COLETÂNEA BITEC2008-2010 - CNI

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70 COLETÂNEA BITEC 2008-20104.7.2.1 O testeO teste do Protótipo B foi feito por mim, em campo, na presença dos pescadores que apesar de curiosose descrentes ficaram muito satisfeitos com o resultado. Inclusive, a título de curiosidade, o Prótipo B ficouna colônia após os testes e está sendo usado pelos pescadores atualmente, enquanto o produto finalnão fica pronto.Foi utilizado como lâmina no teste fio de nylon de pesca, arame de cabo de telefone e arame de varal.Fio de nylon de pesca: o fio de nylon foi o material que teve pior resultado nos testes, por causada própria flexibilidade. Enquanto se esticava fazendo o papel de uma mola, a sua eficiência ficava prejudicada,pois não exercia tanta pressão contra as escamas.Fio de arame de cabo de telefone: a lâmina feita com esse material teve boa eficiência. Porser um fio bastante fino e capaz de se tencionar, além de ter uma deformação bastante reduzida, essematerial conseguiu entrar facilmente embaixo das escamas, retirando-as em sua totalidade com nomáximo duas passadas. No entanto, em um dado momento o fio se partiu devido ao seu calibre ebaixa resistência.Arame de varal: a lâmina feita com o arame de varal foi quem obteve melhor resultado e devemosconfessar que sua ação impressionou a todos os presentes no teste. Com pouca ou quase nenhumadeformação e com bastante robustez e resistência, essa lâmina foi capaz de adentrar embaixo das escamase retirou-as em sua totalidade na primeira passada.Conclusão dos testes: a conclusão que pudemos retirar do teste do segundo protótipo é quea supereficiência desse modelo é praticamente autossuficiente. No entanto, esse protótipo foi testadoapenas com a espécie bicuda por causa da ausência de outras espécies no dia do teste, o que nos encorajaa sustentar a tese de que esse dispositivo poderia ser utilizado em conjunto com o dispositivodo Protótipo A. No entanto, a conclusão mais importante retirada da bateria de testes foi fruto de umacasualidade. Fora de campo, compramos alguns peixes e na tranquilidade de um laboratório repetimosos testes de descamação com as aletas paralelas.Foi aí que, naquele momento, nos ocorreu a ideia de experimentarmos arrancar as nadadeiras dabicuda. Extipar-lhes, literalmente. De imediato pensamos na ideia de pegarmos um alicate de pressão,utilizado em construção civil e em pequenos reparos. O resultado nos alegrou muito e empolgou para apartir daquela conclusão, nos empenharmos em pensar como melhor aproveitar aquela nova descoberta.Sabíamos que era chagada a hora de usarmos a criatividade.Fig. 10 Fig. 11Figuras 10 e 11: Protótipo Funcional B em bateria de testes

8ª EDIÇÃO 714.8 Conceitualização do produtoO modelo final foi projetado a partir das conclusões dos testes A e B, vistos anteriormente. Os testes permitiramconcluir características positivas e negativas quanto à utilização das ferramentas, possibilitandoum resultado final mais seguro.A ferramenta concebida é um alicate, com microvilosidades nas pontas da sua pinça. Essas microvilosidadessimulam os sulcos presentes no dedo humano. A natureza nos inspirou, mostrando que, nocaso da bicuda, seria suficiente para arrancar-lhes as nadadeiras, que se puxam perpendicularmente aocorpo do peixe. Dessa forma, as barbatanas soltam-se facilmente, preservando a integridade física dacarne, sem maiores danos.No cabo desse alicate, dividindo o espaço com a sua pega está uma espécie de arco, onde se encontraum arame tensionado por um sistema de rosca, facilmente utilizado por qualquer um. Esse arameteso é quem desempenha o papel do descamador.Figura 12: Detalhe da bicuda após ter suas barbatanas arrancadas pelo alicatede pressãoFigura 13: Alicate retirando as barbatanas

8ª EDIÇÃO 714.8 Conceitualização do produtoO modelo final foi projetado a partir das conclusões dos testes A e B, vistos anteriormente. Os testes permitiramconcluir características positivas e negativas quanto à utilização das ferramentas, possibilitandoum resultado final mais seguro.A ferramenta concebida é um alicate, com microvilosidades nas pontas da sua pinça. Essas microvilosidadessimulam os sulcos presentes no dedo humano. A natureza nos inspirou, mostrando que, nocaso da bicuda, seria suficiente para arrancar-lhes as nadadeiras, que se puxam perpendicularmente aocorpo do peixe. Dessa forma, as barbatanas soltam-se facilmente, preservando a integridade física dacarne, sem maiores danos.No cabo desse alicate, dividindo o espaço com a sua pega está uma espécie de arco, onde se encontraum arame tensionado por um sistema de rosca, facilmente utilizado por qualquer um. Esse arameteso é quem desempenha o papel do descamador.Figura 12: Detalhe da bicuda após ter suas barbatanas arrancadas pelo alicatede pressãoFigura 13: Alicate retirando as barbatanas

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