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COLETÂNEA BITEC2008-2010 - CNI

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8ª EDIÇÃO 513.2.2 Propagação assexuada via cultura de tecidos in vitroO uso florestal da propagação assexuada é vasto, desde a produção em massa de plantas melhoradasde pés francos ou de híbridos, até a obtenção de floração precoce de plantas destinadas à produção desementes e frutos (FLORIANO, 2004).Propagação assexuada, vegetativa ou agâmica é definida como o processo de multiplicação queocorre por mecanismos de divisão e diferenciação celular, por meio de regeneração de partes da plantamãe e consiste no uso de órgãos da planta, seja eles estacas da parte aérea, seja da raiz, gemas, seja deoutras estruturas especializadas, seja ainda de meristemas, ápices caulinares, calos e embriões, assim umvegetal é regenerado a partir de células somáticas, sem alterar o genótipo (FACHINELLO, 2005).A reprodução assexuada também é chamada de clonagem, sendo utilizada para produzir indivíduosde alta produtividade e rápido crescimento, mais resistentes às pragas e doenças e aos extremosambientais, por meio de experimentos de melhoramento genético (FLORIANO, 1994).Entre as técnicas de propagação vegetativa, destaca-se a cultura de tecidos vegetais in vitro, no qualé feito o cultivo de plantas ou partes de plantas, também chamados de explantes, em meio de culturaasséptico,em que se controlam a temperatura, o fotoperíodo, a umidade e a irradiancia, em local apropriado,chamado de sala de crescimento (FACHINELLO et al., 2005).Esse tipo de propagação baseia-se na totipotencialidade celular, ou seja, as células da planta contémtoda a informação genética necessária para perpetuação da espécie. A totipotência não se manifestada mesma maneira em todas as espécies de plantas, sendo mais ou menos intensa nos diferentestipos de células e sendo ativada por diferentes condições, dependendo da espécie (FLORIANO, 1994).Cid (2001) afirma que a célula é autônoma e, portanto, contém a informação genética necessáriapara regeneração de uma planta completa. Estas células colocadas em um meio apropriado podemdividir-se indefinidamente e até diferenciar-se, o que irá propiciar a regeneração de parte da planta ouentão da planta inteira e, dessa forma, milhares de clones podem ser produzidos a partir de uma oualgumas células (RAMALHO et al., 1997).O processo de regeneração de plantas pode ocorrer via dois processos: organogênese ou embriogênese.No primeiro, ocorre a formação de órgãos in vitro a partir de meristemoides, ou seja,células capazes de dividirem-se ativamente e produzir precursores de tecidos primários de órgãos.Quando o desenvolvimento via organogênese de um órgão ou planta inteira, é dado a partirdiretamente do tecido do explantes, denominamos de organogênese direta; e será denominadaindireta, quando houver desenvolvimento de ógãos a partir de uma massa não diferenciadade células, originando explante (BORÉM; VIEIRA, 2005). Já a embriogênese consta de um processoonde ocorre diferenciação de embriões somáticos a partir de tecidos vegetais ou de calos derivadosde explantes, em geral embrionários (PERES, 2002). A embriogênese direta dá-se pelo processode diferenciação de embriões somáticos sem passar pela fase de calo. Já a forma indireta ocorrepela formação de embriões somáticos, em cultura in vitro, a partir de calos oriundos de explantes(PERES, 2002).De acordo com Floriano (1994), essa excepcional capacidade de regeneração, a partir de uma únicacélula ou de qualquer parte de tecido do próprio corpo com células vivas, é característica dos vegetais epermite também que se una parte de um indivíduo com parte de outro, para formar indivíduos comple-

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