COLETÃNEA BITEC2008-2010 - CNI
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66 COLETÂNEA BITEC 2008-20104.2.2 Hierarquização dos problemasDando continuidade à análise dos problemas relacionados diretamente ao beneficiamento do pescado,priorizaremos aqueles relacionados ao tratamento do peixe propriamente dito. Nossa análise será iniciadapelo ato de retirar as barbatanas e as escamas do peixe, bem como suas vísceras e carcaças ,e por fim,o corte da carne, sendo este em postas ou em filé.De posse de um problema prioritário, partimos agora para identificação dos seus subproblemas:entre o universo de todos os peixes incidentes na costa de Salvador, mais precisamente nos pesqueirosda Pituba, fora escolhido como foco aqueles dotados de escamas.O outro quinhão a ser separado do montante total da amostra são os peixes incidentes no períododo inverno. Os peixes escolhidos foram os mais comuns no período frio, pois, por meio de consulta préviaa biólogos engajados e aos próprios pescadores, percebe-se que se dá nesse período uma incidênciade peixes de menor porte, formando-se assim um padrão na amostra capaz de facilitar a pesquisa, perantetal metodologia.Especificando ainda mais o universo, pesquisa-se a espécie bicuda e, dessa forma, percebe que suaincidência supera 90% da totalidade do pescado no inverno. Desse forma, foca-se o desenvolvimento danossa ferramenta para as bicudas pescadas no inverno. Isto porque no verão, a abundância de peixe nãodemanda grandes tecnologias já que a saída e a captura são fáceis. No entanto, no inverno a grande incidênciaé de bicuda, um peixe não muito conhecido, muito gostoso, é verdade, mas que além de ser pescadoem menores quantidades e com menos frequência, em decorrência das chuvas, é indevidamentetratado ali na banca. Isso promove a desvalorização quase que total desse produto. Por isso, conceberse-áferramenta que possa, no fim dessa cadeia, desenvolver a Associação – financeiramente falando–, valorizar a bicuda e buscar mercados antes inatingíveis, por causa das condições desse produto final.4.3 Incidência do pescado no período do invernoOs peixes que mais ocorrem na APEPI, ou seja, as principais espécies capturadas são bicuda (Sphyraenaguachanchu), vermelho ariacó (Lutjanus synagris) e albacora (Thunnus atlanticus). As pescarias de invernosão voltadas para bicuda, vermelho e guaricema (Carangoides crysos), sendo que essas espécies sãocapturadas nos mesmos pesqueiros, situados na plataforma continental, tendo o substrato compostopor lama e/ou cascalho.Conta Priscilla Malafaia, estudante de biologia da UEFS, que pesquisa a colônia a três anos, sendouma das suas atividades ao longo desse período a catalogação das espécies ali presente, bem como omonitoramento do pescado produzindo estatísticas acerca do assunto:Espécie Tamanho médio cm Peso médio KgBicuda 50 1,0Ariacó (vermelho) 20 0,5Albacora 70 4Guaricema 30 0,8
8ª EDIÇÃO 674.4 Análise de similares4.4.1 Análise sincrônicaA análise sincrônica serve para reconhecer o universo do produto em questão e para evitar reinvenções.A comparação e a crítica dos produtos requerem a formulação de critérios comuns. Convém incluir informaçõessobre materiais, processos de fabricação, descrição.Procuramos quatro tipos de ferramentas utilizadas na pesca: descamador, alicate, tesoura e faca.A partir da análise de cada uma dessas ferramentas, obtivemos uma base mais consistente para projeçãode nova ferramenta. Tornou-se bastante importante focar nosso estudo no sistema de funcionamento enos materiais de cada uma, bem como nas características positivas e negativas.4.5 Seleção de alternativasConsiderando alguns quesitos como material utilizado, durabilidade, ergonomia, higiene e formade utilização de cada um, foram analisadas as características das ferramentas existentes no mercadoatualmente, a fim de concluir as características fundamentais que as ferramentas devem ou nãopossuir. Analisando as ferramentas de descamar peixes, chegou-se à conclusão de que o materialideal seria o plástico por ter boa durabilidade, enquanto a madeira é um material que se tornaanti-higiênico; a ergonomia do cabo deve ser estudada para que seja adequado tanto para destrosquanto para canhotos. Formas simples facilitam a higienização das ferramentas.Analisando-se os alicates, pôde-se concluir que o material ideal seria o aço inox por ter boa durabilidade,com o cabo de material emborrachado para se adaptar melhor à mão; deve-se possuir um sistemade abre-fecha resistente, o sistema de mola caracteriza-se por um sistema frágil; formas simples facilitama higienização das ferramentas.Após análise das tesouras, chegou se à conclusão de que o material ideal seria a lâmina em açoinox e cabo em plástico resistente; deve-se estudar a ergonomia da pega para que haja bom suporte deapoio sem que a mão fique apertada, causando dores ao longo do uso constante; formas simples facilitama higienização das ferramentas e tesouras com ponta fina são ideais para cortes precisos.4.6 Esboços e desenhos (protótipos)Depois de minucioso levantamento dos produtos que existem no mercado e que hoje suprem (nãonecessariamente com eficácia) algumas necessidades no âmbito do beneficiamento do pescado, percebem-sealguns mecanismos e tecnologias para agregar-se ao nosso projeto.Os esboços e as fotos de protótipos da solução – que daremos ao problema aqui sistematizado(descamação) – são conclusões da segunda parte do nosso projeto a que nós nos propusemos fazer.As etapas que passamos ao longo de alguns meses de pesquisa nos tornaram mais perspicazes na identificaçãode novas soluções e nesse momento nos despimos do cunho artístico da função, em que vingaa criatividade e entramos na ceara do design, do projeto elaborado.Nesse momento, tornamos-nos imunes à euforia natural do início de qualquer criação e podemospensar com clareza, analisando com calma e atenção, deixando as ideias surgirem embasadas em todoo processo que vai desde a pesquisa histórica até a problematização especializada.
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66 COLETÂNEA BITEC 2008-<strong>2010</strong>4.2.2 Hierarquização dos problemasDando continuidade à análise dos problemas relacionados diretamente ao beneficiamento do pescado,priorizaremos aqueles relacionados ao tratamento do peixe propriamente dito. Nossa análise será iniciadapelo ato de retirar as barbatanas e as escamas do peixe, bem como suas vísceras e carcaças ,e por fim,o corte da carne, sendo este em postas ou em filé.De posse de um problema prioritário, partimos agora para identificação dos seus subproblemas:entre o universo de todos os peixes incidentes na costa de Salvador, mais precisamente nos pesqueirosda Pituba, fora escolhido como foco aqueles dotados de escamas.O outro quinhão a ser separado do montante total da amostra são os peixes incidentes no períododo inverno. Os peixes escolhidos foram os mais comuns no período frio, pois, por meio de consulta préviaa biólogos engajados e aos próprios pescadores, percebe-se que se dá nesse período uma incidênciade peixes de menor porte, formando-se assim um padrão na amostra capaz de facilitar a pesquisa, perantetal metodologia.Especificando ainda mais o universo, pesquisa-se a espécie bicuda e, dessa forma, percebe que suaincidência supera 90% da totalidade do pescado no inverno. Desse forma, foca-se o desenvolvimento danossa ferramenta para as bicudas pescadas no inverno. Isto porque no verão, a abundância de peixe nãodemanda grandes tecnologias já que a saída e a captura são fáceis. No entanto, no inverno a grande incidênciaé de bicuda, um peixe não muito conhecido, muito gostoso, é verdade, mas que além de ser pescadoem menores quantidades e com menos frequência, em decorrência das chuvas, é indevidamentetratado ali na banca. Isso promove a desvalorização quase que total desse produto. Por isso, conceberse-áferramenta que possa, no fim dessa cadeia, desenvolver a Associação – financeiramente falando–, valorizar a bicuda e buscar mercados antes inatingíveis, por causa das condições desse produto final.4.3 Incidência do pescado no período do invernoOs peixes que mais ocorrem na APEPI, ou seja, as principais espécies capturadas são bicuda (Sphyraenaguachanchu), vermelho ariacó (Lutjanus synagris) e albacora (Thunnus atlanticus). As pescarias de invernosão voltadas para bicuda, vermelho e guaricema (Carangoides crysos), sendo que essas espécies sãocapturadas nos mesmos pesqueiros, situados na plataforma continental, tendo o substrato compostopor lama e/ou cascalho.Conta Priscilla Malafaia, estudante de biologia da UEFS, que pesquisa a colônia a três anos, sendouma das suas atividades ao longo desse período a catalogação das espécies ali presente, bem como omonitoramento do pescado produzindo estatísticas acerca do assunto:Espécie Tamanho médio cm Peso médio KgBicuda 50 1,0Ariacó (vermelho) 20 0,5Albacora 70 4Guaricema 30 0,8