de GUNNAR RYGE.Concluíram que nas restaurações examina<strong>da</strong>s não ocorreram recidivas de cárie, asmargens <strong>da</strong>s restaurações sofreram alterações em função <strong>do</strong> tempo independente<strong>do</strong> momento <strong>do</strong> polimento e tipo de liga. O polimento mediato condicionou melhorcomportamento clínico <strong>da</strong>s restaurações para os três tipos de liga em relação àintegri<strong>da</strong>de marginal e o polimento imediato exerceu influência negativa em to<strong>da</strong>s asrestaurações, e as ligas com maior conteú<strong>do</strong> de cobre e fase dispersa apresentarammaior resistência à oxi<strong>da</strong>ção e corrosão frente ao polimento mediato.Acciari et al (1998) revisan<strong>do</strong> a literatura observaram que a corrosão deamálgamas dentários tem si<strong>do</strong> extensivamente estu<strong>da</strong><strong>da</strong> com respeito à fraturamarginal, deterioração superficial, microestrutura <strong>da</strong> superfície corroí<strong>da</strong>, liberação deprodutos de corrosão e biocompatibili<strong>da</strong>de. Concluíram que os amálgamas dentáriossofrem corrosão localiza<strong>da</strong>. Este tipo de corrosão está frequentemente associa<strong>da</strong>com poros, frestas e limites de grãos. As veloci<strong>da</strong>des de corrosão dependem <strong>da</strong>composição <strong>da</strong>s ligas e <strong>da</strong>s concentrações de cloretos e oxigênio na saliva. Ocomplica<strong>do</strong> processo de corrosão pode ser interpreta<strong>do</strong> como a soma de <strong>do</strong>is oumais processos de eletrodissolução com a posterior formação de uma cama<strong>da</strong> decorrosão.O polimento <strong>da</strong>s restaurações em amálgama fornece uma superfície final maislisa, diminuin<strong>do</strong> a quanti<strong>da</strong>de de porosi<strong>da</strong>des e favorecen<strong>do</strong> a resposta <strong>do</strong>s teci<strong>do</strong>sperio<strong>do</strong>ntais, aumentan<strong>do</strong> sua longevi<strong>da</strong>de. Diante disto, Mondelli et al (1998)revisan<strong>do</strong> a literatura, enfatizaram uma técnica alternativa de acabamento epolimento de restaurações com amálgama, utilizan<strong>do</strong> o jato de óxi<strong>do</strong> de alumínio, epuderam verificar boas condições clínicas de lisura superficial em nível oclusal e de


32margens, e presença de brilho <strong>da</strong>s restaurações poli<strong>da</strong>s com a utilização dessatécnica.Nagem Filho et al (2003) avaliaram o efeito de diferentes méto<strong>do</strong>s deacabamento e polimento sobre a rugosi<strong>da</strong>de superficial de resinas compostas. Doissistemas para polimento, e sete marcas comerciais de resinas compostas foramavalia<strong>do</strong>s e compara<strong>do</strong>s. Foram confecciona<strong>do</strong>s 126 espécimes em uma matriz deaço inoxidável e dividi<strong>do</strong>s em três grupos. No grupo 1, seis amostras de ca<strong>da</strong>material foram polimeriza<strong>da</strong>s sob a pressão de uma tira de poliéster. Os demaisespécimes receberam acabamento seqüencial de pontas diamanta<strong>da</strong>s finas eextrafinas. Após o acabamento, as amostras <strong>do</strong> grupo 3, foram poli<strong>da</strong>s com osdiscos de óxi<strong>do</strong> de alumínio, de abrasivi<strong>da</strong>des média, fina e extrafina e jatos de águaintermitentes. Os resulta<strong>do</strong>s mostraram não haver diferença estatisticamentesignificante nos valores médios de rugosi<strong>da</strong>de de superfície (Ra, µm) entre o grupo 1(tira de poliéster) e o grupo 2 submeti<strong>do</strong> ao acabamento com as pontas diamanta<strong>da</strong>se o grupo 3 com pontas diamanta<strong>da</strong>s e poli<strong>do</strong>s com discos de óxi<strong>do</strong> de alumínio(p>0.05). A análise estatística revelou diferenças de níveis de rugosi<strong>da</strong>de entre assuperfícies resinosas quan<strong>do</strong> receberam somente o acabamento com as pontasdiamanta<strong>da</strong>s. As tiras de poliéster produziram superfícies mais lisas em to<strong>da</strong>s asresinas, embora os resulta<strong>do</strong>s não mostrem resulta<strong>do</strong>s estatisticamente diferentes<strong>da</strong>queles encontra<strong>do</strong>s nas superfícies poli<strong>da</strong>s com os discos de óxi<strong>do</strong> de alumínio.2.5.2. Alteração de ContornoO acúmulo de placa que ocorre facilmente na presença de restauraçõessubgengivais e em materiais restaura<strong>do</strong>res com excesso ou falta é considera<strong>do</strong> umfator fortemente relaciona<strong>do</strong> ao início e à progressão <strong>da</strong> <strong>do</strong>ença perio<strong>do</strong>ntal(ABBOUD et al., 2008; FARIAS et al., 2008).Marchini et al (1999) analisaram 65 restaurações classe II de resina compostaem dentes posteriores permanentes, em 34 pacientes. Foram observa<strong>do</strong>s os itenscor, textura superficial, contorno, infiltração marginal, cárie secundária, fratura,a<strong>da</strong>ptação marginal, ponto de contato, coloração marginal, esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> teci<strong>do</strong>gengival, indicação <strong>da</strong> restauração e aspecto radiográfico. Constataram que 32,31%


33<strong>da</strong>s restaurações apresentaram alteração de contorno e 29,23% apresentaramcoloração inaceitável.Santoro (2004) avaliou clínica e radiograficamente 558 restaurações deamálgama de prata e 81 de resina composta, totalizan<strong>do</strong> 639 restaurações emdentes posteriores de pacientes adultos. Considerou a presença de cáriesecundária, falta de integri<strong>da</strong>de marginal, condição <strong>da</strong> superfície oclusal <strong>da</strong>srestaurações, fratura <strong>da</strong> restauração ou <strong>do</strong> dente, excessos interproximais, falta decontato interproximal e falta de material restaura<strong>do</strong>r. A principal falha encontra<strong>da</strong> nasrestaurações de amálgama foi a oxi<strong>da</strong>ção e/ou sobrecontorno (50,34%), enquantoque para as resinas compostas o fator que mais contribuiu para a substituição foi acárie secundária (40%) segui<strong>do</strong> de alteração de cor (28%).Tozetto et al (2005) avaliaram a prevalência <strong>do</strong> excesso cervical emrestaurações proximais de 355 indivíduos de ambos os sexos através <strong>do</strong>s examesclínico e radiográfico. To<strong>da</strong>s as superfícies proximais <strong>do</strong>s dentes posteriorespresentes na cavi<strong>da</strong>de bucal foram submeti<strong>da</strong>s a um exame clínico, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong>classifica<strong>da</strong>s como não restaura<strong>da</strong> (NR), restaura<strong>da</strong> sem excesso cervical (RS) erestaura<strong>da</strong> com excesso cervical (RC). As mesmas superfícies foram examina<strong>da</strong>squanto às condições perio<strong>do</strong>ntais, aplican<strong>do</strong>-se os escores utiliza<strong>do</strong>s no índiceepidemiológico CPITN. O exame radiográfico consistiu na toma<strong>da</strong> de radiografiasinterproximais <strong>do</strong>s dentes posteriores, as quais, após serem processa<strong>da</strong>s, foramavalia<strong>da</strong>s em negatoscópio com o emprego de uma lupa, a fim de verificar apresença de restaurações proximais RS ou RC, bem como a distância entre a junçãoesmalte-cemento e a crista óssea alveolar (JCE-CO). Os resulta<strong>do</strong>s demonstraramque 44,4% e 38,8% <strong>da</strong>s superfícies proximais restaura<strong>da</strong>s exibiram excesso cervicalaos exames clínico e radiográfico, respectivamente. Uma maior prevalência de sítioscom profundi<strong>da</strong>de de son<strong>da</strong>gem > 3mm (55,2%) e com JCE-CO>2mm (77,6%) foiencontra<strong>da</strong> em superfícies RC, em comparação às superfícies RS (23% e 31,8%,respectivamente). Concluíram que a presença de RECs representa um importantefator de risco para a presença de bolsas perio<strong>do</strong>ntais e para per<strong>da</strong> de inserção.Abboud et al (2008) avaliaram a presença de inflamação gengival em áreasadjacentes a restaurações cervicais de classe V e sua relação com a lisura desuperfície e a<strong>da</strong>ptação à parede gengival <strong>da</strong>s restaurações. Foram seleciona<strong>do</strong>s 17pacientes com ausência de fatores modifica<strong>do</strong>res que alterassem o quadro <strong>da</strong><strong>do</strong>ença perio<strong>do</strong>ntal, excluin<strong>do</strong> os pacientes que estivessem em <strong>tratamento</strong>


34perio<strong>do</strong>ntal ou que concluíram em um prazo inferior a três meses. Os pacientesforam examina<strong>do</strong>s por <strong>do</strong>is examina<strong>do</strong>res cegos. O examina<strong>do</strong>r 1 avaliou a margemgengival vestibular em dente com restauração cervical de classe V e dentesadjacentes mesial e distal através de son<strong>da</strong>gem manual. O examina<strong>do</strong>r 2 avaliou arestauração quanto à lisura e acabamento superficial, e à presença ou ausência deexcesso de material. Comparan<strong>do</strong> o diagnóstico positivo de inflamação gengival coma quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> restauração cervical presente em relação ao acabamento cervical(presença ou ausência de excesso de material restaura<strong>do</strong>r), não houve diferençaestatisticamente significativa (P > 0,05). Concluíram que houve relação significativaentre a presença de excesso de material restaura<strong>do</strong>r e inflamação gengival, ou entreinflamação e quali<strong>da</strong>de de lisura <strong>da</strong> restauração.2.5.3. A<strong>da</strong>ptação MarginalA a<strong>da</strong>ptação é defini<strong>da</strong> como o grau de proximi<strong>da</strong>de e interligação entre omaterial restaura<strong>do</strong>r e as paredes cavitárias. Seu estu<strong>do</strong> consiste basicamente emquantificar ou qualificar as possíveis fen<strong>da</strong>s localiza<strong>da</strong>s nas margens <strong>da</strong>srestaurações (FRIEDL et al., 2000; VANDEWALLE et al., 2004).Uma boa a<strong>da</strong>ptação marginal reduz as chances de cáries recorrentes, bemcomo de <strong>do</strong>ença perio<strong>do</strong>ntal, portanto um bom prognóstico para a longevi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>restauração (SCHMALZ, FEDERLIN e REICH, 1995).Lutz et al (1991) indicaram que a durabili<strong>da</strong>de de restaurações adesivas éafeta<strong>da</strong> de forma negativa pelas tensões residuais internas decorrentes <strong>da</strong>contração de polimerização; pela degra<strong>da</strong>ção química <strong>do</strong> adesivo na interface denterestauraçãoe pela diferença de proprie<strong>da</strong>des físicas entre a estrutura dental e omaterial restaura<strong>do</strong>r durante as variações térmicas e incidência de cargas oclusais.Moraes et al (1998) avaliaram a a<strong>da</strong>ptação marginal <strong>da</strong>s restauraçõesmetálicas classe II, verifican<strong>do</strong> a presença de excesso e falta de materialrestaura<strong>do</strong>r, assim como a presença de cáries primárias e recidivantes. Em ca<strong>da</strong>indivíduo foram feitas duas toma<strong>da</strong>s radiográficas de ca<strong>da</strong> la<strong>do</strong> pela técnica bitewing,sen<strong>do</strong> uma <strong>da</strong> região de pré-molares e outra de molares. Os resulta<strong>do</strong>smostram que <strong>do</strong> total de faces proximais restaura<strong>da</strong>s, encontraram 28,56% dedefeitos na a<strong>da</strong>ptação marginal <strong>da</strong>s restaurações. Do total de falhas, foramobserva<strong>da</strong>s 65% de excesso e 35% de falta de material restaura<strong>do</strong>r. Em relação à


35presença de cáries, 29,08% foram recidivantes associa<strong>da</strong>s às restaurações comdefeitos e 70,91% foram primárias nos dentes adjacentes. Pelos resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s,concluíram que os defeitos na a<strong>da</strong>ptaçäo marginal <strong>da</strong>s restaurações classe IIpossam ser responsáveis pela formaçäo <strong>da</strong>s cáries recidivantes, assim como pelascáries primárias.Guiral<strong>do</strong> et al (2007) avaliaram a a<strong>da</strong>ptação marginal de cavi<strong>da</strong>desrestaura<strong>da</strong>s com amálgama de prata Duralloy, em função de sistemas adesivos.Foram utiliza<strong>do</strong>s 40 incisivos bovinos, nos quais foram feitos preparos cavitáriospadroniza<strong>do</strong>s. Após realização <strong>do</strong>s preparos, os dentes foram separa<strong>do</strong>saleatoriamente em 4 grupos (n=10): 1- restauração com amálgama (controle). 2-condicionamento áci<strong>do</strong>, aplicação <strong>do</strong> adesivo Prime & Bond, 2.1 ativa<strong>do</strong>quimicamente e restauração com amálgama. 3- condicionamento áci<strong>do</strong>, aplicação<strong>do</strong> adesivo Single Bond e cimento resinoso Rely X e restauração com amálgama. 4-aplicação <strong>do</strong> cimento de ionômero de vidro Rely X Luting e restauração comamálgama. Os corpos-de-prova foram termocicla<strong>do</strong>s 500 vezes em banhos de águaa 5 e 55°C e depois secciona<strong>do</strong>s pelo meio <strong>da</strong> restauração de amálgama. As hemisecçõesforam cora<strong>da</strong>s com Caries Detector e a imagem digitaliza<strong>da</strong> com aumentode 6 vezes para observar a a<strong>da</strong>ptação marginal. As mensurações foram feitas noprograma Image Tool e os <strong>da</strong><strong>do</strong>s (em %) submeti<strong>do</strong>s a análise de variância e aoteste de Tukey (5%). Os resulta<strong>do</strong>s mostraram que a média <strong>do</strong> grupo 1 foi 81,71% ±2,68 com diferença estatística <strong>do</strong>s demais grupos (p


36restaurações não divergem <strong>da</strong> literatura sen<strong>do</strong> o fator estético o principal para asrestaurações de resina composta e a a<strong>da</strong>ptação deficiente para as de amálgama.2.5.4. Contato InterproximalAlém <strong>da</strong> estética, outro fator importante a ser considera<strong>do</strong> durante a confecçãode restaurações anteriores é o ponto de contato, que deverá ser restabeleci<strong>do</strong>. Aexistência de um adequa<strong>do</strong> ponto de contato é extremamente importante para aestabili<strong>da</strong>de <strong>do</strong> elemento dental e a saúde perio<strong>do</strong>ntal (TORRES et al., 2000; TAY etal., 2009).Anaute Netto et al (1997) avaliaram in vitro a rugosi<strong>da</strong>de superficial e o perfil derestaurações de amálgama obti<strong>da</strong>s com a reutilização de uma mesma matriz de açoinoxidável. Foram utiliza<strong>do</strong>s três tipos de limalhas com variação <strong>da</strong> pressão decondensação. A mesma matriz foi reutiliza<strong>da</strong> 15 vezes para ca<strong>da</strong> grupo testa<strong>do</strong>. Oaumento constante <strong>da</strong> rugosi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> primeira até a última utilização, assim como aalteração <strong>do</strong> perfil evidenciam a deformação progressiva <strong>da</strong> matriz, alteran<strong>do</strong>significantemente a lisura e o perfil deseja<strong>do</strong>s na face proximal. Os resulta<strong>do</strong>sobti<strong>do</strong>s mostram, portanto, que as matrizes de aço devem ser considera<strong>da</strong>smateriais descartáveis.Torres et al (2000) avaliaram a quali<strong>da</strong>de <strong>do</strong> contato proximal obti<strong>do</strong> após arealização de restaurações classe II em resina composta. Cavi<strong>da</strong>des proximaisforam prepara<strong>da</strong>s em 50 pré-molares hígi<strong>do</strong>s. To<strong>do</strong>s os dentes receberam o mesmotipo de matriz e cunha e foram dividi<strong>do</strong>s em cinco grupos de acor<strong>do</strong> com o material etécnica restaura<strong>do</strong>ra aplica<strong>da</strong>: A – Z100 por técnica incremental, B – Z100 + “pérola”de resina pré-polimeriza<strong>da</strong>, C – Definite, D – SONICSYS-inlays, E – liga deamálgama Permite (grupo controle). A quali<strong>da</strong>de <strong>do</strong> contato foi verifica<strong>da</strong> medin<strong>do</strong>se,através de um dinamômetro, a força necessária para um fio dental transpor ocontato. As medições foram realiza<strong>da</strong>s antes <strong>do</strong> preparo cavitário e após o término<strong>da</strong>s restaurações. Os testes t (Student), Levene, ANOVA e Tukey foram aplica<strong>do</strong>saos <strong>da</strong><strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s. Os resulta<strong>do</strong>s mostraram que nenhum <strong>do</strong>s materiais estéticostesta<strong>do</strong>s proporcionou contatos tão fortes quanto o amálgama. A resina Z100aplica<strong>da</strong> pela técnica incremental apresentou o pior desempenho, enquanto que as“pérolas” de resina e a resina condensável Definite mostraram-se mais favoráveisque a primeira. A utilização <strong>da</strong>s inlays pré-fabrica<strong>da</strong>s SONICSYS, cimenta<strong>da</strong>s nos


37preparos padroniza<strong>do</strong>s, mostrou-se a técnica mais favorável para a reprodução <strong>do</strong>scontatos interdentais.Neves (2002) avaliou a prevalência de contatos abertos em restauraçõesproximais de resina composta e amálgama executa<strong>do</strong>s por dentistas e estu<strong>da</strong>ntesde o<strong>do</strong>ntologia. Foram examina<strong>do</strong>s 200 pacientes adultos entre 20 e 80 anos dei<strong>da</strong>de (sen<strong>do</strong> 100 em consultórios particulares e 100 em facul<strong>da</strong>des). Dentespermanentes posteriores, pré-molares e molares de to<strong>do</strong>s os hemiarcos foramexamina<strong>do</strong>s. Para a avaliação <strong>do</strong>s contatos abertos, fez-se uso de fio dental semcera, e o contato era considera<strong>do</strong> aberto quan<strong>do</strong> não fosse encontra<strong>da</strong> resistênciacom o uso <strong>do</strong> mesmo. O total de contatos entre restaurações examina<strong>do</strong>s foi de 792,sen<strong>do</strong> 339 em consultórios particulares e 453 em facul<strong>da</strong>des. O total de contatosabertos encontra<strong>do</strong>s foi de 22, sen<strong>do</strong> 16 em consultórios particulares e 6 emfacul<strong>da</strong>des. Os contatos abertos mais encontra<strong>do</strong>s estavam localiza<strong>do</strong>s entre ossegun<strong>do</strong>s pré-molares e molares na maxila (36,36%) e entre o primeiro e o segun<strong>do</strong>molares na mandíbula (27,27%), estan<strong>do</strong> estes contatos abertos localiza<strong>do</strong>s entreamálgama e dente hígi<strong>do</strong> (p


38Mahler e Marantz (1980) avaliaram o comportamento clínico de restauraçõesde amálgama e afirmaram que entre to<strong>do</strong>s os tipos de falha, a fratura marginal foi amais prevalente. O tipo de liga mostrou ser o fator mais significante entre os fatoresque podem influenciar a incidência e a extensão <strong>da</strong> falha marginal. As ligas com altoteor de cobre mostraram uma alta redução de fratura marginal clínica.Lustosa Neto et al (2007) realizaram um levantamento <strong>da</strong>s características <strong>do</strong>sprocedimentos restaura<strong>do</strong>res diretos realiza<strong>do</strong>s pelas Equipes de Saúde <strong>da</strong> Bucal<strong>do</strong> Programa Saúde <strong>da</strong> d Família em Terezina, Piauí. Observaram que <strong>do</strong> total de2027 <strong>da</strong><strong>do</strong>s sobre os procedimentos restaura<strong>do</strong>res, 1527 (75,33%) foramrestaurações novas, 406 (20,03%) foram substituições, sen<strong>do</strong> 325 (16,03%) pelomesmo material e 81 (4%) por outro material, 94 (4,64%) foram devi<strong>do</strong> a outrosprocedimentos. As substituições utilizan<strong>do</strong> o mesmo material restaura<strong>do</strong>r tiveramcomo principal motivo a fratura <strong>da</strong> restauração.Sunnegardh-Gronberg et al (2009) investigaram a seleção de materiaisrestaura<strong>do</strong>res diretos e a longevi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s restaurações substituí<strong>da</strong>s em relação aoopera<strong>do</strong>r e as características <strong>do</strong> paciente. As substituições de restaurações diretasforam realiza<strong>da</strong>s durante duas semanas, compreenden<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s os dentistas dentro<strong>do</strong>s ambulatórios públicos de Saúde Bucal no Norte <strong>da</strong> Suécia. Observaram que 671restaurações foram realiza<strong>da</strong>s motiva<strong>da</strong>s pela presença de cárie primária e 1536foram substituí<strong>da</strong>s. A longevi<strong>da</strong>de média <strong>da</strong>s restaurações substituí<strong>da</strong>s deamálgama, resina composta e ionômero de vidro foram respectivamente 16, 6 e 11anos. Os pacientes com alto risco de cárie apresentaram menor longevi<strong>da</strong>de quan<strong>do</strong>compara<strong>do</strong> ao de baixo risco ou modera<strong>do</strong>. A cárie secundária como razão para afalhas em restaurações de resina composta ocorreu significativamente mais tarde <strong>do</strong>que a per<strong>da</strong> ou fratura. Concluíram que a resina composta foi o materialpre<strong>do</strong>minante na substituição <strong>da</strong>s restaurações. Os autores afirmaram que o risco decárie e a experiência <strong>do</strong> profissional influenciam na longevi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s restauraçõessubstituí<strong>da</strong>s.2.5.6. Alteração de CorA cavi<strong>da</strong>de bucal é submeti<strong>da</strong> a to<strong>do</strong> tipo de influência, carga mastigatória,hábitos parafuncionais, alterações térmicas e pigmentação. Muitos <strong>do</strong>s alimentosque ingerimos são naturais ou artificialmente pigmenta<strong>do</strong>s e, embora os atuais


39compósitos tenham lisura de superfície quase similar ao esmalte, sofrem a influênciade pigmentos que com o tempo alteram sua coloração inicial (SOUZA et al., 2006).Powers et al (1980) avaliaram in vitro a estabili<strong>da</strong>de de cor de sete compósitos:três convencionais (Concise, Fotofil, Profile), e quatro compóstios de micropartículas(Isopast, Phaseafill, Superfil, Silar). Três discos de ca<strong>da</strong> material foramconfecciona<strong>do</strong>s e leva<strong>do</strong>s ao forno a 37°C. Os discos foram expostos a condiçõesde envelhecimento por um total de 900 horas em uma câmara a temperatura de43ºC e 90 % de umi<strong>da</strong>de relativa. Uma superfície de ca<strong>da</strong> amostra foi sujeita aradiação de 2500 watts de luz UV. A estabili<strong>da</strong>de de cor <strong>do</strong>s setes materiaissubmeti<strong>do</strong>s ao processo de envelhecimento induzi<strong>do</strong> acelera<strong>do</strong> foi avalia<strong>da</strong> porespectrofotometria de reflexão na toma<strong>da</strong> de referências (antes <strong>do</strong> experimento), eapós a exposição de 300, 600 e 900 horas. Os autores relatam que durante o início<strong>do</strong> envelhecimento os materiais geralmente se tornavam escuros, mais cromáticos, emais opacos. Mu<strong>da</strong>nças na cor <strong>do</strong>s compósitos convencionais durante oenvelhecimento foram influencia<strong>da</strong>s pela erosão <strong>da</strong>s matrizes de resina e exposição<strong>da</strong>s partículas de carga. A estabili<strong>da</strong>de de cor <strong>do</strong>s compósitos de micropartículas,testa<strong>da</strong>s sob condições in vitro, foram melhores <strong>do</strong> que a <strong>do</strong>s compósitosconvencionais e pareceram não ser muito influencia<strong>do</strong>s pela erosão.Douglas e Craig (1982) observaram a probabili<strong>da</strong>de de um grande número defatores contribuírem para a alteração de cor <strong>da</strong>s resinas compostas em empregoclínico. A instabili<strong>da</strong>de química <strong>do</strong> sistema <strong>da</strong> resina pode levar a mu<strong>da</strong>nças de corendógenas, porém o manchamento pode ser potencializa<strong>do</strong> através <strong>da</strong>s condições<strong>da</strong> superfície <strong>do</strong> composto, constituin<strong>do</strong> a elas a aspereza ou composição químicasuperficial.Carvalho et al (2003) revisan<strong>do</strong> a literatura quanto à etiologia, conseqüências eprevenção sobre o manchamento <strong>da</strong>s restaurações de resina composta,obseravaram que o manchamento superficial <strong>da</strong>s resinas compostas estárelaciona<strong>do</strong> à penetração, através <strong>da</strong> superfície <strong>da</strong> restauração, de corantes comunsconti<strong>do</strong>s nos alimentos como café, chá, molho de soja, refrigerante à base de cola,vinho, uso de antiséptico bucal, tabaco, nicotina e impregnação por íons metálicos.2.6. Reparo <strong>da</strong>s Restaurações


40A substituição de restaurações é o procedimento mais comum na prática clínica,porém a completa remoção de uma restauração exibin<strong>do</strong> a menor imperfeição podeser considera<strong>da</strong> excessivamente agressiva, por ser um procedimento que apresentadesvantagens como o enfraquecimento <strong>do</strong> dente, desgaste <strong>da</strong> estrutura dentária einjúria ao teci<strong>do</strong> pulpar (MONDELLI et al., 1992; SUSIN, 1998; KOJIMA et al., 2007).O reparo de restaurações pode ser defini<strong>do</strong> como uma opção de <strong>tratamento</strong>,isto é, a remoção parcial <strong>do</strong> material existente e preparo de uma cavi<strong>da</strong>de noremanescente <strong>da</strong> restauração que foi avalia<strong>da</strong> como clinicamente aceitável paraposterior restauração, ao invés <strong>da</strong> troca completa, preservan<strong>do</strong> a estrutura dentáriae garantin<strong>do</strong> a longevi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> restauração num tempo clínico menor e com baixocusto (ARAÚJO et al., 1997; SUSIN, 1998; SILVEIRA, 2003; KOJIMA et al., 2007).Cipriano e Santos (1991) avaliaram o comportamento clínico de restauraçõesde amálgama repara<strong>da</strong>s, durante <strong>do</strong>is anos, e concluíram que reparos podem serconsidera<strong>do</strong>s procedimentos aceitáveis, com grande sucesso clínico.Mondelli et al (1992) indicaram procedimentos clínicos de repolimento e/oureparo com a finali<strong>da</strong>de de recuperar restaurações de amálgama extensas que seencontravam em função na cavi<strong>da</strong>de oral por muitos anos, e por conseqüência,apresentam degra<strong>da</strong>ções marginais, oxi<strong>da</strong>ção e/ou corrosão. Observaram também obom comportamento e desempenho clínico dessas restaurações ao longo <strong>do</strong> tempoe por prever ain<strong>da</strong> maior longevi<strong>da</strong>de, essas duas condutas operatórias evitam anecessi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> substituição dessas restaurações.Susin (1998) analisan<strong>do</strong> os motivos que levam à substituição de restauraçõesde amálgama, conclui que se faz necessária a manutenção <strong>da</strong>s restaurações emcondições satisfatórias, por maior tempo, antes de sua substituição. Observan<strong>do</strong> quemesmo deficiente, a restauração deve ser analisa<strong>da</strong> e considera<strong>da</strong> a possibili<strong>da</strong>dede se realizar a técnica <strong>do</strong> reparo antes <strong>da</strong> completa remoção. Este procedimento éaconselhável para reduzir custos e tempo clínico.A indicação <strong>do</strong>s reparos está relaciona<strong>da</strong> à presença de cáries secundárias,a<strong>da</strong>ptação marginal deficiente, alterações de aparência, corrosão e fraturaslocaliza<strong>da</strong>s nas restaurações (SILVEIRA, 2003; VELOSO et al., 2006). A seleção<strong>do</strong>s casos deve incluir rigoroso exame clínico e radiográfico. Fican<strong>do</strong> contraindica<strong>da</strong>sas situações em que se detectar fratura <strong>do</strong> corpo <strong>da</strong> restauração,exposição <strong>do</strong> material de base, diversas falhas numa mesma restauração, áreas de


41eleva<strong>da</strong> concentração de tensões e cáries recidivantes com evidências de infiltração(SUSIN, 1998).


PROPOSIÇÃO


433. PROPOSIÇÃOO propósito deste estu<strong>do</strong> foi identificar através <strong>da</strong> avaliação clínica <strong>do</strong>selementos dentais, os motivos <strong>da</strong> indicação <strong>do</strong> <strong>tratamento</strong> restaura<strong>do</strong>r: devi<strong>do</strong> àpresença de cárie primária, cárie secundária, fratura dentária ou restauraçõesdeficientes. Objetivou-se também identificar o material restaura<strong>do</strong>r mais susceptívela ocorrência de falhas e os tipos mais freqüentes.


MATERIAIS E MÉTODOS


454. MATERIAIS E MÉTODOS4.1. Universo e AmostraEste estu<strong>do</strong> foi realiza<strong>do</strong> em pacientes que procuraram atendimentorestaura<strong>do</strong>r nas Clínicas de Dentística I e II, <strong>do</strong> Curso de O<strong>do</strong>ntologia, <strong>da</strong>Universi<strong>da</strong>de Federal <strong>da</strong> Paraíba. A amostra foi constituí<strong>da</strong> por 50 pessoas, comi<strong>da</strong>de igual ou superior a 18 anos, não haven<strong>do</strong> pré-dileção por sexo, raça, elementodental, técnica restaura<strong>do</strong>ra, material e i<strong>da</strong>de <strong>da</strong> restauração. Como critério deinclusão, ficou defini<strong>do</strong> que to<strong>do</strong>s os componentes <strong>da</strong> amostra deveriam ter pelomenos um elemento dental presente com indicação de <strong>tratamento</strong> restaura<strong>do</strong>r.Os pacientes foram seleciona<strong>do</strong>s por conveniência, sen<strong>do</strong> informa<strong>do</strong>s sobre osobjetivos e benefícios deste estu<strong>do</strong>, autorizan<strong>do</strong> sua participação por meio <strong>da</strong>assinatura <strong>do</strong> Termo de Consentimento Livre e Esclareci<strong>do</strong> (Apêndice A).4.2. Questões ÉticasOs procedimentos para a realização desta pesquisa respeitaram as diretrizes enormas que regulamentam as pesquisas envolven<strong>do</strong> seres humanos, aprova<strong>da</strong>spela Resolução n° 196, de 10 de outubro de 1996, <strong>do</strong> Conselho Nacional de saúde.O trabalho foi submeti<strong>do</strong> ao Comitê de Ética <strong>do</strong> Hospital Universitário LauroWanderley sob protocolo CEP/HULW nº. 150/09, conforme Anexo A.4.3. Procedimentos <strong>da</strong> pesquisaApós a assinatura <strong>do</strong> Termo de Consentimento Livre e Esclareci<strong>do</strong>, a coleta de<strong>da</strong><strong>do</strong>s iniciou-se com o preenchimento <strong>da</strong> ficha clínica <strong>do</strong> paciente (Apêndice B),conten<strong>do</strong> perguntas padroniza<strong>da</strong>s sobre os seus <strong>da</strong><strong>do</strong>s de identificação, esta<strong>do</strong>geral, hábitos de higiene bucal e alimentar. Em segui<strong>da</strong> realizou-se a avaliaçãoatravés <strong>do</strong> exame clínico <strong>do</strong>s elementos dentais e <strong>da</strong>s restaurações presentes.


464.3.1. Exame Clínico <strong>do</strong>s dentes e restaurações <strong>do</strong> pacienteA avaliação <strong>do</strong>s pacientes foi realiza<strong>da</strong> por um único examina<strong>do</strong>r treina<strong>do</strong> comos critérios clínicos utiliza<strong>do</strong>s. Este treinamento foi realiza<strong>do</strong> no estu<strong>do</strong> pilotoaplica<strong>do</strong> em 5 pacientes, cujos <strong>da</strong><strong>do</strong>s não fizeram parte <strong>da</strong> amostra.Utilizou-se o IPV (índice de placa visível) para a aferição <strong>da</strong> condição dehigiene bucal apresenta<strong>da</strong> pelos pacientes.Antes <strong>do</strong> exame, os dentes foram submeti<strong>do</strong>s a uma profilaxia com pasta depedra pomes e água, associa<strong>da</strong> à escova de Robinson, secos em segui<strong>da</strong> com jatosde ar <strong>da</strong> seringa tríplice e observa<strong>do</strong>s com iluminação natural e <strong>da</strong> luz <strong>do</strong> refletor.O méto<strong>do</strong> de diagnóstico foi a avaliação clínica direta tátil-visual, com auxílio<strong>do</strong> espelho clínico e son<strong>da</strong> explora<strong>do</strong>ra n°5, com o objetivo de avaliar a presença decárie primária, cárie secundária, fratura dentária e restaurações defeituosas.As restaurações foram avalia<strong>da</strong>s, consideran<strong>do</strong> os critérios preconiza<strong>do</strong>s peloUSPHS (United States Public Health Service), o qual consiste em classificar asrestaurações em Alfa (satisfatórias), Bravo (aceitáveis) e Charlie (inaceitáveis), deacor<strong>do</strong> com os critérios avalia<strong>do</strong>s (PORTO NETO et al., 1991; SANTORO, 2004;PEREIRA et al., 2007). Esta classificação foi modifica<strong>da</strong> para este estu<strong>do</strong>, sen<strong>do</strong> asrestaurações classifica<strong>da</strong>s em ideal (0), aceitável (1) e inaceitável (2).Nesta avaliação observou-se: alteração de contorno (per<strong>da</strong> <strong>da</strong> formaanatômica), textura superficial, ponto de contato interproximal, fratura <strong>da</strong> restauraçãoou <strong>do</strong> dente, presença de cárie secundária e a<strong>da</strong>ptação marginal (excesso ou faltade material restaura<strong>do</strong>r). Ca<strong>da</strong> item foi classifica<strong>do</strong> nos seguintes escores: ideal (0),aceitável (1) e inaceitável (2), com exceção <strong>do</strong>s itens fratura e cárie secundária, quesó permitem duas classificações: ausente (0) e presente (1).o Critério 1: Textura SuperficialSe a superfície <strong>da</strong> restauração não apresentou uma sensação tátil derugosi<strong>da</strong>de durante avaliação com auxílio <strong>da</strong> son<strong>da</strong> explora<strong>do</strong>ra nº5, foi classifica<strong>da</strong>como ideal (0). Quan<strong>do</strong> se mostrou rugosa, mas não apresentou poros ou crateras,recebeu a classificação de aceitável (1). Nos casos em que a restauração


47apresentou sinais visíveis de poros e/ou cratera reten<strong>do</strong> a ponta <strong>da</strong> son<strong>da</strong>, recebeua classificação de inaceitável (2) como demonstra<strong>do</strong> na Figura 1.Figura 1 - Restauração em amálgama exibin<strong>do</strong> textura superficial inadequa<strong>da</strong> com apresença de crateras no centro <strong>da</strong> restauraçãoo Critério 2: Alteração de ContornoNa avaliação <strong>da</strong> presença ou ausência de alteração <strong>do</strong> contorno anatômico,considerou-se ideal (0), quan<strong>do</strong> o material restaura<strong>do</strong>r preenchia o preparo <strong>da</strong>cavi<strong>da</strong>de reconstruin<strong>do</strong> perfeitamente o formato anatômico <strong>do</strong> dente; aceitável (1)quan<strong>do</strong> existia mínima imperfeição na reconstrução <strong>da</strong> forma anatômica; einaceitável (2) quan<strong>do</strong> se observava alteração excessiva <strong>do</strong> contorno anatômicocomo demonstra<strong>do</strong> na Figura 2.Figura 2 - Anatomia <strong>do</strong> dente não reconstruí<strong>da</strong> de forma correta pela restauração de resinacomposta.


48o Critério 3: Contato InterproximalA avaliação <strong>do</strong> ponto de contato foi realiza<strong>da</strong> através <strong>do</strong> exame visual e comauxílio <strong>do</strong> fio dental, observan<strong>do</strong> se a sua forma e tamanho eram respeita<strong>do</strong>s.Quan<strong>do</strong> reproduzia corretamente a relação de contato interdental, considerava-seideal (0); quan<strong>do</strong> existia mínima modificação <strong>do</strong> tamanho ou forma desta relação,considerava-se aceitável (1); quan<strong>do</strong> havia falta de relação de contato entre osdentes ou reprodução incorreta desta relação na forma ou tamanho era considera<strong>da</strong>inaceitável (2), conforme pode ser visto na Figura 3.Figura 3 – Ausência de contato interproximal causan<strong>do</strong> impacção alimentaro Critério 4: A<strong>da</strong>ptação MarginalNa avaliação <strong>da</strong> a<strong>da</strong>ptação marginal, considerou-se ideal (0) quan<strong>do</strong> arestauração apresentava perfeita a<strong>da</strong>ptação às margens <strong>do</strong> preparo cavitário;aceitável (1) quan<strong>do</strong> existia a presença de mínima desa<strong>da</strong>ptação <strong>do</strong> materialrestaura<strong>do</strong>r às margens <strong>do</strong> preparo, apresentan<strong>do</strong> pequenos excessos ou falta dematerial passíveis de acabamento; e inaceitável (2) quan<strong>do</strong> apresentava falta dematerial restaura<strong>do</strong>r acentua<strong>da</strong> nas margens <strong>do</strong> preparo cavitário ou excessosgrosseiros, conforme identifica<strong>do</strong> na Figura 4.


49Figura 4 - Restauração em amálgama apresentan<strong>do</strong> a<strong>da</strong>ptação deficiente. Pode-se observar excessode material na face vestibular.o Critério 5: Fratura <strong>da</strong> RestauraçãoConsiderava-se fratura <strong>da</strong> restauração ausente (0) quan<strong>do</strong> o materialrestaura<strong>do</strong>r preenchia completamente o preparo <strong>da</strong> cavi<strong>da</strong>de e presente (1) quan<strong>do</strong>o material restaura<strong>do</strong>r apresentava-se fratura<strong>do</strong> parcial ou totalmente, conformeidentifica<strong>do</strong> nas Figuras 5 e 6.Figura 5 - Restauração classe II de amálgama em pré-molar exibin<strong>do</strong> fratura <strong>da</strong> suaporção proximal.


50Figura 6 - Restauração classe II de resina composta em pré-molar exibin<strong>do</strong> fratura <strong>da</strong>sua porção proximal.o Critério 6: Cárie SecundáriaFoi considera<strong>da</strong> cárie secundária presente (1) quan<strong>do</strong> existia solução decontinui<strong>da</strong>de associa<strong>da</strong> à alteração visual <strong>do</strong> teci<strong>do</strong> dentário adjacente àrestauração, conforme demonstra a Figura 7.Figura 7 - Restauração em resina composta apresentan<strong>do</strong> recidiva de cárie.


51o Critério 7: Alteração de CorObservou-se a descoloração marginal para as resinas compostas:Na avaliação <strong>da</strong> coloração, considerou-se ideal (0) quan<strong>do</strong> a cor <strong>da</strong>restauração estava em harmonia com a estrutura remanescente, aceitável (1)quan<strong>do</strong> estava ligeiramente adequa<strong>da</strong> com a estrutura remanescente e inaceitávelquan<strong>do</strong> estava em desarmonia com a estrutura remanescente (2), conforme a Figura8.Figura 8 – Restauração de resina composta em incisivo lateral superior, apresentan<strong>do</strong> alteração decoloração em desarmonia com a estrutura remanescente.Observou-se a per<strong>da</strong> de brilho para o amálgama de prata:Na avaliação <strong>da</strong> per<strong>da</strong> de brilho, considerou-se ideal (0) quan<strong>do</strong> a restauraçãoapresentava-se com a superfície brilhante, bastante refletiva; aceitável (1) quan<strong>do</strong>apresentava certo grau de escurecimento e inaceitável (2) quan<strong>do</strong> apresentavaalteração de textura e porosi<strong>da</strong>des, como mostra a Figura 9.


52Figura 9 – Restaurações de amálgama apresentan<strong>do</strong> per<strong>da</strong> de brilho e consequente escurecimento4.6. Avaliação EstatísticaTo<strong>do</strong>s os <strong>da</strong><strong>do</strong>s foram analisa<strong>do</strong>s através <strong>do</strong> Programa SPSS (StatisticalPackage for Social Science), versão 17.0. As variáveis foram caracteriza<strong>da</strong>s pormedi<strong>da</strong>s descritivas e a associação entre as mesmas foi avalia<strong>da</strong> pela utilização <strong>do</strong>teste qui-quadra<strong>do</strong>. Foi a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> o nível de significância de 5% para o teste.


RESULTADOS


545. RESULTADOS5.1 Caracterização <strong>da</strong> Amostra5.1.1. GêneroA amostra foi composta por 50 pacientes, deste total 41 (82%) era <strong>do</strong> gênerofeminino e 9 (18%) <strong>do</strong> gênero masculino.Tabela 1 - Freqüência e porcentagem <strong>do</strong> número de pacientes segun<strong>do</strong> o gêneroGênero N° pacientes %FEMININOMASCULINOTotal41 82,09 18,050 100,05.1.2. I<strong>da</strong>deA i<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s pacientes avalia<strong>do</strong>s variou de 18 a 71 anos, sen<strong>do</strong> a média dei<strong>da</strong>de <strong>da</strong> amostra equivalente a 39 anos.Tabela 2 - Média e i<strong>da</strong>de mais frequente <strong>do</strong>s pacientesIDADEMédia <strong>da</strong> i<strong>da</strong>de <strong>da</strong> amostra 39,00I<strong>da</strong>de mais freqüente 185. 1.3. Higiene BucalCom relação aos hábitos de higiene bucal, observou-se que a maioria <strong>da</strong>amostra afirmou escovar três vezes ao dia (58%) e mais de três vezes/dia (26%);enquanto os menores percentuais, uma vez/dia (2%) e duas vezes/dia (14%).


55Tabela 3 - Freqüência de escovação diária e o respectivo número de pacientes em porcentagemFreqüência deescovação diáriaN° de pacientes %UMA VEZ 1 2,0DUAS VEZES7 14,0TRÊS VEZES29 58,0MAIS QUE TRÊS13 26,0Total50 100,0Em relação ao uso <strong>do</strong> fio dental, 56% responderam que usavam diariamente,enquanto 44% <strong>do</strong>s pacientes não tinham o hábito de utilizá-lo.Tabela 4 - Avaliação <strong>do</strong>s pacientes que usavam o fio dentalUso de fio dental N° de pacientes %SIMNÃOTotal28 56,022 44,050 100,0Com relação ao flúor, 80% já fizeram aplicação durante consultas o<strong>do</strong>ntológicasanteriores, enquanto 20% relataram não ter utiliza<strong>do</strong>s o flúor em nenhuma formaterapêutica, a não ser apenas através <strong>do</strong> creme dental.Tabela 5 – Quanti<strong>da</strong>de de pacientes que receberam aplicação tópica de flúorAplicação de Flúor N° de pacientes %SIMNÃOTotal40 80,010 20,050 100,0


565.1.4. DietaAo investigar os hábitos alimentares, verificou-se valores iguais para o consumode dieta muito cariogênica e de cariogenici<strong>da</strong>de regular (40%), enquanto apenas20% apresentavam dieta adequa<strong>da</strong> (pouco cariogênica).Tabela 6 - Freqüência <strong>da</strong> dieta prevalente e o respectivo número de pacientes em porcentagemDieta N° pacientes %POUCOCARIOGÊNICA 10 20,0CARIOGENICIDADEREGULAR20 40,0MUITOCARIOGÊNICA 20 40,0Total50 100,05.1.5. Quanti<strong>da</strong>de de Placa Bacteriana VisívelObservan<strong>do</strong> a quanti<strong>da</strong>de de placa bacteriana presente, verificou-se que 27 <strong>do</strong>spesquisa<strong>do</strong>s (54%) apresentaram quanti<strong>da</strong>de regular de placa bacteriana; 12pacientes (24%) tinham pouca placa presente e 11 deles (22%) tinham muita placareti<strong>da</strong>.Tabela 7 - Freqüência de placa bacteriana e o respectivo número de pacientes em porcentagemQuanti<strong>da</strong>de de placa N° pacientes %POUCA12 24,0REGULAR27 54,0MUITA11 22,0Total50 100,0


575.2. Análise <strong>do</strong>s motivos para indicação <strong>do</strong> <strong>tratamento</strong> restaura<strong>do</strong>rForam avalia<strong>do</strong>s 1328 elementos dentais, <strong>do</strong>s quais n=145 (10,9%) foramindica<strong>do</strong>s realizar <strong>tratamento</strong> restaura<strong>do</strong>r. Os principais motivos para esta indicaçãodistribuí<strong>do</strong>s percentualmente foram: n=36 (2,71%) por apresentarem cárie primária;n=9 (0,68%) por fratura envolven<strong>do</strong> a estrutura dentária, sen<strong>do</strong> que 5 deles estavamrestaura<strong>do</strong>s com amálgama de prata e 4 com resina composta; n=85 (15,51%)porque tiveram as restaurações considera<strong>da</strong>s inaceitáveis e apenas n=15 (2,74%)porque apresentaram recidiva de cárie, sen<strong>do</strong> indica<strong>da</strong> a sua substituição.908070605040 363020100CáriePrimáriaFraturaDentária915CárieSecundária85RestauraçõesDeficientesFigura 10 - Distribuição <strong>do</strong>s principais motivos apresenta<strong>do</strong>s para a indicação <strong>do</strong> <strong>tratamento</strong>restaura<strong>do</strong>r5.3. Avaliação <strong>da</strong>s restaurações presentesForam avalia<strong>da</strong>s 548 restaurações, sen<strong>do</strong> 329 (60,03%) de amálgama de pratae 219 (39,97%) de resina composta, desse total 85 (15,51%) receberamclassificação inaceitável em pelo menos um <strong>do</strong>s critérios.


5821939,97%32960,03%N° TOTAL DE RESTAURAÇÕES DE AMÁLGAMAN° TOTAL DE RESTAURAÇÕES DE RESINA COMPOSTAFigura 11 – Número total de restaurações avalia<strong>da</strong>s clinicamente segun<strong>do</strong> o material restaura<strong>do</strong>rDo total de restaurações de amálgama avalia<strong>da</strong>s observou-se que 85 (25,83%)foram classifica<strong>da</strong>s como ideais, 200 (60,80%) como aceitáveis e 44 (13,37%) comoinaceitáveis. Enquanto 73 (33,33%) <strong>da</strong>s restaurações de resina compostaapresentaram-se como ideais, 105 (47,95%) como aceitáveis e 41 (18,72%) comoinaceitáveis.AmálgamaResina CompostaFigura 12 – Restaurações de amálgama e resina composta classifica<strong>da</strong>s segun<strong>do</strong> os escores ideal,aceitável e inaceitável.Os resulta<strong>do</strong>s <strong>da</strong> avaliação <strong>da</strong>s restaurações segun<strong>do</strong> ca<strong>da</strong> critérioisola<strong>da</strong>mente (textura superficial, contorno, a<strong>da</strong>ptação marginal e coloração) deacor<strong>do</strong> com o material restaura<strong>do</strong>r (amálgama de prata e resina composta)encontram-se descritos nas Figuras 13 e 14 de acor<strong>do</strong> com a classificação ideal,aceitável e inaceitável.


5980,0%76,0%78,1%75,7%70,0%60,0%58,1%50,0%40,0%35,3%30,0%20,0%18,8%16,7%20,1%10,0%6,7%5,2%5,2%4,3%0,0%Textura Superficial Contorno A<strong>da</strong>ptação Marginal Coloração (Brilho)IDEAL ACEITAVEL INACEITÁVELFigura 13 – Restaurações de amálgama avalia<strong>da</strong>s segun<strong>do</strong> os critérios textura superficial, contornoa<strong>da</strong>ptação marginal e coloração (per<strong>da</strong> de brilho)80,0%70,0%65,8%71,2%77,2%60,0%52,1%50,0%40,0%40,6%30,0%20,0%10,0%7,8%24,2%10,0%22,4%6,4%17,4%5,5%0,0%Textura Superficial Contorno A<strong>da</strong>ptação Marginal ColoraçãoIDEAL ACEITAVEL INACEITÁVELFigura 14 – Restaurações de resina composta avalia<strong>da</strong>s segun<strong>do</strong> os critérios textura superficial,contorno, a<strong>da</strong>ptação marginal e coloração.


60Associan<strong>do</strong> a cárie secundária e o tipo de material restaura<strong>do</strong>r, não seobservou evidências estatísticas de associação entre eles, para a resina compostap= 0,965 e para o amálgama p= 0,640, apesar de se observar que <strong>da</strong>s 548restaurações avalia<strong>da</strong>s, n=12 (5,48%) restaurações de resina tinham cárierecidivante, enquanto apenas n=3 (0,91%) de amálgama estavam caria<strong>da</strong>s.Tabela 8 - Distribuição conjunta <strong>da</strong> presença ou ausência de cárie secundária, respectivo número derestaurações e tipo de material restaura<strong>do</strong>rCárie SecundáriaSIM NÃO TOTALMaterialRestaura<strong>do</strong>rAmálgamaResinaTotalN°restaurações%N°restaurações%N°restaurações%30,91%125,48%152,74%32699,09%20794,52%53397,26%329100,0%219100,0%548100,0%Relacionan<strong>do</strong> o critério fratura <strong>da</strong> restauração ao tipo de material restaura<strong>do</strong>r,foi possível observar que <strong>da</strong>s 28 fraturas presentes nas restaurações, 13 ocorreramem amálgama e 15 em resina composta. Das 9 fraturas dentárias, 5 estavampresentes em dentes restaura<strong>do</strong>s com amálgama de prata e 4 nos restaura<strong>do</strong>s comresina composta (Figura 15).16141210864201315Fratura <strong>da</strong> Restauração 154Fratura DentáriaAMÁLGAMARESINA COMPOSTAFigura 15 – Associação entre o critério fratura e o tipo de material restaura<strong>do</strong>r


61Analisan<strong>do</strong> agora as 548 restaurações avalia<strong>da</strong>s, 165 (30,10%) apresentavamfaces proximais restaura<strong>da</strong>s, totalizan<strong>do</strong> um número de 255 faces proximais, porém46 (18,04%) faces proximais não apresentavam o elemento dental adjacente, sen<strong>do</strong>avalia<strong>do</strong>s, portanto, 209 pontos de contato interproximais, conforme a Figura 16. Doscontatos interproximais avalia<strong>do</strong>s 127 (60,76%) receberam classificação como ideal,56 (26,80%) aceitável e 26 (12,44%) inaceitável, como mostra a Figura 17.30025020015010050025546209N° DE FACES PROXIMAIS RESTAURADASN° DE FACES PROXIMAIS SEM O ELEMENTO DENTAL ADJACENTEN° DE FACES PROXIMAIS CONSIDERADASFigura 16 - Avaliação <strong>da</strong>s faces proximais restaura<strong>da</strong>s140120100806040200n=12760,76%n=5626,80% n=2612,44%Ponto de Contato 1 InterproximalIDEAL ACEITÁVEL INACEITÁVELFigura 17 – Restaurações avalia<strong>da</strong>s segun<strong>do</strong> o critério ponto de contato interproximal


62DISCUSSÃO


636. DiscussãoAnalisan<strong>do</strong> a amostra estu<strong>da</strong><strong>da</strong> em relação ao gênero (Tabela 1), o sexofeminino representou a maioria (82%) <strong>do</strong>s pesquisa<strong>do</strong>s. Em outros trabalhosrealiza<strong>do</strong>s em populações que procuraram atendimento o<strong>do</strong>ntológico em clínicas deinstituições de ensino, esta mesma característica prevaleceu, com a pre<strong>do</strong>minância<strong>do</strong> sexo feminino em relação ao masculino (CHAVEZ, 1998; GIL et al.,1999).Segun<strong>do</strong> explicação feita pela literatura este fato se justifica, pelos hábitospreventivos que são mais efetua<strong>do</strong>s pelas mulheres <strong>do</strong> que pelos homens. Acreditasetambém que a socie<strong>da</strong>de exerça maior pressão sobre as mulheres, fazen<strong>do</strong> comque se preocupem mais com a sua aparência e com os hábitos de higiene bucalquan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong> com os homens (ABEGG, 1997; BRASIL, 2004; LISBOA,ABEGG, 2006).Em relação à i<strong>da</strong>de (Tabela 2) foram avalia<strong>do</strong>s pacientes entre 18 e 71 anos,sen<strong>do</strong> que 18 anos foi a i<strong>da</strong>de mais frequente. A grande procura destes pacientespor <strong>tratamento</strong>, justifica-se pelo fato <strong>da</strong> cárie dentária ain<strong>da</strong> ser muito atuante nestafaixa de i<strong>da</strong>de, tenden<strong>do</strong> a diminuir à medi<strong>da</strong> que a i<strong>da</strong>de avança. Esta correlação éexplica<strong>da</strong> pelo aumento <strong>da</strong> responsabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s pessoas, melhoran<strong>do</strong>proporcionalmente os cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s dispensa<strong>do</strong>s com a saúde bucal (MJOR; DAHL,2000; BURKE et al., 2001).A análise <strong>do</strong>s <strong>da</strong><strong>do</strong>s referentes aos hábitos de higiene bucal (Tabela 3) revelouuma amostra bastante consciente quanto aos hábitos a serem cultiva<strong>do</strong>s, visto que58% <strong>do</strong>s pacientes afirmaram escovar os dentes três vezes ao dia. Outros estu<strong>do</strong>srealiza<strong>do</strong>s também revelam que a categoria “Três vezes ao dia” foi a mais comumcom: 53,9% (ABEGG, 2006) e 77,7% (FREIRE, et al., 2007), o que veio a corroborarcom o presente estu<strong>do</strong>. Trabalhos desenvolvi<strong>do</strong>s por Pinto et al (2008) e Abegg(1997) demonstraram a associação significativa <strong>da</strong> freqüência de escovação diáriacom o gênero, observan<strong>do</strong> que <strong>do</strong> total de entrevista<strong>do</strong>s 30% <strong>da</strong>s mulheresrelataram escovar os dentes três vezes ao dia. A alta freqüência de escovação diáriarelata<strong>da</strong> pelos pesquisa<strong>do</strong>s permite direcionar as estratégias para a forma como aescovação é realiza<strong>da</strong> e para a utilização de outros recursos de higiene além <strong>da</strong>escova, como o fio dental.


64Embora o uso <strong>do</strong> fio dental (Tabela 4) seja uma prática de higiene bucal maisrecente <strong>do</strong> que a escovação, 56% responderam que usavam este instrumentodiariamente, resulta<strong>do</strong> semelhante ao encontra<strong>do</strong> por Abegg (1997). Outrosmunicípios brasileiros revelaram freqüências mais baixas <strong>do</strong> que as <strong>do</strong> presenteestu<strong>do</strong>: 46,7% em São Paulo - SP (SANTOS et al., 1992), 36,3% em Porto Alegre -RS (TRENTIN e OPPERMANN, 2001) e 34,1% em Canoas - RS (LISBOA e ABEGG,2006). Em outros <strong>do</strong>is estu<strong>do</strong>s foi demonstra<strong>do</strong> que a dificul<strong>da</strong>de na utilização <strong>do</strong> fiodental é decorrente <strong>da</strong> habili<strong>da</strong>de requeri<strong>da</strong> pelo seu uso (SILVA, 1997; FLORES,DREHMER, 2003).Com relação ao flúor (Tabela 5), 80% <strong>do</strong>s avalia<strong>do</strong>s já fizeram aplicaçãodurante consultas o<strong>do</strong>ntológicas, enquanto que apenas 20% relataram ter feito usodesta substância apenas através <strong>do</strong> creme dental. Em estu<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong> porCangussu e Costa (1996), 65,5% <strong>do</strong>s pesquisa<strong>do</strong>s afirmaram já terem si<strong>do</strong>submeti<strong>do</strong>s ao uso tópico de flúor nos últimos 2 anos, sen<strong>do</strong> que 5,3% participaramde programas preventivos e 60,2% fizeram uso clínico em consultório o<strong>do</strong>ntológico.Estes valores mostram que os dentistas estão mais cui<strong>da</strong><strong>do</strong>sos quantos a instituiçãode medi<strong>da</strong>s preventivas para seus pacientes.Ao investigar os hábitos alimentares (Tabela 6), os pacientes relataram valoresiguais para o consumo de dieta muito cariogênica e de cariogenici<strong>da</strong>de regular(40%), enquanto que apenas (20%) apresentavam dieta pouco cariogênica. Apesar<strong>da</strong> maioria <strong>do</strong>s trabalhos cita<strong>do</strong>s na literatura relatarem correlação direta entre cáriedentária e dieta, Santoro, 2004, não evidenciou este fato. Sabe-se também que opotencial cariogênico <strong>do</strong>s carboidratos está diretamente relaciona<strong>do</strong> com suafreqüência de consumo, a quanti<strong>da</strong>de ingeri<strong>da</strong> e o seu grau de aderência nasestruturas dentais (PINTO, 2000; THYLSTRUP; FEJERSKOV, 1995).A associação <strong>da</strong> cárie dentária com a quanti<strong>da</strong>de de placa bacteriana (Tabela7) também é conheci<strong>da</strong> como intrinsecamente relaciona<strong>da</strong>s. Foi observa<strong>do</strong> quemesmo apresentan<strong>do</strong> uma freqüência de escovação satisfatória, 54% <strong>do</strong>spesquisa<strong>do</strong>s (n=27), apresentaram quanti<strong>da</strong>de regular de placa bacteriana. Esteresulta<strong>do</strong> alerta sobre a necessi<strong>da</strong>de de remoção correta <strong>do</strong> biofilme, pois aelevação <strong>do</strong> índice de placa bacteriana está diretamente liga<strong>da</strong> à escovaçãodeficiente, sen<strong>do</strong> a motivação e a orientação <strong>da</strong> técnica adequa<strong>da</strong> por parte <strong>do</strong>profissional e a conscientização <strong>do</strong> paciente, de fun<strong>da</strong>mental importância para a


65redução de placa e manutenção <strong>da</strong> saúde bucal (MARTINS et al., 2003; SILVA etal., 2005).A a<strong>do</strong>ção <strong>da</strong> inspeção visual como méto<strong>do</strong> de diagnóstico de cárie tem opropósito de determinar com maior fidedigni<strong>da</strong>de a presença <strong>da</strong> <strong>do</strong>ença, a extensão<strong>da</strong>s estruturas dentais comprometi<strong>da</strong>s, permitin<strong>do</strong> a melhor escolha de <strong>tratamento</strong>. Éimportante também determinar a presença <strong>do</strong>s fatores que possam favorecer oestabelecimento e a progressão <strong>da</strong>s lesões (THYLSTRUP E FEJERSKOV, 1995).Os <strong>da</strong><strong>do</strong>s referentes aos motivos que levaram a indicação <strong>do</strong> <strong>tratamento</strong>restaura<strong>do</strong>r na amostra (Figura 9) revelam que a presença de restauraçõesinaceitáveis foi a mais cita<strong>da</strong> (15,51%), segui<strong>da</strong> <strong>da</strong> presença de cárie (3,84%) e <strong>da</strong>fratura dentária (0,68%). Pedrini et al (2009) mostraram que tanto em restauraçõesde amálgama quanto de resina composta mais de 50% <strong>da</strong>s restaurações realiza<strong>da</strong>ssubstituíam as insatisfatórias, resulta<strong>do</strong>s também evidencia<strong>do</strong>s por Frost (2002) eBraga et al (2007). Infelizmente este estu<strong>do</strong> demonstra que as falhas nasrestaurações continuam a ser um grave problema na prática clínica, visto que grandeparte <strong>do</strong> tempo <strong>do</strong>s dentistas está sen<strong>do</strong> gasto em fazer e refazer restaurações, semcontar com o prejuízo causa<strong>do</strong> para as estruturas dentárias visto que to<strong>da</strong> vez queuma restauração é refeita, amplia-se o comprometimento <strong>da</strong>s estruturas envolvi<strong>da</strong>s(JOKSTAD et. al., 2001; MANHART et. al., 2004; SANTORO, 2004; CALDASJÚNIOR, 2006; SILVA, 2006; CENCI, 2008).A manutenção <strong>da</strong>s restaurações depende, entre outros fatores, <strong>do</strong>s critériosutiliza<strong>do</strong>s no diagnóstico <strong>da</strong>s falhas, os quais irão determinar a necessi<strong>da</strong>de desubstituição ou reparos. Muitas tentativas vêm sen<strong>do</strong> realiza<strong>da</strong>s com a finali<strong>da</strong>de deestabelecer a padronização desses critérios, objetivan<strong>do</strong> encontrar méto<strong>do</strong>s maisacura<strong>do</strong>s para o julgamento clínico <strong>da</strong>s restaurações (CHADWICK et al., 2001;JOKSTAD et al., 2001; FERNANDES E FERREIRA, 2004; GUERRA, 2007).To<strong>da</strong>via, a quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s restaurações ain<strong>da</strong> está sen<strong>do</strong> basea<strong>da</strong> em parâmetrossubjetivos e difíceis de serem defini<strong>do</strong>s, fican<strong>do</strong> submeti<strong>da</strong>s aos critérios individuaisde ca<strong>da</strong> profissional (SANTORO, 2004; FERNANDES E FERREIRA, 2005).Neste estu<strong>do</strong>, as restaurações eram classifica<strong>da</strong>s em: ideal, aceitável ouinaceitável. Esta classificação direcionava o pesquisa<strong>do</strong>r para o <strong>tratamento</strong> proposto,uma vez que, para restaurações considera<strong>da</strong>s inaceitáveis, o plano de <strong>tratamento</strong>era a sua substituição; enquanto que para as aceitáveis indicava-se o seu reparo.To<strong>da</strong>s as restaurações foram avalia<strong>da</strong>s observan<strong>do</strong>: a<strong>da</strong>ptação marginal, textura


66superficial, cor, ponto de contato interproximal, alteração de contorno, cáriesecundária e fratura <strong>da</strong> restauração e/ou <strong>do</strong> elemento dental, os quais são os maiscita<strong>do</strong>s na literatura (MARCHINI et al., 1999; TOZETTO et al., 2005; MJÕR, 2006).Ain<strong>da</strong> na figura 9 é possível observar que a cárie dentária continua sen<strong>do</strong>considera<strong>da</strong> um <strong>do</strong>s principais motivos para o procedimento restaura<strong>do</strong>r, enquantoque as fraturas dentárias representam um percentual mínimo neste cenário. Dos1328 dentes avalia<strong>do</strong>s, n=51 (3,84%) estavam caria<strong>do</strong>s, sen<strong>do</strong> que em n=36 deles acárie era primária e em n= 15 era recidivante. Observa-se que os valorespercentuais <strong>da</strong> presença de lesões de cárie com maior envolvimento de estruturasdentais (dentina) mostra que a <strong>do</strong>ença está sen<strong>do</strong> melhor controla<strong>da</strong>, istoprovavelmente devi<strong>do</strong> a ênfase de medi<strong>da</strong>s preventivas instituí<strong>da</strong>s pelosprofissionais e cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s dispensa<strong>do</strong>s pelos pacientes. Percebe-se a grandeimportância <strong>da</strong> prevenção, a qual é considera<strong>da</strong> a maneira mais econômica e eficazde se evitar o aparecimento e desenvolvimento <strong>da</strong> <strong>do</strong>ença e não somenteprocedimentos reconstrutivos realiza<strong>do</strong>s isola<strong>da</strong>mente (SANTOS et al., 2003; SILVAet al., 2005).Através <strong>da</strong> figura 10, vê-se que apesar <strong>da</strong> amostra ser constituí<strong>da</strong> na suamaior parte por pacientes jovens (18 anos) os quais valorizam mais a estética, amaioria <strong>da</strong>s restaurações era confecciona<strong>da</strong> em amálgama de prata (60,03%)quan<strong>do</strong> compara<strong>da</strong> ao número de resina composta (39,97%).Na figura 11 observa-se que mesmo diante de um maior número derestaurações confecciona<strong>da</strong>s com amálgama de prata em relação com a resinacomposta, ocorreu uma menor quanti<strong>da</strong>de de restaurações considera<strong>da</strong>sinaceitáveis. Outro <strong>da</strong><strong>do</strong> importante, diz respeito ao número de restauraçõesaceitáveis, as quais são indica<strong>da</strong>s para reparo. Este fato talvez justifique a maiorpreferência por este material apesar <strong>da</strong> sua limitação estética, visto que além defalhar menos, são mais passíveis de reparo.Em casos de textura superficial aceitável o <strong>tratamento</strong> mais indica<strong>do</strong> é orepolimento dessas restaurações, evitan<strong>do</strong> a substituição desnecessária,preservan<strong>do</strong> a estrutura dentária e garantin<strong>do</strong> a longevi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> restauração numtempo clínico menor e com baixo custo (ARAÚJO et al., 1997; SUSIN, 1998;SILVEIRA, 2003; VELOSO et al., 2006; KOJIMA et al., 2007). Mondelli et al (1992)indicam procedimentos clínicos de repolimento e/ou reparo com a finali<strong>da</strong>de derecuperar restaurações de amálgama extensas que se encontravam em função na


67cavi<strong>da</strong>de oral por muitos anos, e que por conseqüência apresentaram alteraçõessuperficiais. A manutenção <strong>da</strong>s restaurações funcionais, tais como reparo,recontorno e repolimento, é filosofia altamente estimula<strong>da</strong> tanto na prática públicaquanto na priva<strong>da</strong>, pois tais procedimentos são extremamente rápi<strong>do</strong>s, econômicose motiva<strong>do</strong>res para o paciente (NETO LUSTOSA; JUNIOR PRADO, 2006).Quanto as principais falhas investiga<strong>da</strong>s nas restaurações de amálgama,observa-se (Figura 12) que apesar <strong>da</strong> textura superficial apresentar a maiorquanti<strong>da</strong>de de restaurações inaceitáveis (6,7%) neste aspecto e por conseqüênciaser indica<strong>da</strong> a sua substituição, também foi a mais passível de reparo (58,1%). Esteresulta<strong>do</strong> se contrapõe ao encontra<strong>do</strong> por Dubinski et al (2005), no qual o aspectosuperficial foi o que menos influenciou na necessi<strong>da</strong>de de substituição <strong>da</strong>srestaurações de amálgama de prata. Nas restaurações a serem substituí<strong>da</strong>s porfalha de a<strong>da</strong>ptação marginal e alteração de contorno foram encontra<strong>do</strong>s valoressemelhantes (5,2%) ao aspecto anterior. Santoro (2004) observou que osobrecontorno <strong>da</strong>s restaurações de amálgama foi a falha mais prevalente e motivode substituição <strong>da</strong>s mesmas. A textura superficial <strong>da</strong> restauração interfere de formadireta na sua longevi<strong>da</strong>de, condicionan<strong>do</strong> melhor comportamento clínico em relaçãoà integri<strong>da</strong>de marginal (PORTO NETO et al., 1991; ACCIARI et al., 1998; NAGEMFILHO et al., 2003). É importante que o profissional escolha um material de boaprocedência, com proprie<strong>da</strong>des melhora<strong>da</strong>s e realize sua manipulação segun<strong>do</strong> asespecificações <strong>do</strong> fabricante e seguin<strong>do</strong> um correto protocolo clínico. São vários osfatores responsáveis pelo insucesso de restaurações de amálgama e passíveis decontrole <strong>do</strong> cirurgião-dentista: negligência no preparo cavitário, uso inadequa<strong>do</strong> <strong>do</strong>material, falhas de a<strong>da</strong>ptação <strong>da</strong> matriz e a não realização de um acabamento epolimento final (JOKSTAD et al., 2001).Em relação à resina composta (Figura 13) o critério inaceitável mais freqüentee responsável pela substituição dessas restaurações foi a alteração de contorno(10%), corroboran<strong>do</strong> com os estu<strong>do</strong>s realiza<strong>do</strong>s por Marchini et al (1999) e Manhartet al (2004), que ao avaliarem restaurações de resina composta observaram que aper<strong>da</strong> <strong>da</strong> forma anatômica foi um <strong>do</strong>s motivos mais prevalentes de falhas nessasrestaurações. Entretanto, no estu<strong>do</strong> de Dubinski et al (2005) o contorno e aanatomia deficiente tornaram desnecessária a troca de restaurações de resinacomposta. A textura superficial e a a<strong>da</strong>ptação marginal podem ser melhorcontrola<strong>da</strong>s pelo profissional com o seu repolimento e controle <strong>da</strong> contração de


68polimerização (CONCEIÇÃO et al., 2000). Mais uma vez é enfatiza<strong>do</strong> o valor de umasuperfície bem poli<strong>da</strong>, a qual favorece a a<strong>da</strong>ptação <strong>da</strong>s margens e impede apenetração de flui<strong>do</strong>s que podem promover alteração de cor <strong>da</strong>s restaurações(DOUGLAS E CRAIG, 1982; CARVALHO et al., 2003). A estabili<strong>da</strong>de de cor <strong>da</strong>resina sofre interferência de vários fatores como: aumento <strong>da</strong> porosi<strong>da</strong>de superficial,polimerização inadequa<strong>da</strong>, sorção de água, entre tantos outros, facilitan<strong>do</strong> apenetração <strong>do</strong>s corantes presentes nos alimentos, <strong>do</strong>s resíduos <strong>do</strong> tabagismo, bemcomo propician<strong>do</strong> o acúmulo de placa bacteriana, que, por sua vez, acelera adegra<strong>da</strong>ção superficial desse material (POWERS et al., 1980; DOUGLAS E CRAIG,1982; DOMINGUES et al., 2001; MEDEIROS; NASCIMENTO, 2002; SOUZA et al.,2006). É sabi<strong>do</strong> que o desempenho clínico deste material é resulta<strong>do</strong> muito mais <strong>do</strong>esmero profissional na observância <strong>do</strong>s procedimentos reconstrutivos e <strong>do</strong> protocoloclínico <strong>do</strong> que dependente <strong>da</strong>s suas proprie<strong>da</strong>des (PEDRINI et al., 2009).Em relação à cárie secundária (Tabela 8) os <strong>da</strong><strong>do</strong>s mostraram que 97,26% <strong>da</strong>srestaurações não apresentavam este tipo de patologia recorrente, enquanto 2,74%possuíam recidiva de cárie, sen<strong>do</strong> classifica<strong>da</strong>s estas restaurações comoinaceitáveis, ten<strong>do</strong> valores semelhantes encontra<strong>do</strong>s por Marchini et al (1999). Dototal de restaurações que apresentavam cárie secundária 3 (0,91%) eram emamálgama e 12 (5,48%) em resina composta, porém os resulta<strong>do</strong>s nãodemonstraram evidências estatísticas entre a associação cárie secundária e tipo dematerial restaura<strong>do</strong>r (para amálgama p= 0,640; para resina composta p= 0,965), issoprovavelmente devi<strong>do</strong> ao pequeno número <strong>da</strong> amostra. Em contraposição, Bernar<strong>do</strong>et al (2007) revelaram que o risco de cárie secundária foi 3,5 vezes maior emrestaurações com resina composta quan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong> ao amálgama de prata.Kovarik (2009) deixou claro, que grande parte <strong>do</strong> fracasso <strong>do</strong>s compósitos emdentes posteriores está relaciona<strong>do</strong> diretamente a presença de cáries recorrentes,fato que pode influenciar a sobrevivência em longo prazo <strong>da</strong>s restaurações. JáBurke et al (2001) relataram que a principal razão para a substituição derestaurações foi a presença de cáries secundárias em restaurações de amálgama,demonstran<strong>do</strong> evidências estatísticas (p


69Na figura 14, a ocorrência de fratura <strong>da</strong>s restaurações, acometeu apenas n=28 (5,1%) <strong>da</strong>s 548 restaurações avalia<strong>da</strong>s, desse total n=13 em amálgama e n=15em resina composta, demonstran<strong>do</strong> uma baixa freqüência deste critério. NetoLustosa et al (2007) relataram em seu estu<strong>do</strong> que a substituição de restauraçõesutilizan<strong>do</strong> o mesmo material restaura<strong>do</strong>r teve como motivo principal a fratura <strong>da</strong>restauração (50,30%). Ain<strong>da</strong> nesta figura, com relação a fratura dentária, vê-se que<strong>do</strong> total de dentes analisa<strong>do</strong>s (n=1328), apenas 9 (0,68%) estavam fratura<strong>do</strong>s,sen<strong>do</strong> 5 em dentes restaura<strong>do</strong>s com amálgama de prata e 4 em resina composta. Afratura dental é um problema com o qual os profissionais se deparamfreqüentemente na prática clínica, e sem dúvi<strong>da</strong> um <strong>do</strong>s motivos para o <strong>tratamento</strong>restaura<strong>do</strong>r ou substituição de restaurações já existentes (MONDELLI et al., 1980;MURRER, 1997; ALONSO, 2007). Quan<strong>do</strong> se considera o preparo cavitário, asubstituição de restaurações de resina composta e amálgama leva à per<strong>da</strong> deestrutura dentária haven<strong>do</strong> um aumento progressivo <strong>da</strong> cavi<strong>da</strong>de e uma diminuição<strong>da</strong> resistência <strong>do</strong>s dentes à fratura (D’ ALPINO, 2000; MINTO et al., 2002;MONDELLI et al., 2007). Com a contínua troca de restaurações tem-se oaprofun<strong>da</strong>mento <strong>da</strong> cavi<strong>da</strong>de e também aumento <strong>da</strong> sua largura. Em dentesposteriores, a substituição leva à progressiva remoção de estrutura dentária <strong>da</strong>cúspide, aumentan<strong>do</strong> sua flexibili<strong>da</strong>de e a possibili<strong>da</strong>de de fratura (PEDRINI et al.,2009).No tocante a análise <strong>do</strong>s pontos de contatos interproximais, foramconsidera<strong>da</strong>s 209 faces proximais restaura<strong>da</strong>s, e desse total n=127 (60,76%)receberam classificação como ideal, n=56 (26,80%) aceitável e n=26 (12,44%)inaceitável, caracterizan<strong>do</strong> a ausência de contato com o dente adjacente ou ocontato impedin<strong>do</strong> a passagem <strong>do</strong> fio dental de maneira passiva. Nem mesmo osmais experientes ficam imunes de cometer tal falha, Neves (2002) observou que oscirurgiões-dentistas realizaram mais restaurações sem contato proximal quan<strong>do</strong>compara<strong>do</strong>s aos estu<strong>da</strong>ntes de facul<strong>da</strong>des de O<strong>do</strong>ntologia. Relatou ain<strong>da</strong> queexistem falhas técnicas, operacionais e materiais na execução de restauraçõesproximais posteriores, tanto em facul<strong>da</strong>des como em consultórios particulares.Diante <strong>do</strong> exposto, entende-se que a alta proporção de restaurações quenecessita de substituição desperta a necessi<strong>da</strong>de de se questionar os fatoresrelaciona<strong>do</strong>s ao opera<strong>do</strong>r, material restaura<strong>do</strong>r e paciente, procuran<strong>do</strong> analisar osmotivos reais <strong>da</strong>s falhas <strong>da</strong>s restaurações dentárias na prática o<strong>do</strong>ntológica, para


70que possam ser reduzi<strong>da</strong>s ou preveni<strong>da</strong>s. Embora os fabricantes venhamaperfeiçoan<strong>do</strong> os materiais restaura<strong>do</strong>res, nenhum deles apresenta ain<strong>da</strong> condiçõesde substituir com perfeição a estrutura dentária perdi<strong>da</strong>. Portanto, o profissionaldeverá fazer o possível para aumentar a longevi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s restaurações dentárias. Éimportante planejar corretamente o preparo cavitário, indicar e manipularadequa<strong>da</strong>mente o material restaura<strong>do</strong>r e realizar os procedimentos operatórios,dentro <strong>do</strong>s princípios biomecânicos cientificamente estabeleci<strong>do</strong>s, sem esquecer deincentivar o paciente quanto às medi<strong>da</strong>s preventivas para a manutenção <strong>do</strong><strong>tratamento</strong> restaura<strong>do</strong>r (SANTORO, 2004; PEREIRA et. al., 2007; PEDRINI et al.,2009).


71CONCLUSÃO


727. CONCLUSÃOAtravés <strong>da</strong> análise <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s é possível concluir:1. Apesar <strong>do</strong> conhecimento atual <strong>do</strong>s fatores determinantes e modifica<strong>do</strong>res <strong>da</strong>cárie dental e estágio de desenvolvimento <strong>do</strong>s materiais o<strong>do</strong>ntológicos, asubstituição de restaurações insatisfatórias continua sen<strong>do</strong> o principal motivo<strong>da</strong> realização de procedimentos restaura<strong>do</strong>res.2. O amálgama de prata foi o material restaura<strong>do</strong>r que apresentou melhordesempenho clínico quan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong> a resina composta, sen<strong>do</strong> menossensível às variações <strong>da</strong> técnica profissional e às adversi<strong>da</strong>des <strong>do</strong> meiobucal.3. A falha mais comumente encontra<strong>da</strong> nas restaurações de amálgama foi atextura superficial deficiente, sen<strong>do</strong> mais dependente <strong>da</strong>s proprie<strong>da</strong>des <strong>do</strong>material que <strong>do</strong> opera<strong>do</strong>r.4. A falha mais comumente encontra<strong>da</strong> nas restaurações de resina composta foio contorno anatômico deficiente, sen<strong>do</strong> mais dependente <strong>da</strong> habili<strong>da</strong>deprofissional <strong>do</strong> que <strong>da</strong>s proprie<strong>da</strong>des <strong>do</strong> material.5. O profissional deve realizar um <strong>tratamento</strong> de manutenção <strong>da</strong>s restauraçõespara possibilitar uma maior longevi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s mesmas.6. É importante que os profissionais tenham um senso de conserva<strong>do</strong>rismo <strong>da</strong>sestruturas dentais, procuran<strong>do</strong> sempre reparar pequenas falhas <strong>da</strong>srestaurações, em detrimento <strong>da</strong> substituição desnecessária.


REFERÊNCIASERÊNCIAS


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APÊNDICES


86APÊNDICE A - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDOUNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBATítulo <strong>do</strong> projeto: Avaliação clínica <strong>da</strong> indicação <strong>do</strong> <strong>tratamento</strong> restaura<strong>do</strong>rPesquisa<strong>do</strong>ra Responsável: Maria Germana Galvão Correa LimaPREZADO (A) SENHOR (A),TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDOEsta pesquisa intitula-se “Avaliação clínica <strong>da</strong> indicação <strong>do</strong> <strong>tratamento</strong> restaura<strong>do</strong>r” e está sen<strong>do</strong>desenvolvi<strong>da</strong> por Helga Bezerra Dantas, aluna <strong>do</strong> curso de O<strong>do</strong>ntologia <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de Federal <strong>da</strong>Paraíba, sob orientação <strong>da</strong> pesquisa<strong>do</strong>ra Prof a . Dra. Maria Germana Galvão Correia Lima, quepretende analisar as indicações <strong>do</strong> <strong>tratamento</strong> restaura<strong>do</strong>r, através <strong>da</strong> avaliação clínica em relação apresença de cárie primária, cárie secundária, fratura dentária e restaurações deficientes de amálgamade prata e resina composta, verifican<strong>do</strong> as falhas mais freqüentes como ausência de integri<strong>da</strong>demarginal, ausência de contato interproximal, condição <strong>da</strong> superfície oclusal <strong>da</strong>s restaurações,presença de fratura <strong>da</strong> restauração e falta de contorno, levan<strong>do</strong>-se em consideração fatores liga<strong>do</strong>sao paciente como a dieta, higiene bucal, índice de placa bacteriana, freqüência de escovação e uso<strong>do</strong> fio dental, em pacientes atendi<strong>do</strong>s nas clínicas de Dentística <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de Federal <strong>da</strong> Paraíba.Esta pesquisa não oferece riscos, nem qualquer tipo de discriminação <strong>do</strong>s participantes <strong>do</strong> estu<strong>do</strong>.Informamos que a sua participação é voluntária e que não será prejudica<strong>do</strong> de forma nenhuma casonão queira participar <strong>do</strong> estu<strong>do</strong>, sen<strong>do</strong> também garanti<strong>do</strong> ao participante o direito de desistir <strong>da</strong>pesquisa, em qualquer momento, sem que essa decisão o prejudique. To<strong>da</strong>s as informações obti<strong>da</strong>sem relação a esse estu<strong>do</strong> permanecerão em sigilo, asseguran<strong>do</strong> proteção de sua imagem erespeitan<strong>do</strong> valores morais, culturais, religiosos, sociais e éticos. Os resulta<strong>do</strong>s dessa pesquisapoderão ser apresenta<strong>do</strong>s em congressos ou publicações científicas, porém sua identi<strong>da</strong>de não serádivulga<strong>da</strong> nestas apresentações, nem serão utiliza<strong>da</strong>s quaisquer imagens ou informações quepermitam a sua identificação. Esperan<strong>do</strong> contar com o seu apoio, desde já agradecemos a suacolaboração.Caso necessite de maiores informações sobre o presente estu<strong>do</strong>, favor ligar para apesquisa<strong>do</strong>ra responsável Maria Germana Galvão Correia Lima. Telefone: (83) 8874-3414.E-mail: germanagalvao@gmail.com.AUTORIZAÇÃOApós ter si<strong>do</strong> informa<strong>do</strong> sobre a finali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> pesquisa “Avaliação clínica <strong>do</strong> <strong>tratamento</strong>restaura<strong>do</strong>r em pacientes adultos”, AUTORIZO a realização <strong>da</strong> mesma.João Pessoa, _____ de _________________ de 2009.__________________________________Assinatura <strong>do</strong> voluntário <strong>da</strong> pesquisa________________________________Assinatura <strong>do</strong> pesquisa<strong>do</strong>rImpressão Datiloscópica


87APÊNDICE B - FICHA CLÍNICAUNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBACENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDEDEPARTAMENTO DE CLÍNICA E ODONTOLOGIA SOCIALPROJETO DE PESQUISA - FICHA CLÍNICA“AVALIAÇÃO CLÍNICA DA INDICAÇÃO DO TRATAMENTO RESTAURADOR”1. Da<strong>do</strong>s PessoaisNome: ______________________________________Sexo:___ I<strong>da</strong>de:____________Naturali<strong>da</strong>de:_______________End:_________________________________CEP:_______ Fone:________ Ocupação:_________ Grau de escolari<strong>da</strong>de:__________2. Anamnese2.1. Queixa principal: ______________________________________________2.2. Doenças contraí<strong>da</strong>s no passa<strong>do</strong>: _________________________________2.3. História médica atual: __________________________________________2.4. Está toman<strong>do</strong> os seguintes medicamentos: _________________________2.5. Consome: ( ) fumo ( ) álcool ( ) drogas3. Cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s Bucais3.1. Visita o seu dentista: ( ) nunca ( )até 6 meses ( ) 7-12meses ( ) > 1 ano3.2.Quantas vezes escova os dentes/dia: ( ) 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) +de 33.3.Usa fio ou fita dental? ( ) sim ( ) não3.4. Aplicação tópica de flúor? ( ) não ( ) sim Forma de emprego: ___________4. Análise <strong>da</strong> Dieta:( ) Pouco cariogênica: consumo de alimentos cariogênicos esporádico durante as refeições.( ) Cariogenici<strong>da</strong>de regular: consumo de alimentos cariogênicos esporadicamente nos intervalos <strong>da</strong>srefeições.( ) muito cariogênica: consumo freqüente durante as refeições e/ou também nos seus intervalos.5. Exame intra-oral:5.1.Mucosa Oral: ( ) mucosa bem lubrifica<strong>da</strong> ( ) mucosa seca5.2.Quanti<strong>da</strong>de de placa presente: ( ) Pouca ( ) Regular ( ) muita6. Experiência passa<strong>da</strong> e atual de cárie (CPO-S Inova<strong>do</strong> Modifica<strong>do</strong>)SUPERFÍCIE 181181711711116 11115 11114 11113111211111 21221 222222223 2222224 222222522 26 22227 22228VestibularPalatinaMesialDistalOclusal/IncisalSUPERFÍCIE 333334833347 46 454454444443 4444442 44441 31 32 33 34 35 36 37 38VestibularLingualMesialDistalOclusal/Incisal


887. Análise <strong>da</strong>s RestauraçõesCRITÉRIO 18 117 11116 11115 11114 11113 11112 11111 21221 222222223 2222224 222222522 26 22227 22228MaterialTextura superficialContornoA<strong>da</strong>ptação marginalFratura/restauraçãoContato interproximalColoraçãoCárie secundáriaFratura/denteCRITÉRIO 3333348333474444446 454454444443 4444442 44441 31 32 33 34 35 36 37 38MaterialTextura superficialContornoA<strong>da</strong>ptação marginalFratura/restauraçãoContato interproximalColoraçãoCárie secundáriaFratura/dente


ANEXO


ANEXO A – TERMO PARA CONSENTIMENTO LIVRE APÓS INFORMAÇÃO POR ESCRITO90


91D192iDantas, Helga Bezerra.Avaliação clínica <strong>da</strong> indicação <strong>do</strong> <strong>tratamento</strong> restaura<strong>do</strong>r / HelgaBezerra Dantas. – João Pessoa: [s.n.], 2010.91 f.: il.Orienta<strong>do</strong>ra: Maria Germana Galvão Correia Lima.Co-orienta<strong>do</strong>ra: Luciane de Queiroz Mota.Monografia (Graduação) – UFPB/<strong>CCS</strong>.1. O<strong>do</strong>ntologia - Restauração. 2. Cárie. 3. Amálgama dentário4. Avaliação clínica. 5. Resina composta.BS/<strong>CCS</strong>/UFPB CDU: 616.314(043.2)

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