COLETÂNEA BITEC2008-2010 - CNI

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78 COLETÂNEA BITEC 2008-20105.5 Inovação: mola promissora dos negóciosDe acordo com Souza (1988) citado por Araújo (s.d.), a administração é uma ciência e também uma arte.Ciência porque possui um referencial teórico próprio, possível de ser tratado pelo método científico earte porque inclui, na resolução dos problemas que surgem na condução das organizações, habilidade,sensibilidade e intuição. Administrar tem se tornado uma arte cada vez mais complexa e necessária,principalmente em uma era de grandes transformações, seja no aspecto tecnológico, seja no conhecimento,e que exige a busca incessante pelas empresas por inovação. Para Reginaldo Acuri, citado porMarin (2009), a lógica da inovação é sair na frente e vender ao mundo algo que não tenha concorrência,ao menos em um primeiro momento. Philip Kotler em entrevista ao mundo do marketing (2007),aconselha toda a empresa a inovar continuamente e ressalta que na lógica do marketing existe umacontradição em que uma empresa irá falhar se não inovar e é provável que ela falhe se inovar também.Dessa forma, um dos maiores pensadores do marketing, acredita que cada empresa precisa encontrar ospróprios caminhos para escapar desse grande dilema, seja segmentando com mais criatividade que seusconcorrentes, encontrando novos segmentos em que possa se posicionar melhor; seja prezando pela reputaçãode qualidade de seus produtos ou que sejam mais difíceis de serem imitados; seja trabalhandocom planos melhores para criar clientes leais.Segundo Drucker (2001), existem essencialmente trê tipos de inovação para todas as empresas:a inovação no produto ou serviço, a inovação na localização de mercado, de comportamento e valoresde clientes e a inovação nas várias habilidades e atividades necessárias para produzir e trazer osprodutos e serviços para o mercado. A competitividade pode ser entendida como a capacidade de aempresa formular e implementar estratégias concorrenciais, que lhe permitam ampliar ou conservar, deforma duradoura, uma posição sustentável no mercado. Inovar pode ser entendido como criar ou recriar.É fundamental que a indústria busque inovar sempre nos seus métodos, pois de acordo com o site daFederação da Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), vários estudos demonstram que ela é o principalacelerador do crescimento do PIB. E em um ambiente de disputas acirradas, se sobressaem as empresasque melhor se preocupam com a capacidade de criar e inovar em um mercado extremamente exigente,tornando essas ferramentas diferenciais competitivos. Por meio da inovação uma organização pode sedestacar no mercado, seja pela tecnologia adotada, seja pelos serviços e produtos oferecidos, contantoque busque atender, da melhor forma, as necessidades e os desejos mutantes de seus clientes.5.6 Plano de negóciosEm qualquer coisa que se faça, seja no âmbito profissional, quanto pessoal, como um churrasco entreamigos ou uma reunião de trabalho, é impossível que seja realizado com sucesso sem que haja planejamento(estruturação). Ele é a base de tudo, pois determina o que será feito, como será, e o objetivo a seralcançado por meio da organização (direcionamento), da direção (ação) e do controle (avaliação). E isso éainda mais imprescindível nos negócios, pois conforme pesquisa do Sebrae (2004), a cada ano nascem500 mil empresas no país, porém 49,4% delas encerram as atividades com até dois anos de existência,56,4% com até três anos e 59,9% não sobrevivem além dos quatro anos. Um dos principais fatores associadosa tal enorme taxa de mortalidade das empresas deve-se à falta de planejamento destas que têm,por muitas vezes, “gestores” à frente de um negócio que nada conhecem porque, provavelmente, não es-

8ª EDIÇÃO 79tudaram o mercado e não conseguem administrar seu fluxo financeiro. Vale ressaltar que o planejamentonão garante o sucesso, mas colabora para diminuir os riscos e os erros, destacando as oportunidades.É nesse cenário que se torna cada vez mais importante o uso do plano de negócios, ferramenta estadefinida pelo Sebrae como documento que descreve por escrito os objetivos de um negócio e quais ospassos devem ser dados para que esses objetivos sejam alcançados, diminuindo os riscos, as incertezase permitindo identificar e restringir seus erros no papel, evitando cometê-los no mercado. Deve ser claro,objetivo e constantemente atualizado e ajustado conforme for necessário. Nele deve ser definido oconceito do negócio proposto, o seu produto ou serviço, os clientes potenciais, possíveis fornecedorese concorrentes no mercado, localização da empresa, e toda a análise financeira (investimentos necessários,faturamento, receitas projetadas e o lucro desejado). É instrumento que analisa todas as etapas deplanejamento de um negócio: a oportunidade de mercado, o planejamento estratégico, o desenvolvimentodo plano de marketing, as operações e projeções financeiras, tornando possível verificar se umnegócio é viável, se é lucrativo e se agrega valor aos sócios. Ele é muitas vezes utilizado apenas comomeio de obtenção de empréstimo, o que demonstra visão errônea daqueles que o fazem apenas comesse objetivo.Segundo Salim et al. (2005), a estrutura do plano de negócios deve ser composta por: sumário executivo,resumo da empresa, produtos e serviços, análise de mercado, estratégia de negócio, organizaçãoe gerência de negócio, planejamento financeiro.5.6.1 Sumário executivoO manual do Sebrae Como elaborar um plano de negócios (2007) define o sumário executivocomo espécie de resumo de todo o plano de negócios, pois destaca os seus principais pontos, tais como:• resumos dos pontos principais do plano, dados dos empreendedores, experiência profissional e atribuições;• dados do empreendimento, missão, setores de atividades, forma jurídica e enquadramentotributário, capital social e fonte de recursos.Por se tratar de um resumo, o sumário executivo obrigatoriamente deve ser feito após ser concluídoo plano de negócios para melhor ser apresentada à visão geral do negócio em questão. Deve seratraente, claro e objetivo, para demonstrar se o plano é realmente interessante e vale a pena ser lido, navisão, por exemplo, de um financiador. Deve dar ênfase à caracterização do empreendimento, aosprodutos da empresa, o mercado em que atua e o almejado, bem como sua imagem, o que serávendido, a experiência do pessoal envolvido, principalmente dos sócios da empresa, a análise demercado e competitividade definindo os investimentos necessários, projeções entre despesas ereceitas, bem como parceiros, concorrentes etc. No mercado potencial, deve ser descrito o ramode atividade, as oportunidades, os elementos de diferenciação e as políticas de comercialização. É itemfundamental e importantíssimo no plano de negócios, pois é a forma de apresentar a empresa, como sefosse o “cartão de visita” do plano.

8ª EDIÇÃO 79tudaram o mercado e não conseguem administrar seu fluxo financeiro. Vale ressaltar que o planejamentonão garante o sucesso, mas colabora para diminuir os riscos e os erros, destacando as oportunidades.É nesse cenário que se torna cada vez mais importante o uso do plano de negócios, ferramenta estadefinida pelo Sebrae como documento que descreve por escrito os objetivos de um negócio e quais ospassos devem ser dados para que esses objetivos sejam alcançados, diminuindo os riscos, as incertezase permitindo identificar e restringir seus erros no papel, evitando cometê-los no mercado. Deve ser claro,objetivo e constantemente atualizado e ajustado conforme for necessário. Nele deve ser definido oconceito do negócio proposto, o seu produto ou serviço, os clientes potenciais, possíveis fornecedorese concorrentes no mercado, localização da empresa, e toda a análise financeira (investimentos necessários,faturamento, receitas projetadas e o lucro desejado). É instrumento que analisa todas as etapas deplanejamento de um negócio: a oportunidade de mercado, o planejamento estratégico, o desenvolvimentodo plano de marketing, as operações e projeções financeiras, tornando possível verificar se umnegócio é viável, se é lucrativo e se agrega valor aos sócios. Ele é muitas vezes utilizado apenas comomeio de obtenção de empréstimo, o que demonstra visão errônea daqueles que o fazem apenas comesse objetivo.Segundo Salim et al. (2005), a estrutura do plano de negócios deve ser composta por: sumário executivo,resumo da empresa, produtos e serviços, análise de mercado, estratégia de negócio, organizaçãoe gerência de negócio, planejamento financeiro.5.6.1 Sumário executivoO manual do Sebrae Como elaborar um plano de negócios (2007) define o sumário executivocomo espécie de resumo de todo o plano de negócios, pois destaca os seus principais pontos, tais como:• resumos dos pontos principais do plano, dados dos empreendedores, experiência profissional e atribuições;• dados do empreendimento, missão, setores de atividades, forma jurídica e enquadramentotributário, capital social e fonte de recursos.Por se tratar de um resumo, o sumário executivo obrigatoriamente deve ser feito após ser concluídoo plano de negócios para melhor ser apresentada à visão geral do negócio em questão. Deve seratraente, claro e objetivo, para demonstrar se o plano é realmente interessante e vale a pena ser lido, navisão, por exemplo, de um financiador. Deve dar ênfase à caracterização do empreendimento, aosprodutos da empresa, o mercado em que atua e o almejado, bem como sua imagem, o que serávendido, a experiência do pessoal envolvido, principalmente dos sócios da empresa, a análise demercado e competitividade definindo os investimentos necessários, projeções entre despesas ereceitas, bem como parceiros, concorrentes etc. No mercado potencial, deve ser descrito o ramode atividade, as oportunidades, os elementos de diferenciação e as políticas de comercialização. É itemfundamental e importantíssimo no plano de negócios, pois é a forma de apresentar a empresa, como sefosse o “cartão de visita” do plano.

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